A mão que bate é a mesma que afaga, e está sendo assim com Cesário Bezerra. O experiente treinador de boxe chamou atenção no meio do ano passado por ser o único da equipe de Anderson Silva que se dispôs a criticá-lo publicamente após o nocaute sofrido para Chris Weidman no UFC 162, onde o Spider brincou além da conta e exagerou nas provocações ao adversário. Na ocasião, Cesário disse que Anderson precisava acabar com a "peruada" e que haviam sido "três meses de trabalho jogados fora", e criticou o número excessivo de pessoas no time. Impressionado com a grande repercussão de suas palavras, o técnico optou por se distanciar da mídia durante 15 meses. Mas ele enfim concedeu sua primeira entrevista desde o caso, agora com um pensamento bem diferente em relação ao pupilo. Cesário garante que Anderson teve humildade para mudar sua postura e elogiou o ex-campeão:- A gente aprende muita coisa em cima da derrota. A gente cresce em cima das vitórias e aprende em cima das derrotas. Não foi nem em relação a isso (críticas) que mudou alguma coisa. Mas ele mudou o que precisava ser mudado. Agora a gente tem que voltar do zero, com a cabeça humilde. E o Anderson tem humildade para isso. O que aconteceu faz parte do passado. A gente vai tentar melhorar daqui para a frente - declarou, em entrevista ao Combate.com.
Na revanche contra Weidman, em dezembro passado, Anderson Silva já havia dado sinais de mudança de postura. Nos momentos que antecederam a fratura chocante sofrida na perna esquerda, o Spider respeitou o oponente e não fez qualquer tipo de brincadeira. A bronca de Cesário, então, pareceu ter surtido efeito. O treinador, apesar de não querer entrar em detalhes, diz que suas palavras não prejudicaram a relação entre eles. E admite que até hoje não conseguiu digerir aquela derrota por nocaute:
- Ele não ficou chateado. Até na época em que isso aconteceu houve algumas coisas desse tipo, mas foi uma parada que o Anderson não levou. Na época da luta, algumas coisas realmente aconteceram. Em matéria de treinador, muitas vezes o que é em excesso acaba atrapalhando. O melhor é o mais simples. Mas ficou tranquilo. Não atrapalhou a relação da gente. Se falei alguma coisa, foi para ajudar. O Anderson sabe que eu jamais falaria alguma coisa para atrapalhá-lo. Até hoje não aceito a primeira derrota. Na segunda houve um acidente, até numa hora em que o Anderson poderia virar as coisas. O que foi dito foi real.
Cesário está junto de Anderson há cerca de oito anos e, junto de Edelson Silva e Luiz Dórea, prepara o boxe do lutador. Ele mostrou bastante confiança no retorno do pupilo ao octógono. O Spider tem volta marcada para 31 de janeiro, no UFC 183, contra o americano Nick Diaz.
- A gente vê sempre o Anderson ganhando. Para a gente, que está com o cara e quer o bem dele, sofrer uma derrota da maneira como foi não foi legal, não foi satisfatório. Incomoda muito, ainda mais para quem é treinador. Quando tem muita coisa em volta, às vezes o atleta perde o foco, preocupado com outras coisas sem ser o caminho da luta. Mas o Anderson tem uma cabeça boa, superou já aquela derrota, é coisa do passado. Ele começou de novo. E tenho certeza que, se ele quiser, vai chegar lá novamente - afirmou.
Por falar em Nick Diaz, Cesário não tem a mesma opinião que Edelson Silva, que vê o americano como "adversário fácil" para Anderson, e prevê mais dificuldade:
- Fácil não é, né? Não tem luta fácil. O Nick Diaz é um cara que já lutou boxe, é um lutador que exige cuidado. De repente pode não ser um dos mais tops, mas também não dá para marcar bobeira com ele. Ele é canhoto, tem um cruzado perigosíssimo, já provou isso para todo mundo. Como qualquer luta, tem que entrar ligado. O cara é muito experiente, tem várias lutas de boxe e oferece perigo em pé. De repente a luta não casa para ele porque na real o Anderson não vai trocar boxe. O Anderson tem um muay thai muito melhor do que o dele. Mas sem dúvida o Nick Diaz oferece perigo. Não é uma luta mole. Boxe é perigo para todo mundo.
E Cesário tem ainda um desejo especial: ver Anderson Silva enfim vencendo o carrasco Chris Weidman. O treinador não tem dúvida sobre qual seria o resultado desta vez:
- Se o Anderson tiver outra chance de lutar contra esse cara, tenho certeza que ganha.
Na revanche contra Weidman, em dezembro passado, Anderson Silva já havia dado sinais de mudança de postura. Nos momentos que antecederam a fratura chocante sofrida na perna esquerda, o Spider respeitou o oponente e não fez qualquer tipo de brincadeira. A bronca de Cesário, então, pareceu ter surtido efeito. O treinador, apesar de não querer entrar em detalhes, diz que suas palavras não prejudicaram a relação entre eles. E admite que até hoje não conseguiu digerir aquela derrota por nocaute:
- Ele não ficou chateado. Até na época em que isso aconteceu houve algumas coisas desse tipo, mas foi uma parada que o Anderson não levou. Na época da luta, algumas coisas realmente aconteceram. Em matéria de treinador, muitas vezes o que é em excesso acaba atrapalhando. O melhor é o mais simples. Mas ficou tranquilo. Não atrapalhou a relação da gente. Se falei alguma coisa, foi para ajudar. O Anderson sabe que eu jamais falaria alguma coisa para atrapalhá-lo. Até hoje não aceito a primeira derrota. Na segunda houve um acidente, até numa hora em que o Anderson poderia virar as coisas. O que foi dito foi real.
Cesário está junto de Anderson há cerca de oito anos e, junto de Edelson Silva e Luiz Dórea, prepara o boxe do lutador. Ele mostrou bastante confiança no retorno do pupilo ao octógono. O Spider tem volta marcada para 31 de janeiro, no UFC 183, contra o americano Nick Diaz.
- A gente vê sempre o Anderson ganhando. Para a gente, que está com o cara e quer o bem dele, sofrer uma derrota da maneira como foi não foi legal, não foi satisfatório. Incomoda muito, ainda mais para quem é treinador. Quando tem muita coisa em volta, às vezes o atleta perde o foco, preocupado com outras coisas sem ser o caminho da luta. Mas o Anderson tem uma cabeça boa, superou já aquela derrota, é coisa do passado. Ele começou de novo. E tenho certeza que, se ele quiser, vai chegar lá novamente - afirmou.
Por falar em Nick Diaz, Cesário não tem a mesma opinião que Edelson Silva, que vê o americano como "adversário fácil" para Anderson, e prevê mais dificuldade:
- Fácil não é, né? Não tem luta fácil. O Nick Diaz é um cara que já lutou boxe, é um lutador que exige cuidado. De repente pode não ser um dos mais tops, mas também não dá para marcar bobeira com ele. Ele é canhoto, tem um cruzado perigosíssimo, já provou isso para todo mundo. Como qualquer luta, tem que entrar ligado. O cara é muito experiente, tem várias lutas de boxe e oferece perigo em pé. De repente a luta não casa para ele porque na real o Anderson não vai trocar boxe. O Anderson tem um muay thai muito melhor do que o dele. Mas sem dúvida o Nick Diaz oferece perigo. Não é uma luta mole. Boxe é perigo para todo mundo.
E Cesário tem ainda um desejo especial: ver Anderson Silva enfim vencendo o carrasco Chris Weidman. O treinador não tem dúvida sobre qual seria o resultado desta vez:
- Se o Anderson tiver outra chance de lutar contra esse cara, tenho certeza que ganha.
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