segunda-feira, 1 de setembro de 2014

"Não quero ser elogiada por Ronda, quero o cinturão", diz Bethe Correia

Bethe Correia, Pesagem UFC 177 (Foto: Evelyn Rodrigues)

Depois de ter uma carreira meteórica no MMA e de assinar com o UFC em seu segundo ano lutando como profissional, a paraibana Bethe Correia conseguiu atrair ainda mais holofotes para si mesma ao desafiar o quarteto formado por Ronda Rousey e mais três amigas, em abril passado. A atitude foi considerada extremamente inteligente pela campeã peso-galo do Utimate, que afirmou que aceitaria enfrentar a brasileira caso ela vencesse o duelo deste sábado contra Shayna Baszler, outra de suas pupilas, pelo card principal do UFC 177, em Sacramento (EUA). Bethe, no entanto, não quer saber de receber elogios da ex-judoca:

- Vi que perguntaram para a Ronda sobre mim e que ela me elogiou, mas quer saber a verdade? Para mim não importa. Eu não tenho um pingo de interesse em receber um elogio sequer da Ronda. Dela eu não quero elogios, quero o cinturão e eu estou buscando isso. O que eu quero é lutar contra a campeã. Se for ela ou outra, não importa. Para mim, a Ronda só está com uma coisa que eu quero um dia. Se ela está me elogiando ou não não faz diferença - declarou a atleta da Pitbull Brothers em entrevista ao Combate.com.

Na sexta-feira, a brasileira e sua rival protagonizaram uma encarada tensa na Sleep Train Arena e tiveram que ser separadas pelo presidente Dana White, o que aumentou ainda mais a expectativa sobre o duelo. Com um cartel invicto de oito lutas na carreira, sendo dois triunfos no UFC, Bethe sabe que terá pela frente uma adversária experiente e perigosa:

- A Shayna é uma atleta muito experiente, tem mais de 20 lutas, é antiga, uma das pioneiras do MMA feminino. Ela tem história no MMA e isso a torna inteligente, porque quanto mais você luta, mais você adquire experiência no octógono. Por isso ela é uma atleta que se sente em casa lá dentro, pois tem uma grande bagagem. Isso me atiça para que seja uma luta ainda melhor para mim, e quero me testar em grandes desafios.

O fato de ter conquistado tanta coisa em tão pouco tempo de carreira tem sido o a principal motivação para a atleta, e ela sabe que, se tiver uma grande performance neste sábado, pode chegar mais rápido a uma chance pelo título:

- Por mim, se eu ganhar da Shayna, já posso enfrentar a Ronda, pois o meu objetivo é o cinturão. Se o UFC me der essa oportunidade, eu vou aceitar e vou dar o meu máximo para representar e fazer uma luta digna de disputa de cinturão. Eu estou no UFC e o meu objetivo é buscar o título, é ser a número um, estou trabalhando para isso. Não sei quantas lutas ainda tenho que fazer para conquistar, vou deixar isso a critério deles, mas a oportunidade que me derem vou aceitar muito feliz.

Bethe, no entanto, reconhece que o MMA feminino não existiria no UFC se não fosse Ronda:

- Senti que depois da luta contra a Jessamyn Duke houve bastante repercussão quando eu mexi com as "Quatro Amazonas", que é o brinquedinho da Ronda. Ela é top 1, e reconheço que só existe MMA feminino no UFC por mérito dela. Foi a Ronda quem conseguiu elevar o MMA feminino ao patamar em que está hoje. Eu consegui mexer um pouco ali e repercutiu bem para o meu lado, ganhei bastante atenção e fiquei feliz.

Adversária de Bethe no UFC 177, Shayna Baszler participou da 18ª temporada do The Ultimate Fighter nos EUA. A americana tem 15 vitórias e oito derrotas em seu cartel e passagens pelo Strikeforce, Bellator e Invicta FC.

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