domingo, 2 de novembro de 2014

Árbitro de Aldo x Mendes se defende de que teria errado no primeiro round

UFC Rio 5, Aldo x Mendes, José Aldo e Chad Mendes (Foto: André Durão / Globoesporte.com)

A vitória de José Aldo sobre Chad Mendes no dia 25 de outubro, no Maracanãzinho, pelo UFC 179, foi incontestável do ponto de vista técnico, após cinco rounds de uma verdadeira guerra, com o brasileiro tendo superioridade em quatro deles. Entretanto, o duelo quase acabou de forma polêmica, quando o campeão acertou um direto de direita após o round ter terminado, que poderia ter levado o americano a nocaute. O próprio Dana White eximiu o árbitro Marc Goddard de culpa, já que garantiu não ter ouvido o sinal de 10 segundos para o fim, pois a torcida fazia muito barulho no ginásio. Goddard reiterou as palavras do presidente do UFC e afirmou que também não pôde escutar.- Vamos dizer que já arbitrei mais que um par de lutas. Já tive a experiência de enfrentar torcidas hostis e barulhentas nos quatro cantos do planeta. A Irlanda foi algo especial, mas esta foi sem dúvida a torcida mais ferozmente passional. Você também tinha o fato de que José Aldo é o último brasileiro com um cinturão, então acho que ele poderia sentir a pressão. Foi realmente algo especial. Você não pode explicar uma atmosfera, mas pode pegar as imagens, certo? Os brasileiros são altamente nacionalistas. São como uma torcida de futebol. Além disso, este era o último brasileiro a resistir. Ele é o último cara a manter a honra deles. Era um p*** barulho! - disse, em entrevista para a "Fighters Only".

O árbitro ainda disse que não teve tempo de olhar para o telão do ginásio e ver o tempo antes, pois José Aldo partia pra cima de Chad Mendes para tentar encerrar a luta naquele momento.

- Há telas ao redor. Às vezes nas lutas, se os lutadores estão em uma posição de solo, vou olhar rapidamente para a tela, se for seguro fazer isso, e isso me dará uma rápida lembrança do tempo. Nos 10 segundos finais da luta, o cronômetro desaparece. Então, duas coisas: a primeira é que o cronômetro não está lá, e a segunda é que Aldo estava indo para terminar a luta. Não podia me dar ao luxo de desviar os olhos por um milésimo de segundo porque o final poderia ter sido próximo. O barulho foi crescendo e crescendo e eu já estava dizendo a mim mesmo: "F****, não vou ouvir a campainha". Foi um trabalho de adivinhação. Fui inocentado depois pelo que o Dana disse. Eu estava como: "Graças a Deus por isso". Dana saiu e disse: "Eu não podia ouvir a campainha". Ponto final, caso encerrado. Mas não. As pessoas ainda ficaram: "A culpa é sua, você não se meteu". Eu não me meti porque não tinha certeza se tinha tocado - acrescentou.

Marc Goddard ainda se defendeu das acusações de Duane Ludwig, treinador de Chad Mendes, que disse não ter escutado a campainha, mas colocou a culpa no árbitro.

- Em outras palavras, o que eu deveria fazer? É culpa do árbitro? Me culpar pelo quê? Por não ouvir exatamente a mesma que você não ouviu? A resposta do Duane Ludwig foi: "Eu não consegui ouvir a campainha. Foi culpa do árbitro". Só não consigo entender esse tipo de conversa, onde a resposta já estava lá. Se você não podia ouvir, o que você pensar que eu, que estou no olho do furacão, no meio de um caldeirão, iria poder ouvir? Duane Ludwig é um dos caras mais legais que você pode conhecer e, claro, é o treinador de Mendes, mas estavam sujeitos ao mesmo conjunto de circunstâncias que eu estava, com a diferença de que sou o único a ter tudo em minhas mãos - defendeu-se.

Sem comentários:

Enviar um comentário