sexta-feira, 24 de outubro de 2014

[Video] Encaradas UFC 182

[Video] Treinos abertos UFC 182

[Video] José Aldo: "Vou para cima igual a um caminhão desgovernado"

[Video] Chad Mendes mostra certeza de vitória contra Aldo: "Minha hora de ser rei"

[Video] Glover Teixeira quer nocautear ou finalizar Phil Davis no UFC Rio

[Video] Phil Davis mais focado em Glover do que em luta por cinturão

[Video] Fabio Maldonado luta onde for com Hans Stringer no UFC Rio

[Video] Entrevista de Urijah Faber no Rio

Mendes mostra certeza de vitória contra Aldo: "Minha hora de ser rei"

Treino UFC Maracanã - Chad Mendes (Foto: André Durão)

Quem viu Chad Mendes em janeiro de 2012 e vê agora pode notar facilmente a diferença de postura após dois anos e meio da sua única derrota na carreira, contra José Aldo, no UFC 142. O desafiante ao título dos pesos-penas hoje mostra muito mais confiança e empolgação com a possibilidade de dar o troco no brasileiro, que será seu rival mais uma vez, neste sábado, no UFC 179, no Maracanãzinho. Nesta quinta-feira, o americano analisou a evolução do seu jogo desde o primeiro confronto e mandou um recado para Aldo: é sua vez reinar sobre a divisão até 66kg.

- Obviamente minha trocação é onde melhorei mais. Meus técnicos no Team Alpha Male me ajudaram a evoluir, evoluí uma tonelada na luta em pé e com isso meu jogo de MMA melhorou. Agora estou misturando mais as quedas com a trocação e estou muito bem. Não será só uma luta, será uma guerra. Não é só sobre o título, é sobre redenção e revanche. É a minha hora de ser o rei - afirmou Mendes, em conversa com a imprensa após o treino aberto desta quinta-feira, no estádio do Maracanã.

Chad também salientou o quanto melhorou na questão psicológica. Ele admitiu ter se sentido intimidado na primeira vez que veio ao Brasil para enfrentar Aldo, mas disse ter servido como aprendizado para destronar o atleta da casa.

- Eu sinto que melhorei minha confiança, acrescentei mais ferramentas e estou mais confortável no octógono. Tinham muitos buracos no meu jogo e agora me sinto pronto para ser campeão. Tenho uma ótima estratégia e vou surpreender a todos. Ele vai perder.

O peso-pena ainda reconheceu ter sentido a pressão dos torcedores na primeira vez, mas que isso não irá se repetir.

- Honestamente, para mim não é nada novo isso (de lutar no Brasil). Me sinto muito mais confiante e ganhei muita experiência com a primeira vez que lutamos. É a segunda vez que vou lutar com José Aldo e, na primeira, eu fiquei intimidado. Agora sinto que estou mais forte, mais rápido e acredito que vou bater este cara - concluiu.

Glover prevê nocaute em Davis: "Uma hora a mão vai pegar, e ele vai cair"

Glover Teixeira x Phil Davis Treino UFC 179 Maracanã (Foto: Andre Durão)

No treino aberto desta quinta-feira, no estádio do Maracanã, Glover Teixeira chegou empolgado para fazer a sua apresentação. Antes mesmo de iniciar, ele pegou o microfone e falou para os fãs: "Sábado será nocaute no primeiro round!". Depois de fazer um trabalho de manopla com seus treinadores, o brasileiro atendeu um grupo de jornalistas e prometeu buscar o nocaute por toda a luta, garantindo que a hora que sua mão entrar, a luta vai acabar.- Acho que é um casamento de estilos que me favorece sim. O Davis se movimenta um pouco para trás e às vezes dá a queda, mas acredito muito no meu jiu-jítsu e no meu potencial. Não tem saída para ele não. Vou pressionar, anular o wrestling dele e, mais cedo ou mais tarde, essa mão vai pegar e ele vai cair. O jogo de wrestling já é um pouco assim, o striking é mais bonito de se ver. Eu mesmo, que sou fã de luta, prefiro ver a luta em pé, mas o wrestling é o jogo dele. Não vou chamar ninguém de amarrão, acho até que ele empolga a galera - afirmou.

Questionado sobre a declaração para os fãs de que vai nocautear no primeiro assalto, ele disse que isso é uma tendência em suas atuações, mas deixou claro que está pronto para lutar por três rounds se for necessário.

- Eu sempre busco o nocaute no primeiro round em todas as lutas. Se você for ver, a maioria acaba no primeiro round mesmo e sempre vou buscar isso. Não tem esse negócio de ficar estudando o Phil Davis. Vou partir para ganhar no primeiro round. Claro que a gente está lutando em outro nível e nem sempre dá. Se não der, estou preparado para lutar três rounds. Até para cinco rounds se precisar. Mas sempre vou para decidir no primeiro - declarou o atleta, que tem 16 de suas 23 vitórias no primeiro round.

De volta ao ginásio no qual lutou no Brasil pela primeira vez, em 2009, no Bitetti Combat 4, quando venceu Leonardo Chocolate, Glover Teixeira mostrou bom humor e revelou estar ansioso pelo retorno ao Maracanãzinho e disse já ter visto alguns amigos da Tijuca, bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro, onde já morou. Mineiro de Sobrália, o meio-pesado ainda disse que poucas pessoas de sua cidade-natal vêm para o Rio.

- Tem um pessoal vindo de Sobrália vindo, mas o pessoal lá prefere ficar preparando as leitoas para o churrasco. Vem pouca gente. É sempre uma energia boa aqui no Brasil, com os brasileiros, é uma energia diferente. Estou alegre com esse sol, já que estava no frio lá em Connecticut e esse sol dá uma energia melhor. Estamos na reta final, meu sonho é sempre estar lutando e vocês (jornalistas) que me conhecem sabem que estou sempre de alto astral na semana da luta. Talvez se falassem comigo duas ou três semanas antes, eu não estaria tão bem. Estou muito ansioso para voltar ao Maracanãzinho, é gostoso lutar aqui, tem uma galera da Tijuca aqui que eu conheço, então estou em casa - disse.

Vindo de derrota para Jon Jones em seu último combate, quando disputou o cinturão da divisão até 93kg, Glover Teixeira acredita que vá precisar de mais algumas vitórias para ter nova chance de tentar o título do peso-meio-pesado.

- Vou deixar com os patrões, com o Dana White. Eu só faço meu trabalho. A missão que eles me derem, caio pra dentro, treino e luto. Não acredito que essa vitória me credencie para uma disputa de título. Tem o Cormier para lutar, o Gustafsson também está na minha frente e acho que vou precisar fazer mais outras lutas - finalizou.

UFC planeja duelo entre Conor McGregor e Dennis Siver em Boston

montagem Conor McGregor e Dennis Siver (Foto: Montagem sobre foto da Getty Images)

Atual quinto colocado no ranking peso-pena do UFC, o irlandês Conor McGregor não deve receber a chance imediata de disputar o título da divisão contra o vencedor do duelo entre José Aldo e Chad Mendes, que acontece neste sábado no Ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro. O falastrão, que já chegou ao Brasil para acompanhar o evento de perto e até se arriscou em uma aula de capoeira na manhã desta quinta-feira, está sendo quotado para enfrentar o atual 10º colocado do ranking da categoria, Dennis Siver, no dia 18 de janeiro, em card ainda a ser divulgado pelo Ultimate, em Boston (EUA). A informação foi divulgada nesta quinta-feira pelo site americano "MMA Junkie".

A intenção do UFC seria manter McGregor ativo em vez de reservá-lo para a chance ao título, apesar de o presidente da organização, Dana White, ter dito em algumas entrevistas que o irlandês era o "próximo desafiante lógico" dos pesos-penas. O falastrão vem movimentando a divisão ao desferir críticas contra os lutadores melhores colocados do que ele no ranking. Ele protagonizou no início da semana uma tropa de farpas ao vivo com Chad Mendes em uma emissora de TV inglesa.

Aos 26 anos, Conor tem um cartel de 16 vitórias e duas derrotas e vem de 12 triunfos seguidos. Em seu mais recente duelo, no dia 27 de setembro, o atleta nocauteou Dustin Poirier no primeiro round.

Dennis Siver, por sua vez, tem 35 anos e chegou a dizer em algumas entrevistas no início do mês que nocautearia o falastrão irlandês. Com um cartel de 22 vitórias, nove derrotas e um “No Contest” (luta sem resultado), o russo naturalizado alemão vem de vitória sobre Charles Rosa, depois de ter cumprido suspensão de nove meses. O lutador testou positivo para a substância gonadotropina crônica humana, que é proibida pelo regulamento, em um exame antidoping após o duelo contra Manny Gamburyan, em dezembro de 2013. Com isso, a sua vitória na decisão unânime foi anulada.

"Vou para cima igual a um caminhão desgovernado", promete José Aldo

José Aldo treino Maracanã UFC 179 (Foto: Andre Durão)

José Aldo fez a festa da torcida no treino aberto do UFC Rio 5, realizado nesta quinta-feira, no gramado do Maracanã. Assim que acabou de se exercitar em cima do palco e antes de começar a entrevista habitual, ele "furou" a área de imprensa e foi saudar o público presente. A recepção da torcida mexeu com o campeão dos penas (até 66kg) do Ultimate, que disse ter ganhado motivação extra para o duelo contra Chad Mendes.- O apoio é maravilhoso. Lutar com uma torcida dessa apoiando... Eu sou muito emotivo e pego muita pilha nisso. Fico mais confiante ainda. Sei que o ginásio vai estar cheio e que todo mundo vai vibrar junto comigo. Com certeza vou para cima igual a um caminhão desgovernado - declarou a um grupo de jornalistas logo após o treino aberto.

O lutador manauara deixou no ar a possibilidade de aprontar novamente na comemoração. Na primeira luta contra Chad, em janeiro de 2012, ele saiu correndo e se misturou ao público após conquistar a vitória por nocaute.

- Sempre bom sentir essa energia que eles passam. Isso me fortalece cada vez mais, fico muito feliz. Se Deus quiser a gente vai poder fazer o que tem de fazer, ou então os seguranças vão correr atrás de mim e não vão me deixar fazer nada (risos).

José Aldo e Chad Mendes treino Maracanã UFC 179 (Foto: Andre Durão)Aldo e Chad lado a lado (Foto: Andre Durão)

Quanto à pressão de ser o único brasileiro campeão do UFC no momento, José Aldo deu de ombros:

- Procuro esquecer esse lado. É o José Aldo que está lá dentro, não importa se é o único brasileiro campeão. Procuro fazer o meu, acreditar naquilo que eu treino para nada disso atrapalhar. Isso para mim fica fora. Luto por mim mesmo e sei que, vencendo, carrego todo mundo nas costas.

Após polêmica em luta com Kennedy, Yoel Romero mira em Ronaldo Jacaré

Yoel Romero coletiva UFC 178 (Foto: Evelyn Rodrigues)Atual sexto colocado no ranking dos médios do UFC, o cubano Yoel Romero conseguiu sua quinta vitória seguida no UFC 178, no mês passado, contra Tim Kennedy, por nocaute técnico, mas os 28 segundos a mais que o lutador demorou para se levantar do banco e voltar a lutar, no intervalo do segundo para o terceiro round, fizeram com que o presidente do UFC, Dana White, cogitasse uma revanche entre os dois na coletiva de imprensa pós-evento. Apesar de Tim Kennedy ter afirmado na oportunidade que iria apelar à Comissão Atlética de Nevada para cancelar o resultado, até o momento o lutador não deu entrada no processo, segundo o que revelou nesta quarta-feira o "UFC Tonight”, programa de TV oficial do Ultimate nos EUA. E ao que parece, Romero já superou o ocorrido e, segundo o programa, estaria mirando um adversário melhor colocado no ranking para encurtar seu caminho à chance ao título: o brasileiro Ronaldo Jacaré.

Jacaré é o segundo colocado no ranking da divisão até 84 kg, atrás apenas de Anderson Silva, já que o campeão Chris Weidman não entra na lista.  O brasileiro vem de sete vitórias seguidas, sendo quatro no UFC, e tinha conquistado a chance ao cinturão após vencer Gegard Mousasi. Porém, o adiamento do duelo entre Weidman e Vitor Belfort, de dezembro para fevereiro do ano que vem, fez com que a equipe do lutador passasse a estudar a possibilidade de ele fazer uma nova luta em vez de esperar pela disputa de título.

Segundo entrevista de seu empresário, Gilberto Faria, no mês passado ao Combate.com, entre os possíveis próximos adversários do atleta capixaba estariam Yoel Romero, Tim Kennedy, Michael Bisping e Luke Rockhold. Com o  interesse do cubano em enfrentar Jacaré, resta saber agora qual será a vontade do Ultimate. Enquanto o UFC não se pronuncia, o peso-médio brasileiro se recupera de uma cirurgia no cotovelo direito.

Luta entre Ronda Rousey e Cat Zingano é confirmada para o UFC 182

Montagem Ronda Rousey e Cat Zingano (Foto: Editoria de arte)

O tão aguardado duelo entre Ronda Rousey e Cat Zingano finalmente foi confirmado. Segundo informações do "UFC Tonight", programa de TV oficial do Ultimate nos EUA, o duelo entre a campeã peso-galo e a desafiante número 1 da divisão está agendado para o dia 3 de janeiro de 2015, em Las Vegas, no UFC 182. O evento terá como luta principal o embate entre Jon Jones e Daniel Cormier.

Ronda já havia manifestado interesse em fazer parte do card em algumas entrevistas. Durante entrevista ao Combate.com, no mês passado, o presidente da companhia, Dana White, disse que ela lutaria em janeiro e em março do próximo ano, sendo que uma das lutas poderia ser no Brasil.

Zingano conquistou a chance ao título peso-galo feminino ao nocautear Miesha Tate, em abril de 2013. A americana havia sido escalada para ser uma das treinadoras do The Ultimate Fighter 18, nos EUA, ao lado de Rousey, mas uma lesão no joelho a tirou do programa. Além de ficar quase um ano e meio afastada do octógono, devido a cirurgias nos dois joelhos, Cat ainda precisou superar a morte do marido, o brasileiro Maurício Zingano, no início do ano, para voltar a lutar. Recuperada, ela nocauteou a brasileira Amanda Nunes em setembro passado e garantiu sua nova chance ao cinturão. A lutadora tem nove triunfos e nenhuma derrota no MMA.

Já Ronda Rousey é considerada uma das maiores estrelas do UFC na atualidade. Nona colocada no ranking peso-por-peso da organização, a ex-judoca olímpica está invicta na carreira há 10 lutas e fará em janeiro a sua quarta defesa de cinturão pelo Ultimate.

Após sete derrotas em nove lutas, Paulo Thiago é demitido do UFC

Paulo Thiago MMA ufc brasilia (Foto: Rodrigo Malinverni)

A caminhada de Paulo Thiago dentro do UFC chegou ao fim. Após uma série de resultados negativos, com sete derrotas nas últimas nove lutas, o meio-médio (até 77kg) brasileiro foi demitido da organização. O atleta foi comunicado da decisão no fim da semana passada. As informações foram confirmadas pelo Combate.com junto a fontes ligadas ao Ultimate.

Aos 33 anos, Paulo Thiago brilhou no Jungle Fight e estreou no UFC em 2009, com uma vitória por nocaute surpreendente sobre o experiente Josh Koscheck. A fama no Brasil aumentou por conta de sua ligação com o Bope (Batalhão de Operações Especiais), onde trabalhou durante muito tempo como soldado. O cartel total no MMA é de 15 vitórias e oito reveses.

Apesar de ter conquistado outros bons resultados no octógono, como os triunfos sobre Mike Swick e David Mitchell, Paulo não conseguiu dar sequência e amargou várias derrotas. Após perder de forma consecutiva para Brandon Thatch, Gasan Umalatov e Sean Spencer, todas no Brasil, o "Caveira" não resistiu ao facão do evento.

Treinador de Werdum: se luta com Hunt for para o chão, pode acabar ali

Rafael Cordeiro, técnico de Fabricio Werdum UFC (Foto: Raphael Marinho)
A mudança de adversário de Fabricio Werdum após lesão no joelho direito de Cain Velásquez não impediu que o brasileiro disputasse o título dos pesos-pesados no dia 15 de novembro, na Cidade do México, pelo UFC 180, já que o Ultimate escalou Mark Hunt para enfrentar o Vai Cavalo em duelo válido pelo cinturão interino da divisão até 120kg. Para o treinador de Werdum, Rafael Cordeiro, seu pupilo tem como principal arma justamente o calcanhar de Aquiles do neozelandês: o jiu-jítsu. Das oito derrotas de Hunt na carreira, seis delas foram por finalização

- O Werdum é o peso-pesado com a maior qualidade no jiu-jítsu desta categoria. É o melhor lutador de jiu-jítsu do peso-pesado. Com certeza o Mark Hunt não tem a qualidade que o Werdum tem no chão, mas tem muita experiência. Um bom caminho com certeza é o jiu-jítsu. Ele tem muitas brechas para explorarmos no chão, mas ele sabendo que o Werdum é um grande lutador de jiu-jítsu, vai se preparar para defender as quedas. É um caminho a se pensar. Vamos trabalhar o fraco dele, que é o forte do Werdum. Se for para o chão, tem muita possibilidade de acabarmos com a luta ali - afirmou Cordeiro, ao Combate.com.

A mudança de adversário pegou a equipe de surpresa, mas o treinador considerou uma atitude justa do UFC a de ter criado o cinturão interino dos pesados. Entretanto, pequenos ajustes serão feitos na preparação de Werdum.

- Ficamos surpresos com a notícia, já que o Werdum estava se preparando há muito tempo para essa luta, mas são coisas que acontecem no esporte. Essa é a segunda vez que aconteceu, a primeira foi quando Cain lesionou o cotovelo e agora essa. Mas achei muito justo com o Werdum e com o Hunt, o UFC botar um cinturão interino. Se Deus quiser no futuro Werdum e Velásquez vão se enfrentar pelo título. Ele estava preparado para lutar em pé e no chão, já que o Velásquez também é um trocador nato e tem a mão pesada. Agora vamos treinar mais a parte em pé voltando para a parte do jiu-jítsu. O Werdum é completo. Está tão confortável em pé que pode sentir se está bem em cima e, se precisar, coloca para baixo sem problema nenhum - concluiu.

Hunt tem 21 dias para perder 17kg e disputar o cinturão contra Werdum

mark hunt mma ufc (Foto: Getty Images)

Nas palavras de Mark Hunt, a maior dificuldade para sua próxima luta não é propriamente o adversário, o brasileiro Fabricio Werdum, contra quem lutará pelo cinturão interino dos pesos-pesados do UFC no dia 15 de novembro, na Cidade do México. O neozelandês, que foi avisado que faria a luta principal do UFC 180 apenas três semanas antes do combate, terá pela frente a perda de peso. Atualmente com 137kg, Hunt pecisa perder 17kg para chegar ao limite máximo da categoria, que é de 120,2kg, e ser autorizado a lutar pelo título. Pelas regras das comissões atléticas americanas, que regem os esportes de combate no país, não há tolerância para o limite de peso em disputas de cinturão.

- Não tive nenhum problema para aceitar a luta. Meu único desafio até lá é a balança - disse o veterano neozelandês ao site "MMA Fighting".

O corte abrupto de peso não é problema para Hunt. Mesmo aos 40 anos de idade, o lutador teve de perder nada menos que 9kg em um dia para bater o limite e enfrentar Roy Nelson no Japão, em setembro deste ano. Hunt não só conseguiu, como ficou uma libra abaixo - cerca de 0,4kg - e venceu Nelson por nocaute no segundo round. Nas últimas sete lutas que fez pelo UFC, Mark Hunt perdeu apenas uma, para Junior Cigano, no UFC 160. Foram cinco vitórias e uma luta sem resultado.

Chad Mendes e Conor McGregor trocam farpas ao vivo em TV inglesa

Chad Mendes e Conor McGregor, UFC (Foto: Getty Images)

A troca de farpas entre Chad Mendes e Conor McGregor chegou a um novo patamar nesta terça-feira, quando os dois pesos-penas participaram de um programa da emissora de TV inglesa BT Sport. Enquanto McGregor participava ao vivo no estúdio, Mendes, que já estava no Brasil para o UFC deste sábado, fez uma participação por vídeo. Questionado se tinha algum recado para mandar para o irlandês o americano iniciou a provocação:

- Sim, antes de mais nada Conor, qual o seu tamanho?- perguntou.

Conor respondeu que tinha 1,79m de altura. Chad então afirmou que sua altura era 1,70m, mas o irlandês não perdeu a oportunidade de arrancar risos da plateia:

- Você tem 1,64m de altura e deveria se levantar porque nós mal podemos vê-lo no telão.

Aparentemente sem entender a brincadeira, Chad sorriu sem graça e tentou se defender, afirmando que o irlandês era um falastrão que trouxe muita atenção para a divisão e que só cresceu na categoria por conta de sua língua ferina.

- Quando eu olho para o Conor eu vejo notas de dólar indo para a minha conta do banco. Eu não sou uma  boa luta para esse cara. Conor, você sabe o que é wrestling? - indagou

- Sim, posso descansar minhas b…. em sua testa! - respondeu McGregor, arrancando mais risos da plateia.

Chad continuou tentando responder ao irlandês, mas como a sua participação era por vídeo, o barulho do estúdio dava vantagem a McGregor, que continuou soltando mais pérolas:

-  Pessoalmente, eu te desejo tudo de melhor, mas não acho que essa sua luta será diferente da primeira. Mas não se preocupe, eu vou tomar o cinturão das mãos de José (Aldo) e eu vou voltar caçando você, seu cabecinha de anão.

A provocação entre os dois lutadores não parou por aí e, antes de encerrar sua participação, Chad garantiu que vai acabar com McGregor, caso um dia enfrente o irlandês (veja aqui em inglês).

Enquanto Chad Mendes tenta tomar o cinturão de José Aldo no duelo principal do UFC 179, que acontece neste sábado no Ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, Conor McGregor vai assistir ao evento da primeira fila. O irlandês, inclusive, tem dito em entrevistas que vai desafiar o vencedor ao final da luta..

Cain Velásquez se lesiona; Werdum disputa cinturão interino contra Hunt

montagem Fabricio Werdum e Mark Hunt (Foto: Montagem sobre foto da Getty Images)

Dana White já afirmou algumas vezes que o UFC não iria ao México sem Cain Velásquez. Todavia, com o primeiro evento da companhia no país já marcado e a menos de um mês de distância, o presidente terá de fazer o torneio sem o maior astro do MMA no país. Velásquez, atual campeão peso-pesado do Ultimate, lesionou o joelho direito nos treinos e está fora do UFC 180, marcado para 15 de novembro na Cidade do México, segundo apurou o Combate.com junto a fontes ligadas à organização. Seu desafiante na ocasião, o brasileiro Fabricio Werdum, agora terá novo adversário pela frente: o neozelandês Mark Hunt. O duelo vale o cinturão interino da categoria. O site em espanhol do UFC confirmou a substituição.

Velásquez não luta desde 19 de outubro de 2013, quando derrotou pela segunda vez outro brasileiro, Junior Cigano. Após aquele combate, o lutador passou por cirurgia no ombro esquerdo, que o manteve fora de ação por todo o primeiro semestre de 2014. A nova lesão vai estender seu período afastado do octógono, no mínimo, até 2015.

- Estou tão inacreditavelmente decepcionado que isso aconteceu. Dizer que estava ansioso em lutar no México pela primeira vez é pouco. Eu queria demais lutar neste card. Parece que não era para ser, e não vai acontecer. Vou consertar meu joelho e voltar aos treinos o mais rápido possível. Sinto muito pelos fãs no México que estavam esperando esta luta, e espero ser capaz de comparecer e ainda ser parte deste evento histórico - disse Velásquez em comunicado oficial divulgado pelo UFC.

Nascido nos Estados Unidos, mas com raízes mexicanas, Cain Velásquez é o maior ídolo do MMA e do UFC no México e era considerado o grande chamariz para o primeiro evento da companhia no país, sonho antigo de Dana White. Ele atuou como treinador no primeiro "TUF: Latin America", cujas finais serão realizadas no UFC 180, e enfrentaria Fabricio Werdum, desafiante número 1 e seu antagonista no reality show. Com seu desfalque, o Ultimate ofereceu reembolso a torcedores que compraram ingresso e desistam de comparecer por causa da ausência de Velásquez. As entradas para o evento haviam se esgotado em oito horas.

- Eu estava descansando de um treino para outro com toda a equipe aqui em Juquipilco (México), aí recebi uma ligação do Dana White. Ele falou: "Tenho duas notícias para te dar. Uma é que você vai lutar pelo título no dia 15 de novembro. A outra é que não vai ser contra o Cain Velásquez, e sim contra o Mark Hunt". Eu respondi: "Tudo bem, fazer o quê? Estou preparado para o que der e vier". Eu falei para ele que estou treinando aqui há quase dois meses, longe da minha família, para ser o campeão - contou Werdum ao ser contactado pelo Combate.com.

Sem Velásquez no card, Fabricio Werdum deve receber a torcida dos mexicanos na luta principal. O brasileiro atua há quase dois anos como comentarista do UFC Network, canal exclusivo da companhia para a América Latina, e fala bem a língua espanhola. Além disso, ganhou exposição no México com sua participação no TUF latino-americano. Apesar disso tudo, o gaúcho não escondeu a decepção em não enfrentar o campeão linear pelo cinturão absoluto dos pesados.

- Claro que fiquei triste. Eu queria lutar contra o Cain Velásquez, estava me preparando para ele. A gente sabe que ele é um cara duro, é um grande campeão, um desafio muito grande para mim. Mas fazer o quê? Todos nós estamos sujeitos a lesões. Aconteceu, não tem o que fazer. Nunca vou falar que é mentira ou algo assim. Poderia ter acontecido comigo ou com outro. Fiquei triste no momento, mas o foco continua no cinturão. A diferença é que meu foco agora está no Mark Hunt - afirmou.

Werdum vem de quatro vitórias consecutivas no UFC; seu cartel inclui 18 vitórias, cinco derrotas e um empate. Escolhido como substituto de última hora para Velásquez, Mark Hunt é o quarto colocado do ranking dos pesos-pesados do UFC. O neozelandês vem de vitória por nocaute sobre Roy Nelson no "UFC: Hunt x Nelson", e tem cinco triunfos nas últimas sete lutas. Seu cartel, que inclui passagens pelo Pride e pelo K-1, tem 10 vitórias, oito derrotas e um empate. O brasileiro é considerado favorito, especialmente se levar o combate para o chão, onde é bicampeão mundial na faixa preta; Hunt tem seis derrotas por finalização na carreira, mas melhorou sua defesa no solo nos últimos anos.

- Não subestimo ninguém. Eu assisto às lutas do Mark Hunt desde o K-1. Eu o conheço de vista, ele é um cara gente boa, mas a gente vai ter que lutar. É um cara duríssimo - analisou Werdum.

Erick Silva enfrenta Mike Rhodes no dia 20 de dezembro no UFC Barueri

 Erick Silva x Mike Rhodes ufc montagem (Foto: Editoria de Arte)

Depois de passar por uma cirurgia para corrigir um desvio de septo, Erick Silva já tem data para voltar ao octógono. O peso-meio-médio (até 77kg) vai lutar no UFC: Machida x Dollaway, dia 20 de dezembro, em Barueri (SP), conforme divulgou a organização através de seu site oficial. Os lutadores aceitaram o compromisso de forma verbal e ainda vão assinar os contratos.

Erick Silva tem oito lutas no UFC e nunca emplacou dois triunfos consecutivos, alternando vitórias e derrotas (4-4). O peso-meio-médio vem de revés contra Matt Brown, em maio, pela luta principal do UFC: Brown x Silva.

A situação de Mike Rhodes é mais complicada, já que o americano tem apenas duas lutas no Ultimate e saiu derrotado em ambas, contra George Sullivan, em janeiro, e Robert Whittaker, em junho, as duas por decisão unânime.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

[Video] Countdown to UFC 179: Jose Aldo vs. Chad Mendes 2

[Video] Countdown to UFC 179: Glover Teixeira vs. Phil Davis

[Video] Countdown to UFC 179: Diego Ferreira vs. Beneil Dariush

Aldo não vê evolução em Chad e diz merecer maior valorização financeira

José Aldo é o protagonista desta semana no mundo do MMA. O lutador manauara, único brasileiro campeão do Ultimate no momento, colocará o cinturão dos penas (até 66kg) em jogo no UFC Rio 5, ou UFC 179, que será realizado neste sábado, no Maracanãzinho. O adversário é um velho conhecido: Chad Mendes. O americano foi nocauteado por Aldo com uma joelhada em janeiro de 2012, também no Rio, e desde então conquistou cinco vitórias em cinco lutas, quatro delas por nocaute ou nocaute técnico. Mas o campeão, que por sua vez teve três triunfos em três duelos desde o primeiro encontro com Chad, não enxerga evolução no oponente.- Não vejo diferença nenhuma. Para mim, ele continua a mesma pessoa, com o mesmo jogo. Ele pode ter aumentado a confiança, aí sim, mas de evolução mesmo não vejo algo que eu possa dizer: "Ah, o cara está muito bem em pé". Não. Ele nunca pegou um striker (que luta em pé, trocador), foi lá e fez uma luta de três rounds com o cara. Então, não posso falar que ele está tão bem em pé. Lá dentro a gente vai ver quem evoluiu mais - disse, em entrevista ao Combate.com e a mais dois veículos após treino na Nova União.

Com personalidade forte, Aldo não foge quando o tema é a valorização dos atletas, que ficou ainda mais em evidência após as duras críticas de Wanderlei Silva ao UFC. O lutador da Nova União até pondera que é um assunto difícil de se comentar pelo fato de ser funcionário da organização, mas afirma que merece, sim, uma valorização financeira maior do evento:

- (Valorização) Financeira não só eu, mas outros atletas também merecem. A gente dá muito para a empresa, e acho que não é tão valorizado quanto deveria. A gente não tem esse valor devido. Vi isso acontecer no passado, os atletas eram muito valorizados, e a empresa não era tão grande. Hoje em dia a empresa está muito grande e desvalorizou muito os atletas.

José Aldo reconhece que a troca de farpas com Chad Mendes e o empurrão que deu no americano durante uma encarada ajudaram a chamar atenção para o evento deste sábado, e vibra com a chance de lutar novamente no Rio de Janeiro, desta vez no Maracanãzinho - a primeira foi na Arena da Barra. O campeão ainda faz uma análise da atual situação do MMA brasileiro e diz acreditar que a má fase em relação aos cinturões do UFC é passageira.

A seguir, veja a entrevista com José Aldo por tópicos:

Mais à vontade lutando no Rio?
"(Risos) Sempre, né? A gente se sente muito bem, já conhece o clima, conhece tudo. Então, a gente fica mais tranquilo. Lógico que na minha carreira toda nunca escolhi luta, mas lutar em casa é ótimo. Ter o apoio da torcida conta muito. Sem contar que a porcentagem de vitória quando se luta em casa é bem grande".

TJA (Torcida José Aldo) vai estar em peso no ginásio?

"Com certeza. A gente está fazendo campanha. Todo mundo está adquirindo suas camisas. Espero que todo mundo esteja lá, vibrando e torcendo. Com certeza a gente vai chegar lá e vencer".

Lutar no Maracanãzinho

"Fico orgulhoso. Acompanho a história do MMA, e na época do vale-tudo o Maracanãzinho teve grandes lutas. Hoje em dia fazer a luta principal para mim é motivo de orgulho. Mas, lógico, a gente tem que estar concentrado e olhando para a luta. Isso fica para a história, mas tem que chegar lá dentro e vencer".

Evolução sua e de Chad Mendes após a primeira luta

"Todo atleta tem que procurar evolução. Não só o José Aldo, mas todos os atletas, porque o esporte vem crescendo e você tem que acompanhar isso. Se melhorou, isso fica para vocês, que são jornalistas. Mas a gente, que é lutador, conhece e sabe como é, se o atleta evoluiu ou não. Não vejo diferença nenhuma. Para mim, ele continua a mesma pessoa, com o mesmo jogo. Ele pode ter aumentado a confiança, aí sim, mas de evolução mesmo não vejo algo que eu possa dizer: "Ah, o cara está muito bem em pé". Não. Ele nunca pegou um striker, foi lá e fez uma luta de três rounds com o cara (Nota da redação: Chad nocauteou Cody McKenzie, Yaotzin Meza, Darren Elkins e Clay Guida). Então, não posso falar que ele está tão bem em pé. Lá dentro a gente vai ver quem evoluiu mais".

Escassez de cinturão no Brasil é passageira?


"(Risos) Espero que sim, né? A gente perdeu um pouco de espaço, mas o brasileiro tem um talento enorme e tem tudo para futuramente conquistar os cinturões de novo. Torço para isso também. Que a gente possa sempre estar disputando entre os melhores. Tem a minha disputa, depois a do Werdum (Fabricio, que encara Cain Velásquez no UFC 180), depois o Vitor (Belfort, que é o próximo rival de Chris Weidman), então sempre temos grandes possibilidades de conquistar cinturões. Acho que isso é uma fase. Passando isso, pode mudar e a gente pode dominar de novo o Ultimate".

Motivo da crise

"Para mim, isso é uma coisa natural. Faz parte. A gente já passou por isso antes. Já teve grandes campeões, depois passou por uma fase de seca. É a transição. Minha geração está assumindo agora. A geração passada fez muito, com Minotauro, Wanderlei, Anderson Silva... É uma troca de bastão. Às vezes demora até surgirem outros atletas duros. Se Deus quiser futuramente a gente vai ter vários outros campeões".

Vender lutas

"Para mim é tranquilo. Não vejo problema algum. A gente sempre procura, sim, dar uma esquentada hoje em dia. Se minha luta contra o Chad Mendes não tivesse uma troca de farpas, não teria um interesse tão grande da mídia e dos fãs. Ando na rua, e os fãs me pedem para vencê-lo. Se não tivesse isso (troca de farpas), não teria nada disso (interesse do público). Seria aquela coisa: "Ah, todo mundo já sabe. O campeão vai bater nele de novo. Já bateu uma vez e vai bater mais uma". Então é bom dar uma esquentada, porque assim a gente ganha um espaço bom".

Vai esquentar ainda mais às vésperas da luta?

"Não, já passou dessa fase. A gente já vendeu o que tinha de vender. Mas acho que ainda não, porque ainda tem o pay per view (risos). Então, espera aí! A gente tem que dar uma esquentada sim, mas acho que não vai ter nada de mais. A gente é profissional, sabe o que tem que fazer. Nós vamos lutar, depois volta tudo ao normal".

Merece maior valorização financeira?

"Financeira não só eu, mas outros atletas também merecem. A gente dá muito para a empresa, e acho que não é tão valorizado quanto deveria. A gente não tem esse valor devido. Vi isso acontecer no passado, os atletas eram muito valorizados, e a empresa não era tão grande. Hoje em dia a empresa está muito grande e desvalorizou muito os atletas. Se você está bem, está sendo valorizado. Mas, se perde umas três, é mandado embora. Tem esse lado também. É uma coisa difícil de falar. Hoje a gente vê o Wanderlei (Silva) brigando, o Dana (White) falando de valores. É fogo falar. Querendo ou não, sou um empregado deles, estou na empresa e tenho de ver esse lado também. Mas a gente procura sempre a valorização. A gente não ganha por mês, então depende de estar lutando. A gente procura sempre dar o máximo nos treinamentos para chegar lá dentro e corresponder. Assim, arrecadar milhões para a empresa. A gente queria que esses milhões fizessem parte da gente também".

Chad Mendes se vê melhor preparado e alerta Aldo: "Estou mais agressivo"

Chad Mendes ufc (Foto:  Alexandre Loureiro / Inovafoto / UFC)
No próximo sábado, dia 25 de outubro, José Aldo vai colocar mais uma vez o cinturão dos pesos-penas em disputa contra Chad Mendes, na luta principal do UFC 179, realizado no Maracanãzinho. Nos dias que antecedem o evento, o americano falou ao "Sensei SporTV" quais os fatores que diferenciam o próximo duelo com o confronto  do UFC 142, em janeiro de 2012, quando saiu derrotado após joelhada devastadora do brasileiro no final do primeiro round. Para o lutador da equipe Alpha Male, a experiência e, principalmente, o trabalho realizado com Duane Ludwig nos treinamentos, o credenciam a se tornar o novo campeão da categoria até 66kg do Ultimate  (assista ao vídeo).

- Na primeira luta com Aldo, eu só tinha duas lutas no UFC, era minha primeira luta no exterior(...) Vir ao Brasil foi um grande aprendizado para mim. Lutar diante do público(...) Eu não sabia como seria. Eles cantam que você vai morrer, e sabia que todos torceriam contra mim. Foi muita pressão, então aprendi muito. Temos um novo treinador. Eu não tinha treinador na primeira vez, nenhum treinador de luta em pé. Eu era um wrestler lutando pelo título mundial. Acho que virei um lutador mais agressivo, porque me sinto mais à vontade agora. Na primeira luta, eu não ficava à vontade em pé. Estar confiante e à vontade com suas habilidades torna você mais agressivo - comentou Chad Mendes.

No Maracanã, Chad Mendes afirma estar mais agressivo e confiante (Foto: Alexandre Loureiro/Inovafoto/UFC)

Disposto a "pagar o preço" por uma vitória contra o único brasileiro que ainda é campeão do UFC, ainda mais na casa do rival, Chad Mendes quer mostrar quem "é de verdade", após treinar com Duane Ludwig na Alpha Male.

- Não ligo para o lugar da luta. Poderia ser na Lua. Vou entrar lá e tentar acabar com ele. Quero o cinturão. Acho que é a minha vez de reinar. José Aldo é o cara que está no meu caminho. Acho que esta luta vai ser boa para eu mostrar quem sou de verdade. Precisam ver o que o Duane Ludwig fez com TJ Dillashaw, em que tipo de lutador ele o transformou. Fazemos o mesmo na Alpha Male, então estou animado para mostrar ao mundo do que sou capaz. O novo Chad Mendes aperfeiçoado - disse o peso-pena.

E contra José Aldo, o americano pensa em adotar a mesma tática de TJ Dillashaw na luta de maio de 2014 contra o companheiro de treino do brasileiro na Nova União, Renan Barão. Chad Mendes acredita que a melhor preparação e a "zona de conforto" em que se encontra José Aldo podem ser decisivas na noite de sábado no Maracanãzinho.

- Há uma rivalidade (entre Nova União e Alpha Male), mas ela envolve respeito. Acho que, nas últimas lutas, ele (José Aldo) se acomodou. Está em uma zona de conforto. Ele é ótimo no que faz, e ninguém nunca soube como enfrentá-lo. Sou um cara que pode tirar Aldo da zona de conforto. Exigir dele, testar a firmeza e o queixo dele. Meu golpe é forte. Se eu conseguir dar um bom soco, isso mudará a luta rápido - afirmou Chad Mendes.

jose aldo chad mendes maracana ufc (Foto: André Durão)Rivais, lutadores da Nova União e Alpha Male se estranharam em encarada no Maracanã (Foto: André Durão)

Pelo lado brasileiro, José Aldo admite essa "zona de conforto", já que não perde uma luta desde 2005, porém não vê essa evolução no rival. No entanto, o manauara revela ter ainda muitas metas a alcançar dentro do UFC e que procura sempre adotar novidades nos treinamentos para não se acomodar.

- Ele (Chad Mendes) fez por merecer. Acho que vem de cinco vitórias e é justo estar disputando o cinturão. Claro que tem esse lado (zona de conforto), mas sempre procuro aprender, conhecer coisas novas e fazer nos treinamentos para a gente não cair na zona de conforto. Procuro sempre estar evoluindo. Se manter campeão é mais difícil do que se tornar campeão. Tenho muitas metas a serem batidas, vários objetivos meus profissionais, que tenho que conquistar ainda, então, tenho que treinar sempre forte e manter o título comigo. Acho que os recordes (a serem batidos) motivam bastante, mantém a chama acesa para acordar cedo e ir treinar cada vez mais forte para quebrar os recordes - comentou José Aldo.

Miocic revela estratégia para derrotar Cigano e quer title shot após vitória

Stipe Miocic quer title shot se vencer Cigano (Foto UFC)

Depois de derrotar Fábio Maldonado no UFC de São Paulo, Stipe Miocic está de olho em outro brasileiro. O croata enfrenta Júnior Cigano no dia 13 de dezembro e acredita que uma vitória sobre o ex-campeão dos pesados lhe trará um title shot.

“Quem não acha que eu mereceria? Eu acho. O Júnior está em segundo no ranking. Uma vitória me colocaria logo depois do Werdum, então, acho que eu devo ganhar uma chance. O Cigano já lutou pelo título várias vezes, já foi campeão. Ele está de fora há algum tempo, mas acho que vou vencê-lo e conseguir um title shot”, disse Miocic em entrevista ao site MMA Fighting.

Especialista no Boxe e no Wrestling, Miocic é um adversário perigoso. Ele já venceu nomes como Roy Nelson e Gabriel Napão e diz ter a “receita” para derrotar Cigano.

“Pressão. Vou pressioná-lo a todo momento, não o deixando esquivar dos meus socos”, disse, elogiando o brasileiro:

“Ele é um cara legal e um grande lutador. Se movimenta bastante, não tenho dúvidas de que o garotão é rápido. Ele bate forte, como qualquer outro peso pesado. Eu o respeito muito. Ele já foi campeão e sabe o que faz ali dentro. É um veterano, mas eu vou estar pronto no dia 13 de dezembro”, concluiu.

Lyoto garante ‘guerra’ contra Dollaway e diz sonhar com o cinturão: ‘Ainda é um objetivo’

A data para o retorno do “Dragão” já está marcada. No dia 20 de dezembro, pelo UFC Barueri, em São Paulo, Lyoto Machida encara o americano CB Dollaway em combate válido pelos médios. O duelo será o segundo do lutador no Brasil no ano, fato comemorado por ele em entrevista à TATAME. No primeiro, vitória sobre Gegard Mousasi de forma incontestável, em Jaraguá do Sul, Santa Catarina.

“Estou no início do camp ainda, apenas começando, focando na parte física. Mas com certeza vou me preparar bastante para este duelo. Lutar no Brasil é sempre bom, sentir o calor da torcida, a energia. São Paulo também é um grande palco, espero que o público compareça em peso”, pediu Machida, que fará seu terceiro combate em 2014.

Diferente do carateca, CB Dollaway vem de duas vitórias consecutivas, sobre Cezar Mutante e Francis Carmont, respectivamente. Os dados do americano, porém, não impressionam o brasileiro, que promete mais um combate duro, assim como foram seus últimos.

“É difícil prever algo contra um cara como ele. Venho aprendendo muito a cada luta. Meu duelo contra o Weidman, por exemplo, foi muito duro, mais uma experiência adquirida. Meu combate contra o Mousasi também foi uma guerra, e garanto que contra o Dollaway será a mesma coisa”, afirmou Lyoto, dono de um cartel com 21 vitórias e cinco derrotas.

Apesar do esforço, Lyoto não conseguiu superar Weidman e acabou derrotado por decisão unânime dos jurados (Foto UFC)

Apesar do esforço, Lyoto não conseguiu superar Weidman e acabou derrotado por decisão dos jurados (Foto UFC)

Uma vitória sobre o americano, por sinal, recoloca Lyoto Machida na rota do cinturão dos médios. Objetivo que, de acordo com ele, ainda está vivo na sua cabeça.

“O cinturão ainda é um objetivo, o maior deles. Sonho em ser campeão em uma categoria diferente, mas tudo tem o seu tempo”, encerrou o ex-campeão meio-pesado do UFC.

McCall diz por que não gosta de Lineker e avisa: ‘Ele só tem o soco, não vai ser difícil vencê-lo’


No dia 8 de novembro, Ian McCall vai lutar no Brasil pela segunda vez na carreira, já que será o adversário de John Lineker no UFC Uberlândia. Em agosto do ano passado, o americano derrotou Iliarde Santos na quarta edição do show no Rio de Janeiro, e, agora, promete despachar Lineker sem muito esforço.

“Ele só tem o soco. No Jiu-Jitsu, vou andar sobre ele, e no Wrestling, a mesma coisa. Ele soca forte. Bom para ele. Tecnicamente em todas as áreas, ele não é muito bom. Tenho velocidade e números a meu favor. Eu sei que todos sabem que sou melhor do que ele. Vou fazê-lo parecer um bobo. Vou vencê-lo, e não vai ser tão difícil”, disparou Ian ao site MMA Junkie.

Além das promessas de uma luta fácil, McCall surpreendeu ao afirmar que não vai com a cara do brasileiro. O peso-mosca contou que não gosta da aparência de Lineker. O motivo? Nenhum.

“Eu não sei o que é, mas não gosto da cara dele. Nunca gostei desse cara. Não tenho razão alguma, apenas não gosto da aparência dele”, concluiu.

Treinador de Bethe diz como vencer Ronda: "porrada" e movimentação

Edelson Silva e Bethe Correia (Foto: Reprodução / Instagram)

A próxima adversária de Ronda Rousey já foi confirmada pelo Ultimate e não será Bethe Correia. Quem vai disputar o cinturão é a americana Cat Zingano, provavelmente no dia 3 de janeiro, no UFC 182, em Las Vegas (EUA). Mas o nome da brasileira ainda é lembrado quando o assunto é o título peso-galo (até 61kg) feminino da organização. Ciente de que o duelo contra Ronda pode acontecer no futuro próximo, o treinador de boxe e namorado de Bethe, Edelson Silva, já traçou o plano para tentar a vitória sobre a campeã.- Para ganhar da Ronda, a Bethe precisa se antecipar a ela. Antecipar é não deixar a Ronda chegar nela. A Ronda chega e derruba. Como evitar isso? Com golpe, com porrada. Tem que golpear forte no corpo e na cabeça e se movimentar. A atleta que fica parada na frente da campeã com certeza vai cair. Tem que fazer tipo o que o Anderson Silva fez contra o Demian Maia (no UFC 112). Ele se movimentou bastante e machucou o Demian - disse ao Combate.com.

O fato de o duelo contra Ronda não ser por agora é visto com bons olhos por Edelson, que quer mais tempo de treino para preparar a pupila. A própria campeã já deu a ideia de enfrentar Bethe, caso mantenha o cinturão contra Zingano, num card no meio do ano a ser realizado no Brasil. A potiguar, por sua vez, tem seu nome especulado para um possível combate contra Miesha Tate.

- Seria muito bom fazer mais uma luta antes. Vai pegar mais ritmo, é mais uma luta no cartel, vai ficar mais confiante. A Ronda também vai fazer uma antes. É muito bom para as duas. A Ronda pediu uma data excelente, junho ou julho. É um tempo bom para as duas treinarem. Tem mais de seis meses, então dá para a Bethe treinar cada modalidade. Se ficar muito em cima, vai misturar muito, ela vai ficar um pouco estourada. Junho ou julho está excelente - disse o técnico.

Edelson, por outro lado, admitiu que ainda falta experiência a Bethe e que ela vai precisar treinar muito jiu-jítsu antes de encarar Ronda. Ao mesmo tempo, enalteceu a força de vontade da namorada:

- A Bethe é uma atleta nova no MMA, começou a lutar só há três anos. Deixou tudo pelo sonho dela. Tem muita coragem e força de vontade. Mas experiência para essa luta ela ainda não tem. Vai ser uma oportunidade boa, e ela não pode perdê-la. Tem que botar o quimono, começar a treinar jiu-jítsu, fazer as defesas de queda, começar a treinar wrestling (luta olímpica) e manter os 100% no boxe, porque a Ronda na verdade nunca apanhou. Em todas as lutas da Ronda, ela derruba a adversária e finaliza. Com certeza a Bethe tem chance de ganhar da Ronda, mas ela precisa treinar, precisa de um pouco de tempo.

Para Ronda, beleza e "cara limpa" são sinônimos de competência no MMA

Ronda Rousey MMA Combate (Foto: Divulgação / Combate)

Além da beleza notável, o que Ronda Rousey, Miesha Tate e Gina Carano têm em comum? As três estão entre os maiores nomes da história do MMA feminino. E há quem acredite que as duas características estão diretamente relacionadas. A campeã peso-galo (até 61kg) do UFC, por exemplo, é adepta dessa teoria. Para ela, cara limpa e bonita é sinônimo de competência dentro do octógono.

- Elas (as lutadores bonitas) são aquelas que não levam pancada. Se você parar para pensar, se alguém está toda castigada e você pensa "nossa, ela passou por algumas batalhas"', então ela é péssima. Apanhou bastante. Se eu sair com a aparência boa, então provavelmente sou a melhor lutadora - disse Ronda durante participação no programa "The Jim Rome Show".

O retorno de Ronda Rousey à ação deve acontecer contra outra atleta considerada bonita: Cat Zingano. O duelo está perto de ser anunciado para o UFC 182, no dia 3 de janeiro, em Las Vegas (EUA). A campeã tentará alcançar a 11ª vitória em 11 combates na carreira.

Georges St-Pierre é liberado para treinar novamente, diz Dana White

Georges St-Pierre (Foto: Rodrigo Malinverni)O ex-campeão dos pesos-meio-médios do UFC, Georges St-Pierre, foi liberado pelos médicos para treinar MMA novamente nesta sexta-feira. A notícia foi dada pelo presidente do Ultimate, Dana White, no site oficial da companhia. Ele e seu sócio Lorenzo Fertitta visitaram GSP em Montreal no começo da semana e, nesta sexta, retomaram o contato após o lutador se consultar com seu médico em Los Angeles.

- Eles liberaram o joelho do GSP. Depois de uma cirurgia como essa, ainda leva uns 30 dias para você começar a se sentir bem mentalmente, mas ele está num momento bom - comentou White.

St-Pierre, que anunciou um hiato do MMA e entregou o cinturão dos pesos-meio-médios de volta ao UFC no ano passado, sofreu uma ruptura no ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo há sete meses, durante um treino. Ele sofreu lesão semelhante em 2011 e precisou de cerca de 11 meses para voltar a lutar. Desta vez, White não ofereceu um prazo para o retorno do canadense ao octógono.

- Seu joelho acabou de ser liberado e ele vai começar a treinar de novo e a voltar à forma. Ele vai nos avisar quando estiver pronto - afirmou o presidente.

Georges St-Pierre é considerado o maior astro do elenco do UFC e recordista de vendas de pacotes de transmissão em pay per view dos eventos da companhia. Ele é também o campeão mais dominante da história da categoria peso-meio-médio, cujo cinturão deteve por duas vezes e defendeu nove vezes consecutivamente entre 2008 e 2013. Outros recordes do Ultimate que ele detém incluem o maior número de vitórias em lutas valendo título (12), maior número de vitórias dentro do UFC (19) e maior espaço de tempo dentro do octógono do UFC (5h28m12s). Ele deixou a companhia em dezembro de 2014 após sua vitória por pontos sobre o atual campeão, Johny Hendricks, alegando que precisava de tempo para resolver problemas pessoais.

Werdum conta que quase morreu intoxicado após treino no México

Fabricio Werdum x Travis Browne UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)O lutador brasileiro Fabricio Werdum quase viu sua chance de disputar o cinturão dos pesos-pesados do UFC - e sua vida - irem embora ao decidir mudar seu camp de treinamentos para o México. O gaúcho contou ao site "MMA Fighting" que ele e seu time sofreram intoxicação por monóxido de carbono, causado por um gerador de gasolina instalado na casa em que estavam residindo próximo a Nevado de Toluca, vulcão situado a cerca de 80km da Cidade do México.

Werdum havia levado seu irmão Felipe, Rafael Cordeiro, Renato Babalu e outros oito treinadores e companheiros de sparring para o local, onde alugou uma casa para treinarem e residirem.

- Foi terrível. Nós não vimos a casa antes de alugar. Não tinha energia, nada, e estava muito frio lá. Eu estava lá com 12 caras do meu time, e eles arrumaram um gerador de gasolina para gerar energia. Eles normalmente deixam o gerador do lado de fora da casa, mas colocaram este dentro da casa. Estávamos treinando dentro da casa, jantamos e fomos dormir. Não disseram para nós desligarmos o negócio antes de dormir. Acordei no meio da noite com muita dor de cabeça, náusea, e não conseguia sair da cama. Todo mundo estava tonto. Meu irmão conseguiu sair da cama dele e desligar o negócio. Nós quase morremos envenenados. Fomos ao hospital com todo mundo vomitando e com diarreia. O médico disse que nós teríamos morrido em duas horas se ninguém tivesse desligado aquela coisa - disse Werdum ao "MMA Fighting".

Agora, Werdum mudou o camp de treinos para Jiquipilco, cerca de 40km distante de Toluca e pouco mais de 81km da Cidade do México, sede do UFC 180, evento em que o brasileiro desafia o campeão Cain Velásquez pelo cinturão dos pesos-pesados. Irreverente como sempre, o gaúcho não perdeu o bom humor ou a confiança para a luta.

- O que não te mata, te deixa mais forte. Isso me deixou mais forte (risos). Estamos bem agora. Foi um susto enorme, nós quase morremos. Imagina a manchete: "Werdum muda seu camp para o México e morre com o time inteiro." Nós estávamos procurando um pouco de ar fresco e quase morremos de envenenamento por monóxido de carbono (risos) - brincou o lutador.

Chris Weidman ajuda a salvar a vida de vizinha idosa em Long Island

Chris Weidman MMA (Foto: Ivan Raupp)

O campeão dos pesos-médios do UFC, Chris Weidman, teve um "dia de herói" na quinta-feira. O lutador americano ajudou uma vizinha idosa, de 94 anos de idade, a sobreviver após sofrer um acidente em casa e sofrer um corte na cabeça.

Segundo contou ao site oficial do UFC, Weidman havia saído de sua casa em Long Island (EUA) em meio à chuva torrencial, mas ouviu um barulho na vizinhança que o intrigou. Primeiro, o lutador achou que fosse apenas alguém gritando no telefone celular, mas viu, à distância, que a linguagem corporal da pessoa não se encaixava com a de alguém que estivesse apenas brigando numa ligação. Weidman dirigiu seu carro pela rua até encontrar a mulher pedindo socorro na entrada de sua casa.

- Ela estava completamente ensanguentada, era uma cena de pesadelo. Havia sangue saindo de sua cabeça - contou o campeão ao site do Ultimate.

Weidman deixou o carro, pegou a senhora e a levou para a garagem da casa, onde tentou ligar para 911 (telefone de emergência nos EUA), mas teve seus telefonemas transferidos e ninguém atendeu. Ele decidiu, então, chamar um amigo paramédico, que o auxiliou. A ambulância chegou 20 minutos depois e a levou para o hospital, mas, até lá, o lutador teve que "se virar" para manter sua vizinha lúcida.

- Eu estava tentando fazê-la se acalmar, falando sobre seu cachorro e tentando mudar o assunto. Ela não parava de dizer que ela só queria mais um ano para viver, e eu só dizia, "Você vai ficar bem, você não vai morrer hoje." E, enquanto isso acontece, ela continua soltando sangue pela cabeça. Eu peguei um monte de papel-toalha e comecei a segurá-los sobre sua cabeça. Eu fiquei todo ensanguentado, mas o tempo todo eu estava imaginado que era a minha avó - disse Weidman.

De acordo com o lutador, a mulher de 94 anos mora com a filha, que estava fora de casa numa consulta com o dentista. A lesão na cabeça da senhora aconteceu quando ela estava alimentando seu cão, escorregou e caiu para trás, batendo a cabeça numa mesa de vidro.

- Espero que tudo esteja bem. Estou apenas feliz que eu estava lá no momento certo - concluiu.

Spider: "Tenho meus arranca-rabos com o Dana. Não sou fácil de se lidar"

Anderson Silva, UFC (Foto: Ivan Raupp / Globoesporte.com)

Anderson Silva muitas vezes tenta ser engraçado e fazer piada quando está diante da imprensa. Com os amigos do meio das lutas, as risadas são garantidas. Mas essa impressão de leveza que ele passa para quem tenta acompanhar um pouco de sua rotina profissional pode não corresponder totalmente à realidade. Quem diz isso é o próprio Spider. E quem mais sentiu essa diferença na pele talvez tenha sido Dana White, presidente do UFC, que já precisou negociar com o lutador diversas vezes. Ao comentar sua relação com a organização, Anderson contou que costuma ter seus "arranca-rabos" com o chefão e admitiu ser uma pessoa difícil:- O que quero do UFC é o que sempre tive: o carinho, o respeito do Dana e de todas as pessoas que trabalham lá. O UFC é uma grande família, que está crescendo a cada dia mais. É uma coisa que eu já tenho. Me sinto parte dessa família. Tenho meus arranca-rabos com o Dana. Não é muito fácil às vezes, porque não sou uma pessoa fácil de se lidar. Mas adoro o Dana e acredito muito que a gente tem um respeito grande um pelo outro - disse ao Combate.com.

Segundo Anderson, que se define como "mula empacada" para algumas situações, o próprio muitas vezes é vencido por Dana White na base do cansaço:

- Sou meio chato, meio ranzinza. Para algumas coisas, eu sou meio que mula empacada. Quando eu empaco numa parada, vou até o final. Só que ele me vence no cansaço, né cara? E ele consegue me entender. Tem vezes em que eu ganho do Dana, mas na maioria das vezes ele me ganha no cansaço.

Uma dessas negociações em que Dana "venceu" foi em relação ao duelo de boxe que o Spider queria - e ainda quer - fazer contra Roy Jones Jr, mas o presidente do UFC descartou a ideia. Quanto à revanche contra Chael Sonnen, ocorrida em 2012, o brasileiro admite que ela foi muito importante para o MMA, apesar de na época ter resistido ao máximo:

- Acho que a revanche contra o Sonnen tinha que ter acontecido mesmo. Ficou na história. Quando houve essa polêmica toda sobre a revanche, o Dana falou o quanto isso seria importante. E foi, então tenho que dar razão a ele. Foi uma coisa que marcou. A experiência dele me ajuda muito, e a relação que a gente tem é muito boa. É normal, nem sempre você vai concordar com o patrão e nem sempre você vai ser um funcionário exemplar.

Busca para se sentir completo; saída de Wand do UFC

Durante a entrevista coletiva que concedeu na terça-feira, Anderson Silva confessou sentir que deixou algo escapar na carreira. Mas ele ainda não sabe dizer o que é e está em busca desse preenchimento:

- Só vou poder responder isso para você depois da luta (contra Nick Diaz). Ainda estou tentando entender, mas não consigo falar isso agora. Só vou conseguir entender depois que eu lutar, que vencer. De repente nem na próxima. De repente eu só vou conseguir responder daqui a duas ou três lutas, porque aí vou poder captar aquilo que eu estava procurando e se perdeu no meio do caminho.

Antigo companheiro de treinos de Anderson, Wanderlei Silva anunciou sua aposentadoria do MMA e criticou duramente o UFC. Ele disse que perdeu a vontade de lutar por conta da falta de respeito do evento com os atletas. O Spider não entrou diretamente na questão, mas disse que é difícil questionar a partir do momento em que há um contrato assinado:

- Há muito tempo não converso com o Wanderlei. A gente já foi companheiro, já treinou junto e se ajudou muito. Mas não tive a oportunidade de falar com ele. Fiquei sabendo da polêmica toda que deu por conta das pessoas que vieram me falar, mas não cheguei a ver nada. Acho que ele tem as opiniões dele, tem de ser respeitado. Eu não tenho nenhum problema com o UFC. Tenho meus arranca-rabos com o Dana e resolvo com ele sempre que alguma coisa está me incomodando. Falo mesmo, e a gente resolve. Como falei, o UFC é uma família. Quando tem algum problema, tem que chegar nas pessoas responsáveis e tentar resolver. É o que sempre procuro fazer. E a partir do momento em que você assina um contrato... Você tem a opção de querer ou não assinar. Se você assinou uma coisa, está no papel, e você concordou, fica difícil questionar alguma coisa. Não sei o que aconteceu, mas é mais ou menos o que penso.

Outra dúvida que ficou na coletiva foi em relação à equipe do Spider. O ex-campeão dos médios (até 84kg) do UFC esclareceu que, apesar da chegada de Ricardo de la Riva, o treinador de jiu-jítsu Ramon Lemos continua no time. Mas ele ainda não definiu quem será o head coach (treinador principal) da preparação para o UFC 183, que ocorre no dia 31 de janeiro, em Las Vegas (EUA). O escolhido terá papel ainda mais importante para o duelo contra Nick Diaz.

Preso por agressão à ex-namorada, War Machine tenta suicídio na cadeia

War Machine sendo fichado pela polícia de Los Angeles (Foto: Divulgação Polícia de Los Angeles)

O lutador Jon Koppenhaver, o "War Machine", tentou suicídio na cadeia em que se encontra preso em Clark County, Las Vegas, na última terça-feira. De acordo com o site do canal de TV americano "ABC", a polícia da cidade confirmou a informação de que o atleta, preso desde agosto por agredir uma ex-namorada, tentou tirar a própria vida, mas segue vivo.

Segundo a polícia, um oficial da Clark County Detention Center, cadeia em que Koppenhaver se encontra preso, encontrou o lutador sentado no chão de sua cela com os pés sobre sua beliche, durante uma checagem de rotina, aproximadamente às 21h30 (horário local) do dia 14 de outubro. O oficial reparou ainda que War Machine tinha um pedaço de roupa de cama amarrado ao seu pescoço e a uma das pernas da cama.

O policial chamou Koppenhaver pelo nome algumas vezes e não recebeu resposta. Ele então entrou na cela e viu que o detento tinha dificuldades para respirar, e logo tirou o nó de seu pescoço. Outros oficiais chegaram à cela para assistí-lo. Por volta de 21h45, foi determinado que os sinais vitais de Koppenhaver estavam estabilizados e ele foi liberado.

Contudo, Koppenhaver foi movido para uma cela de isolamento médico, onde está sob observação para não tentar novamente se matar. Os oficiais também teriam encontrado um bilhete de suicídio escrito por War Machine dentro de sua cela.

Lutador de MMA com passagens pelo UFC e pelo Bellator, Jon Koppenhaver foi preso em agosto após agredir e ameaçar de morte a atriz pornô Christy Mack, sua ex-namorada, e agredir um amigo dela que encontrou em sua companhia. Ele foi acusado de agressão, estrangulamento e tentativa de homicídio, entre outros crimes, e pode receber prisão perpétua. Sua próxima audiência está marcada para esta sexta-feira.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Bethe Correia aceita desafio de Miesha Tate e avisa: ‘Vou responder com socos na boca’


Miesta Tate chamou Bethe Correia para a briga. E quem disse que a brasileira iria fugir? O argumento da desafiante é que, por Bethe ser uma trocadora, a luta entre as duas poderia ser bastante empolgante. E a Pitbull respondeu bem à sua maneira.

“Todos sabem que eu quero ser a campeã. E lutar com a campeã é algo que estou procurando, algo que estou trabalhando para ter. Não tenho ideia por que Tate decidiu aparecer nessa história, mas todos me conhecem e sabem quem eu sou, que eu nunca fujo de uma luta. Sou a Bethe Correia. Nunca corri de um desafio. Quem me desafiar, precisa ter certeza de que vai usar um bom protetor bucal, porque eu vou responder dentro do octógono com socos na boca”, disparou Bethe, em entrevista ao canal FOX Sports americano.

Após ser finalizada por Ronda Rousey, em dezembro do ano passado, Miesha Tate bateu Liz Carmouche e Rin Nakai via decisão unânime e ocupa a segunda posição no ranking das pesos-galos. Bethe, por sua vez, tem três triunfos em três compromissos no UFC. Oitava colocada na divisão, ela vem de um grande nocaute técnico sobre Shayna Baszler.

Mauricio Shogun descarta de vez aposentadoria: ‘Por que eu iria parar de lutar?’


Basta ele perder uma luta que já começam os questionamentos sobre sua aposentadoria. Assim têm sido os últimos anos da carreira de Mauricio Shogun. Sem conseguir duas vitórias seguidas desde 2009 – quando nocauteou Mark Coleman e Chuck Liddell, respectivamente -, o curitibano vê-se obrigado a responder perguntas sobre pendurar as luvas.

Agora, mesmo prestes a encarar Jimi Manuwa no main event do UFC Uberlândia, dia 8 de novembro, Shogun ainda tem que falar sobre aposentadoria. E, desta vez, resolveu, de uma vez por todas, dar um ponto final a esses questionamentos.

“Isso (aposentadoria) nunca realmente passou pela minha cabeça. Muito pelo contrário: eu sempre planejo continuar lutando. Se eu sou o cara que vai entrar lá para lutar, estou feliz em fazer isso e o UFC – que é quem promove minhas lutas e conta comigo no show – está feliz, por que eu iria parar de lutar? Não faz muito sentido”, afirmou em entrevista ao canal americano da FOX Sports.

Mauricio Shogun vem de uma derrota via nocaute técnico para Dan Henderson no UFC Natal, em março deste ano. Antes, em dezembro, ele havia vencido James Te Huna com um grande nocaute. Manuwa, por sua vez, estava invicto na carreira até bater de frente com Alexander Gustafsson, em março, quando acabou superado com um nocaute técnico brutal.

Algoz de Johny Hendricks, Rick Story revela ‘receita’ para derrotar o campeão

Hendricks foi derrotado por Story em 2010 (Foto UFC)

Campeão da categoria dos meio-médios do UFC, Johny Hendricks só perdeu duas vezes na carreira. A última, para Georges Saint-Pierre, em novembro do ano passado, foi bastante contestável. Contra Rick Story, no entanto, o “Bigg Rigg” não teve chances e perdeu por decisão unânime.

Em entrevista ao site MMA Fighting, Story, que vem de vitórias sobre Leonardo Macarrão e Gunnar Nelson, analisou a mudança de Hendricks, mas garantiu que ainda sabe a “receita” para derrotá-lo.

“Ele está só um pouco mais agressivo agora. Está mais confiante com seus socos e isso é algo que você tem que ficar atento. É, definitivamente, perigoso, especialmente se você for atingido por ele. Mas, como já disse uma vez, eu fui o único lutador a fazer o Johny andar para trás. E eu realmente acho que essa é a maneira de derrotá-lo: pressionando-o. Vejo outros lutadores enfrentando-o e eles não o pressionam. Eles respeitam muito o poder de nocaute dele”, disse.

Johny Hendricks vai medir forças com Robbie Lawler no UFC 181, que acontece no dia 6 de dezembro, em Las Vegas.

Urijah Faber enfrenta Francisco Rivera no dia 6 de dezembro pelo UFC 181

Urijah Faber e Francisco Rivera, UFC (Foto: Editoria de Arte)

O card do UFC 181, se não houver imprevisto, promete ser de alto nível. Nesta quinta-feira a organização do Ultimate anunciou seu décimo combate para o evento. Os pesos-galos (até 61kg) Urijah Faber e Francisco Rivera estão escalados e se enfrentam no dia 6 de dezembro, em Las Vegas (EUA).

Número 3 do ranking da divisão, Faber já esteve cotado para enfrentar os brasileiros Renan Barão (número 1) e Raphael Assunção (número 4). O primeiro teve seu retorno anunciado para o card de Barueri, dia 20 de dezembro, contra Mitch Gagnon. O segundo ainda não tem compromisso anunciado, mas já declarou que quer esperar para disputar o cinturão, já que tem sete triunfos consecutivos. Com a definição de seu próximo rival, o Califórnia Kid, que bateu Alex Caceres na última vez que pisou no octógono, terá o 11º dos galos pela frente.

Para Rivera, o combate contra Faber, no qual é claro azarão, pode lhe fazer dar um grande salto dentro da divisão. Com 10 vitórias e três derrotas no cartel, o atleta perdeu pela primeira vez no UFC em cinco lutas justamente em seu último confronto, contra Takeya Mizugaki, por decisão unânime.

Sarafian retorna aos médios e luta contra Dan Miller no card de Barueri


Daniel Sarafian e Dan Miller ufc montagem (Foto: Editoria de Arte)

O Ultimate anunciou mais uma luta para o card do dia 20 de dezembro, que será realizado em Barueri (SP). O brasileiro Daniel Sarafian vai retornar para o peso-médio (até 84kg) e enfrentar Dan Miller, depois de uma passagem mal sucedida pela divisão dos meio-médios (até 77kg). O lutador, que chegou a se classificar para a final da primeira edição do TUF Brasil, mas não disputou por ter se machucado, passa momento delicado na organização, com três derrotas em quatro combates.

Sarafian tem um cartel de oito vitórias e cinco reveses. Ele chegou ao UFC com 7-2, mas, logo na estreia, foi superado por CB Dollaway, que fará a luta principal do evento de Barueri contra Lyoto Machida. O brasileiro se recuperou ao bater Eddie Mendez por finalização no primeiro round, mas acabou derrotado nos últimos dois confrontos, contra Cezar Mutante e Kiichi Kunimoto, sendo o último como meio-médio.

Miller é mais experiente e tem 14 vitórias, sete derrotas e um "No Contest" (luta sem resultado) na carreira. O americano também vive situação difícil no UFC, com três derrotas nas últimas quatro lutas. Em seu último combate, foi nocauteado por Jordan Mein no fim do primeiro round. Especialista em jiu-jítsu, ele tem nove triunfos por finalização.