sexta-feira, 26 de setembro de 2014

McGregor vem ao Brasil para Aldo x Mendes e planeja desafiar vencedor

Conor McGregor, UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)

Apontado como a sensação peso-pena do UFC, Conor McGregor fará, na noite de sábado, a sua primeira luta em um evento numerado do Ultimate. E apesar de ter apenas três duelos pela organização, o irlandês já se sente o “dono do pedaço”, tanto é que ele não se cansa de distribuir críticas e provocações a todos os lutadores top da divisão, incluindo o campeão José Aldo e seu desafiante, Chad Mendes, que têm combate marcado no próximo dia 25 de outubro, no Rio de Janeiro. “The Notorious”, inclusive, vai acompanhar o evento direto do Ginásio do Maracanãzinho e já sonha em subir no octógono para desafiar o vencedor do cinturão:

- Eu vou voar para o Brasil para esse duelo e vou entrar no octógono se for preciso. Quem sabe? Talvez eu espalhe algumas cascas de banana em volta da área da pesagem e, se alguém escorregar e cair, isso não será problema meu. Se alguém se machucar, eu entro ali mesmo para lutar (risos). Eu sinto que estou apenas arranhando a superfície aqui no UFC e já sou melhor do que todos os outros. Eu quero subir nos rankings, quero me transformar no cara do topo. Não há dúvida sobre isso. Eu estou aqui para tomar conta do jogo. Não me sinto como o desafiante número um, eu me sinto como um rei. No dia 27 de setembro vocês vão ver a diferença entre um rei e um desafiante - disse, arrancando risos dos jornalistas em um encontro com a imprensa na sede do UFC, em Las Vegas.

Esta será a primeira vez que Mc Gregor visitará o Brasil. O lutador, que está empolgado com a viagem, prevê que José Aldo terá dificuldades em manter o cinturão peso-pena, principalmente em função dos problemas enfrentados por seu colega de equipe, Renan Barão, na revanche contra TJ Dillashaw, no mês passado. Na oportunidade, o potiguar teve que se retirar do card do evento por problemas de saúde durante o processo de corte de peso. O irlandês acredita que o episódio colocará mais pressão sobre Aldo, que atualmente é o único brasileiro que mantêm o título de campeão no UFC:

-  Eu gosto do lado mental dos esportes de combate. Aquela vitória do TJ Dillashaw sobre o Renan Barão mudou o curso das coisas. Isso é um fato. E aí você tem o fato de que o Barão não bateu o peso no segundo duelo. Há, certamente, problemas naquele camp. Eles têm reclamado de dinheiro e vêm sofrendo lesões toda hora. Eu sinto uma fraqueza no quadro mental dessas pessoas, o que pode ir para cima e para baixo, então você nunca sabe o que vai acontecer. Ultimamente, eu não dou a mínima. Eu venceria os dois (Aldo e Chad). Mas, falando do Brasil, acho que é um país fenomenal, que sempre sonhei em conhecer. Vai ser uma experiência incrível para mim. Sei que algumas pessoas não gostam de mim, mas sou apenas uma criança vivendo o seu sonho. Estou aproveitando a vida.

McGregor, que se atrasou em mais de uma hora para a reunião com os jornalistas porque estava escolhendo um terno de alta costura para comparecer à coletiva, disse que o luxo e a vontade de manter um alto padrão de vida os motiva a treinar todos os dias:

- Você entra na suite presidencial de um hotel e os pisos de mármore são mornos. Vocês já pisaram descalços em piso de mármore? É fenomenal! Esse tipo de coisa que me leva para a academia. Eu não me sinto confortável com isso. Isso me motiva. É o que eu quero cada segundo da minha vida.

O lutador, que tem um cartel de 15 vitórias e duas derrotas e está invicto na carreira há 10 lutas, enfrenta neste sábado o americano Dustin Poirier, atual quinto colocado na divisão. Porém, em sua opinião, Dustin é apenas mais um adversário que deixou de se desenvolver depois que alcançou o seu lugar entre os top da categoria:

- Eu sinto que estou crescendo como um artista marcial, não quero nunca ficar do mesmo jeito. Olhando ao meu redor e às carreiras passadas, eu acho que a maioria dos artistas marciais chega a um certo estágio e a um certo nível e é assim que eles vão treinar. O camp deles vai ser sobre fazer sparrings duros, continuar em forma, mas não há crescimento.  Eles não vão para o próximo nível. Você acaba se estagnando e é dessa forma que vejo a trajetória do meu adversário, o Dustin. O nível das suas habilidades se estagnou. Ele nunca desenvolveu a sua força. Se você olhar para as minhas últimas lutas, em cada uma delas tenho uma nova arma em meu arsenal, um novo movimento e não vai ser diferente nesse duelo. O jogo da luta é provavelmente 100% mental. Muitas pessoas pensam que é 90% mental e 10 % físico. Eu acho que é 100% mental. Tudo é uma ilusão. A mente é o que cria essas coisas. A mente cria o golpe. Eu vejo esses golpes conectando cada vez mais rápidos. Eu venho prevendo como as coisas vão ser dentro do octógono e eu tenho tudo isso bem claro na minha mente e, quando piso lá, elas se tornam realidade - finalizou.

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