Uma das maiores sensações do MMA mundial, Ronda Rousey
- atual campeã peso-galo do UFC - surpreendeu a todos ao afirmar na
última quinta-feira que sua carreira no MMA pode vir a ser encerrada
daqui a dois anos. Para a lutadora, cada passo em sua vida é visto como
um ciclo, com data para terminar.
- Eu disse desde o começo que trabalho em ciclos de quatro anos. Estou
há dois anos no MMA, e acho que ainda tenho mais dois pela frente. Vou
encarar esse momento da minha vida como um ciclo olímpico. Eu diria hoje
que tenho mais dois anos pela frente. O TUF 18 foi o primeiro passo, e
não o último, mas o trabalho está sendo feito - disse a lutadora, em
entrevista ao site "MMA Junkie".
Invicta em sete lutas como profissional, a campeã lutou apenas uma vez
pelo UFC, mas já é umas das maiores estrelas da companhia, tendo sido
capa da revista masculina "Maxim", e sondada para fazer parte do elenco
de filmes como "Mercenários 3" e "Velozes e Furiosos 7". Na última
semana, a loura fez parte de uma extensa excursão de grandes estrelas do
UFC por todos os EUA, e disse que teve muito tempo durante os
deslocamentos para pensar em seu futuro.
- Tive 50 horas de viagem para refletir, e essa é uma das coisas que
mais gosto em viagens assim. Ninguém me perturba, e posso conversar e
organizar meus pensamentos. Tenho muitos planos em mente, mas não posso
revelá-los agora.
Perguntada se acha que ganhar a vida decorando textos é mais fácil do
que aplicando golpes, Rousey disse que ainda não chegou ao ponto de ter
que pensar sobre isso, mas revelou que a luta contra Liz Carmouche,
quando esteve perto de ser derrotada, acendeu o sinal amarelo para ela.
- Acho que algumas profissões dão a quem as exerce uma longevidade
maior que as outras. Na minha última luta pude sentir a minha
mortalidade. Eu tinha um ar de invencibilidade sobre mim mesma, e fui
forçada a perceber que, estatisticamente, existe uma chance de eu me
machucar permanentemente, ou até mesmo morrer. Pude perceber que você
joga com a sorte muitas vezes. Eu sou a melhor lutadora do mundo,
acredito mesmo nisso, mas mesmo assim você joga com a sorte,
independente de quem é. Por isso, preciso ter uma opção em vista. Esse
foi o meu erro no judô. Fui até o fim, e não pensei em nada para quando
parasse.
Contra Liz Carmouche, no UFC 156, quando fez a luta principal do
evento, Rousey teve sobre si uma imensa exposição de mídia, o que a
levou a receber diversas oportunidades fora do octógono. Enquanto diz
que seus dias como lutadora podem estar contados, Ronda Rousey garante
que seu foco no que está fazendo no momento não diminuirá.
- Eu realmente quero ser especial, e pretendo conseguir tanto lutar
quanto atuar. Quando sentir que é hora de parar de lutar, eu vou parar.
Mas essa hora não chegou ainda. Lutar ainda é a minha prioridade, mas
sinto que posso ter três empregos e ainda treinar e lutar. Acho que
posso fazer um filme entre uma luta e outra. Vou treinar enquanto
estiver lá, e poderei lutar depois. Hoje eu tenho menos carga de
trabalho do que já tive, e é engraçado ver como as coisas eram piores
quando eu comecei. Hoje as minhas obrigações parecem muito mais
plausíveis do que antes. Nada se compara a dormir no carro e ter a cara
amassada no dia seguinte. Isso é exaustão. Posso lidar facilmente com
isso - finalizou.
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