quarta-feira, 30 de julho de 2014

UFC anuncia volta de Anderson Silva contra Nick Diaz em 31 de janeiro

Montagem Anderso Silva e Nick Diaz ufc (Foto: Editoria de arte) 

Anderson Silva está de volta. O presidente do UFC, Dana White, anunciou de forma oficial que o Spider fará sua luta de retorno ao octógono dia 31 de janeiro de 2015, em Las Vegas, diante de Nick Diaz. O evento marcará a volta do ex-campeão dos pesos-médios após a fratura na perna sofrida na revanche contra Chris Weidman no UFC 168. A data coincide com o fim de semana do Super Bowl, a final do campeonato profissional de futebol americano, que é o maior evento esportivo dos EUA. O jogo acontece no domingo, dia 1 de fevereiro, na cidade de Glendale, no Arizona.

O evento, que provavelmente será o UFC 183, ainda não tem uma arena definida para acontecer. Dana White fez o anúncio no programa "Sportscenter":

- A luta que todos os fãs estão esperando e que vem pedindo tanto, finalmente vai acontecer. Acertamos a volta de Anderson Silva contra Nick Diaz no dia 31 de janeiro, em Las Vegas. Essa será a luta principal, disputada em cinco rounds e no peso-médio. Anderson está se sentindo ótimo. Foram 13 meses de afastamento, e agora ele está 100% saudável e mal pode esperar para voltar a lutar. Posso dizer que Anderson está muito animado para esta luta. Por outro lado, se Nick Diaz conseguir vencer Anderson Silva, ele será automaticamente um candidato a disputa do cinturão. Por isso, também, essa será uma luta gigantesca para Diaz - disse White.

Montagem Anderso Silva e Nick Diaz ufc (Foto: Editoria de arte)Anderson Silva fará seu retorno ao UFC contra Nick Diaz em 31 de janeiro, em Las Vegas (Foto: Editoria de arte)

Nick Diaz também não luta há algum tempo. O polêmico lutador vem de duas derrotas seguidas, contra Carlos Condit, no UFC 143, em fevereiro de 2012, e para Georges St-Pierre no UFC 158, em março de 2013. Ambas as lutas foram decididas após os cinco rounds, e após cada uma delas Diaz anunciou que estava se aposentando. Na carreira, o ex-campeão dos meio-médios do WEC tem 26 vitórias, nove derrotas e uma luta sem resultado. Já Anderson Silva, aos 39 anos de idade, possui 33 vitórias e seis derrotas e é considerado por muitos o maior lutador de MMA de todos os tempos.

Belfort: "Luke Rockhold é um playboy e está em choque por aquele chute"

Vitor Belfort MMA (Foto: Ivan Raupp)

Vitor Belfort não gostou das críticas de Luke Rockhold, feitas em uma conversa com jornalistas em San Jose, no início da semana. Em resposta ao ex-campeão dos médios do Strikeforce, que disse que não tem nenhum respeito pelo brasileiro e que acredita que a luta pelo cinturão entre ele e Chris Weidman não acontecerá pelo veterano não aguentar os treinos sem TRT, Vitor garantiu que tudo o que foi dito é fruto do nocaute sofrido pelo americano em Jaraguá do Sul.

- Acho que ele está com medo, e eu entendo isso. Aquele playboy ainda está em choque pelo chute que recebeu. Ele e as pessoas estão em choque, essa é a palavra. Leões não se desculpam por serem leões. Eu não peço. As coisas são como são - disse Belfort ao programa "MMA Hour".

Membro da elite mundial do MMA há 18 anos, Belfort ironizou o fato de ter estreado no Vale Tudo dez anos antes de Rockhold fazer sua primeira luta profissional.

- Dezoito anos atrás eu já estava nisso aqui. Já lutei duas vezes na mesma noite, e em 2004 eu conquistei o cinturão dos meio-pesados do UFC. Estou muito feliz de ainda estar aqui, e acho que isso por um lado incomoda muita gente, e por outro alegra muita gente. Muitos desses que se incomodam são filhinhos de papai com talco nos seus traseiros. Quando você é nocauteado, a atitude certa é calar a boca e ir para a academia treinar. Dezoito anos atrás todos esses meninos estavam na escola, e acham que hoje vão me usar como escada? Essa escada é muito grande, e a montanha é tão alta que eles não vão conseguir respirar. Amigo, aqui é muito alto para você.

Belfort diz que trocou TRT por "TNT" e que luta "em outra dimensão"

Vitor Belfort (Foto: Evelyn Rodrigues)

O lutador brasileiro Vitor Belfort está mais confiante do que nunca para sua luta pelo cinturão dos pesos-médios do UFC, programada para 6 de dezembro, contra Chris Weidman, em Las Vegas. Apesar de ter deixado a terapia de reposição de testosterona (TRT), banida pela Comissão Atlética do Estado de Nevada (NSAC) em fevereiro, o peso-médio carioca se diz mais forte que nunca. Em entrevista ao podcast "The MMA Hour", do site "MMA Fighting", nesta segunda-feira, Belfort se defendeu das críticas por ter conseguido uma licença de lutador apesar de ter sido flagrado acima dos limites de testosterona num exame antidoping surpresa realizado em fevereiro e disse que está preparado para a vida sem o tratamento.

- Primeiro, eu não tinha nenhuma substância ilegal no meu corpo. Nada estava errado. Todo mundo sabia que eu estava fazendo TRT. Nevada sabia disso. Eu poderia ter me negado (a fazer o exame surpresa), porque eu não tinha licença na época e eles me pediram para fazer. As pessoas fizeram isso se tornar um grande problema. Estou feliz que não é mais. As pessoas disseram que eu era isso e aquilo, que eu estava usando esteróides. Eu não estava usando esteróides, eu estava fazendo TRT. Não tinha substâncias ilegais no meu corpo. Estava limpo. Abri todos os meus exames. Eu fazia exames todas as semanas para ver onde meus níveis estavam. Quando você é honesto consigo mesmo, não tenta trapacear o sistema. Muitos caras só falam. Eu lido com tudo de forma verdadeira, abro minhas coisas pessoais. Quando você está em tratamento, seu nível sai (do normal) e isso virou um grande problema. Eu não estava roubando nem um pouco. Gastei muito dinheiro em exames em mim mesmo. É o que é. Já era. Nada mais de TRT. Agora, é TNT - disse Belfort.

Durante todo o ano de 2013, críticos duvidaram dos feitos de Belfort - três nocautes em três lutas, todos através de chute na cabeça - devido ao uso do TRT. O lutador brasileiro repetiu o mantra de que nenhuma substância o ensinara a dar chutes, socos ou posições no solo. Agora, com o anúncio da luta contra Weidman, Belfort é tido como "azarão" no combate. O carioca respeita seu adversário e fez questão de apontar que suas duas vitórias sobre Anderson Silva não foram mera "sorte", mas também deixou claro que se considera superior em todos os aspectos.

- (Vou batê-lo) Em todo lugar. Não é o melhor homem que vence, é quem joga melhor. Estou focado em me desenvolver. É uma ética de trabalho. Estou lutando em outra dimensão, então é como se eu estivesse enfrentando a mim mesmo todos os dias para melhorar. O que quer que pise naquele cage, quem quer que esteja do outro lado daquele cage, vou vencer. É assim que este esporte tem que ser. Você tem que ser confiante, mas não confiante demais e arrogante. Tenho confiança em mim mesmo - garantiu o peso-médio, ex-campeão dos pesos-meio-pesados.

"Luta com Aldo pode ser no Brasil ou na lua, vou vencer igual", diz Mendes

UFC 164  Clay Guida e Chad Mendes (Foto: Agência Getty Images)

No último sábado, o presidente do UFC, Dana White, confirmou que a revanche entre José Aldo e Chad Mendes vai acontecer no Brasil no UFC 179, marcado para o dia 25 de outubro, no Ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro. Adversário de Aldo no combate, Chad Mendes foi pego de surpresa com o anúncio, mas garante que já superou o fato de luta não acontecer em solo americano.

- Eu soube dessa confirmação pelo Twitter. Assim que acabou o card de San José, eu fui checar os comentários e vi que o Dana tinha anunciado que seria no Brasil. Então eu liguei para o meu empresário e foi assim que soubemos. Eu queria que essa luta fosse aqui nos EUA porque queria a minha família e amigos presentes nesse momento, que vai ser um dos mais importantes da minha vida. Queria que eles pudessem celebrar comigo. Mas Dana é o chefe e sabe o que está fazendo. Agora vamos comprar algumas passagens e o restante vai ter que se contentar em assistir pela TV. Faz parte. Essa luta pode ser no Brasil ou na lua que o resultado não vai mudar. Vou vencer igual. Na hora em que a porta do octógono se fechar, seremos eu e ele e não há nada que ele possa fazer para mudar isso. Eu sei que estou destinado a ser o campeão. Vai ter um gosto especial poder tomar o cinturão dele no Brasil - declarou o atleta do Team Alpha Male em entrevista ao Combate.com.

Inicialmente, a revanche entre Aldo e Mendes estava agendada para o dia 2 de agosto, em Los Angeles, mas o brasileiro machucou as costas durante uma sessão de treino,o que ocasionou o adiamento do duelo. Desde então, os dois adversários vêm trocando provocações por intermédio da imprensa. O americano acusou Aldo de estar fingindo uma lesão para fugir do confronto, e o atleta da Nova União respondeu questionando a boa forma do adversário, incluindo, em tom irônico, uma cutucada sobre os "suplementos" de que o americano faz uso. Depois de várias idas e vindas, Mendes se disse atônito com as repostas do campeão e acredita que o episódio lhe deu vantagem no jogo mental.

- Eu fiquei muito surpreso com o que ele disse, principalmente porque Aldo foi muito rude. Ele ficou bravo porque eu disse que ele estava fingindo que estava machucado e que estava correndo de mim, e fazendo uma manobra para levar essa luta para o Brasil. E agora a luta vai ser onde? Mas eu nunca vi o Aldo responder assim para ninguém. Ele falou muita coisa, perdeu a paciência. Isso foi algo muito grande para mim, porque eu vi que realmente entrei na cabeça dele. Uma coisa que eu aprendi nesse tempo todo de carreira é que, se o seu oponente perder a paciência, você já está na cabeça dele. No jogo mental, eu estou um passo à frente de José Aldo, sem dúvida alguma.

Chad Mendes ainda falou sobre os treinos, as dificuldades de adaptação ao Rio de Janeiro no primeiro duelo contra Aldo e a preocupação com os testes antidoping no Brasil.
Confira a entrevista na íntegra:

COMBATE.COM: Sua revanche contra José Aldo estava agendada para Los Angeles, mas ele se machucou e o duelo precisou ser adiado. O que mudou na sua rotina desde então? Como isso afetou o seu camp de treinamento?

Chad Mendes: Eu não parei de treinar desde que recebi a notícia. Continuo indo para a academia todos os dias. Tirei alguns dias de folga aqui, outros ali, mas continuo em camp. Tem sido um dos camps mais longos da minha carreira, mas não faz mal.  Não vou desistir agora que estou tão perto de realizar o meu sonho. Continuo treinando duro, tenho excelentes treinadores ao meu lado e estou muito confiante de que a minha vez chegou.

Você queria muito que essa luta fosse nos EUA, mas Dana White anunciou no último sábado que ela será no Brasil no dia 25 de outubro…

Eu soube dessa confirmação pelo Twitter. Assim que acabou o card de San José, eu fui checar os comentários e vi que o Dana tinha anunciado que seria no Brasil. Então eu liguei para o meu empresário e foi assim que soubemos. Eu queria que essa luta fosse aqui nos EUA porque queria a minha família e amigos presentes nesse momento, que vai ser um dos mais importantes da minha vida. Queria que eles pudessem celebrar comigo. Mas Dana é o chefe e sabe o que está fazendo. Agora vamos comprar algumas passagens e o restante vai ter que se contentar em assistir pela TV. Faz parte. Essa luta pode ser no Brasil ou na lua que o resultado não vai mudar. Vou vencer igual. Na hora em que a porta do octógono se fechar, seremos eu e ele e não há nada que ele possa fazer para mudar isso. Eu sei que estou destinado a ser o campeão. Vai ter um gosto especial poder tomar o cinturão dele no Brasil.

Você mencionou em algumas entrevistas que teve problemas de adaptação na primeira luta contra o Aldo no Brasil. Você teve dificuldade no processo de perda de peso, porque a comida brasileira tem mais sódio, fora a questão da adaptação ao fuso horário. O que fazer para que essas coisas não aconteçam novamente?

Eu pretendo chegar antes no Brasil para me adaptar à mudança de fuso horário. Devo chegar algumas semanas antes para poder treinar lá e estar plenamente adaptado ao clima e ao país até o dia da luta. Quando à comida, vou tentar levar o máximo de coisa que eu puder. O que eu não puder levar, vou comprar lá. Mas isso é detalhe. Eu já lutei no Brasil uma vez, já sei como é. Não devo ter maiores problemas desta vez. Nada vai me fazer perder o foco.

Desde que a revanche entre você e Aldo foi adiada, vocês trocaram algumas provocações através da imprensa. Você ficou surpreso com a reação dele às coisas que você disse?

Eu fiquei muito surpreso com o que ele disse, principalmente porque ele foi muito rude. Aldo ficou bravo porque eu disse que ele estava fingindo que estava machucado e que estava correndo de mim, e fazendo uma manobra para levar essa luta para o Brasil. E agora a luta vai ser onde? Mas eu nunca vi o Aldo responder assim para ninguém. Ele falou muita coisa, perdeu a paciência. Isso foi algo muito grande para mim, porque eu vi que realmente entrei na cabeça dele. Uma coisa que eu aprendi nesse tempo todo de carreira é que, se o seu oponente perder a paciência, você já está na cabeça dele. No jogo mental, eu estou um passo à frente de José Aldo, sem dúvida alguma.

Você também mencionou que estava preocupado com o teste antidoping no Brasil. Aconteceu alguma coisa na primeira luta entre vocês para você levantar essa suspeita?

Nada aconteceu. É que aqui nos EUA, eu sei que nós dois seríamos submetidos a testes surpresa antes da luta. Aqui eles não fariam só o teste no dia do duelo. No Brasil, eu nem sei como essa coisa de teste antidoping funciona, não sei nem se eles fazem testes surpresa. Não acho que vamos ser testados com o mesmo rigor. Deve haver algum motivo para o Aldo querer tanto levar esse duelo pro Brasil. Eu quero que essa luta aconteça em condições iguais para ambos os lados. Só quero que seja uma luta em condições justas.

Como você acha que essa revanche vai ser diferente da primeira luta entre vocês?

Vai ser totalmente diferente. O palco pode se repetir, a cidade e o adversário também, mas engana-se quem pensa que eu sou o mesmo lutador de dois anos atrás. Eu melhorei meu jogo, estou mais forte, mais rápido, mais completo. Nocauteei quatro dos meus últimos cinco adversários, trabalhei muito para melhorar os meus pontos fracos. Quando nós nos enfrentamos pela primeira vez, o Aldo era maior do que eu, tinha uma vantagem física. Hoje essa vantagem não existe mais. Fora isso, com o (TJ) Dillashaw nós desvendamos o diagrama da equipe Nova União. Eu sei que Barão e Aldo são lutadores diferentes, mas eles treinam junto, têm uma mesma metodologia dentro do octógono. Acho que agora temos o mapa da mina.
Defina o José Aldo em uma palavra.

Vítima. (Risos) Minha próxima vítima!

Defina você mesmo em uma palavra.

Campeão.

Como você acha que vai ser a segunda luta entre TJ Dillashaw e Renan Barão?

Eu acho que essa luta vai ser muito parecida com a primeira. É um novo duelo, mas a primeira luta ainda está muito recente. É muito difícil você mudar uma estratégia de treinamento ou um camp inteiro em tão pouco tempo. TJ está muito confiante porque foi muito dominante por todo o duelo. Uma vez que você vence com tanta superioridade, passa a ter uma vantagem mental sobre o seu adversário. Acho que o TJ leva essa luta com tranquilidade.

Faber enfrenta estreante Kanehara no dia 20 de setembro em UFC no Japão

Montagem Urijah Faber e Masanori Kanehara (Foto: Editoria de arte)

Perder uma disputa de cinturão pela terceira vez fez Urijah Faber realmente ir para o fim da fila do peso-galo no UFC. Após ser nocauteado por Renan Barão no primeiro round, o California Kid enfrentou Alex Caceres, 10º no ranking da categoria dentro da organização, vencendo por finalização no terceiro round. Era esperado que ele enfrentasse outro top 10, apesar de ele ter declarado sua intenção de enfrentar Kid Yamamoto, no Japão. Entretanto, o Ultimate colocou outro japonês em seu caminho: o estreante no evento Masanori Kanehara, dia 20 de setembro, em Saitama, segundo informações divulgadas primeiramente pelo "FightSportAsia".

Kanehara tem 31 anos e é um veterano do MMA, lutando desde 2003. No cartel, são 23 vitórias, 11 derrotas e cinco empates. Curiosamente, ele foi contratado após um revés. No dia 29 de abril, pelo Deep, ele perdeu para Toshiaki Kitada por desqualificação, após atirar seu adversário para fora do ringue.

Já Faber tem 31 vitórias e sete derrotas e não perde uma luta que não vale cinturão desde 2005, quando foi nocauteado por Tyson Griffin.

Junior Cigano projeta retorno para novembro, contra Miocic

Junior Cigano Curitiba entrevista UFC (Foto: Jason Silva)

O ex-campeão mundial dos pesos-pesados do Junior Cigano era visto por muitos como um provável nome para o card do UFC 179, no dia 25 de outubro, no Rio de Janeiro, mas o lutador catarinense afirmou nesta segunda-feira que uma lesão no joelho deve atrasar mais um pouco seu retorno ao octógono.

- Foi uma lesão pequena. Nós sempre temos lesões pequenas durante os camps de treinamento, mas você ignora e continua treinando. Quando eu tive de parar de treinar por causa da mão quebrada, senti uma dor no joelho. Eu fiz todos os exames e eles não apontaram nada, então meu médico pediu para eu repousar um pouco. Ele me liberou para voltar devagar aos treinos para ver como me sinto. Vou marcar minha próxima luta quando me sentir 100% pronto. Eu conversei com Joe Silva (matchmaker do UFC) e expliquei tudo a ele, e estou otimista que vou estar pronto para lutar novamente em novembro - disse Cigano ao site "MMA Fighting".

Parado desde sua segunda derrota para Cain Velásquez, em outubro de 2013, o peso-pesado brasileiro esteve escalado para enfrentar Stipe Miocic no TUF Brasil 3 Final, em 31 de maio passado, mas deu lugar a Fábio Maldonado por causa da fratura na mão. Miocic já declarou que ainda está interessado no combate, e Cigano concedeu que a recíproca é verdadeira.

- Miocic está fazendo um bom trabalho, vindo de grandes vitórias. Eu estava focado em enfrentá-lo antes, treinei para ele, então acho que seria uma boa luta para mim. Seria uma bela luta para os fãs também.

UFC escolhe Sean Spencer como novo rival de Paulo Thiago em Brasília

montagem UFC MMA Paulo Thiago e Sean Spencer (Foto: Arte / Globoesporte.com)

Após o anúncio de que Joe Riggs está fora do UFC: Pezão x Arlovski por ter atirado em si mesmo acidentalmente, enquanto limpava sua arma de fogo, a organização agiu de forma rápida e definiu Sean Spencer como novo adversário de Paulo Thiago, no dia 13 de setembro, em Brasília, segundo apuração da reportagem do Combate.com. Esta é a segunda vez que o brasileiro tem o adversário alterado. Primeiro, ele enfrentaria Mike Rhodes, que se machucou.

Spencer tem 11 vitórias e três derrotas e vem de revés por decisão dividida contra Alex Garcia, no UFC 171, em maio. O americano já atuou no Brasil quando venceu Yuri Villefort, em Belo Horizonte, por decisão dividida, no UFC: Glover x Bader.

Já Paulo Thiago tem 15 vitórias e sete derrotas, sendo quatro delas nas últimas cinco lutas. Em seu último compromisso, foi superado por Gasan Umalatov por decisão unânime, em maio deste ano, no TUF Brasil 3 Final.

Lyoto volta aos treinos e sugere Luke Rockhold como próximo adversário

Lyoto Machida (Foto: Ivan Raupp)

Depois de perder a disputa pelo cinturão para Chris Weidman, Lyoto Machida não quer ficar muito tempo afastado do octógono. O brasileiro já voltou ao ritmo de treinos e planeja lutar em outubro contra algum lutador do Top 10 da categoria dos médios (até 84 quilos). Ele sugere o nome do americano Luke Rockhold.

– Não tive lesões na luta contra o Weidman e por isso voltei aos treinos moderadamente. A partir de setembro já entro no ritmo de performance e em outubro já estarei em condições para voltar a lutar. Fica a critério do UFC me colocar. Vejo com bons olhos uma luta contra o Luke Rockhold – afirma Lyoto, que voltou aos trabalhos em Los Angeles fazendo fortalecimento muscular.

Além de elogiar o possível adversário, enfrentá-lo em em solo brasileiro também é outro fator que anima Lyoto.

– Ele já foi campeão do Strikeforce e é um cara que eu respeito muito. É uma luta que faria sentido para nós dois e para os fãs, já que estamos bem colocados no ranking e pensamos no cinturão. Seria bom, especialmente se for no Brasil. Quero voltar a me apresentar logo para os fãs e para o público. Ainda tenho muito para lutar (na categoria dos Médios) – declarou.

Bobby Green e Jorge Masvidal se enfrentam no UFC 178

Bobby Green e Jorge Masvidal (Foto: Getty Images)

As vitórias de Bobby Green sobre Josh Thomson, e Jorge Masvidal sobre Daron Cruickshank, no último sábado, pelo UFC: Lawler x Brown, colocou os atletas em rota de colisão. No dia 27 de setembro, no UFC 178, os dois vão se enfrentar em Las Vegas (EUA). Green subiu para a sexta colocação do ranking oficial da organização nos pesos-leves, enquanto Masvidal é o 14º.

Ronaldo Jacaré evita brincadeiras com Mousasi: "Vamos ficar calados"

Lyoto Machida, Ronaldo Jacaré e Gegard Mousasi (Foto: Reprodução / Instagram)

Quase seis anos atrás, Ronaldo Jacaré e Gegard Mousasi se enfrentaram pelo cinturão peso-médio do Dream, no Japão. Na ocasião, o armênio nocauteou o brasileiro com uma pedalada aos 2m15s do primeiro round. O que ficou para ambos, além do resultado no cartel, foi uma ótima relação criada a partir do momento em que Jacaré ajudou o oponente a perder peso (saiba mais). Desde então eles sempre brincam um com o outro quando estão em contato e já declararam que não gostariam de se encarar novamente. Mas não teve jeito, e essa amizade terá de ser "congelada" quando voltarem a ficar frente a frente no dia 5 de setembro, na luta principal do UFC em Foxwoods, nos Estados Unidos. Afinal, existe um interesse em comum: chegar à disputa de cinturão até 84kg.

- A gente se fala, mas não cheguei a fazer contato com ele ainda. Tenho certeza de que não vai ter tanta brincadeira assim, porque a gente vai estar em rota de colisão. Nós vamos ficar calados, mas depois da luta a gente toma uma água - brincou Jacaré, em entrevista ao Combate.com.

Ronaldo Jacaré é atualmente o quarto colocado do ranking peso-médio do UFC, enquanto Gegard Mousasi é o sétimo. Pode ser que o vencedor desse duelo chegue diretamente à disputa de cinturão contra quem sair de Chris Weidman x Vitor Belfort, que ocorre em 6 de dezembro. Ou, na pior das hipóteses para o vitorioso, ficará a apenas mais um triunfo da disputa pelo título.

- A gente está entre os tops da divisão, na reta do cinturão. É uma luta que os fãs querem ver. Eu e Mousasi somos profissionais. A gente realmente não queria fazer essa luta, mas aconteceu. Infelizmente a divisão está se afunilando, e essa luta vai decidir quem vai subir um degrau e quem vai descer um degrau. Eu subirei um degrau (risos) - disse o capixaba.

O peso-médio da XGym fez uma comparação do Mousasi atual com o lutador que enfrentou em 2008. Para ele, o armênio está bem melhor agora, em todos os quesitos:

- A vida é feita de evolução. Ele é um atleta e tem evoluído bastante. Reparei que ele melhorou o wrestling, o jiu-jítsu está mais afiado, e até mesmo a trocação está mais refinada. Está bem diferente como atleta. Ele era calmo, agora está bem mais calmo (risos). É a característica dele.

Ajuda de Anderson Silva

Jacaré também exaltou a ajuda que tem recebido de Anderson Silva nos treinos. O ex-campeão da categoria, que deve voltar a lutar no começo de 2015, passou dicas para o companheiro.

- Ele pôde me ajudar bastante. É um atleta tecnicamente fenomenal. Está ficando mais forte a cada dia que passa. Está até impressionando a gente com a evolução física dele. Não tenho dúvida de que vai voltar 100% - afirmou Jacaré.

Atrás de novo recorde, Tibau planeja vencer Hallmann e já pedir outra luta

Antônio Pezão e Gleison Tibau (Foto: Arquivo pessoal)

Gleison Tibau tem colecionado recordes no UFC e parece não se cansar. Líder em número de vitórias dentro do peso-leve, com 14, e brasileiro com mais lutas dentro da organização, com 22, o potiguar agora sonha em ser o atleta com mais aparições no Ultimate em todos os tempos. Para isso, vai precisar superar Tito Ortiz, que tem 27. O próximo passo já tem data marcada: dia 13 de setembro, Tibau enfrenta Piotr Hallmann no co-evento principal do UFC: Pezão x Arlovski, em Brasília, menos de dois meses depois de vencer Pat Healy.

- Fiquei muito feliz, muito grato ao UFC. Sou um cara que nunca negou luta, nunca escolheu adversário, gosto de lutar, estou sempre treinando e me cuidando bem. Acabei de lutar agora e, quando acabou a luta, vi que estava bem, saudável, sem lesão e com sede de lutar. Pedi para me botarem em algum card o mais rápido possível e me escutaram. Estou empolgado, quebrando recordes, sou o lutador com mais vitórias na categoria, o brasileiro com mais lutas no UFC e quero mais recordes. Quero ser o número 1 de lutas na organização em todos os tempos. É a meta que quero quebrar e que vai me deixar muito feliz. Não vou decepcionar o UFC com essa grande luta, no card do meu parceirão Pezão. Vamos treinar juntos e fazer uma grande luta. Vou lutar como se fosse a luta da minha vida, para deixar todo mundo feliz - afirmou, em entrevista por telefone ao Combate.com.

Questionado se o tempo de preparação não pode acabar sendo curto entre uma luta e outra, Gleison Tibau fez questão de deixar claro que isso já fazia parte de seus planos. E foi além: sua intenção é vencer Hallmann e já pedir para lutar rapidamente outra vez, pois pretende fazer mais um ou dois duelos ainda este ano.

- Eu já estava focando nisso de lutar de novo logo. Tracei isso, montei uma sequência de treinos para, quando acabar a luta com o Pat Healy, já pedir a próxima. Psicologicamente e fisicamente estou preparado para isso. Correndo tudo certinho depois dessa luta, como planejamos, vamos pedir mais rápido ainda. Quero lutar rápido esse ano. O que a gente quer é ritmo de competição. Depois dessa no Brasil, ainda quero lutar esse ano mais uma ou duas vezes - disse.

Cuidados para luta com Hallmann

Tibau revelou que ainda não teve tempo de estudar muito o jogo de Piotr Hallmann, mas, pelo que já viu, acredita que o polonês vá apostar na luta agarrada contra ele. O brasileiro, que é conhecido pela boa defesa de quedas, garantiu estar pronto para manter a luta em pé e exaltou a sua evolução nesta área.

- Sei que ele gosta de fazer grappling, tem wrestling, jiu-jítsu, finalizou o meu companheiro de treinos Yves Edwards, ganhou do Massaranduba, é um cara grande. Acredito que ele procure mais a luta agarrada, mas ainda vamos começar a estudar o jogo dele mais profundamente. Na luta com o Pat Healy já trabalhei bastante meu jogo de pés, soltei mais golpes em pé, uns golpes de surpresa que ninguém esperava, então estou treinando mais ainda minha trocação. Estou gostando, me dedicando muito nessa parte. Acho que nessa luta vou trabalhar bastante essa parte e com certeza vou jogar alguns golpes surpresas para surpreender muito o Hallmann e os fãs - analisou.

Na luta com o Pat Healy já trabalhei bastante meu jogo de pés, soltei mais golpes em pé, uns golpes de surpresa que ninguém esperava, então estou treinando mais ainda minha trocação. Estou gostando, me dedicando muito nessa parte. Acho que nessa luta vou trabalhar bastante essa parte e com certeza vou jogar alguns golpes surpresas para surpreender muito o Hallmann e os fãs"

A preparação para a luta será feita nos Estados Unidos, ao lado de Antônio Pezão e seus companheiros de American Top Team (ATT). A ideia da dupla é ir para Brasília de 8 a 10 dias antes da luta para se adaptarem ao clima seco da cidade.

- Brasília é um pouco mais seco, a gente aqui treina em lugares climatizados, mas em Brasília acho que o ginásio é aberto, então a gente vai fazer toda a preparação aqui, porque temos bons sparrings, bons companheiros de treinos, com bom wrestling, jiu-jítsu, então vamos manter aqui, mas queremos chegar pelo menos de 8 a 10 dias antes da luta para fazer a parte de perda de peso e nos adaptarmos ao clima mais seco, treinando em campo aberto já no clima do evento.

Tibau ainda falou novamente de uma possível revanche contra Michael Johnson. Ele não nega que o nocaute sofrido ainda está na cabeça dele, garante que o americano ainda passará por seu caminho, mas não pretende fazer campanha em caso de vitória.

- Pesou muito para mim essa derrota para o Johnson porque foi meu primeiro nocaute. Eu perdi noites de sono e sei que tenho potencial para ganhar dele, senti isso e recebi um golpe que me tirou da luta. Isso realmente me perturbou um pouco, mas eu não penso nisso. Sei que vou encontrá-lo, faço questão de fazer essa luta, mas não penso nisso. Deixo rolar. Se o UFC achar que mereço a revanche, estarei pronto para lutar e sei que posso ganhar dele. Mas não vou mirar a revanche, vou mirar o meu objetivo que é o título, seja lutando com ele ou qualquer outro - concluiu.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Belfort esbanja otimismo: "Brasil vai ter três cinturões do UFC este ano"

Vitor Belfort UFC  (Foto: Evelyn Rodrigues)

O MMA brasileiro teve sua contagem de cinturões do UFC reduzida a apenas um neste ano, após derrotas de Anderson Silva e Renan Barão, mas terá a oportunidade de recuperar dois no segundo semestre: Barão enfrenta TJ Dillashaw, o homem que o derrotou nos pesos-galos, em 30 de agosto, e Vitor Belfort encara Chris Weidman, atual campeão dos pesos-médios, em 6 de dezembro. Ao comentar a má fase dos lutadores do país em entrevista ao programa de rádio "Mundo da Luta" na noite deste domingo, Belfort esbanjou otimismo e afirmou que os brasileiros vencerão suas três lutas valendo títulos do Ultimate nos próximos meses - além dele e de Barão, José Aldo defende seu cinturão dos pesos-penas contra Chad Mendes no UFC 179, em 25 de outubro.

- Cada atleta tem seu tempo diferente. O esporte está em mutação. O importante é ver pelo lado positivo: vamos ter três conquistas brasileiras de cinturão este ano. O que posso fazer é dar meu máximo e representar meu país - declarou Belfort.

Após passar o fim de semana em San Jose, na Califórnia (EUA), onde acompanhou Gilbert Durinho em sua estreia no UFC, o peso-médio está retornando a Boca Raton, na Flórida, onde mora e treina. Porém, não parou de estudar seu próximo adversário, e envolveu a família inteira no processo.

- Lá em casa, estamos eu, Joana (Prado, sua esposa), Davi, Vitória e Kyara (seus filhos) estudando o jogo do Weidman. Todo dia o Davi vê alguma coisa, eu estou cercado de head coaches me dando o scout. Hoje já recebi as anotações do Davi - disse o peso-médio.

Vitor Belfort lembrou ainda que a luta contra Weidman cai no dia do aniversário de sua irmã, Priscila, desaparecida desde 2004, e que isso tornaria o combate ainda mais especial.

- Vou fazer essa luta em honra à memória da minha irmã. É só alegria - finalizou.

Rockhold diz que Belfort não lutará no UFC 181 e prevê lesão ou novo doping

Luke Rockhold UFC MMA (Foto: Evelyn Rodrigues)

A presença de Vitor Belfort no UFC 181, evento que acontece dia 6 de dezembro e que receberá a disputa do cinturão dos pesos-médios entre o brasileiro e Chris Weidman, vem sendo posta em dúvida por Luke Rockhold. Um dos principais nomes da divisão na atualidade, o ex-campeão do Strikeforce acredita que Belfort não conseguirá chegar ao evento em condições de lutar, e terá de ser substituído por algum outro atleta. No caso, ele.

- Não acho que Vitor conseguirá lutar no UFC 181. Eu estarei pronto para substituí-lo. Mesmo que ele esteja saudável e limpo, provavelmente se lesionará até lá. Seu corpo não vai aguentar o ritmo de treinos por tanto tempo. Ele está muito desgastado, porque vem fazendo isso há tempo demais. Se ele descobrir que não consegue competir sem o uso de drogas, provavelmente tentará usar algo e será flagrado em algum teste. Na minha opinião, de uma forma ou de outra, ele vai deixar essa disputa, e eu estarei pronto para substituí-lo. Um lutador como Vitor Belfort, que foi pego por uso de esteróides, receber uma disputa de cinturão, para mim, é uma piada. Não dou desculpas para a minha derrota, mas ele teve performances monstruosas no Brasil, mas na primeira vez em que foi testado nos EUA foi pego. Não tenho nenhum respeito por ele depois disso. Ele foi campeão dos pesos-pesados do UFC aos 18 anos. Faz isso há muito tempo. Quem está no esporte entende como as coisas funcionam - disse o lutador em conversa com a imprensa no último fim de semana em San Jose, nos EUA.

O lutador deu sua opinião sobre o uso de substâncias proibidas dentro do MMA.

- A verdade é que esse esporte não é um jogo. Não estamos falando de fazer gols, andar de bicicletas ou pular obstáculos. Nosso esporte possui contato físico, nós nos agredimos lá dentro, e existe a chance de causarmos lesões sérias um ao outro. Logo, se um atleta potencializa suas habilidades quimicamente, ele se torna ainda mais perigoso do que já é, e pode eventualmente matar o seu adversário. Isso não é certo, e sou absolutamente contra essa prática. Repito: isso é uma luta, e não um jogo. Por isso deve ser mais fiscalizado que qualquer outro esporte.

Rockhold também falou sobre uma possível luta contra Michael Bisping, com quem vem trocando provocações através das redes sociais.

- Eu adoraria ter a chance de disputar o cinturão, mas uma luta contra Bisping seria incrível. Não imagino algo melhor no mundo para mim. Seria legal. Mas só posso esperar. Talvez Bisping, talvez o vencedor de Mousasi x Jacaré. Estou esperando e quero uma grande luta, porque quero esse cinturão. Eu gostaria de desafiar Jacaré, e vieram me perguntar a razão de desafiar um cara que eu já venci, mas de alguma forma ele está acima de mim no ranking. Eu só perdi uma luta nos últimos sete anos, que foi contra Vitor no Brasil, e Jacaré seria uma ótima luta para provar o meu valor novamente. Acho que posso finalizar a luta contra ele dessa vez e deixar claro que eu sou o desafiante número um - finalizou.

Cormier: "Apostaria toda minha conta bancária na vitória sobre Jon Jones"

Daniel Cormier Pesagem  UFC 173 (Foto: Evelyn Rodrigues)

Daniel Cormier não esconde ter certeza de que vencerá Jon Jones na luta principal do UFC 178, válida pelo cinturão dos meio-pesados do UFC. O lutador mostrou o tamanho de sua confiança na vitória ao responder quanto apostaria no resultado a seu favor se pudesse fazê-lo.- Eu apostaria toda a minha conta bancária na minha vitória. Estou confiante demais - disse,ao site "Mixed Martias Arts".

O lutador, que se apresentou apenas duas vezes na categoria, vencendo Patrick Cummins e Dan Henderson, e que substitui o lesionado Alexander Gustafsson diante de Jon Jones, explicou que a certeza da vitória passa pelo estilo e mentalidade de luta de ambos.

- Não estou fazendo nenhum tipo de jogo. Não sei se consigo vencer Rashad Evans, e não sei mesmo se consigo vencer Glover Teixeira. Mas sei, sem sobra de dúvidas, que posso vencer Jon Jones, pela forma como nós dois encaixamos como lutadores. Tem a ver com as nossas mentalidades. Tudo em Jon Jones me leva a crer que ele não tem a menor chance de me vencer.

Dana White confirma: José Aldo x Chad Mendes 2 será no Brasil

Encarada José Aldo e  Chad Mendes UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)

O presidente do Ultimate, Dana White, confirmou na noite deste sábado que a revanche entre José Aldo e Chad Mendes será o evento principal do UFC 179, no dia 25 de outubro, no Brasil. A cidade que sediará o torneio ainda não está confirmada.

O site brasileiro do UFC havia anunciado nesta semana que teria uma disputa de cinturão no evento, mas não confirmou que era a disputa pelo cinturão dos pesos-penas, atualmente em mãos de Aldo. Questionado sobre isso na coletiva de imprensa pós-"UFC: Lawler x Brown", White entregou.

- Esta é a luta. Provavelmente vou ser assassinado pelo telefone, o Brasil vai me matar. Mas é isso aí, esta é a luta - disse White, que respondeu apenas algumas perguntas e saiu correndo da coletiva, em razão de compromissos pré-agendados.

A revanche entre Aldo e Mendes estava marcada originalmente para o evento principal do UFC 176, que aconteceria no próximo sábado, dia 2 de agosto, em Los Angeles. Todavia, o lutador brasileiro lesionou as costas durante os treinos há cerca de um mês e foi forçado a desistir do combate, o que em consequência acabou levando ao cancelamento do evento. Nesta semana, Aldo teve uma consulta com um médico e foi liberado a treinar normalmente, mas ainda fazendo fisioterapia diária, segundo o seu treinador, Dedé Pederneiras.

- Quando eu voltar, na segunda-feira, vou ligar para o médico e explicar que a luta foi marcada, para fazermos um trabalho em conjunto, tanto o pessoal da preparação física, com o fisioterapeuta e o médico que está acompanhando - disse Pederneiras.

Desde que o campeão peso-pena se lesionou, o UFC 179 foi considerado como provável evento para a revanche, o que enfureceu Mendes. O lutador americano bateu o pé e reclamou que não queria lutar novamente no Brasil; a primeira luta entre os dois foi no Rio de Janeiro, em janeiro de 2012, e Aldo venceu por nocaute técnico no primeiro round.

Chad Mendes vem de cinco vitórias seguidas, quatro por nocaute. Ele tem 16 vitórias na carreira e apenas uma derrota. Já José Aldo busca sua sétima defesa de cinturão no UFC e nona no total (ele era campeão da categoria no WEC, evento que foi incorporado pelo Ultimate em 2010). Ele tem 24 vitórias e apenas uma derrota na carreira.

Após derrota para Patrick Cummins, Kyle Kingsbury se aposenta do MMA

Kyle Kingsbury Patrick Cummins UFC MMA (Foto: Getty Images)

Após sofrer sua quarta derrota consecutiva no UFC, o lutador americano Kyle Kingsbury anunciou sua aposentadoria do MMA ainda na noite de sábado, no SAP Center, em San Jose (EUA). "Kingsbu" foi dominado por Patrick Cummins em três rounds pelo card preliminar do "UFC: Lawler x Brown" e perdeu por decisão unânime dos juízes, incluindo um cartão de pontuação com o placar de 30-24, o que indica três rounds de 10-8.- Esta foi com certeza a minha última luta. Eu disse a todo mundo que eu não queria ser um lutador de 50% (de aproveitamento), então já deu. Não faz sentido apanhar ainda mais - declarou Kingsbury após sua luta contra Cummins.

O lutador americano não lutava havia quase dois anos, desde que sofreu uma fratura no osso orbital do rosto em sua derrota para Jimi Manuwa em setembro de 2012. Ele decidiu tentar lutar mais uma vez no card de sábado por ser morador de San Jose, onde treina na American Kickboxing Academy (AKA). Todavia, Kingsbury não conseguiu encontrar o melhor ritmo de luta dentro do octógono e reconheceu a superioridade de Cummins.

- Não tenho certeza se foi o tempo sem lutar, ou o fato que seu wrestling é tão bom que eu nunca consegui ficar confortável no octógono. Ele arma suas quedas bem, e não consegui fazer muito para pará-las - lamentou o peso-meio-pesado.

Mais tarde, "Kingsbu" foi às redes sociais agradecer aos fãs pelo apoio e pareceu em paz com sua decisão. Ele se aposenta com 11 vitórias e seis derrotas na carreira, sendo quatro vitórias e cinco derrotas no UFC.

- Na minha carreira, pareceu que foram altos e baixos, mas no final, estou completamente agradecido por tudo - todas as surras que dei e todas as surras que sofri. Aprendi mais sobre a vida nessa pequena janela em que lutei do que em qualquer outra ventura. A vida apenas continua a melhorar. Amo vocês todos - escreveu Kingsbury.

Thomas Almeida sonha com título do UFC e pede estreia com Sergio Pettis

Thomas Almeida mma (Foto: Divulgação)

Na quinta-feira, Thomas Almeida completará 23 anos. Em seu cartel, os números já impressionam. São 17 vitórias em 17 lutas, sendo 13 por nocaute e quatro por finalização, e 15 triunfos no primeiro round, incluindo o último, quando nocauteou Caio Machado e faturou o cinturão do peso-galo (até 61kg) no Legacy FC. A agressividade de Thominhas, como é conhecido, chamou a atenção do UFC, que o contratou recentemente. Sua intenção é estrear em dois meses, no máximo no início de outubro, e, se possível, contra outra promessa: Sergio Pettis, irmão do campeão dos pesos-leves, Anthony Pettis, que tem 11 vitórias e uma derrota no cartel e vem de resultado positivo contra Yaotzin Meza.- Para ser sincero, quem botarem estarei preparado, mas um cara bem legal, que tem nome, por ser irmão do campeão do peso-leve, é o Sergio Pettis. Acho que seria uma boa luta, de nível alto, ele tem um estilo que casa bem com o meu. Já vi algumas lutas dele por ele ser irmão do Anthony, para ver como ele é, e acho que seria legal. O local para mim é indiferente. No Brasil seria legal por ser meu país, mas onde mandarem, estarei preparado para a guerra - afirmou, em entrevista por telefone ao Combate.com.

As tratativas com o UFC já acontecem há algum tempo. Após cada vitória de Thomas, seus treinadores Diego Lima e Jorge Patino "Macaco" enviavam os vídeos para o matchmaker (responsável pelo casamento de lutas) da organização Sean Shelby pedindo por uma chance. A resposta era apenas para mantê-lo atuando que, em breve, a oportunidade surgiria. Com a conquista do título no Legacy, o UFC enviou o contrato para a promessa brasileira um dia depois do nocaute sobre Caio Machado, encerrando a espera e, enfim, realizando um dos sonhos do lutador.

A notícia de sua contratação foi recebida por Thomas Almeida no lugar onde se sente mais à vontade: dentro da Chute Boxe, em São Paulo, durante um treinamento com a equipe, quando Diego Lima avisou para todos os atletas que a promessa brasileira era a mais nova aquisição da maior organização de MMA do mundo.

- Essa pressão existe mesmo, essa expectativa pelo meu cartel, mas nem penso nisso. Lutador mexe muito com o psicológico dele na luta, então não posso pensar nisso para não influenciar no resultado. Quero ser um herói nacional. Vou trabalhar para isso, para trazer e manter o cinturão para o Brasil. Com certeza vai ser mais difícil (que no Legacy). Agora são os melhores do mundo. É a nata, são os tops, cada vez estou me preparando mais, para estar sempre entre os melhores. É o maior evento, então é o maior desafio - disse o lutador, que, apesar do discurso otimista, declarou que não se colocaria entre os tops do peso-galo.

- Me colocaria lá embaixo (risos). Tenho muito o que provar ainda, para chegar falando alguma coisa.

Thominhas também descartou qualquer possibilidade de mudar de categoria agora que está no UFC. Segundo ele, o corte de peso para bater os 61kg já é sofrido, com 13kg para perder durante a preparação para cada combate. Em sua carreira, ele também já atuou como peso-pena, mas agora não cogita sair dos galos.

- Esse é meu peso, já perco muito. Lutava nos penas, aí desci, me sinto bem nessa categoria. Para mim, essas duas divisões são as mais disputadas: pena e galo. Têm atletas de alto nível na trocação, no wrestling e no jiu-jítsu. O nivel é muito alto - avaliou.

Enquanto o momento de estrear não chega, Thomas garante que não para de pensar em pisar no octógono, com Bruce Buffer chamando seu nome.

- Penso toda hora no momento do Bruce Buffer anunciar meu nome, e não vejo a hora. Vai ser uma emoção muito grande. Podem esperar um Thomas bem agressivo, querendo finalizar a luta toda hora, a todo momento, no chão ou em pé, buscando trazer a vitória para o Brasil - concluiu.

Cláudia Gadelha afirma que próxima luta será contra Joanna Jedrzejczyk

Cláudia Gadelha Joanna Jedrzejczyk MMA UFC (Foto: Editoria de Arte)

Enquanto a brasileira Juliana Lima e a polonesa Joanna Jedrzejczyk se enfrentavam dentro do octógono pelo "UFC: Lawler x Brown", outra brasileira, Cláudia Gadelha, observava atentamente nas arquibancadas do SAP Center em San Jose. Ela estava ali para apoiar o companheiro de equipe Hernani Perpétuo, que também lutou no card, mas também queria estudar sua próxima oponente. Em vídeo enviado com exclusividade ao Combate.com, a primeira lutadora a vencer uma luta pela categoria peso-palha no UFC afirmou que enfrentará a vencedora do duelo deste sábado, Joanna Jedrzejczyk, em novembro.- A polonesa venceu a luta. Estava esperando a vitória da brasileira, mas a polonesa mostrou muita garra e um boxe bom. O UFC acabou de me informar - recebi essa informação ontem (sexta-feira) - que eu lutaria com a vencedora de hoje. Em novembro, estarei fazendo minha segunda luta no UFC com a polonesa que acabou de vencer a luta. Espero o apoio de vocês - disse Gadelha (veja no vídeo acima).

Jedrzejczyk também já sabe que Gadelha será sua próxima adversária. Todavia, ocupada com os treinos, a polonesa ainda não viu a brasileira lutar - não conseguiu a fita do combate entre a brasileira e Tina Lahdemaki, realizada no último dia 16 de julho, em Atlantic City.

- Eu ouvi que foi uma boa luta, que Cláudia é forte. Estou ansiosa pela luta com ela e farei meu melhor - afirmou Jedrzejczyk após a luta contra Juliana Lima.

A polonesa foi muito elogiada por Dana White, presidente do UFC, nas redes sociais após sua vitória por decisão unânime contra Lima. Jedrzejczyk se disse realizada por lutar nos EUA e no UFC pela primeira vez, e disse ter ficado irritada com a postura de sua adversária na pesagem.

- Ela não foi legal comigo na pesagem, e agora ela apanhou e não vai mais fazer isso. Eu apenas faço meu trabalho no cage - disse Jedrzejczyk.

Após vitória no UFC, Noad Lahat volta a Israel para servir o exército

Noad Lahat comemora vitória no UFC (Foto: Kyle Terada-USA TODAY Sports / Reuters)

As lutas de MMA são frequentemente tratadas, metaforicamente, como "batalhas" e "guerras" nos comentários de lutadores, jornalistas e fãs. O lutador israelense Noad Lahat, todavia, tem uma perspectiva completamente diferente dessa comparação. O peso-pena, que derrotou Steven Siler por decisão unânime na abertura do card preliminar do "UFC: Lawler x Brown", no sábado em San Jose (EUA), já esteve na linha de frente no conflito na Faixa de Gaza, e vai voltar para lá nesta semana. Após sua vitória sobre Siler, Lahat, visivelmente emocionado, confessou que mal conseguiu se concentrar nos treinos para o combate, preocupado com sua família e seus amigos que permaneceram em Israel. - Nos últimos dois meses, eu não dormi nenhuma noite inteira. Acordava toda hora para ver se eu tinha recebido mensagens, se minha família me ligou, se meus amigos do exército ligaram. Não tive mais de duas horas seguidas de sono. Ia para a academia, ficava cansado, tinha que fazer sparring porque tinha uma luta pelo caminho, mas este foi o pior camp de treinos que já tive, de longe. Foram os piores dois meses que já tive. Eu não conseguia nem me concentrar nisso. Eu acordava toda manhã e falava no computador com minha família, aí notava que estava atrasado para o treino e tinha que correr. A única hora que eu livrava minha cabeça disso era na academia, treinando. Mas, mesmo lá, quando eu ia para a academia, até eu entrar, a única coisa na minha cabeça era minha família, meus amigos e meu país - contou.

O polêmico conflito no Oriente Médio divide opiniões pelo mundo inteiro, e Lahat deixou claro que não gosta de ter de participar. Todavia, como parte do Exército Israelense, foi convocado à batalha, e sente o dever de proteger sua família.

- Preciso voltar para casa porque só o pensamento de que minha avó - ela tem mais de 80 anos de idade e teve 15 segundos para correr e achar um abrigo, minha avó, e eu estou aqui a salvo. Não devia ser assim, eu deveria estar lá ajudando-os. Não é divertido, eu odeio cada segundo disso. Não estou fazendo porque adoro isso, eu odeio ir (para a guerra). Eu odeio usar o uniforme, odeio pegar em armas... Não é divertido ter alguém atirando em você, mas é algo que você tem que fazer. Não dá para te dizer o quanto eu odeio fazer isso, ainda tem que comer aquela comida horrorosa (risos). Amo treinar e amo lutar no cage - afirmou Lahat, que tem oito vitórias e uma derrota no MMA, e fez no sábado sua segunda luta no UFC.

Apesar da vitória, Durinho confirma plano de retornar para o peso-leve

Gilbert Burns comemoração luta UFC (Foto: Kyle Terada-USA TODAY Sports / Reuters)

Gilbert Durinho estreou no UFC neste sábado e conseguiu uma difícil vitória sobre Andreas Stahl pelo peso-meio-médio (até 77kg). Apesar do resultado positivo, ele já planeja fazer seu próximo combate pelo peso-leve (até 70kg) e garantiu que está trabalhando para não ter problemas com a balança, como já aconteceu em outras lutas antes de ser contratado pelo Ultimate.  - Achei o Stahl pesado, no clinche queria fazer força para derrubar, algumas vezes até chegava, mas sabia que ia gastar muita força e podia faltar no final. Senti diferença na força. Na Blackzilians tem uma galera no 70kg e 77kg, dá para me testar e consigo treinar bem com os dois. Estou pensando em descer, estou com meu médico, Rodrigo Mauro, que está me ajudando muito na dieta. Tenho que me reeducar, porque eu deixava subir muito o peso e ficava dificil baixar. Estou trabalhando muito para ficar fácil bater 70 kg. Quero lutar, já vou voltar aos treinos depois de uma semana de descanso. É uma parte do sonho realizado estar no UFC. Já que estou aqui, vou aproveitar lutando o máximo que der. Meu plano é descer para 70kg - afirmou.

Durinho também enalteceu sua evolução na luta em pé. Especialista em jiu-jítsu, ele superou o sueco na trocação na maior parte do combate e fez elogios aos seus treinadores, além de seu companheiro de equipe Vitor Belfort.

- Estou muito feliz com o resultado, foi minha primeira luta com três rounds, contra um oponente muito duro. Queria pôr para baixo, mas senti que ele treinou muito clinche, estava muito pesado e, aos poucos, estou mais à vontade na trocação. No começo tomei uma cotovelada, tentei manter a calma e vi que ia gastar muita força no clinche, então botei na cabeça que era melhor trocar. Conectei vários golpes, ele sentiu, então mudei a estratégia, conectei muitos golpes. Estou treinando muito com o Pedro Diaz, Henri Hooft, Vitor Belfort, todos estão me ajudando muito, me blindando - concluiu.

Hernani Perpétuo fratura osso do antebraço em luta contra Tim Means

Hernani Perpétuo braço na tipoia (Foto: Ana Hissa)

Após começar a luta contra Tim Means bastante agressivo e jogando golpes com cada um dos braços, o lutador brasileiro Hernani Perpétuo passou o terceiro round inteiro com o braço esquerdo baixo e sem se mover, golpeando apenas com as pernas e com a mão direita, no combate válido pelo card preliminar do "UFC: Lawler x Brown", em San Jose (EUA), neste sábado. Depois de ter sua derrota por pontos anunciada pelo locutor Bruce Buffer, Perpétuo partiu direto para o hospital, onde foi confirmado: fraturou a ulna, um dos ossos do antebraço, e voltou para o hotel com o braço imobilizado numa tipoia. Ele terá de retornar ao médico em duas semanas para avaliar o seu progresso, mas não deve precisar de cirurgia.

- Quebrei o braço ali no segundo round, na metade, mais ou menos. Acho que foi bloqueando o chute, não lembro o momento exato. No final do segundo round, eu tinha sentido, o braço estava meio dormente e falei para o Dedé (Pederneiras, seu treinador). Ele mandou eu continuar, eu tentei, dei tudo no terceiro round, mas não foi o suficiente - lamentou Perpétuo em entrevista ao Combate.

O peso-meio-médio brasileiro lamentou a lesão, que o atrapalhou na luta. Ele disse acreditar que, caso não tivesse se machucado, poderia ter nocauteado o americano.

- Na minha primeira luta, cometi o erro de não ter tomado iniciativa. Acabei dando um round inteiro para o Jordan Mein, estudei demais e não fui ofensivo. Nesta luta, vim para não cometer o mesmo erro, vim buscando, e a fratura acabou me atrapalhando um pouco, não consegui soltar o jogo. Acho que poderia ter nocauteado. No primeiro round, ele sentiu minha mão. O golpe que eu senti no segundo round, meu braço já estava quebrado, eu estava mais preocupado em esconder meu braço do que proteger o meu rosto. Mas é mérito dele também. No terceiro round, lutei com um braço só, foi do jeito que deu - disse Perpétuo, que sofreu sua segunda derrota no UFC.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Renan Barão admite: brincadeira da Alpha Male "motiva a treinar mais"

Renan Barão, (Foto: Adriano Albuquerque)

Recuperar o cinturão dos pesos-galos do UFC já seria motivação o suficiente para Renan Barão treinar como nunca para a revanche contra TJ Dillashaw, marcada para 30 de agosto no evento principal do UFC 177, no próximo dia 30 de agosto, sem Sacramento (EUA). Todavia, uma brincadeira feita por membros da equipe de Dillashaw, o Team Alpha Male, ajudou a levar o treino de Barão um nível além. Na semana seguinte após a surpreendente vitória de Dillashaw sobre o brasileiro no UFC 173, em maio, a conta da equipe no Instagram publicou uma foto de uma lista de inscritos para um seminário do treinador de muay thai da Alpha Male, Duane Ludwig, creditado como maestro da estratégia do novo campeão. Entre os nomes na lista, foi escrito "Renan Barão", numa insinuação de que o potiguar recebeu uma "aula" no octógono. O ex-campeão admitiu que a brincadeira o incomodou.

- (Isso) Me motiva a treinar mais. Sou um cara completamente profissional. Já lutei com o chefe da Alpha Male duas vezes, o (Urijah) Faber, e saí com a vitória, e nem por causa disso fui fazer brincadeiras ou gracinhas. Mas é isso, cada um tem sua cabeça, pensa o que quer. Eu estou treinando, focado 100%, e espero voltar com o que é meu em breve - declarou Barão em entrevista coletiva no Rio de Janeiro na quarta-feira.

O currículo invejável do potiguar garantiu uma revanche imediata contra Dillashaw. A derrota frente ao americano foi a primeira de Barão desde sua luta de estreia, em 2005, e ele venceu mais de 30 combates entre os dois reveses, incluindo quatro vitórias em lutas valendo cinturão no UFC.

Dillashaw, todavia, não gostou muito do casamento de luta e afirmou publicamente que acreditava que outro brasileiro, Raphael Assunção, merecia o confronto antes de Barão - Assunção era o desafiante número 1 ao cinturão e deveria ter lutado no UFC 173, mas deu lugar a Dillashaw, a quem já venceu, por causa de lesão. O potiguar, todavia, deu de ombros para a opinião do atual campeão.

- O TJ pode falar o que quiser, mas não é ele quem decide, é o UFC. Se o UFC me deu essa oportunidade de lutar pelo cinturão, estou aí, firme, forte e amarradão. O TJ está totalmente errado no que está falando - rebateu.

Barão também rejeitou os pedidos de Urijah Faber por uma trilogia com ele. O "Garoto da Califórnia", líder da equipe de Dillashaw, perdeu para o brasileiro duas vezes, a mais recente em fevereiro. Para Faber, os dois têm "assuntos inacabados", devido ao polêmico encerramento da última luta, em que o árbitro Herb Dean decretou nocaute técnico apesar de o americano sinalizar que estava vivo no combate.

- Acho que não tenho nada com o Faber. Se ele tivesse o cinturão, aí sim eu lutaria com ele, mas ele não tem o cinturão, então não tenho interesse nenhum em lutar com ele - disparou Barão

"Espero que você esteja pronto para o papai", diz Jones a Cormier em texto

Daniel Cormier e Jon Jones ufc (Foto: Reprodução / Instagram)



O UFC anunciou nesta quarta-feira que Alexander Gustafsson lesionou o joelho e foi retirado do card do UFC 178, sendo substituído por Daniel Cormier na luta pelo título dos pesos meio-pesados contra Jon Jones. Em entrevista ao programa de TV “UFC Tonight”, "DC" revelou que, assim que aceitou o convite para disputar o título, recebeu uma mensagem privada campeão pelo Twitter. - Jon Jones é um ninja em vários sentidos. Eu não o sigo no Twitter, mas ele descobriu um jeito de me mandar uma mensagem privada e eu não sei como ele conseguiu isso. A mensagem dizia: "Espero que você esteja pronto para o papai" - contou o lutador, que tentou responder com "Estou. Vou te f***", mas não conseguiu, por não ser seguido por Jones. Ele publicou uma imagem da troca de mensagens entre os dois.

Segundo Cormier, apesar de já terem trocado algumas farpas em entrevistas e redes sociais, nada do que ele disser a "Bones" pode afetar a mentalidade do campeão:

- Ele está preparado para qualquer coisa que eu disser. Teve toda aquela situação com o Rashad Evans e ainda assim conseguiu entrar no octógono e enfrentá-lo. Fora isso, ele já lutou contra Chael Sonnen. Nada do que eu disser vai afetá-lo mentalmente - reconheceu.

O ex-campeão do GP dos pesados do Strikeforce soube da possibilidade de lutar pelo cinturão nesta quarta-feira pela manhã, através de uma mensagem de texto enviada por um dos donos do Ultimate, Lorenzo Fertitta.

- Eu recebi uma mensagem de texto hoje (quarta) de manhã, às 6h45, do Lorenzo Fertitta. Algo dentro de mim estava dizendo para eu subir na balança hoje, pois comi uns seis donuts ontem (risos). Então eu subi na balança e olhei para o celular, então eu vi a mensagem do Lorenzo me oferecendo a luta pelo título. Falei com todos os meus treinadores e eles me apoiaram. Temos cinco semanas para nos preparar e é tempo suficiente.

O lutador disse que, inicialmente, hesitou um pouco em aceitar o duelo devido ao relativo pouco tempo de preparação para a luta mais importante de sua carreira.

- Sempre vai ter alguma hesitação. Quando você tem uma luta pelo título, você espera ter três meses para se preparar. Mas se os meus treinadores me dizem que eu tenho que bater no Jon Jones em cinco semanas, o que eu vou fazer? - brincou.

Conhecido por se render aos desejos gastronômicos, incluindo diversas guloseimas e o frango frito de uma rede de fast food americana, Cormier afirmou que está um pouco acima do peso, mas que acredita que não terá problemas em bater os 93kg da divisão.

- Eu estou com 106,8 kg, mas não estou muito diferente do que estava antes da luta contra o Dan Henderson. Isso vai ser uma bênção. Só tenho que continuar treinando e, em duas semanas, meu peso deve baixar para 102kg e então eu estarei pronto para a luta - finalizou.

Ultimate garante UFC 179, disputa de cinturão e quatro eventos no Brasil

Vista panorâmica da Arena da Barra no UFC Rio (Foto: Divulgação/UFC)

Diante de rumores de que o UFC 179 poderia ser transferido para Las Vegas, o Ultimate usou seu site oficial no Brasil para confirmar que o evento será realizado no país, e reafirmar que o Brasil sediará mais quatro cards até o final do ano. Além disso, a organização confirmou que o UFC 179 terá uma disputa de cinturão, que todavia não foi ainda definida.

O mais provável é que José Aldo defenda seu cinturão dos pesos-penas no evento contra Chad Mendes, numa revanche do confronto realizado no Rio de Janeiro em janeiro de 2012 e vencido pelo brasileiro por nocaute no primeiro round. Seu treinador, Dedé Pederneiras, revelou, em entrevista coletiva nesta quarta-feira, que Aldo já se sentia melhor e passaria por uma avaliação médica ainda nesta quarta, que decidiria se ele poderia voltar a treinar sem restrições, mas recusou-se a garantir que o manauara estará pronto para a luta no final de outubro.

O comunicado publicado pelo site oficial do Ultimate no Brasil também não especifica a data e o local do UFC 179, mas fontes com conhecimento das negociações dizem que será em 25 de outubro. O Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, e a Arena da Baixada, em Curitiba, são candidatos a sediar o torneio, com São Paulo como uma terceira opção.

- O que podemos antecipar, como um presente para os nossos fãs, é que o UFC 179 será aqui no Brasil - afirmou Grace Tourinho, diretora geral do UFC no Brasil, no site oficial da companhia.

Como anunciado no final do ano passado, o Brasil terminará 2014 com sete eventos do UFC. No primeiro semestre, foram realizados o "UFC: Machida x Mousasi" em Jaraguá do Sul-SC, em fevereiro, o "UFC: Shogun x Henderson 2" em Natal, em março, e o TUF Brasil 3 Final, em São Paulo, em maio. O próximo evento anunciado oficialmente é o "UFC: Pezão x Arlovski", no dia 13 de setembro, primeira visita do UFC a Brasília.

A disputa de cinturão programada para o UFC 179 será a sexta do Ultimate a ser realizada no Brasil. José Aldo esteve em duas das cinco anteriores: no UFC 142, quando derrotou Mendes, e no UFC 163, em agosto de 2013, quando venceu Chan Sung Jung. Em 1998, na primeira visita do UFC ao Brasil, dois cinturões estiveram em jogo: o do peso-meio-pesado (então chamado de peso-médio), entre Frank Shamrock e John Lober, e o do peso-meio-médio (então chamado de peso-leve), entre Pat Miletich e Mikey Burnett. Em agosto de 2011, no retorno do Ultimate ao Brasil após 13 anos, Anderson Silva defendeu o cinturão dos pesos-médios contra Yushin Okami.

Gustafsson se lesiona, e Cormier enfrenta Jon Jones no UFC 178

Montagem - Alexander Gustafsson, Jon Jones e Daniel Cormier (Foto: Editoria de Arte)

A revanche entre Jon Jones e Alexander Gustafsson terá de esperar. O lutador sueco, desafiante número 1 dos pesos-meio-pesados, sofreu uma lesão no joelho e foi forçado a desistir de sua segunda luta contra Jones, marcada para 27 de setembro, em Las Vegas. O Ultimate anunciou na noite desta quarta-feira que o americano Daniel Cormier, segundo colocado do ranking da categoria, será o substituto de Gustafsson na disputa do cinturão contra Jones no UFC 178.

Segundo o site "MMA Fighting", Gustafsson rompeu o menisco do joelho durante os treinos para a revanche contra Jones. Os dois fizeram a melhor luta de 2013 e uma das melhores lutas da história do UFC em setembro passado, em Toronto, e "Bones" manteve seu cinturão por decisão unânime dos juízes. O reencontro entre os dois era muito aguardado e pedido pelos fãs, que inclusive elegeram Gustafsson para dividir a capa do videogame oficial do UFC ao lado de Jones após o combate.

Cormier, todavia, já vinha sendo considerado por alguns um bom desafio para Jones. O americano foi parte da seleção olímpica americana de wrestling em duas ocasiões, 2004 e 2008, e está invicto no MMA, com 15 vitórias em 15 lutas. "DC" começou a carreira como peso-pesado e conquistou o título do GP da categoria no Strikeforce antes de migrar para o UFC e descer de categoria. Entre os meio-pesados, venceu Patrick Cummins e Dan Henderson neste ano.

Jones e Cormier vêm trocando farpas há tempos, desde que o segundo anunciou que pretendia descer de categoria para desafiar o campeão. Após vencer Henderson, Cormier disse ao público que Jones "não podia se esconder para sempre". Jones, por sua vez, pediu ao UFC que sua próxima defesa de cinturão fosse contra Cormier, não contra Gustafsson, e foi criticado pelos fãs, que queriam a revanche. Ele eventualmente aceitou enfrentar o sueco. Agora, recebeu seu desejo anterior.

Se Gustafsson foi forçado a desistir da luta por causa da lesão no joelho, Cormier também tem problemas nessa região. Ele havia planejado passar por cirurgia para reparar uma ruptura no ligamento colateral lateral e um machucado no ligamento cruzado anterior, mas optou por adiar o tratamento para receber a oportunidade contra Jones.

Após liberação, Belfort vibra com luta pelo cinturão: "Pegar o que é nosso"

Vitor Belfort Reunião comissão UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)
 
A quarta-feira foi intensa para Vitor Belfort. Depois de ter recebido a licença da Comissão Atlética de Nevada (NSAC) para lutar no estado americano, ele em seguida foi confirmado pelo UFC como próximo desafiante de Chris Weidman pelo cinturão dos pesos-médios, em luta que ocorrerá no dia 6 de dezembro, em Las Vegas. Considerando a proibição o principal obstáculo que o impedia de faturar o título, o brasileiro já vibra com a possível vitória.- O cinturão com certeza vai estar aqui na minha cintura. Vou estar levando para o Brasil. A gente ganhou esse cinturão hoje e só vai lá pegar o que é nosso - disse Belfort, lembrando do antigo campeão Anderson Silva.

O confronto será o evento principal do UFC 181, no Mandalay Bay. O primeiro encontro entre Belfort e Weidman estava previsto para ocorrer em maio, mas foi cancelado depois que a NSAC proibiu as isenções para Terapia de Reposição de Testosterona, em fevereiro. A fim de readaptar o organismo às novas exigências, Vitor, que fazia uso da terapia por questões de saúde, precisou se ausentar da competição sendo substituído por Lyoto Machida, em duelo que acabou sendo transferido para julho.

Paralelo a isso, o lutador foi submetido a um exame antidoping surpresa solicitado pela comissão em fevereiro, em Las Vegas, e apresentou níveis elevados de testosterona. Como tinha feito o exame de forma espontânea e ainda não tinha dado entrada na licença para lutar no estado de Nevada, a divulgação dos resultados era opcional. Porém, em junho, Wanderlei Silva se recusou fazer um teste antidoping solicitado pela mesma entidade. Na época, ele enfrentaria Chael Sonnen no UFC 175.

Com Wand fora da luta, o  Ultimate anunciou Vitor como o novo adversário do falastrão e o brasileiro deu entrada na obtenção da licença, divulgando posteriormente o resultado das análises. A comissão, então, agendou para esta quarta-feira a audiência que decidiria se Belfort teria ou não o pedido de licença atendido. Com a liberação garantida, o lutador vê Las Vegas como o local ideal para o combate, por tudo o que aconteceu.

- Eu coloquei essa condição, falando com o UFC que quero acabar com isso, quero lutar aqui em Las Vegas mesmo. Ficou muito questionamento e acho que vai ser muito bacana para minha carreira. É uma grande vitória.

Outra luta já confirmada no UFC 181 é a disputa do título dos pesos-leves, entre o campeão Anthony Pettis e Gibert Melendez.