sábado, 3 de agosto de 2013

Cigano lamenta ausência de Cain Velásquez no Brasil: 'Absurdo'

O ex-campeão dos pesos-pesados do UFC Junior Cigano chegou ao Rio de Janeiro nesta sexta-feira para cumprir a última parte da UFC World Tour 2013, turnê internacional da organização para promover seus cards até o fim do ano. Antes de seguir para a arena do UFC 163, onde participa de uma sessão de perguntas e respostas com o público antes da pesagem oficial, o lutador catarinense almoçou com membros seletos da imprensa em um restaurante na Zona Oeste do Rio de Janeiro. 
 
Originalmente, o plano do UFC era que Cigano fosse ao Rio acompanhado de Cain Velásquez, atual campeão da categoria e seu adversário no UFC 166 de outubro. Todavia, o americano com raízes mexicanas alegou "falta de segurança" e se recusou a participar. Cigano não escondeu a frustração em ter de cumprir a programação até o fim, após cinco dias em cinco cidades diferentes, enquanto seu rival foi para casa. Ele acrescentou que os demais participantes da turnê - Georges St-Pierre, Jon Jones, Ronda Rousey, Johny Hendricks, Alexander Gustafsson e Miesha Tate - foram liberados para retornar às suas casas, enquanto ele teve de permanecer ocupado.

- Era para ele estar vindo, mas parece que ele conversou com o Dana White, sei lá… Absurdo, alguma coisa eles inventaram lá. Todos eles já foram para casa, só eu que vim para cá. Eles foram (para outras cidades) no mesmo dia e já estão liberados. Só eu que estou aqui ainda. Mas é minha parte, estou fazendo a minha parte, não me importo com os outros, os outros são os outros. Para mim, estou fazendo minha parte e é importante para mim - disse Cigano.

Apesar da frustração, o brasileiro mostrou também compreensão com a apreensão de Velásquez em vir ao Brasil, devido à propaganda negativa acerca do país no exterior. Ao mesmo tempo, disse que os torcedores mexicanos o receberam bem nos EUA e que os brasileiros provavelmente fariam o mesmo.
- Com certeza, não é simples. O pessoal não conhece o Brasil e lá fora falam mal do Brasil. Não sei o que ele falou, por que ele desistiu da viagem, se estava realmente na programação dele, mas… É que nem os mexicanos lá, tudo torcendo pelo Velásquez, mas eles vem falar comigo, tirar foto, falam "sou mexicano, vou torcer por ele, mas gosto muito de você" - contou.

Questionado se iria ao México caso as situações fossem invertidas, Cigano não pestanejou.

- Claro. Eu ia. Daqui, não mais (risos). De lá, eu iria, mas agora não. Quero treinar, a luta mais importante da minha vida está pela frente - declarou.

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