Até duas semanas atrás, Thiago Marreta
já não nutria muitas esperanças de ser aproveitado pelo UFC. Em sua
participação no TUF Brasil 2, foi derrotado por William Patolino e
Leonardo Santos, que depois se enfrentaram na decisão, e venceu Pedro
Iriê. Ele chegou a ter uma luta marcada para disputar o cinturão dos
meio-médios do WOCS, mas seu empresário, Alex Davis, pediu para ele não
lutar, já que três eventos do Ultimate estavam agendados para o Brasil.
Foi quando surgiu o chamado para enfrentar Cezar Mutante
neste sábado, no UFC 163, no Rio de Janeiro, após lesão do americano
Clint Hester. A alegria é tão grande que - ele garante - é maior do que a
pressão de fazer a estreia no card principal do evento.
- Se eu falar que não tem pressão, estarei mentindo. Pressão existe,
mas estou muito feliz pela oportunidade de lutar em casa, estrear no
card principal e tudo isso ofusca a pressão. Estou muito mais feliz que
pressionado - afirmou.
Nos poucos dias que teve para se preparar, Marreta aproveitou para
estudar o jogo de Mutante, apesar de já conhecer bem o oponente pela
participação na primeira edição do TUF Brasil, quando o pupilo de Vitor
Belfort saiu campeão. A preocupação do carioca, que mora na Cidade de
Deus e visitou o projeto social Rocinha Jiu-Jítsu nesta quarta-feira, é com os chutes e "golpes não convencionais" que seu adversário costuma aplicar.
- Já assisti o Mutante no TUF 1, é um cara que vem da capoeira, tem
chutes diferenciados, golpes não convencionais e isso complica um pouco a
luta. Além disso, é canhoto. É uma luta dificil para mim, contra um
adversário bem forte, em uma categoria que nunca lutei, mas espero que
seja uma luta boa para o público. Tudo indica que ela vá começar em pé,
com bastante troca, mas creio que não fique muito tempo em pé. Qualquer
um que sinta dificuldade em pé, vai partir para o chão, botar para
baixo, já que é MMA. Acredito que não vá ficar só em pé. Mas de mim, o
público pode esperar muita garra, buscando a vitória o tempo todo e
andando para frente - disse.
Cezar Mutante não luta exatamente desde a final do TUF Brasil 1, quando
venceu Serginho Moraes, em junho de 2012. De lá para cá, uma série de
lesões impediu o retorno do brasileiro ao octógono do UFC. Apesar disso,
Marreta não acredita que isso será uma vantagem no combate.
- De maneira nenhuma. Por mais que esteja parado esse tempo, tendo
lesões, acho que ninguém voltaria a lutar se não estivesse 100%. Se ele
aceitou, é porque está 100% fisicamente e mentalmente. Esse tempo parado
e as lesões não vão influenciar. Se ele aceitou, está 100% - garantiu.
O confronto será válido pelos médios, categoria na qual Thiago Marreta
lutará pela primeira vez. Apesar de aceitar o duelo em um peso acima do
qual está acostumado, ele disse que não houve nenhuma conversa que
garantisse que terá chance entre os meio-médios. E o próprio lutador
afirma que, caso se sinta bem neste sábado, pode continuar como
peso-médio.
- Não tem nada certo. Fui chamado para essa luta, estou com foco nessa
luta. Depois vemos o que vai acontecer. Sobre a categoria, é minha
estreia, vou experimentar, ver a diferença de força, tendo em vista que
os atletas da categoria descem de 100 kg, 105 kg. Sou mais leve que
isso. Depois vou sentar com os treinadores e decidir se volto para os
meio-médios ou permaneço nos médios - concluiu.
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