segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Diretor explica baixa assistência no UFC 163 e cogita luta principal com estrangeiros

A direção do UFC considerou seu evento do último sábado no Rio de Janeiro, o UFC 163, como um sucesso, mas a quarta visita da organização à cidade em três anos foi aparentemente a que menos empolgou o público carioca. Se o público oficial não foi o menor da companhia no Rio - as 13.873 pessoas presentes, público anunciado na coletiva de imprensa pós-evento, foram mais do que as 12.500 pessoas (total não oficial) do UFC 142, em janeiro de 2012 - os clarões nas arquibancadas, especialmente nos cantos, ficaram evidentes. Mesmo durante a luta principal entre José Aldo e Chan Sung Jung, alguns buracos vazios ficaram visíveis.

O diretor de relações internacionais do UFC, Marshall Zelaznik, minimizou os clarões e disse que cerca de 1.300 ingressos sobraram na bilheteria, o que qualificou o evento como um "sucesso maciço".

- Uma das coisas interessantes sobre como esses ingressos são vendidos é que há apenas certas áreas da arena onde as pessoas têm assentos marcados. O que isso significa é que as pessoas ficam livres para se mover e trocar de lugar. Se você notar, na arquibancada superior, não havia um lugar vazio, parecia muito lotado. Parte disso é que não esgotamos (os ingressos), chegamos muito próximos de esgotar, mas, da forma como esses ingressos são vendidos, as pessoas podem se mover e sentar em outros lugares, e achamos que as pessoas podem ter se sentado em lugares em que não deviam, e isso criou alguns clarões. Conforme as lutas seguiram, esses espaços diminuíram, então acho que as pessoas voltaram aos seus lugares. As pessoas têm muita liberdade para se mover pela arena. Mas foi um evento de sucesso, um sucesso maciço para nós, estamos felizes com todos os aspectos da noite. Esta arena é nossa casa no Rio e voltaremos aqui - afirmou Zelaznik.

A organização tem mais três eventos programados para 2013 no Brasil: o de 4 de setembro, com o brasileiro Glover Teixeira contra o americano Ryan Bader no evento principal em Belo Horizonte, e torneios em outubro, ainda sem local confirmado, e novembro, em Goiânia. Para estes, ainda não há lutas principais programadas. De acordo com fontes próximas à organização, Vitor Belfort está nos planos para ser destaque de um deles, mas o outro está em aberto. Com Anderson Silva já programado para uma revanche contra Chris Weidman em Las Vegas no fim do ano, Rodrigo Minotauro em recuperação de lesão e José Aldo lesionado, a organização tem poucas opções brasileiras de peso para colocar no topo do card. Entretanto, Zelaznik admitiu que poderia colocar dois estrangeiros como destaques sem se preocupar em perder público.

- Acho que podemos vir aqui com um desafiante importante de qualquer nacionalidade, de qualquer país. Os brasileiros conhecem (MMA). Sim, eles amam seus compatriotas, mas eles reagem tão positivamente... Apesar de vaiarem, eles gostam de ver os lutadores internacionais, não-brasileiros, vindo. Pense em Michael Bisping, quando ele veio. As pessoas apareceram por ele. Se tivéssemos por exemplo uma luta do Michael Bisping por posição na divisão dos pesos-médios, acho que os brasileiros compareceriam. Apesar de estarmos alimentando os brasileiros com muitos eventos principais incluindo brasileiros, não acho que é uma necessidade para nós. Acho que podemos vir para cá com qualquer card e venderíamos bem. Esta é uma audiência faminta e conhecedora, nada diferente da que temos nos EUA. Lá, veremos dois brasileiros lutando pelo título ou qualquer coisa, eles virão. E os brasileiros são iguais. Eles querem ver seus compatriotas, mas acho que, com certeza, no futuro, veremos dois não-brasileiros num evento principal - cravou.

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