sábado, 30 de novembro de 2013

Finalista do TUF 18, Julianna Peña diz que 'favoritismo' foi fruto da edição

UFC Encaradas Julianna Pena TUF (Foto: Evelyn Rodrigues)

Primeira mulher a chegar à final de uma edição do The Ultimate Fighter,  Julianna Peña cultivou muitas inimizades durante a sua participação no programa. A personalidade forte e a amizade fora da casa com Miesha Tate, sua treinadora no TUF 18, causaram ciúmes em seus companheiros de time, que acusaram Miesha de favorecê-la nos treinamentos. Apesar de todo o drama causado pela situação, Julianna afirma que isso não aconteceu dentro da casa e que foi vítima da edição do programa.

-  Do jeito em que eles editaram o show, pareceu mesmo que a Miesha me favoreceu, mas aquilo foi na primeira semana do programa, porque eu era uma das primeiras a lutar. Então eles fizeram parecer que os treinos foram assim o tempo todo, mas, na verdade, foi só no começo mesmo. A Miesha já me conhecia e, para não parecer que estava me favorecendo, ela mesmo se distanciava em alguns momentos, mas as câmeras não mostraram isso. A própria Sarah Moras já treinou com a Miesha no passado, logo depois que ela quebrou o meu braço na nossa primeira luta. E, justamente porque a Sarah também conhece a Miesha e o Brian, eu acho que ela estava só tentando desviar o foco - declarou Peña ao Combate.com, explicando que sua rivalidade com a canadense vinha de longa data.

- No TUF, eu tive a oportunidade de vingar a minha derrota para ela, que foi em 2012. Aquela era a luta mais importante para mim na casa, significou muito para mim. Acho que se eu tivesse perdido para a Sarah, eu morreria. Eu acho que eu teria feito as minhas malas e deixado o programa - revela.

Vindo de duas derrotas antes de sua participação no programa, Julianna foi uma das personagens mais dominantes no show e chegou à final ao finalizar Shayna Baszler e Sarah Moras. Neste sábado, ela vai em busca de sua primeira vitória oficial em dois anos - os combates dentro do programa contam como "lutas-exibições" - em duelo contra a canadense Jessica Rakoczy, pela final feminina do TUF 18.

- Fazer parte do show foi uma oportunidade incrível. Eu jamais achei que o Dana White fosse permitir que as mulheres lutassem no UFC, quanto mais que ele fosse fazer um TUF com mulheres! Foi ver um sonho se tornando realidade e só de poder fazer parte dele, foi algo incrível! Fui abençoada! Mas confesso que foi meio complicado ver o show, porque lá dentro você não tem muita noção do que as outras pessoas estão falando de você. Foi algo meio perturbador vê-las falando mal de mim pelas costas e não dizendo nada na minha cara. Toda vez que eu assistia ao show, eu pausava, assistia de novo, reparava o momento em que eu levava um golpe e machucava o meu rosto ou os erros que eu cometi durante as lutas, pensava ‘Ah, eles vão me odiar por isso’ e coisas do tipo. Foi legal assistir, mas me decepcionei com algumas pessoas.

Apontada desde o início como uma das favoritas a vencer o programa pelo presidente do UFC, Dana White, a venezuelana diz que se sentiu enciumada ao ver o chefão elogiando a performance de Raquel Pennington, uma de suas companheiras de time e de quarto, pouco antes das semifinais do programa:

- Eu fiquei com o coração quebrado. Fiquei muito chateada quando vi o Dana dando dicas para a Raquel, porque antes ele tinha dito que eu podia vencer o programa. Eu chorei, fiquei com raiva, mas no fim das contas eu acabei chegando à final, que era o meu objetivo, então não faz mal!

Dos momentos vividos no programa, Julianna afirma que vai sentir mais falta da amiga Roxanne Modafferi, de quem se aproximou mais na reta final do TUF:

- Me aproximei da Roxanne mais no final do show, nós ainda conversamos. Ela é uma boneca, tem um coração muito puro. É uma das pessoas mais genuínas que eu já conheci. Eu, na verdade, acho que o show tinha que ter sido só com mulheres. Nós estamos aqui para ficar e eu sabia que as mulheres iam roubar a cena, só pelo tempo que esperamos por essa oportunidade e pela vontade e garra para conquistar nossos objetivos. Eu acho que nós dominamos essa edição.

Questionada sobre o duelo deste sábado, pela final do programa, a venezuelana afirmou que está tranquila e que vai fazer de tudo para sair com o braço levantado no final:

- É complicado porque você está no mesmo time que essas meninas, dormindo a poucos metros de distância. É quase como dormir com o inimigo, sabe? Você dorme com um olho aberto toda noite. Foi muito intenso. Você passa a prestar atenção em todo mundo, em cada detalhe! Mas isso me ajudou a ter mais controle sobre mim mesma e a olhar mais para os meus pontos fortes. Eu acho que o duelo de sábado vai ser sensacional. Mal posso esperar para colocar o meu nome na lista de vencedores do UFC!

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