O empresário de Roy Nelson,
Mike Kogan, anunciou que as negociações para a renovação do contrato do
peso-pesado com o UFC estão avançando, e que devem ser concluídas em
breve. De acordo com as regras do UFC, o atleta só pode negociar com a
companhia até o fim de agosto. Se as partes não chegarem a um acordo até
lá, ele estará livre para negociar com outros eventos.
- A duração de seu período exclusivo de negociações com o UFC não é um
problema agora. Estamos conversando, e tenho certeza que não levaremos
meses fazendo isso até que cheguemos a um acordo, caso ele venha a
acontecer.
Para Kogan, que evita revelar detalhes da negociação, a participação ou
não em vendas de pacotes pay-per-view, que representa uma parte
substancial dos ganhos de alguns dos maiores atletas do UFC, não pode
ser revelada, mas garante que os ganhos por luta de Roy Nelson são a
parte mais delicada das negociações.
- Ainda não chegamos aonde queremos, mas também não estamos fora da
mesa. A oferta do UFC é razoável, mas há mais algumas coisas que Roy vem
pedindo. A isso chamamos de negociação - brincou o agente.
Após a derrota de Roy Nelson para Stipe Miocic no UFC 161, que foi a
última do seu antigo contrato com o UFC, alguns fãs temeram pela
demissão do lutador, por conta de sua má relação com Dana White, e pela
perda do trunfo de vir vencendo suas lutas seguidamente. Para Mike
Kogan, no entanto, uma renovação não acontece apenas pela vontade ou
simpatia de Dana White.
- As pessoas acreditam que Dana gostar ou não de alguém pesa muito na
hora de uma renovação de contrato. Que se ele não gosta de você, sua
vida acabou e você não tem mais para onde ir. Isso não é verdade. Se
você olhar para Tito Ortiz, por exemplo, verá que ele e Dana White
tiveram uma relação conturbada, mas sua carreira no UFC foi sensacional.
Ele fez coisas muito pior que Roy Nelson. O UFC é uma organização muito
profissional. Não importa se gostam de você ou não. Se você lutar bem e
os fãs gostarem de você, é o suficiente.
Kogan também explicou a forma como negocia com o UFC.
- Não tentamos ter uma conversa franca e aberta com eles, para ver como
o valor de Roy é medido. Não tenho os dados que o UFC tem, não tenho
mapas de audiência nem números de vendas de pacotes pay-per-view. Tudo
que sei é que as pessoas adoram vê-lo lutar. Estou nesse negócio por
tempo suficiente para saber que isso não se traduz automaticamente em
milhões de dólares, mas sei que vale alguma coisa. No fim das contas, se
os fãs estão fazendo a arena tremer cada vez que ele luta, e se passam a
luta toda de pé gritando, isso tem que valer algo. Se não vale, como se
mede o valor de um lutador? Essa medida não é científica. O UFC tem
mais números e pode fazer mais e melhores contas que nós. Mas o certo é
que você vale quanto as pessoas estão dispostas a pagar por você.
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