segunda-feira, 26 de agosto de 2013

‘Calado’, Lyoto Machida explica tom desafiador: ‘Amadureci esse estilo’

No dia 6 de novembro, Lyoto Machida vai começar uma nova etapa na sua carreira vitoriosa. O brasileiro irá atuar pela primeira vez na categoria dos médios e enfrentará Tim Kennedy, no UFC Fight Night 31, em evento realizado dentro de uma base militar americana.
 
Em entrevista à TATAME, o ex-campeão dos meio-pesados comentou o motivo dessa descida de divisão, garantindo que ela não será definitiva. Outro ponto do bate-papo com o carateca foi a revelação sobre sua mudança de postura, já agora desafia seus oponentes e não deixa provocação sem resposta. Além disso, ele fez questão de elogiar Tim Kennedy e não fugiu da polêmica sobre sua luta contra Vitor Belfort, oferecida pela organização, mas recusada pelo Fenômeno.

“A gente poderia fazer uma grande luta, ele tem um grande nome. E pelos fãs que também tenho no Brasil, seria um grande espetáculo. Poderíamos aproveitar essa oportunidade que muita gente gostaria de ver e falariam muito. Eu achei válida essa luta. Eu não fui desafiá-lo, o UFC ofereceu, eu gostei e disse que aceitaria”, disse.

Confira a entrevista na íntegra abaixo:

Como vê essa sua luta contra o Kennedy, na sua estreia nos médios?

É uma luta que aconteceu, o UFC pediu e não estava esperando, mas é bem-vinda. O Kennedy é um grande lutador, foi campeão no Strikeforce, tem um currículo forte. Vai ser uma ótima estreia, com o pé direito e um grande combate.

O Kennedy é militar e essa luta será numa base militar. Isso muda algo para você?

Claro, estou bastante empolgado de ter essa chance de lutar nas tropas americanas militares. Vai ser uma grande chance para mim.

Já iniciou seu camp para esse combate?

Nunca paro de treinar completamente, então estou sempre treinado e só tenho que tomar cuidado para não passar do limite e ter o overtraining. Mas já estou bem condicionado e tenho bons sparrings na academia para me ajudar também.

Essa decisão de descer de categoria foi fácil d 

e ser tomada?

Eu já vinha cogitando essa possibilidade de atuar nas duas categorias, ainda mais por eu ter facilidade para bater o peso. Então eu queria ter uma oportunidade, o UFC ofereceu essa luta e achei válido. Assim como o Wanderlei, Vitor, Sonnen, eu posso transitar nas duas categorias. Porém, os meio pesados é a minha divisão, mas não descarto atuar nos médios de vez.

Na sua última luta, acabou tendo dificuldades contra um wrestler. O Kennedy costuma levar suas lutas para o chão. Dessa vez sua preparação será diferente?

Sempre treinei tudo, o Roger vai aparecer na parte da preparação também, mas cada um tem que puxar para seu jogo. O Kennedy fez grandes lutas, até em pé também, tem uma trocação boa, mas eu mais importante é impor meu jogo.

Pretende “vingar” a derrota do Roger Gracie?

Não penso dessa forma. Cada um tem sua história, lógico que a gente se ajuda, mas a minha ideia é entrar lá e fazer uma grande luta, independente da derrota do Roger para ele.

Você era um lutador que ficava de fora de declarações polêmicas, mas ultimamente tem adotado esse discurso, com o Sonnen e Belfort. A que se deve essa mudança?

Eu continuo o mesmo, mas às vezes no passado eu ficava mais calado e agora amadureci mais esse estilo. No momento quero responder as provocações, não de forma desrespeitosa, mas mostrar se o Sonnen queria lutar, eu posso lutar e não esperar apenas o UFC decidir.

Você desafiou o Vitor Belfort para uma luta? Por quê?

A gente poderia fazer uma bela luta, ele tem um grande nome. E pelos fãs que também tenho no Brasil,  seria um grande espetáculo. Poderíamos aproveitar essa oportunidade que muita gente gostaria de ver e falariam muito. Eu achei válida essa luta. Eu não fui desafiá-lo, o UFC ofereceu, eu gostei e disse que aceitaria.

Guardou mágoas da época em que ele te criticou após você recusar enfrentar o Jon Jones, no ano passado?

Aquilo passou, aconteceu. Hoje é um outro momento, é uma outra história. No passado ele disse que lutaria comigo, então achei que fosse aceitar e que iria assumir suas palavras. Mas agora é bola para frente. Eu tentei tudo e não vou ficar chateado com isso. Cada um tem suas razões e não sei o que ele pensa agora. Eu gostaria de fazer essa luta, seria uma grande show.

Agora nos médios, você tem chance de enfrentar o Anderson Silva, que foi seu parceiro de treino. Enfrentaria o Anderson?

Isso nem passa pela minha cabeça. Está muito recente e vou fazer apenas a minha primeira luta nos médios. Eu disseque lutaria nos dois pesos e o UFC me fez essa proposta. Estou fazendo um teste ainda, não sei como será no futuro, então é cedo para falar disso.

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