terça-feira, 15 de outubro de 2013

Fedor fala sobre aposentadoria, UFC, Velasquez e Cigano

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Maior peso pesado de todos os tempos, Fedor Emelianenko é também conhecido por ser recluso. Porém, na última semana, após seminário em Dubai, numa das poucas vezes que sai da Rússia, o "Último Imperador" concedeu entrevista ao canal Whoa! TV, revelando porque não assinou com o UFC, algo que os fãs aguardavam ansiosamente, e descartou retornar da aposentadoria para lutar em um Ultimate na Rússia.

"Na minha opinião, tudo estava nas mãos do Dana White (risos). Porque, naquele momento, eu sentia que ele simplesmente me odiava. Foram muitos insultos dele o tempo todo. Muitas coisas foram ditas, mas nada aconteceu realmente. Hoje, não lutaria mais porque estou aposentado, ficaria apenas na plateia se eles fossem à Rússia, e se eu fosse um convidado", disse a lenda, que comentou ainda o duelo entre Cain Velasquez e Júnior Cigano, apostando no americano.

"Acho que se Velasquez fizer o jogo que costuma fazer, vencerá. Ele alterna bem a luta em pé com a luta de chão, e é um lutador inteligente", analisou o ex-campeão do PRIDE e Strikeforce.

Confira abaixo a rara entrevista, e em seguida o vídeo (em russo, traduzido para o inglês).

O UFC fala em realizar um evento na Rússia. Seria um bom motivo para você voltar a lutar?

Não. Eu estou aposentado, ficaria apenas na platéia, se fosse um convidado.

Você não tem mais vontade de lutar?

Sempre que sou convidado para semionários como esse, vejo lutadores se preparando para lutar e sinto alguma saudade. Mas foi o que eu disse, estou aposentado. Continuo treinando, mas não com a intensidade de antes. Não voltarei a lutar.

Por que não assinou com o UFC?

Na minha opinião, tudo estava nas mãos do Dana White (risos). Porque naquele momento, eu sentia que ele simplesmente me odiava. Foram muitos insultos dele o tempo todo. Muitas coisas foram ditas, mas nada aconteceu realmente.

O que faz o MMA tão popular?

Todas as artes marciais, as mais antigas e as mais novas, podem ser usadas juntas. Acho que é por isso.

O que pensa do legado que deixou para o esporte?

Fico feliz por ter conseguido mostrar minhas habilidades, e por ter feito parte do desenvolvimento do esporte.

Qual a importância em lutar sambô?

Acho importante para a transição para o MMA porque o sambô tem tudo. Você luta em pé, luta no chão, aplica chaves, torções. Outra coisa que o lutador de sambô tem é uma mente que o ajuda a lutar qualquer outra arte.

Dos lutadores do UFC, qual gostaria de enfrentar?

Não penso nisso, porque estou aposentado. Mas gosto de Cain Velasquez.

Quem vencerá o duelo: Velasquez ou Cigano?

Acho que se Velasquez fizer o jogo que costuma fazer, vencerá. Ele alterna bem a luta em pé com a luta de chão, e é um lutador inteligente.

Quais foram seus oponentes mais difíceis?

Rodrigo Minotauro e Mirko Cro Cop.

Por que eles foram difíceis?

São lutadores inteligentes e muito fortes num estilo. Minotauro é ótimo lutando de costas no chão, e Cro Cop é excelente em pé.

Há algo que você gostaria de ter conquistado na carreira que não conseguiu?

Não (risos). Agradeço a Deus por ter passado por tudo que passei e pela carreira feliz que tive.

O que tem a dizer aos críticos que dizem que você não enfrentou os melhores?

As pessoas sempre vão dizer alguma coisa, nunca estão satisfeitas. Nunca escolhi meus adversários. Sempre enfrentei todos que me deram, no PRIDE ou no Strikeforce. Enfrentei todos que puseram na minha frente.

Como planeja promover o esporte na Rússia?

Quero ajudar todas as Confederações: a de sambô, de caratê, kickboxing. Quero ser uma espécie de Ministro do Esporte.

Você gostaria de ver a M1 tão popular quanto o UFC no Leste?

Sim, gostaria de ver a evolução do esporte como um todo. Queremos a popularização do esporte, e a evolução de todos nele.

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