Sem lutar desde julho de 2012, quando perdeu um duelo equilibrado para Melvin Guillard no UFC 148 e acabou lesionando o joelho direito, o brasileiro Fabrício Camões, o “Morango”, volta ao octógono neste sábado para enfrentar o americano Jim Miller, um dos principais nomes da categoria peso-leve, no UFC 168. Morango e Miller, inclusive, já se encontraram nos bastidores do evento nesta semana e acabaram protagonizando um momento de tensão na última terça-feira, conforme o brasileiro contou ao Combate.com durante uma sessão de treinos na filial da academia Gracie Humaitá em Las Vegas:
- Foi engraçado, porque a gente fica estudando o cara por dois, três meses, vendo as lutas dele. E aí, exatamente na hora em que fiz o check-in no UFC no dia em que cheguei, cinco minutos depois, ele chegou também. E aí a gente já se encarou e foi daquele jeito. Eu gosto desse clima de um olhando para o outro. Eu pude medi-lo dos pés à cabeça, acho que nem ele se conhece tanto quanto eu o conheço agora! (risos). Já estou nessa brincadeira há bastante tempo e, para mim, é sempre muito divertido. Eu tinha dois sonhos quando comecei a treinar: um era ser faixa-preta de jiu-jítsu e o outro era lutar no UFC. Graças a Deus, eu tive a oportunidade de realizar os dois sonhos e é só alegria. Quando subo naquele octógono, não tem como ficar mais vivo, né? Acho que vai dar Morango na cabeça aí! - disse, animado.
Apesar de vir de derrota para Melvin Guillard e de ter ficado quase um ano e meio parado, Morango acredita que está na melhor forma de sua carreira e se diz completamente recuperado da lesão no joelho:
- Depois da minha última luta, eu rompi o (ligamento) cruzado anterior do joelho direito e, por conta da cirurgia, os médicos recomendaram que eu ficasse um ano afastado para ter uma recuperação certinha. Graças a Deus, a cirurgia foi um sucesso e esse foi o tempo que eu estava programando para voltar. Não adianta você querer voltar antes do tempo, não estar totalmente preparado e correr o risco de ter outra lesão em cima da lesão que já sofreu, que foi o que aconteceu com o Dominick Cruz. Ele teve o mesmo tipo de lesão que eu, fez o mesmo tipo de cirurgia e parece que voltou a treinar um pouco antes do que deveria, e acabou rompendo de novo e agora está afastado há dois anos. Quando eu me machuquei, o UFC me disse para fazer a cirurgia o quanto antes, porque eles me queriam de volta o mais rápido possível. A recuperação foi um sucesso, acho que tudo ocorreu de acordo com o programado. E poder voltar agora no final do ano nesse card antológico, para mim não tinha uma oportunidade melhor de fazer o meu retorno.
Durante o tempo em que ficou afastado do octógono, Camões aproveitou para se dedicar mais aos seus projetos paralelos e também passou a focar na parte da preparação física, com a qual ele não se preocupava muito no passado. Além disso, deu um passo adiante em outras áreas de sua vida.
- Esse tempo em que eu fiquei afastado, por um lado foi ruim porque as pessoas não conseguiram me acompanhar e eu não tive outra oportunidade de lutar, mas por outro foi muito bom porque eu pude focar em outra parte da minha preparação, que eu nunca tinha focado muito, que é o condicionamento físico. Eu acho que fiquei muito mais forte porque fiz muita preparação física, não só para recuperar o joelho, mas toda a parte de condicionamento em si. Acho que o Morango que está voltando neste sábado está muito melhor preparado. Nesse tempo em que fiquei parado, eu pude reavaliar a minha carreira, pude focar nos meus pontos deficitários, melhorar ainda mais as coisas que eu já fazia bem, e também aconteceram várias coisas fora do octógono. Eu abri uma academia - a Gracie South Bay, filial do Royler Gracie em San Diego - e, paralelo a isso, tinha várias coisas na minha vida que eu precisava resolver. Nunca é bom tirar essas férias das lutas, mas para mim foi necessário.
Esta é a segunda vez que Morango luta no mesmo evento que Anderson Silva no UFC. Os dois, inclusive, omeçaram as suas carreiras mais ou menos na mesma época e já foram adversários no passado, em um duelo que aconteceu pelo extinto Brazilian Freestyle Circuit em 1997:
- Eu costumo falar que, na carreira de vale-tudo, a estrada é longa e tem muitas curvas. Você nunca sabe o que vai acontecer ali na frente. Eu via o Anderson como o lutador que ninguém ia conseguir vencer. E aí o Weidman vai lá e nocauteia o Anderson, que hoje virou desafiante. Eu achava que ele ia ficar com esse cinturão para o resto da vida, mas vida de lutador é assim. O próprio nome já diz: lutador, a gente luta para se superar cada vez mais. Eu enfrentei o Anderson em 1997 e, com certeza, poder ter começado com ele e vê-lo se tornar campeão do UFC e segurar esse cinturão por tanto tempo era algo completamente motivante. Eu pensava: “Comecei com esse cara, se ele está lá, eu tenho que estar também". Eu só me toquei e baixei de categoria, porque não dava para brigar com ele mais não (risos). Mas de ter começado com ele e ver aonde ele chegou, como melhor lutador do mundo, sou suspeito para falar. Eu sou fã do Anderson até hoje e poder lutar no mesmo card que ele é sempre uma honra.
No duelo deste sábado, o brasileiro sabe que terá pela frente uma tarefa difícil, pois seu adversário já esteve muito perto de disputar o cinturão por três vezes no UFC. Por outro lado, enxerga uma grande oportunidade de voltar à ativa já conquistando espaço na categoria.
- Ele é o número nove do ranking e eu devo estar lá no número 50. Então, se eu ganhar dele, eu pulei um monte de degraus. Eu treinei na Kings MMA com o mestre Rafael Cordeiro e tive vários atletas muito duros me ajudando nesse camp, como o Rafael dos Anjos, que é o número seis do ranking, e acho que o treinamento me deixou muito confiante. Eu respeito o Jim Miller como atleta, mas o Morango está indo com sede de vitória, e acho que vai ser difícil me parar ali dentro. Estou muito motivado e tenho consciência das minhas qualidades. Eu estou preparado para tudo o que ele trouxer para dentro do octógono. Sei da pedreira que ele é, mas pude me cercar de um bom treinamento para enfrentá-lo e vou buscar essa vitória. Por ele buscar a luta, eu também sei que não vou ter aquela preocupação de ter que ficar correndo atrás dele lá dentro, pois sei que uma hora ou outra a gente vai se encontrar no meio do octógono e a chapa vai esquentar. Se Deus quiser, vou vencer antes dos três rounds - analisou.
- Foi engraçado, porque a gente fica estudando o cara por dois, três meses, vendo as lutas dele. E aí, exatamente na hora em que fiz o check-in no UFC no dia em que cheguei, cinco minutos depois, ele chegou também. E aí a gente já se encarou e foi daquele jeito. Eu gosto desse clima de um olhando para o outro. Eu pude medi-lo dos pés à cabeça, acho que nem ele se conhece tanto quanto eu o conheço agora! (risos). Já estou nessa brincadeira há bastante tempo e, para mim, é sempre muito divertido. Eu tinha dois sonhos quando comecei a treinar: um era ser faixa-preta de jiu-jítsu e o outro era lutar no UFC. Graças a Deus, eu tive a oportunidade de realizar os dois sonhos e é só alegria. Quando subo naquele octógono, não tem como ficar mais vivo, né? Acho que vai dar Morango na cabeça aí! - disse, animado.
Apesar de vir de derrota para Melvin Guillard e de ter ficado quase um ano e meio parado, Morango acredita que está na melhor forma de sua carreira e se diz completamente recuperado da lesão no joelho:
- Depois da minha última luta, eu rompi o (ligamento) cruzado anterior do joelho direito e, por conta da cirurgia, os médicos recomendaram que eu ficasse um ano afastado para ter uma recuperação certinha. Graças a Deus, a cirurgia foi um sucesso e esse foi o tempo que eu estava programando para voltar. Não adianta você querer voltar antes do tempo, não estar totalmente preparado e correr o risco de ter outra lesão em cima da lesão que já sofreu, que foi o que aconteceu com o Dominick Cruz. Ele teve o mesmo tipo de lesão que eu, fez o mesmo tipo de cirurgia e parece que voltou a treinar um pouco antes do que deveria, e acabou rompendo de novo e agora está afastado há dois anos. Quando eu me machuquei, o UFC me disse para fazer a cirurgia o quanto antes, porque eles me queriam de volta o mais rápido possível. A recuperação foi um sucesso, acho que tudo ocorreu de acordo com o programado. E poder voltar agora no final do ano nesse card antológico, para mim não tinha uma oportunidade melhor de fazer o meu retorno.
Durante o tempo em que ficou afastado do octógono, Camões aproveitou para se dedicar mais aos seus projetos paralelos e também passou a focar na parte da preparação física, com a qual ele não se preocupava muito no passado. Além disso, deu um passo adiante em outras áreas de sua vida.
- Esse tempo em que eu fiquei afastado, por um lado foi ruim porque as pessoas não conseguiram me acompanhar e eu não tive outra oportunidade de lutar, mas por outro foi muito bom porque eu pude focar em outra parte da minha preparação, que eu nunca tinha focado muito, que é o condicionamento físico. Eu acho que fiquei muito mais forte porque fiz muita preparação física, não só para recuperar o joelho, mas toda a parte de condicionamento em si. Acho que o Morango que está voltando neste sábado está muito melhor preparado. Nesse tempo em que fiquei parado, eu pude reavaliar a minha carreira, pude focar nos meus pontos deficitários, melhorar ainda mais as coisas que eu já fazia bem, e também aconteceram várias coisas fora do octógono. Eu abri uma academia - a Gracie South Bay, filial do Royler Gracie em San Diego - e, paralelo a isso, tinha várias coisas na minha vida que eu precisava resolver. Nunca é bom tirar essas férias das lutas, mas para mim foi necessário.
Esta é a segunda vez que Morango luta no mesmo evento que Anderson Silva no UFC. Os dois, inclusive, omeçaram as suas carreiras mais ou menos na mesma época e já foram adversários no passado, em um duelo que aconteceu pelo extinto Brazilian Freestyle Circuit em 1997:
- Eu costumo falar que, na carreira de vale-tudo, a estrada é longa e tem muitas curvas. Você nunca sabe o que vai acontecer ali na frente. Eu via o Anderson como o lutador que ninguém ia conseguir vencer. E aí o Weidman vai lá e nocauteia o Anderson, que hoje virou desafiante. Eu achava que ele ia ficar com esse cinturão para o resto da vida, mas vida de lutador é assim. O próprio nome já diz: lutador, a gente luta para se superar cada vez mais. Eu enfrentei o Anderson em 1997 e, com certeza, poder ter começado com ele e vê-lo se tornar campeão do UFC e segurar esse cinturão por tanto tempo era algo completamente motivante. Eu pensava: “Comecei com esse cara, se ele está lá, eu tenho que estar também". Eu só me toquei e baixei de categoria, porque não dava para brigar com ele mais não (risos). Mas de ter começado com ele e ver aonde ele chegou, como melhor lutador do mundo, sou suspeito para falar. Eu sou fã do Anderson até hoje e poder lutar no mesmo card que ele é sempre uma honra.
No duelo deste sábado, o brasileiro sabe que terá pela frente uma tarefa difícil, pois seu adversário já esteve muito perto de disputar o cinturão por três vezes no UFC. Por outro lado, enxerga uma grande oportunidade de voltar à ativa já conquistando espaço na categoria.
- Ele é o número nove do ranking e eu devo estar lá no número 50. Então, se eu ganhar dele, eu pulei um monte de degraus. Eu treinei na Kings MMA com o mestre Rafael Cordeiro e tive vários atletas muito duros me ajudando nesse camp, como o Rafael dos Anjos, que é o número seis do ranking, e acho que o treinamento me deixou muito confiante. Eu respeito o Jim Miller como atleta, mas o Morango está indo com sede de vitória, e acho que vai ser difícil me parar ali dentro. Estou muito motivado e tenho consciência das minhas qualidades. Eu estou preparado para tudo o que ele trouxer para dentro do octógono. Sei da pedreira que ele é, mas pude me cercar de um bom treinamento para enfrentá-lo e vou buscar essa vitória. Por ele buscar a luta, eu também sei que não vou ter aquela preocupação de ter que ficar correndo atrás dele lá dentro, pois sei que uma hora ou outra a gente vai se encontrar no meio do octógono e a chapa vai esquentar. Se Deus quiser, vou vencer antes dos três rounds - analisou.
Sem comentários:
Enviar um comentário