Urijah Faber volta ao octógono pela terceira vez no ano neste sábado. O adversário é o atual décimo primeiro colocado no ranking peso-galo do Ultimate, Francisco Rivera. Os dois fazem a última luta do card preliminar do UFC 181, que acontece no Mandalay Bay Events Center, em Las Vegas, EUA. Mas apesar de estar focado em “Cisco", o líder do Team Alpha Male não esquece a rivalidade com o ex-campeão da divisão, Dominick Cruz, que voltou ao esporte em setembro depois de dois anos sem lutar devido a lesões. E só tocar no nome do compatriota para o “Califórnia Kid” tirar o sorriso do rosto:
- Eu acho que é bom que o Dominick finalmente tenha voltado ao mix. Estou tentando não "roubar o trovão” para não iniciar uma nova tempestade entre mim e ele, antes do TJ ter a sua oportunidade. Sei que o TJ é a sua próxima luta, mas claro que todo mundo sabe que a gente não gosta um do outro. Finalmente ele voltou…esse cara não foi feito para o esporte, ele está sempre sendo espancado e lesionado, então espero que ele consiga ficar longe de lesões tempo suficiente até eu colocar as minhas mãos sobre ele - declarou em entrevista exclusiva ao Combate.com.
- Eu acho que é bom que o Dominick finalmente tenha voltado ao mix. Estou tentando não "roubar o trovão” para não iniciar uma nova tempestade entre mim e ele, antes do TJ ter a sua oportunidade. Sei que o TJ é a sua próxima luta, mas claro que todo mundo sabe que a gente não gosta um do outro. Finalmente ele voltou…esse cara não foi feito para o esporte, ele está sempre sendo espancado e lesionado, então espero que ele consiga ficar longe de lesões tempo suficiente até eu colocar as minhas mãos sobre ele - declarou em entrevista exclusiva ao Combate.com.
- Em 2015 eu vou continuar sem perder, tendo a minha melhor forma a
cada luta, porque essas são as coisas que eu posso controlar. E vou
tentar chegar mais perto do título. Estou sempre lá em cima, perto do
topo para conquistar outra chance e, se eu conseguir, vamos ver o que
acontece, independente de quem for o dono do cinturão…
Durante a entrevista, Faber ainda falou sobre as lesões no esporte e
deu a sua opinião sobre o recente acordo firmado entre o UFC e a Reebok,
para padronização dos uniformes dos lutadores e seus córneres nas
semanas de eventos. Dono de uma marca de roupas, que inclusive patrocina
outros atletas, ele afirmou que ainda está aguardando mais informações
sobre a parceria, mas ressaltou que encara a iniciativa como positiva:
- Eu acho que pode ser muito bom. Há algumas coisas que ainda estão no
ar, como os detalhes do acordo, mas no tocante à parceria em si,
acredito que isso pode tirar dinheiro do bolso de alguns lutadores, ou
não. Como eu disse, nós não sabemos os detalhes ainda nessa questão de
pagamento, mas parece que eles estão fazendo algo que é bom para o
esporte. Infelizmente eu tenho a minha marca de roupas, então nesse caso
é uma oportunidade que está sendo tirada de mim, mas eu sou apenas uma
pessoa e não é todo mundo que tem o seu próprio negócio de roupas. Se
uma marca foi feita para ter êxito, isso deve acontecer independente de
ela poder aparecer no octógono. A minha é uma marca de lifestyle, não é
necessariamente voltada apenas à luta, então eu vou continuar usando
Torque fora do octógono e no meu dia-a-dia, e vou usar Reebok dentro do
octógono, fazendo parte dessa parceria do UFC.
Confira a entrevista na íntegra:
Combate.com: Você sofreu uma lesão na costela em sua luta
contra o Alex Caceres, que acabou te impedindo de lutar no Japão, em
setembro. Como foi a recuperação?
Urijah Faber: Me lesionei na minha última luta. No dia que eles
anunciaram que eu não ía mais lutar, foi o primeiro dia que voltei a
treinar. Claro que eu avisei o UFC que eu não estava 100% desde que me
ofereceram a luta, mas agora estou bem. Tive algumas lesões aqui e ali
durante o camp de treinamento. Tive oito semanas sensacionais, foi um
excelente camp. Agora só preciso perder o resto do peso e vou estar
pronto para lutar.
Esta será a sua terceira luta no ano, mesmo tendo sofrido
lesões aqui e ali. Como você faz para superar essas adversidades e
continuar tão ativo no esporte aos 35 anos?
- Esse é um esporte difícil de se permanecer por muito tempo sem
lesões. Eu tenho me ajustado, entendendo que estar com uma pequena lesão
vai ser sempre parte da minha vida. Isso é algo que ninguém gosta nesse
esporte, mas é um fato. Algumas pessoas conseguem lidar com isso,
outras não. Se você tem uma luta programada e não pode lutar,
especialmente para esses caras mais novos, você perde uma oportunidade.
Eu não gosto de perder oportunidades, acredito em mim mesmo, tenho tempo
suficiente no jogo e conhecimento suficiente para ajustar e lidar com o
que eu tenho. Então, eu sou conhecido por superar esse tipo de situação
e é isso que eu faço.
Você parece se divertir bastante durante o processo de preparação para uma luta...
- Esse é um esporte duro, se você não estiver se divertindo ou rodeado
de pessoas que você gosta, aí você vai lá lutar contra alguém que você
provavelmente não gosta, ou pelo menos vocês vão tentar matar um ao
outro, e vai ser uma experiência ruim desde o começo. Então, eu tento me
divertir durante todo o processo. Você ouve professores e treinadores,
quando eles estão ensinando crianças, dizendo a elas que elas precisam
se divertir até o final, e essa é uma parte muito importante do
processo. Claro que nem sempre é muito confortável, mas ter uma atitude
positiva ajuda muito no processo.
Com tantos camps de treinamento seguidos, dá para buscar novas técnicas ou habilidades?
- Eu tento misturar as coisas. Estava assistindo algumas lutas minhas
essa semana e elas são todas diferentes. Depende um pouco do adversário,
do que eu estava trabalhando para aquele camp, há muitas coisas
consistentes, mas parece que elas são sempre diferentes nas lutas. Eu
gosto de manter a imprevisibilidade. Quando você assiste às lutas de
alguns caras, você pensa: “Ok, isso é o que ele faz. Ele sempre faz isso
e isso”. O meu estilo é desconhecido. Ele está, às vezes, na parte em
pé, às vezes no chão, às vezes eu tento buscar a queda, outras eu
prefiro manter a luta em pé. Eu continuo aprendendo novos truques e
acredito que isso é parte do meu sucesso.
Você assistiu às lutas do Francisco Rivera?
- Assisti à algumas lutas do meu adversário também e ele é bom, tem
mãos super pesadas, é um grande socador e não tem medo de buscar
finalizações ou conseguir quedas. É um cara atlético, mas não acho que
ele tenha essas coisas intermediárias que eu tenho. Acho que essa será a
diferença e é por isso que eu vou vencer.
Você disse que se considera um atleta sem um estilo definido. Pode dizer o mesmo do seu adversário?
- Não. Você sabe o que ele procura em uma luta, não acho que ele vai
tentar me derrubar ou me finalizar. Acredito que ele vai querer lutar em
pé para tentar me nocautear. Talvez eu tente nocauteá-lo, talvez eu o
leve para o chão, não sei o que vou fazer ainda. Ninguém sabe, nem mesmo
eu (risos).
Dominick Cruz finalmente está de volta à divisão. Como você vê esse retorno?
- Eu acho que é bom que o Dominck finalmente tenha voltado ao mix.
Estou tentando não "roubar o trovão” para não iniciar uma nova
tempestade entre mim e ele, antes do TJ ter a sua oportunidade. Sei que o
TJ é a sua próxima luta, mas claro que todo mundo sabe que a gente não
gosta um do outro. Finalmente ele voltou…esse cara não foi feito para o
esporte, ele está sempre sendo espancado e lesionado, então espero que
ele consiga ficar longe de lesões tempo suficiente até eu colocar as
minhas mãos sobre ele.
Como acha que será o duelo entre Dominick Cruz e TJ Dillashaw?
- TJ vai vencê-lo. Acredito que ele tem um estilo bem parecido com o
meu e com o do Dominick, de uma certa forma. Ele é imprevisível e é
perigoso e isso é algo que ele tem que é muito diferente do Dominick.
Cruz é bom no que ele faz, mas não é extremamente perigoso. Ele tem
apenas uma finalização na carreira desde 2006 e, se ele entrar muito
agressivo contra o Dillashaw, como fez em sua última luta contra o
Mizugaki, vai se machucar.
Como você o Urijah Faber em 2015?
- Em 2015 eu vou continuar sem perder, tendo a minha melhor forma a
cada luta, porque essas são as coisas que eu posso controlar. E vou
tentar chegar mais perto do título. Estou sempre lá em cima, perto do
topo para conquistar outra chance e, se eu conseguir, vamos ver o que acontece, independente de quem for o dono do cinturão…
O UFC acaba de anunciar uma parceria com a Reebok para
padronizar o uniforme dos lutadores. Você tem uma marca própria de
roupas que é bastante conhecida no meio e que, inclusive, patrocina
outros atletas. O que achou dessa parceria?
- Eu acho que pode ser muito bom. Há algumas coisas que ainda estão no
ar, como os detalhes do acordo, mas no tocante à parceria em si,
acredito que isso pode tirar dinheiro do bolso de alguns lutadores, ou
não. Como eu disse, nós não sabemos os detalhes ainda nessa questão de
pagamento, mas parece que eles estão fazendo algo que é bom para o
esporte. Infelizmente eu tenho a minha marca de roupas, então nesse caso
é uma oportunidade que está sendo tirada de mim, mas eu sou apenas uma
pessoa e não é todo mundo que tem o seu próprio negócio de roupas. Se
uma marca foi feita para ter êxito, isso deve acontecer independente de
ela poder aparecer no octógono. A minha é uma marca de lifestyle, não é
necessariamente voltada apenas à luta, então eu vou continuar usando
Torque fora do octógono e no meu dia-a-dia, e vou usar Reebok dentro do
octógono, fazendo parte dessa parceria do UFC.
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