Diego Brandão e Dustin Poirier andaram se estranhando no decorrer desta semana, antes de se enfrentarem no sábado pelo UFC 168. O peso-pena brasileiro contou que ficou perto do adversário americano enquanto assinava pôsteres do evento, em uma sala reservada pelo Ultimate, e esbravejou com ele ao sentir que estava sendo "comido com os olhos". Diego interpretou a atitude do americano como um desrespeito e não poupou a língua:
- Falei para ele não ficar me olhando muito fora da luta porque acho que isso é falta de respeito. Foi na hora em que a gente estava assinando autógrafos. Falei: "Não fica me olhando assim não, porque acho que é falta de respeito você me comer com seus olhos. Brother, me mata lá dentro das grades, mas aqui fora não. Aqui eu te respeito e você me respeita". Aí ele disse: "Beleza. Boa". Eu estava sozinho, e ele estava com os professores dele. Tem que falar, né? Não gosto que fiquem me encarando. Pô! O cara quer roubar meu dinheiro e fazer da minha vida um inferno. Falei que não estava com medo dele. Ele está tentando me intimidar. Mas vocês vão me ver entrar sorrindo - revelou o brasileiro, em entrevista ao Combate.com.
Brandão confessou que tem uma imagem marrenta de Dustin Poirier e afirmou que o americano está com medo. Ele aproveitou para deixar um recado ao oponente:
- Eu não posso falar que ele é marrento, mas ele é. Ele é! Deixa ele. É isso que estou dizendo. Os treinadores estão tentando deixá-lo confortável, mas ele está com medo. E vou mostrar para ele. Já chorei nesse quarto quando perdi para o Darren Elkins (no UFC 146), e isso nunca mais vai acontecer, porque só eu sei o momento da derrota. Não quero mais passar por isso. Agora digo para ele: senta lá no banquinho e chora, porque vou te quebrar.
Um dos comentários feitos por Poirier em entrevistas durante o período de preparação incomodou Diego Brandão, que por sinal pretende usar muito o jiu-jítsu no duelo:
Diego Brandão e seu empresário, Ivan Jatobá (Foto: Ivan Raupp)Brandão posa com seu empresário, Ivan Jatobá (Foto: Ivan Raupp)
- O Dustin Poirier falou que é bom no wrestling, no jiu-jítsu e na trocação, e que talvez eu dê um calor nele no quimono. Então, acho melhor eu ir para casa correndo antes que comece a luta, com medo dele. Eu não preciso nocautear ninguém, mas minha mão está aqui. Mas eu vou botar para baixo e vou pegar.
O único brasileiro até hoje campeão do TUF dos EUA acredita que os treinadores do rival estão fazendo uma espécie de lavagem cerebral para que o atleta ganhe confiança:
- O Poirier está confortável porque pensa que vou entrar como um cara sem querer trocar nem nada. Eu sei, já passei por isso. Na casa do TUF tinha muita gente assim: "Tu luta contra o Diego! Tu luta!". Para fazer o lado dele fácil. "Fulano é otário, vai lá e bate nele". Mas dentro do coração dele... Sinto que ele está empolgado, mas sabendo que vai enfrentar uma pedreira. Só que os professores estão limpando a cabeça e fazendo ele se sentir confortável. Esses caras entram para lutar com medo.
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