Sem lutar em solo brasileiro há sete anos, quando ainda lutava pelo Jungle Fight, Lyoto Machida está na expectativa para o duelo contra o americano Phil Davis,
que acontece no UFC 163, dia 3 de agosto no Rio de Janeiro. Lyoto, no
entanto, não se preocupa com o favoritismo e com as estatísticas que
apontam que brasileiros se saem melhor duelando em seu país:
- Eu acho que isso (de favoritismo) é um lado mais emocional, uma
previsão mais emotiva do que técnica propriamente dita. Então com
certeza a torcida vai estar lá ajudando. Como se diz no futebol, é mais
um em campo, então a torcida é mais um apoio para a gente dentro do
octógono, mas eu acho que o que vai prevalecer realmente é o
treinamento, a estratégia de luta, a tática. É isso que vai contar.
Existe sim uma certa pressão por voltar a lutar no Brasil, mas eu
procuro não focar muito nisso, eu acho que cada luta é uma luta, e agora
é o momento de eu voltar a lutar lá. Espero fazer uma grande luta! -
declarou o brasileiro ao Combate.com.
Número um do ranking dos pesos-meio-pesados do UFC e atrás apenas do
campeão Jon Jones, Lyoto confessa que se surpreendeu com o fato de a
organização não ter lhe dado uma nova chance de disputar o cinturão da
categoria após sobre a vitória sobre o americano Dan Henderson, em
fevereiro deste ano, em duelo que definiria o novo desafiante ao título.
Na época, Jones estava gravando a sua participação como um dos
treinadores do reality show "The Ultimate Fighter", nos EUA, ao lado de
Chael Sonnen, com luta marcada contra o falastrão para abril. No
entanto, em junho, o presidente do UFC, Dana White, anunciou que o
próximo desafiante ao título de "Bones" seria o sueco Alexander
Gustafsson e não o brasileiro.
- Aquilo me pegou de surpresa, mas é uma coisa que eu já esperava do
UFC…toda hora eles trocam, mudam, então sei lá porque motivo eles não
fizeram o que prometeram, e nem quero saber mesmo. Eu quero apenas
trilhar o meu caminho e conquistar o meu espaço. E vamos correr atrás,
né? Vem mais essa luta, quem sabe passando por essa a gente não consegue
uma grande oportunidade de novo? - questionou.
Lyoto, que vem de vitórias sobre Dan Henderson e Ryan Bader desde que
perdeu para Jon Jones em dezembro de 2011, afirma que já estudou
bastante o jogo de Phil Davis, atual número oito do ranking do UFC e que
vem de vitórias sobre os brasileiros Vinny Magalhães e Wagner
Caldeirão.
- Eu já lutei com vários wrestlers e é lógico que existe sempre a
dificuldade de o cara querer derrubar. Mas eu acho que o meu jogo é um
jogo bom, eu sou um cara de chutar, socar, consigo me defender bem de
quedas, então eu acho que é um jogo que pode prevalecer mais para mim.
Lógico que tem que treinar bastante a parte de queda né, para evitar
levar o jogo para o chão e quem sabe até surpreender, mas eu acho que
não tenho muito o que mudar.
O carateca atualmente está focado em sua preparação na academia Black
House, em Los Angeles, também comentou os pontos fortes do rival:
- Davis é um cara duro, que sabe pontuar bem e que sabe lutar em pé,
como ele mostrou na última luta. Mas eu vou estar preparado para o que
quer que ele traga.- finalizou.
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