O ex-campeão dos pesos-pesados do UFC Junior Cigano
chegou ao Rio de Janeiro nesta sexta-feira para cumprir a última parte
da UFC World Tour 2013, turnê internacional da organização para promover
seus cards até o fim do ano. Antes de seguir para a arena do UFC 163,
onde participa de uma sessão de perguntas e respostas com o público
antes da pesagem oficial, o lutador catarinense almoçou com membros
seletos da imprensa em um restaurante na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Originalmente, o plano do UFC era que Cigano fosse ao Rio acompanhado de Cain Velásquez, atual campeão da categoria e seu adversário no UFC 166
de outubro. Todavia, o americano com raízes mexicanas alegou "falta de
segurança" e se recusou a participar. Cigano não escondeu a frustração
em ter de cumprir a programação até o fim, após cinco dias em cinco
cidades diferentes, enquanto seu rival foi para casa. Ele acrescentou
que os demais participantes da turnê - Georges St-Pierre, Jon Jones,
Ronda Rousey, Johny Hendricks, Alexander Gustafsson e Miesha Tate -
foram liberados para retornar às suas casas, enquanto ele teve de
permanecer ocupado.
- Era para ele estar vindo, mas parece que ele conversou com o Dana
White, sei lá… Absurdo, alguma coisa eles inventaram lá. Todos eles já
foram para casa, só eu que vim para cá. Eles foram (para outras cidades)
no mesmo dia e já estão liberados. Só eu que estou aqui ainda. Mas é
minha parte, estou fazendo a minha parte, não me importo com os outros,
os outros são os outros. Para mim, estou fazendo minha parte e é
importante para mim - disse Cigano.
Apesar da frustração, o brasileiro mostrou também compreensão com a
apreensão de Velásquez em vir ao Brasil, devido à propaganda negativa
acerca do país no exterior. Ao mesmo tempo, disse que os torcedores
mexicanos o receberam bem nos EUA e que os brasileiros provavelmente
fariam o mesmo.
- Com certeza, não é simples. O pessoal não conhece o Brasil e lá fora
falam mal do Brasil. Não sei o que ele falou, por que ele desistiu da
viagem, se estava realmente na programação dele, mas… É que nem os
mexicanos lá, tudo torcendo pelo Velásquez, mas eles vem falar comigo,
tirar foto, falam "sou mexicano, vou torcer por ele, mas gosto muito de
você" - contou.
Questionado se iria ao México caso as situações fossem invertidas, Cigano não pestanejou.
- Claro. Eu ia. Daqui, não mais (risos). De lá, eu iria, mas agora não.
Quero treinar, a luta mais importante da minha vida está pela frente -
declarou.
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