quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Mutante quer luta contra gringo e elogia Belfort: ‘Ele foi impecável’


No último sábado (9), Goiânia recebeu uma edição do UFC. E no co-main event da noite, teve um duelo que já era esperado há um ano. Cezar Mutante e Daniel Sarafian fizeram o duelo que seria a decisão do TUF 1. E o campeão do programa levou a melhor, na decisão dividida dos árbitros.

Em entrevista à TATAME, o especialista em Capoeira comentou sobre seu triunfo, rechaçando o rótulo que essa luta teve, como o tira-teima do TUF. Além disso, o lutador contou sobre as vaias recebidas e garantiu que o importante era sair vitorioso.

Com duas vitórias no Ultimate, Mutante já almeja algo maior. Com a meta traçada de chegar ao top 10 da categoria, o atleta já mira encarar um adversário estrangeiro e não descarta atuar fora do país. Como não podia deixar de mencionar, o mineiro não poupou elogios a Vitor Belfort.

Confira a entrevista na íntegra:

Como foi essa noite com mais uma vitória no UFC?

Tive a sensação de dever cumprido, foi uma luta emocionante. O Sarafian é um cara muito duro e valorizou a vitória. Estou feliz, agora vou para casa tirar umas férias e operar o nariz (desvio de septo) na quinta-feira (14).

Essa vitória foi boa para desfazer a situação da final do TUF 1, que você não o enfrentou?

Acho que a luta de sábado não teve nada a ver com a final. Eu venci o programa, também estava lesionado e essa foi outra coisa. Foi mais uma luta. O interessante é que fizemos um bom trabalho na casa, e o público queria ver a nossa luta, tanto que ela foi co-main event. Isso foi muito para uma atleta que tem duas lutas no Ultimate. Estou bem feliz.
Acha que seu jogo de quedas o surpreendeu?

Foi um jogo, ele me surpreendeu também, matou a minha distância se movimentando rápido, balançando a cabeça, usando o clinche. Não consegui usar meu Boxe, chute e pensei em mudar a estratégia, porque a luta estava perigosa. Mudei e consegui frustrá-lo.

Ficou satisfeito com sua atuação? Foi dentro do que imaginava?

Vim para vencer, tinha plena confiança, mas não sabia como. Vitória é vitória. O público vaiou um pouco, mas nem sempre a gente dá show.

Essas vaias vão te levar a fazer uma luta mais empolgante na próxima vez?

Eu tento evoluir sempre, tento entrar para finalizar ou nocautear, mas tem vezes que não dá. E, nesses casos, quero vencer, usar um plano para vencer. Não importa o jeito que vai ser. Só quero vencer.

 
Com mais essa vitória, onde você se enxerga na categoria?

Cada vitória é um degrau a mais que você sobe. Estou num novo rumo na carreira, com um novo objetivo, que é entrar no top 10. Estou à disposição de enfrentar qualquer um para esse objetivo. Já estou pronto para a próxima.

Após duas lutas no Brasil, existe a vontade de lutar no exterior?

O UFC é um evento é tão grande, então o importante é estar nele. Porém, tenho vontade de lutar lá fora, sim, seria bacana.

Gostaria de enfrentar um lutador estrangeiro, já que você vem de três duelos contra brasileiros?

Gostaria de enfrentar um americano, mas deixo meu destino nas mãos do UFC. Eles são mestres em casar boas lutas.

 
O que achou da atuação do Vitor Belfort?

Ele foi sensacional, impecável. Encontrou o momento certo, conectou o golpe e foi um show. Foi impressionante, porque todo mundo se assustou com o upper, porque o pé do Hendo saiu do chão. O pessoal ficou horrorizado. Ele está bem, focado, sabe o que quer. Não consigo acompanhar o ritmo dele. O cara todo dia 6h da manhã, vai à praia treinar Boxe. É o cara mais disciplinado que conheci.

E isso te influencia também, né?!

É um espelho. Ele luta desde os 19 anos, tem 36 e está nesse pique. Isso me incendeia. Vejo que ele fica que nem criança quando aprende golpe novo, fica repetindo. É um atleta motivado, e isso me motiva também.

Você gostaria de vê-lo contra o Anderson ou contra o Weidman?

Ah, eu não sei. Eu gostaria que ele fosse o campeão (risos), independentemente de quem fosse. Ele vai ter a chance lutar pelo cinturão e isso vai acontecer. Ele estará preparado contra qualquer um. Na fase que ele está, tem plenas condições de vencer qualquer um dos dois.

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