sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Mark Coleman: 'Poderia ter vencido todos no UFC 1. Até Royce Gracie'

Mark Coleman (Foto: Ivan Raupp)

Aos 48 anos, o gigante Mark Coleman mantém a imponência que tinha quando era um dos lutadores mais dominantes do Ultimate. Campeão dos UFCs 11 e 12, ainda no formato antigo, Coleman garantiu, em conversa com os jornalistas após o treino aberto do UFC 167, em Las Vegas, que preferia a sua época à atual, com menos regras e mais possibilidades de atingir os rivais. Segundo ele, aquela era a sua casa.
 
- É claro que eu prefiro as regras antigas! Eu me sentia em casa no octógono quando não havia regras (risos). Quando me disseram que não podia mais dar cabeçadas, eu chorei como um bebê por alguns dias... 
Na primeira luta que perdi eu lembro que tinha a cara do meu adversário bem na minha frente, e não podia mais dar cabeçadas nele. Acho que por isso não fui tão bem contra Pete Williams (risos). Depois ainda tiraram as minhas sapatilhas. Chorei de novo (risos). A verdade é que, quanto menos regras, melhor para mim. Mas acho que me adaptei bem. Quando fui demitido do UFC, meu objetivo sempre foi voltar. Quando consegui e pude fazer minhas últimas três lutas, aquilo representou demais para mim. Pude garantir o meu legado como um cara da escola antiga tendo a chance de competir com caras mais novos, de uma outra geração. Pude provar que podia enfrentar atletas tão bem treinados quanto eles.

O veterano, que foi chamado para escoltar Johny Hendricks em sua movimentação para a imprensa e os fãs, revelou ter a certeza que venceria Royce Gracie se tivesse disputado o UFC 1, há 20 anos.


- Sempre achei que o UFC seria muito grande, e muita gente pensou como eu. Sempre gostei de estar aqui e sempre quis ser o campeão do UFC. Na minha cabeça, eu sei que poderia vencer a todos que estiveram no UFC 1, inclusive Royce Gracie. Se não tivesse isso em mente, era melhor nem ter estado aqui. Essa tem que ser a mentalidade de um campeão: saber que pode vencer qualquer um. Quem sabe o que poderia acontecer em uma luta minha contra Royce Gracie? Acho que eu o pegaria. Tenho um imenso respeito pelo jiu-jítsu hoje em dia, mas acho que uma ou duas cabeçadas seriam o suficiente para eu ficar em vantagem (risos).

Atualmente Coleman faz parte da equipe de treinadores do time de BJ Penn nas gravações do TUF 19, e garante que não viu a sua época no UFC como os chamados "anos escuros", quando não havia o dinheiro ou o glamour presentes em abundância hoje em dia no torneio.

- Tenho que agradecer a BJ por me chamar para ser técnico no TUF, por confiar em mim, e Dana White, por me dar a oportunidade de viver mais esta experiência dentro do UFC. Algumas pessoas chamam o período antigo do UFC de "anos escuros", mas eu acho que foram anos gloriosos e fantásticos. Pelo menos para mim, foram anos de sonho, porque foi o meu sonho que se tornou realidade. Eu sempre quis viver o que vivi naquela época. Quando fui campeão do UFC, senti que foi em uma época de ouro. Não sei por que dizem que foram os anos escuros. Talvez os donos não estivessem ganhando tanto dinheiro, mas eu gostava do tempo em que se lutava sem regras.

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