Raphael Assunção estreou no UFC em março de 2011 sendo nocauteado por Erik Koch ainda no primeiro round. Desde então, o lutador entrou em ação em mais seis oportunidades e venceu todos os seus adversários. Atual número 4 do ranking do peso-galo (61kg), atrás de Renan Barão, Dominick Cruz e Urijah Faber (o campeão TJ Dillashaw não entra no ranking), o brasileiro esteve perto de disputar o cinturão, mas uma lesão fez o atual detentor do título entrar em seu lugar e ficar no topo da categoria. Para piorar, o ex-campeão Dominick Cruz voltou de lesão após três anos sem lutar, nocauteou Takeya Mizugaki no primeiro round e foi confirmado como próximo desafiante pelo presidente do Ultimate, Dana White.
Neste sábado, Raphael fará sua oitava luta na organização, quando enfrentará Bryan Caraway, 10º colocado da divisão, no coevento principal do UFC: MacDonald x Saffiedine, no Canadá. Sem se abalar por não ter sido escolhido como próximo desafiante, o peso-galo quer vencer o americano e esperar o duelo entre Dillashaw e Cruz para se colocar como adversário do vencedor.
- Em caso de vitória, sou o desafiante número 1. Independente de quem vá ser o próximo. Eu iria ser o próximo desafiante, não pude disputar, e o UFC precisava de oponente para o Barão, então botaram o Dillashaw e ele ganhou do Barão. O Barão tinha pego o lugar do Cruz, que era o campeão. O TJ tomou meu lugar e meio que as coisas mudam, mas está tranquilo. Não vejo isso como um problema. Estou motivado para sábado e estou bem mais focado, mais profissional. Eu já estava informado de que isso poderia acontecer. Por um lado fiquei um pouco triste, apesar de ter um combate pela frente e não poder pensar tão além. Tenho uma luta sábado que é importante, mas fiquei um pouco assim no começo, só que no final das contas isso me motiva. Eu cheguei a conversar pessoalmente com o Dana White. Acho que injustiçado não seria a palavra certa. Eu sabia que poderia acontecer essa possibilidade do Dominick voltar, ter uma volta boa como teve e disputar o cinturão antes de mim. Só achei que foi uma decisão muito rápida, tomada de imediato - afirmou, em entrevista por telefone ao Combate.com.
A luta entre TJ Dillashaw e Dominick Cruz ainda não tem data marcada, o que pode fazer o Ultimate querer que Raphael Assunção faça mais um combate antes de disputar o cinturão, caso vença Caraway. Um possível adversário seria Renan Barão, que teve a revanche contra o campeão marcada, mas passou mal antes da pesagem e foi retirado do card, sendo substituído por Joe Soto, que foi derrotado. O ex-detentor do título é o primeiro colocado do ranking, mas isso não anima Assunção.
- Eu não tenho muito interesse em enfrentar o Barão, até porque ele está vindo de derrota. No momento penso na próxima luta e um pouco além. Ganhando sábado, penso além, mas no final das contas quem decide são eles. Com certeza vamos ter que negociar, mas tem que ser algo do meu interesse também. Não pode ser uma coisa de que "tem que voltar, colocar pra lutar". Tem que ser do meu interesse, porque não tive minha oportunidade ainda e vou buscar essa chance de disputar o cinturão. Não quero saber de quem vem ou de quem veio. Acho que não me interessa fazer outra luta em caso de vitória. Se der tudo certo, não me interessa por agora. Provavelmente vou esperar. Vou sentar com meu time e provavelmente a decisão será a de aguardar a chance de disputar o título - explicou.
Se por um lado Raphael não esconde o interesse de disputar o título o quanto antes, por outro ele garante que não esquece da necessidade de lutar bem contra Bryan Caraway. O brasileiro quer a vitória para ratificar após a luta a vontade de enfrentar o vencedor de Dillashaw x Cruz.
- Os fatos estão ali. Serão sete vitórias seguidas, não preciso gritar, nem fazer nada, mas realmente gostaria que as pessoas soubessem mais um pouco. Tenho acompanhado no Twitter, falam bastante que eu mereço. Claro que é importante na hora certa dar uma esclarecida nesse fato. É o que eu acho, não me interessa luta nenhuma. Quero o campeão. É o que tenho em mente. Tudo pode acontecer. Às vezes as pessoas acham que estou perdendo o foco da luta com o Caraway por causa de toda essa repercussão na categoria, dos desafiantes, mas estou muito focado pra sábado. Quero sair vitorioso e começar minha campanha novamente - declarou.
Motivação para luta com Caraway
Caraway tem um cartel de 19 vitórias e seis derrotas, com 17 oponentes despachados por finalização. O americano declarou recentemente que é o melhor grappler (especialista em luta agarrada) no peso-galo, e Raphael Assunção disse conhecer bem o jogo do rival. De acordo com o brasileiro, sua motivação para essa luta é diferente da que teve na última vez que subiu no octógono, quando venceu o então estreante no UFC Pedro Munhoz por decisão unânime.
- Ele se diz o melhor grappler da categoria, até tem bastante experiência na luta agarrada, realmente mistura bem o wrestling e o jiu-jítsu, mas eu conheço bem esse jogo, essa origem do jiu-jítsu, porque sou faixa-preta. Geralmente ele toma sufoco no começo e cresce depois. Fica ali esperando uma oportunidade para executar e finalizar. O Caraway é um atleta perigoso, reconhecido, tem algumas vitórias e só está me motivando para chegar sábado e fazer uma boa performance. É uma luta na qual eu tenho que me provar também. Na última luta eu não estava muito animado, peguei o Pedrinho, que é meu colega. Tive uma série de coisas que me fizeram ter um pouco de falta de ânimo. Peguei um estreante, mas foi minha sexta vitória seguida. Aí o pessoal perguntava, e eu realmente não estava muito animado. Para essa luta eu estou animado. Ganhando, quero fazer minha promoção, uma repercussão diferente - disse.
Com um estilo mais discreto que o de lutadores que têm se destacado por promover bem suas lutas, como o irlandês Conor McGregor, que parece se aproximar cada vez mais de uma disputa de título no peso-pena com seu estilo falastrão e nocauteador, Assunção admite que isso pode ser um problema para ele, mas cita o campeão de sua categoria, TJ Dillashaw, como exemplo de que vender bem os combates não é tudo.
- Talvez sim, mas se formos analisar os fatos, o TJ também não era conhecido, não tinha nem patrocínio quando disputou o cinturão. Ele foi o finalista da casa, ganhou umais quatro lutas e agora é o campeão. Agora tudo é em cima dele. Vai muito de cada situação. Cada situação é uma situação. O TJ quando lutou comigo em SP, ele praticamente não tinha patrocinio. Era um patrocinio de última hora. Ele não representa a marca que o patrocinou, foi só na hora. Vai muito do interesse da promoção do UFC, de como eles querem promover, fazer o negócio todo, igual o menino lá, o McGregor, que lutou na Irlanda, teve aquele negócio todo, realmente é falastrão, mas é bom lutador. Não me comparo com ninguém. São 500 lutadores no UFC e não posso me comparar com um lutador que tem repercussão agora. Não me interessa me basear assim. Claro que ficar em evidência é legal por patrocínio. Estou dando mais uma enfase na mídia mesmo - concluiu.
Neste sábado, Raphael fará sua oitava luta na organização, quando enfrentará Bryan Caraway, 10º colocado da divisão, no coevento principal do UFC: MacDonald x Saffiedine, no Canadá. Sem se abalar por não ter sido escolhido como próximo desafiante, o peso-galo quer vencer o americano e esperar o duelo entre Dillashaw e Cruz para se colocar como adversário do vencedor.
- Em caso de vitória, sou o desafiante número 1. Independente de quem vá ser o próximo. Eu iria ser o próximo desafiante, não pude disputar, e o UFC precisava de oponente para o Barão, então botaram o Dillashaw e ele ganhou do Barão. O Barão tinha pego o lugar do Cruz, que era o campeão. O TJ tomou meu lugar e meio que as coisas mudam, mas está tranquilo. Não vejo isso como um problema. Estou motivado para sábado e estou bem mais focado, mais profissional. Eu já estava informado de que isso poderia acontecer. Por um lado fiquei um pouco triste, apesar de ter um combate pela frente e não poder pensar tão além. Tenho uma luta sábado que é importante, mas fiquei um pouco assim no começo, só que no final das contas isso me motiva. Eu cheguei a conversar pessoalmente com o Dana White. Acho que injustiçado não seria a palavra certa. Eu sabia que poderia acontecer essa possibilidade do Dominick voltar, ter uma volta boa como teve e disputar o cinturão antes de mim. Só achei que foi uma decisão muito rápida, tomada de imediato - afirmou, em entrevista por telefone ao Combate.com.
A luta entre TJ Dillashaw e Dominick Cruz ainda não tem data marcada, o que pode fazer o Ultimate querer que Raphael Assunção faça mais um combate antes de disputar o cinturão, caso vença Caraway. Um possível adversário seria Renan Barão, que teve a revanche contra o campeão marcada, mas passou mal antes da pesagem e foi retirado do card, sendo substituído por Joe Soto, que foi derrotado. O ex-detentor do título é o primeiro colocado do ranking, mas isso não anima Assunção.
- Eu não tenho muito interesse em enfrentar o Barão, até porque ele está vindo de derrota. No momento penso na próxima luta e um pouco além. Ganhando sábado, penso além, mas no final das contas quem decide são eles. Com certeza vamos ter que negociar, mas tem que ser algo do meu interesse também. Não pode ser uma coisa de que "tem que voltar, colocar pra lutar". Tem que ser do meu interesse, porque não tive minha oportunidade ainda e vou buscar essa chance de disputar o cinturão. Não quero saber de quem vem ou de quem veio. Acho que não me interessa fazer outra luta em caso de vitória. Se der tudo certo, não me interessa por agora. Provavelmente vou esperar. Vou sentar com meu time e provavelmente a decisão será a de aguardar a chance de disputar o título - explicou.
Se por um lado Raphael não esconde o interesse de disputar o título o quanto antes, por outro ele garante que não esquece da necessidade de lutar bem contra Bryan Caraway. O brasileiro quer a vitória para ratificar após a luta a vontade de enfrentar o vencedor de Dillashaw x Cruz.
- Os fatos estão ali. Serão sete vitórias seguidas, não preciso gritar, nem fazer nada, mas realmente gostaria que as pessoas soubessem mais um pouco. Tenho acompanhado no Twitter, falam bastante que eu mereço. Claro que é importante na hora certa dar uma esclarecida nesse fato. É o que eu acho, não me interessa luta nenhuma. Quero o campeão. É o que tenho em mente. Tudo pode acontecer. Às vezes as pessoas acham que estou perdendo o foco da luta com o Caraway por causa de toda essa repercussão na categoria, dos desafiantes, mas estou muito focado pra sábado. Quero sair vitorioso e começar minha campanha novamente - declarou.
Motivação para luta com Caraway
Caraway tem um cartel de 19 vitórias e seis derrotas, com 17 oponentes despachados por finalização. O americano declarou recentemente que é o melhor grappler (especialista em luta agarrada) no peso-galo, e Raphael Assunção disse conhecer bem o jogo do rival. De acordo com o brasileiro, sua motivação para essa luta é diferente da que teve na última vez que subiu no octógono, quando venceu o então estreante no UFC Pedro Munhoz por decisão unânime.
- Ele se diz o melhor grappler da categoria, até tem bastante experiência na luta agarrada, realmente mistura bem o wrestling e o jiu-jítsu, mas eu conheço bem esse jogo, essa origem do jiu-jítsu, porque sou faixa-preta. Geralmente ele toma sufoco no começo e cresce depois. Fica ali esperando uma oportunidade para executar e finalizar. O Caraway é um atleta perigoso, reconhecido, tem algumas vitórias e só está me motivando para chegar sábado e fazer uma boa performance. É uma luta na qual eu tenho que me provar também. Na última luta eu não estava muito animado, peguei o Pedrinho, que é meu colega. Tive uma série de coisas que me fizeram ter um pouco de falta de ânimo. Peguei um estreante, mas foi minha sexta vitória seguida. Aí o pessoal perguntava, e eu realmente não estava muito animado. Para essa luta eu estou animado. Ganhando, quero fazer minha promoção, uma repercussão diferente - disse.
Com um estilo mais discreto que o de lutadores que têm se destacado por promover bem suas lutas, como o irlandês Conor McGregor, que parece se aproximar cada vez mais de uma disputa de título no peso-pena com seu estilo falastrão e nocauteador, Assunção admite que isso pode ser um problema para ele, mas cita o campeão de sua categoria, TJ Dillashaw, como exemplo de que vender bem os combates não é tudo.
- Talvez sim, mas se formos analisar os fatos, o TJ também não era conhecido, não tinha nem patrocínio quando disputou o cinturão. Ele foi o finalista da casa, ganhou umais quatro lutas e agora é o campeão. Agora tudo é em cima dele. Vai muito de cada situação. Cada situação é uma situação. O TJ quando lutou comigo em SP, ele praticamente não tinha patrocinio. Era um patrocinio de última hora. Ele não representa a marca que o patrocinou, foi só na hora. Vai muito do interesse da promoção do UFC, de como eles querem promover, fazer o negócio todo, igual o menino lá, o McGregor, que lutou na Irlanda, teve aquele negócio todo, realmente é falastrão, mas é bom lutador. Não me comparo com ninguém. São 500 lutadores no UFC e não posso me comparar com um lutador que tem repercussão agora. Não me interessa me basear assim. Claro que ficar em evidência é legal por patrocínio. Estou dando mais uma enfase na mídia mesmo - concluiu.
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