O UFC está crescendo e realiza cada vez mais eventos por ano, mas o
sócio-proprietário da companhia Lorenzo Fertitta deu um susto no mundo
do MMA ao anunciar, durante coletiva de imprensa em Nova York na
quinta-feira, que a franquia realizaria 54 torneios em 2014. O número
representaria um aumento de quase 39% em relação aos 33 deste ano e
significaria praticamente um evento por semana. Mais tarde, todavia, em
entrevista ao site "MMA Fighting", Fertitta esclareceu que falou errado e
previu um número mais "modesto" para o proximo ano.
- Eu disse 54? Não serão tantos. Eu acho que falei errado. Serão 40 e poucos - afirmou o dirigente.
O número de eventos inflou com a expansão global do UFC. Lorenzo
Fertitta se mostrou otimista que a companhia conseguirá organizar os "40
e tantos" eventos, entre viagens à Ásia e Europa, e nem mencionou a
América Latina - o Brasil deve receber cerca de sete torneios, de acordo
com o diretor internacional Marshall Zelaznik, e há rumores de um show
no México em 2014.
- Estamos tentando expandir nosso produto Fight Night. No nível mais
baixo, temos o The Ultimate Fighter, que vamos levar por todo o mundo.
Temos a série nos EUA, acabamos de terminar as filmagens do TUF China,
que vai ao ar em janeiro, temos o TUF: Canadá x Austrália que está em
produção agora, estamos em pré-produção para outras séries em outros
lugares no resto do mundo. Essa é nossa base. No topo da pirâmide, estão
nossos eventos "premium", que são os eventos numerados, os pay per
view, e no meio da pirâmide temos a marca UFC Fight Night, que é
distinta por ter nos eventos principais geralmente dois lutadores no top
10, o resultado geralmente tem significado real em suas jornadas ao
cinturão, e o equilíbrio do card é feito com boas lutas e talentos em
ascensão. Vamos expandir esse Fight Night para a Europa e a Ásia no ano
que vem. O primeiro acontece em Singapura em 4 de janeiro, e depois o
primeiro na Europa será em Londres, em março, com Alexander Gustafsson x
Jimi Manuwa. Vamos fazer lutas nessas regiões diferentes, e quando
adicionarmos aos 33 que fizemos neste ano, chegaremos aos 40 e poucos
que pretendemos - explicou Fertitta ao "MMA Fighting".
A coletiva realizada no Madison Square Garden, ginásio do New York
Knicks, New York Rangers e que sediou diversas lutas históricas no boxe,
tinha como objetivo aumentar a campanha para que o UFC conquiste o
último espaço que falta nos EUA: o estado de Nova York, único estado
americano onde o MMA profissional ainda é ilegal. Fertitta esteve
acompanhado dos campeões José Aldo, Chris Weidman e Dominick Cruz, além
do campeão interino dos pesos-galos, Renan Barão, e do desafiante ao
título dos pesos-penas, Ricardo Lamas. Cruz, Barão, Aldo e Lamas são as
principais atrações do UFC 169, que acontece no dia 1º de fevereiro em
Newark, Nova Jersey, há poucos minutos de Nova York. Fertitta disse que o
UFC realizaria pelo menos cinco eventos no estado caso a proibição ao
MMA profissional fosse derrubada, e apresentou estudo realizado pela
firma HR&A Advisors que projetou uma movimentação econômica atual de
US$ 135 milhões (cerca de R$ 312 milhões) no estado caso o esporte
fosse sancionado.
Há anos, o Ultimate apoia um projeto de lei pela legalização do MMA
profissional em Nova York, mas o projeto jamais chega ao plenário para
voto na Assembleia Legislativa. Segundo o deputado estadual Andy Hevesi,
do Partido Democrata, o projeto ainda não tem apoio suficiente dentro
do partido devido a preconceitos.
- Nós temos uma regra na nossa conferência, que se você não tem 76
votos, que é o necessário para passar a lei, nem trazemos (a voto). Eu
apoio esta regra. Estamos apenas alguns votos longe (desse total) -
explicou Hevesi. A assembleia tem 150 membros.
Sem comentários:
Enviar um comentário