Em sua época áurea no Pride, Maurício Shogun já foi considerado um dos melhores lutadores do mundo. Mais tarde, voltou a ter uma grande glória ao se tornar campeão do UFC. Hoje, no entanto, a situação é bem diferente. Apesar do título, o saldo no Ultimate é negativo: cinco vitórias e seis derrotas. E ele sofreu dois reveses nas duas últimas lutas, sequência que até então era algo inédito na carreira. O duelo desta sexta-feira, contra o neozelandês James Te Huna, é visto pelo brasileiro como o início de uma retomada. O sonho é voltar a ser o melhor, a referência, o espelho daqueles que estão começando, o número 1. Shogun está mordido. - Eu me cobro muito e sou um cara muito competitivo. Quem me conhece sabe. Sei que a vitória sempre é importante. Sempre tive o sonho de me tornar número 1 do mundo. Já fui campeão da minha categoria e tenho o sonho de voltar a ser campeão. Então, eu me cobro muito para voltar a ser o número 1 - disse em entrevista por telefone ao Combate.com.
Para alguém que já conquistou os maiores objetivos de um atleta, é difícil se motivar para uma "mera luta", como disse Shogun. Mas ele garante que consegue passar reto sem maiores problemas. Por isso ele está tão focado na meta de reconquistar o cinturão do UFC.
Para alguém que já conquistou os maiores objetivos de um atleta, é difícil se motivar para uma "mera luta", como disse Shogun. Mas ele garante que consegue passar reto sem maiores problemas. Por isso ele está tão focado na meta de reconquistar o cinturão do UFC.
- Graças a Deus já conquistei os meus maiores sonhos na luta, e às vezes uma mera luta se torna uma coisa não tão motivante, não tão significante. Por isso hoje eu encaro toda luta como a luta da minha vida. Se o cara quer ser campeão, tem que vencer a próxima. Sou um cara motivado. Chego no tatame e lá tem vários caras bons. Isso já é uma motivação. Tenho muitos espelhos na academia, algo que eu não tinha em Curitiba. Trabalho muito para o fato de eu ter conquistado meus sonhos muito cedo não me atrapalhar mais hoje em dia - afirmou o lutador, que trocou os treinamentos em Curitiba por São Paulo, onde está com o time de Demian Maia.
O último duelo de Shogun foi talvez a derrota mais marcante sofrida por ele. Finalizado com uma guilhotina por Chael Sonnen, que é odiado por grande parte da torcida brasileira por causa das constantes provocações ao país, o curitibano admitiu que a dor foi grande:
- Toda derrota te magoa muito. Eu fiquei muito triste pela forma como foi a luta. Infelizmente acho que entrei na luta muito abatido psicologicamente, mas isso não é desculpa. Ele conseguiu impor o jogo dele e foi feliz. Com certeza foi uma derrota difícil de ser digerida. O psicológico é muito de cada um. Acho que eu não estava focado na luta 100%. Mas não é desculpa. Ele foi melhor do que eu e foi feliz - contou ele, que optou por não dar mais detalhes.
Quem tentará impedir essa retomada de Shogun é James Te Huna. O neozelandês de 32 anos tem um cartel de 16 vitórias e seis derrotas e vem de revés por finalização para Glover Teixeira. Ele tem um estilo de luta que é visto com bons olhos pelo brasileiro.
- O Te Huna é um cara forte, que gosta de derrubar e é bom de boxe também. Ele gosta de buscar a luta, e eu gosto de lutar contra caras que nem ele, que buscam a luta e não ficam amarrando para tentar ganhar por pontos - declarou.
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