sábado, 22 de fevereiro de 2014

Munhoz quer vencer Assunção de olho no TOP 10 dos pesos-galos

Pedro Munhoz MMA UFC 170 (Foto: Evelyn Rodrigues)

O brasileiro Pedro Munhoz foi chamado de última hora para substituir Francisco Rivera e enfrentar o número três do ranking dos pesos-galos do UFC, Raphael Assunção, no evento de número 170, que acontece neste sábado à noite no Mandalay Bay Events Center, em Las Vegas (EUA). Atleta da Black House e da Kings MMA ao lado de Lyoto Machida, Fabrício Werdum e Glover Teixeira, o paulistano de 27 anos chega à maior competição de MMA do mundo com muita força de vontade e a determinação de estrear de olho no Top 10 da divisão: - Estou chegando no UFC agora, mas não luto para deixar na mão dos juízes. A minha meta é finalizar meus oponentes. Eu vou fazer a minha estreia enfrentando o número três no ranking dos galos e acho que, se eu vencer, já devo entrar nos Top 10. Apesar de ser a minha primeira luta na organização, não sinto tanta pressão. Eu aceitei o duelo com 20 dias de antecedência, estou pronto para o desafio e, independente do que aconteça, eu vou sair daquele octógono como vencedor. Eu vejo várias possibilidades de ganhar do Raphael, pois não acho que ele é melhor do que eu em nenhum aspecto. Digo isso sem desrespeitá-lo, pois ele é um atleta experiente, mas eu acho que sou melhor do que ele.

Com 10 vitórias na carreira e nenhuma derrota, Pedro é especialista em luta agarrada e já venceu seis adversários por finalização. Em agosto do ano passado, ele conquistou o título de campeão peso-galo do RFA (Resurrection Fighting Alliance) diante do veterano Jeff Curran. Há um mês, ele fez a sua primeira defesa de cinturão contra Billy Daniels e conseguiu uma vitória por finalização aos 41 segundos de luta.

-  Duas semanas depois de vencer essa luta contra o Daniels, o meu empresário, Ed Soares, me ligou falando que o oponente do Raphael tinha quebrado a mão. O meu peso estava bom, eu tinha acabado de lutar e, como foi um duelo rápido, eu não me machuquei, estava bem. Na verdade, eu lutei numa sexta-feira e, na segunda já estava de volta à academia. Eu sabia que ía ter UFC no Brasil e em Vegas e queria estar pronto, pois o Ed tinha dito que, se alguém se machucasse, eu podia entrar de última hora - conta Pedro, completando:

- Foi aí que eu soube que era o Raphael Assunção, número três do ranking, e fiquei mais empolgado ainda. Se eu faço uma boa luta e ainda ganho dele, já consigo mostrar a que vim. O Raphael  é um bom oponente, mas não é nada de extraordinário, é um cara que dá para eu ganhar. Eu já lutei com caras  mais técnicos do que ele. Ele pode ser mais experiente no UFC, mas eu já enfrentei caras muito mais experientes do que ele. O Jeff Curran mesmo tem quase o dobro de lutas que ele tem.

Com apenas duas semanas para treinar para o duelo, o paulistano conta que o pouco tempo não atrapalhou a sua preparação e que sente como se tivesse feito um camp completo:

- Na verdade, eu tenho o meu camp de treinamento e ainda treino de segunda à sábado. Eu não me preparo especificamente para uma luta, porque eu não saio da academia, treino todos os dias. Então, quando eu tenho um combate agendado, eu só vou dividindo os treinos, me preparando mentalmente e balanceando a dieta. Eu treino bastante boxe, muay thai, wrestling, jiu-jítsu e tenho um treino bem misturado. Eu vi algumas lutas do Raphael, trabalhei algumas coisas com o meu treinador de boxe, e é isso que vai fazer a diferença lá no octógono.

Morando há quatro anos em Los Angeles, nos EUA, com a esposa e a enteada, Pedro acaba de ser pai (tem uma filha de dois meses) e fez questão de trazer a família para Las Vegas para apoiá-lo em sua estreia:

- Ter o apoio da minha família nesse momento é algo que não tem preço. Eu fico mais empolgado por tê-los aqui, me motiva muito mais, ainda mais agora que acabei de ser pai. Saber que você precisa sustentar a sua família te dá forças para tudo e é isso que me dá garra  para eu poder entrar no octógono igual a um leão caçando a sua presa. Fora isso, é muito emocionante estrear em um card do UFC logo em Las Vegas, a capital mundial das lutas. Isso é uma coisa com a qual eu sonhava desde criança. Desde que fiz a minha primeira luta de  MMA até esse duelo de 3 semanas atrás, o meu objetivo sempre foi um dia lutar no UFC. É um passo muito importante para a minha carreira, me sinto abençoado e é por isso que vou dar o meu melhor, pois quero mostrar a todos que cheguei para ficar e dominar essa categoria - finaliza.

Sem comentários:

Enviar um comentário