A vitória de Rogério Minotouro sobre Rashad Evans em fevereiro de 2013 o colocou em boa posição na categoria dos meio-pesados (até 93kg) do UFC, já beirando uma disputa de cinturão, mas ele foi atrapalhado por algumas lesões que o afastaram do octógono por quase um ano e meio. O brasileiro enfim estará de volta à ação neste sábado, contra outra pedreira, Anthony Johnson, e um novo triunfo deve trazer à tona novamente as questões em torno do título. Ao mesmo tempo, uma derrota terá ainda mais peso, uma vez que Minotouro tem se lesionado muito e não será fácil retornar à posição onde ele se encontra agora na divisão.
- Essa luta é um grande desafio para eu chegar aonde quero, que é a disputa de cinturão. Ela vem num ótimo momento. É luta de ou vai, ou racha. Ou está ali na disputa de cinturão, ou fica depois dos cinco primeiros. Essa luta provavelmente vai me colocar entre os quatro principais do ranking até 93kg - disse ele, em entrevista ao Combate.com.
As lesões também fizeram Minotouro ficar mais de um ano parado entre as vitórias sobre Tito Ortiz e Rashad Evans. Mesmo com essas dificuldades, o lutador de 38 anos ainda não pensa em aposentadoria:
- Estou me sentindo bem treinando. Enquanto eu estiver me sentindo bem e competindo bem, em alto rendimento... Por enquanto estou me sentindo bem. Fiz uma excelente luta contra o Rashad Evans. Tenho feito sparrings para esta luta melhor do que fiz para a última, o pessoal tem comentado. Tive bastante tempo para trazer as pessoas certas para treinar defesa de queda comigo. Não é o momento de pensar em parar. Isso só vai acontecer quando eu começar a não treinar bem.
Minotouro admitiu que enfrentou dificuldades na volta aos treinos e não se arrepende de ter feito o processo num ritmo mais lento do que o normal:
- No início ficou meio apertado. Foram dois meses, quase três, e achei que não daria tempo. Mas deu certo, o corpo respondeu legal. As dores foram passando. No começo eu senti o corpo por falta de ritmo e de preparação física. Depois, à medida que o corpo foi se fortalecendo, fui sentindo menos e apertando mais o treino. Acho que fiz certo de não ter voltado de vez. Demorei, desde janeiro, três meses para pegar o ritmo e mais três para pegar mais pesado. Então, foi o tempo certo. Os meses seguintes foram de aproveitamento máximo. Consegui chegar no pico de preparação física.
Vindo de sete triunfos consecutivos, Anthony Johnson é considerado grande favorito para o duelo, de acordo com as casas de apostas dos Estados Unidos. Mas o fato de ser o azarão não incomoda Minotouro, que já se diz acostumado com isso:
- Ele vem de uma boa luta (contra Phil Davis) e de uma sequência grande de vitórias, por isso o pessoal está botando todas as fichas nele. Acho que é normal. Já passei por isso, inclusive na minha última luta (contra Rashad Evans), de entrar como azarão e surpreender. Minha meta é tentar surpreender.
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