sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Lorenzo Fertitta comete gafe e prevê 54 eventos em 2014, mas volta atrás

Lorenzo Fertitta coletiva UFC (Foto: Reprodução/Twitter)

O UFC está crescendo e realiza cada vez mais eventos por ano, mas o sócio-proprietário da companhia Lorenzo Fertitta deu um susto no mundo do MMA ao anunciar, durante coletiva de imprensa em Nova York na quinta-feira, que a franquia realizaria 54 torneios em 2014. O número representaria um aumento de quase 39% em relação aos 33 deste ano e significaria praticamente um evento por semana. Mais tarde, todavia, em entrevista ao site "MMA Fighting", Fertitta esclareceu que falou errado e previu um número mais "modesto" para o proximo ano. - Eu disse 54? Não serão tantos. Eu acho que falei errado. Serão 40 e poucos - afirmou o dirigente.

O número de eventos inflou com a expansão global do UFC. Lorenzo Fertitta se mostrou otimista que a companhia conseguirá organizar os "40 e tantos" eventos, entre viagens à Ásia e Europa, e nem mencionou a América Latina - o Brasil deve receber cerca de sete torneios, de acordo com o diretor internacional Marshall Zelaznik, e há rumores de um show no México em 2014.

- Estamos tentando expandir nosso produto Fight Night. No nível mais baixo, temos o The Ultimate Fighter, que vamos levar por todo o mundo. Temos a série nos EUA, acabamos de terminar as filmagens do TUF China, que vai ao ar em janeiro, temos o TUF: Canadá x Austrália que está em produção agora, estamos em pré-produção para outras séries em outros lugares no resto do mundo. Essa é nossa base. No topo da pirâmide, estão nossos eventos "premium", que são os eventos numerados, os pay per view, e no meio da pirâmide temos a marca UFC Fight Night, que é distinta por ter nos eventos principais geralmente dois lutadores no top 10, o resultado geralmente tem significado real em suas jornadas ao cinturão, e o equilíbrio do card é feito com boas lutas e talentos em ascensão. Vamos expandir esse Fight Night para a Europa e a Ásia no ano que vem. O primeiro acontece em Singapura em 4 de janeiro, e depois o primeiro na Europa será em Londres, em março, com Alexander Gustafsson x Jimi Manuwa. Vamos fazer lutas nessas regiões diferentes, e quando adicionarmos aos 33 que fizemos neste ano, chegaremos aos 40 e poucos que pretendemos - explicou Fertitta ao "MMA Fighting".

A coletiva realizada no Madison Square Garden, ginásio do New York Knicks, New York Rangers e que sediou diversas lutas históricas no boxe, tinha como objetivo aumentar a campanha para que o UFC conquiste o último espaço que falta nos EUA: o estado de Nova York, único estado americano onde o MMA profissional ainda é ilegal. Fertitta esteve acompanhado dos campeões José Aldo, Chris Weidman e Dominick Cruz, além do campeão interino dos pesos-galos, Renan Barão, e do desafiante ao título dos pesos-penas, Ricardo Lamas. Cruz, Barão, Aldo e Lamas são as principais atrações do UFC 169, que acontece no dia 1º de fevereiro em Newark, Nova Jersey, há poucos minutos de Nova York. Fertitta disse que o UFC realizaria pelo menos cinco eventos no estado caso a proibição ao MMA profissional fosse derrubada, e apresentou estudo realizado pela firma HR&A Advisors que projetou uma movimentação econômica atual de US$ 135 milhões (cerca de R$ 312 milhões) no estado caso o esporte fosse sancionado.

Há anos, o Ultimate apoia um projeto de lei pela legalização do MMA profissional em Nova York, mas o projeto jamais chega ao plenário para voto na Assembleia Legislativa. Segundo o deputado estadual Andy Hevesi, do Partido Democrata, o projeto ainda não tem apoio suficiente dentro do partido devido a preconceitos.

- Nós temos uma regra na nossa conferência, que se você não tem 76 votos, que é o necessário para passar a lei, nem trazemos (a voto). Eu apoio esta regra. Estamos apenas alguns votos longe (desse total) - explicou Hevesi. A assembleia tem 150 membros.

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