quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Barão e o UFC 169: 'Vou para provar que sou o verdadeiro campeão'

montagem UFC Renan Barão e Dominick Cruz (Foto: Getty Images)

A luta entre José Aldo e Ricardo Lamas já era esperada para o evento principal do UFC 169, em 1º de fevereiro de 2014, mas o anúncio que Renan Barão enfim teria a chance de enfrentar o campeão linear dos pesos-galos, Dominick Cruz, no coevento principal foi uma surpresa muito agradável para o lutador potiguar. Barão esperou mais de um ano e defendeu o cinturão interino da categoria duas vezes antes de sua oportunidade de disputar o título de fato, enquanto Cruz se recuperava de sucessivas cirurgias no joelho. Apesar do longo tempo parado, o potiguar espera um adversário completamente recuperado e pronto para reassumir seu trono, mas garante que não vai dar moleza.

- Eu sempre acreditei que o Dominick voltaria, não esperava que você ser logo no início de fevereiro, achei que fosse ser mais para o final, acho que ele pode até ter acelerado um pouco por contas das declarações de que ele tinha que voltar no início do ano, mas acredito que ele vá estar 100% para a luta. Acho que ele pode sentir um pouco o tempo parado, mas ele é um atleta muito duro e que merece todo o respeito, fiquei muito feliz em saber que ele pode voltar e topo o combate. Só que eu vou para provar que sou o verdadeiro campeão. É a luta que todo mundo queria ver e que vai finalmente mostrar e definir isso de vez - afirmou em entrevista ao Combate.com, por telefone.

Com José Aldo também em ação no UFC 169, a Nova União pode sair do evento com dois campeões indiscutíveis do Ultimate. Para Renan Barão, ter um companheiro de equipe na luta principal torna o clima melhor para o combate, e a semelhança de estilos entre os adversários vai ajudar o treinamento. Ele também rechaça qualquer tipo de pressão extra pela dobradinha.

- Não acho que a pressão está do nosso lado, não, não me sinto nem um pouco pressionado. Para a gente, é o contrário: eu e Aldo sempre treinamos juntos, nas últimas vezes tivemos pouco tempo de diferença entre a luta de um e de outro, eu ajudei ele, ele lutou, depois ele veio e me ajudou. Dessa vez será a equipe inteira ainda mais unida para ajudar nos treinamentos, com o Dedé no comando e que sabe muito bem dividir a atenção para os dois. O que é interessante é que os estilos dos dois adversários, de uma certa forma, são parecidos - wrestlers que movimentam muito - então o treinamento em conjunto vai ser muito eficaz. O que importa é que vamos dar um grande show, ir para cima com tudo e provar que a Nova União é a melhor equipe de leves do mundo - decretou Barão.

Aldo enfrenta Ricardo Lamas e Barão pega Dominick Cruz no UFC 169

montagem UFC Renan Barão e Dominick Cruz (Foto: Getty Images)

Nesta terça-feira, o UFC anunciou de uma só vez duas lutas que prometem estremecer as categorias pena e galo da organização. Para o UFC 169, dia 1º de fevereiro, em Newark (EUA), o coevento principal será a disputa pela unificação dos cinturões da categoria até 61 kg entre o campeão Dominick Cruz e o campeão interino, Renan Barão. Já o destaque da noite será para mais uma defesa de título entre o brasileiro José Aldo e o americano Ricardo Lamas, na divisão até 66kg. Os dois confrontos dão ainda mais peso ao card que já possui o embate entre o ex-campeão peso-pesado Frank Mir e o holandês Alistair Overeem para o final de semana do Super Bowl - final da Liga Profissional de Futebol Americano. A informação foi dada primeiramente pelo jornal americano "Newsday". Após dois anos afastado do octógono se recuperando de lesão, Dominick Cruz foi posto contra a parede pelo presidente do UFC, Dana White, que cogitou a possibilidade de entregar o cinturão definitivamente para o brasileiro, se o americano não retornasse no início de 2014. Aos 26 anos, Renan Barão possui um cartel de 31 vitórias, uma derrota e um No Contest (luta sem resultado). O atleta da Nova União venceu as cinco lutas que disputou no Ultimate e conquistou o cinturão interino da divisão após vencer Urijah Faber por decisão unânime dos juízes no UFC 149, dia 21 de julho de 2012. Desde então, ele venceu Michael McDonald e Eddie Wineland, em fevereiro e setembro deste ano, respectivamente.

Já Dominick Cruz, de 28 anos, possui 19 vitórias e uma derrota na carreira. O atleta da Alliance MMA conquistou o cinturão dos galos em 16 de dezembro de 2010, ao derrotar Scott Jorgensen por decisão unânime dos jurados. Em julho e outubro de 2011, o lutador defendeu o título diante de Urijah Faber e Demetrious Johnson, quando saiu vencedor também por decisão unânime.

José Aldo e Ricardo Lamas, assim como Barão e Cruz, também são oriundos do extinto WEC, evento adquirido pelo UFC em 2010. Aos 27 anos, Aldo estreou no Ultimate em abril de 2011, quando derrotou Mark Hominick por decisão unânime, no UFC 129, mantendo o cinturão dos penas conquistado ainda na organização anterior. Após isso, o atleta da Nova União colocou o título em jogo diante de Kenny Florian, Chad Mendes, Frankie Edgar e recentemente, contra Chan Sung Jung, no UFC 163. O brasileiro possui um cartel de 23 vitórias e apenas uma derrota.

Ricardo Lamas, de 31 anos, conquistou o direito de disputar o cinturão dos penas após vencer as quatro lutas que fez no UFC. O atleta venceu Matt Grice e Cub Swanson em 2011, Hatsu Hioki em 2012 e Erick Koch, em janeiro deste ano. O americano possui 13 vitórias e duas derrotas na carreira.

UFC 169

1º de fevereiro de 2014, em Newark (EUA)

CARD DO EVENTO

José Aldo x Ricardo Lamas

Dominick Cruz x Renan Barão

Frank Mir x Alistair Overeem

Sonnen: 'Derrota para Cain Velásquez tirou anos da vida de Junior Cigano'

Cain Velasquez x Junior cigano Dos Santos ufc 166 (Foto: Getty Images)

A derrota de Junior Cigano para Cain Velásquez na luta principal do UFC 166 ainda repercute no meio do MMA. Durante um bate-papo com os fãs realizado em Manchester, antes do UFC Fight Night 30, Chael Sonnen falou sobre o duelo que manteve o cinturão dos pesados com seu compatriota, e disse que a luta, da forma como aconteceu, pode ter roubado alguns anos da vida do brasileiro, e fez duras críticas à equipe de Cigano.

- O responsável pelo córner de Junior Cigano precisa ser cortado do MMA. Ponto. O que se viu ali foi ver alguém ser mandado de volta para uma luta sem ter a menor condição para isso. A médica entrou no octógono duas vezes, e não sei o que ela estava procurando ali. O árbitro, que deveria ter parado a luta, não o fez. Então, a decisão é do córner do lutador, em quem ele confia, que é como um pai para você. E, na minha opinião, esse cara decepcionou Junior Cigano. As comissões atléticas licenciam esses caras, mas eu não tenho a menor ideia do porquê. Talvez seja apenas para ficar com a taxa de US$ 25. Na minha opinião, o responsável pelo córner de Cigano deveria ser o primeiro a ser suspenso. O que ele fez foi inaceitável.

Para Sonnen, o momento de parar uma luta não é o ponto de resistência do lutador, mas sim a hora em que ele já não pode mais conquistar a vitória.

- Você não para uma luta quando seu atleta não pode mais continuar. Você para a luta quando ele já não pode mais vencer. Se não dá para ganhar, tire ele dali! Aquela luta deveria ter sido interrompida muito antes do que foi. Ela roubou alguns anos da vida e da carreira de Junior Cigano. O treinador dele deveria ser demitido! - finalizou.

Georges St-Pierre, sobre possível luta com Ben Askren: 'Eu não tenho medo'

Georges St-Pierre mma ufc coletiva (Foto: AP)

Mesmo ainda sem decidir entre Bellator e UFC, Ben Askren já deu diversas declarações duvidando do real perigo do campeão meio-médio do Ultimate, Georges St-Pierre, à sua invencibilidade no MMA. Por outro lado, reafirmando sua personalidade mais reservada, o canadense não respondeu as provocações do americano. Até o momento. Em entrevista ao site "MMA Junkie", o lutador falou sobre a possibilidade de dar uma chance de disputa de título ao rival, mesmo se tiver de ser já na primeira luta de Askren no Ultimate. - Pode trazer ele, porque eu vou lutar contra todo mundo. Eu sou o campeão e por isso, não tenho escolha. Então, sem problemas. Eu não tenho medo dele - afirmou Georges St-Pierre ao site "MMA Junkie".

Concentrado no difícil duelo diante de Johny Hendricks, dia 16 de novembro, quando colocará o cinturão dos pesos-meio-médios em jogo no UFC 167, Georges St--Pierre foi econômico ao comentar as provocações de Askren. Mas, fez questão de ressaltar que não vê problema em enfrentar o americano, considerado o melhor wrestler do mundo, fora do UFC.

- Claro que eu gostaria de lutar com ele. É um bom lutador e está invicto. Se realmente ele vier para a organização, eu luto com ele sem problemas - resumiu o campeão.

Envolvido em uma amarrada negociação com Bellator e UFC, Ben Askren já chegou a classificar as transações com Bjorn Rebney e Dana White como um jogo de pôquer, afirmando ainda que se parasse de lutar agora, ficaria feliz. Aos 29 anos, Ben Askren encerrou seu contrato com o Bellator em julho, após vencer Andrey Koreshkov, por nocaute no quarto round. Ele está invicto na carreira com 12 vitórias em 12 lutas no MMA.

Já Georges St-Pierre, de 32 anos, conquistou o cinturão dos meio-médios em abril de 2008, quando nocauteou Matt Serra no segundo round. Com oito defesas de título em sequência, o franco-canadense lutou subiu no octógono do UFC a última vez contra Nick Diaz, no UFC 158, em março deste ano. O atleta da Tristar Gym possui um cartel de 24 vitórias e duas derrotas.

Wand alerta Sonnen: 'Manda ele ligar para o dentista, porque vai precisar'

Wanderlei Silva UFC (Foto: Getty Images)

Wanderlei Silva não leva desaforo para casa, menos ainda se vier de Chael Sonnen. O falastrão americano tem o costume de provocar lutadores brasileiros, o que faz com notável facilidade, mas seu saldo com o "Cachorro Louco" não é dos melhores. O brasileiro já foi filmado duas vezes dando dura no americano. A primeira foi dentro de um carro, onde disse a ele que "respeito é bom e preserva os dentes". E a segunda, bem recente, foi em uma exposição, onde apontou o dedo na cara de Sonnen e exigiu respeito. Para o delírio dos fãs, a rivalidade vai enfim para o octógono, e com um tempero especial: os dois serão treinadores da terceira temporada do The Ultimate Fighter Brasil, no começo de 2014, antes de se enfrentarem ao fim do reality show. Wanderlei, como era de se esperar, não poupou ameaças ao desafeto em sua primeira entrevista após o anúncio oficial dos técnicos:

- Vai pagar por tudo o que falou do meu país. Ninguém falta com respeito ao meu país dessa maneira. Eu não vou te nocautear rápido. Vou bater em você por 24 minutos e vou te nocautear no final. Eu não vou para esta luta só para ganhar, vou para te dar uma surra. Vai ver o que acontece quando alguém fala mal do Brasil. E manda ele ligar para o dentista dele, porque vai precisar - disse ele, por telefone, ao Combate.com.

Wand previu tensão no convívio com Chael Sonnen no TUF Brasil 3 e garantiu que seu comportamento polêmico em relação ao americano é 100% real, sem exageros:

- Vai ser explosivo. Eu sou uma pessoa real. O que as pessoas veem ali é a realidade. Às vezes falam que é marketing. Não! Sou uma pessoa que, se eu gostar de você, você vai saber, e se eu não gostar, você vai saber também. Na verdade ele vai ter que medir as palavras para falar comigo, porque uma coisa que não admito é a falta de respeito. Promoção é promoção, mas para tudo há um limite.

O ex-campeão do Pride contou ainda que Dana White, presidente do UFC, ouviu dele a proposta de fazer o TUF Brasil 3 com brasileiros x americanos e a está analisando. Wanderlei, por sinal, defendeu a ideia e garantiu que é uma maneira de atrair mais o interesse do público. E prometeu fazer parte do "melhor TUF de todos os tempos".

A seguir, veja a entrevista completa do Combate.com com Wanderlei Silva:

COMBATE.COM: Como foi essa negociação para você e o Sonnen serem técnicos do TUF Brasil 3?
 
WANDERLEI SILVA: Essa é uma luta que eu queria muito. E eu estava de saco cheio de ouvir algumas pessoas dizendo: "Ah, ele não quer lutar". Eu queria. Ele é um atleta bom e tudo mais, mas é uma luta que eu estava aguardando há algum tempo. Aí o Dana White me ligou e perguntou se eu queria ser técnico do TUF contra ele, e eu falei: "Sim, mas vai ter a luta no final, né? Não é só o show, né?". Porque com o outro cara lá (Vitor Belfort) não rolou a luta. Ele falou que teria a luta, então eu topei.

E quando foi isso? Foi pouco antes do anúncio oficial?

Faz um pouco de tempo, não sei ao certo. Já faz algum tempo. O importante é que vai rolar a luta.

Você e o Sonnen terão de se cruzar várias vezes no TUF. Como você acha que vai ser o convívio com ele?

Vai ser explosivo. Eu sou uma pessoa real. O que as pessoas veem ali é a realidade. Às vezes falam que é marketing. Não! Sou uma pessoa que, se eu gostar de você, você vai saber, e se eu não gostar, você vai saber também. Na verdade ele vai ter que medir as palavras para falar comigo, porque uma coisa que não admito é a falta de respeito. Promoção é promoção, mas para tudo há um limite.

A rixa entre vocês passou do ponto da promoção e virou real mesmo?

Isso é real. Quando um cara fala alguma coisa de você, ele tem que arcar com o que fala. Para mim não tem essa de estar falando para promover, não interessa. Ele falou coisas muito graves a meu respeito, a respeito do meu país. E estou realmente chateado. Ele vai pagar por tudo o que falou.
Ele (UFC) é um evento que, quando você consegue atingir um status de fazer grandes lutas, você consegue ser reconhecido. Nesta luta, se tudo der certo, acho que vou ganhar uma das maiores bolsas do UFC"
Wanderlei Silva

Dana White falou que você pediu participação nas vendas de pay per view para aceitar a luta na primeira vez que ela foi cogitada. Como foi desta vez? Você terá esse percentual?

Imagina se eu chego para você e pergunto quanto vai ganhar (risos). Na verdade o UFC sabe quem são as estrelas. Ele é um evento que, quando você consegue atingir um status de fazer grandes lutas, você consegue ser reconhecido. Nesta luta, se tudo der certo, acho que vou ganhar uma das maiores bolsas do UFC.

No encontro "amigável" que tiveram recentemente, Sonnen reclamou de você ter ido cobrá-lo com uma câmera. Vocês quase chegaram às vias de fato ou foi mais uma pressão e um susto em cima dele?

Eu acho que você falar atrás de uma câmera, dentro de um estúdio, sem a pessoa estar presente, é uma coisa. Homem que é homem vai lá e fala na cara. Eu fui lá colocar o dedo na cara dele, falar que ele realmente falou besteira a meu respeito e que ele vai pagar por isso. Sou aquele cara à moda antiga. Sou do tempo em que o aperto de mão vale, que o cara honra a palavra que dá. Se um cara fala uma coisa de mim, e eu o encontro, vou lá e falo: "Por que você falou isso de mim?". Não vou apertar a mão do cara como se nada tivesse acontecido. Comigo não. Eu chego lá e falo na cara. Falei na cara dele que ele vai ter o que merece.
Como você define seu sentimento em relação ao Sonnen hoje? É ódio?
Como vou te dizer... Fui escolhido para representar o país diante de um cara que... Ah, vamos para a próxima. Sentimento você não explica, você sente.

O brasileiro vem de vitória por nocaute sobre Brian Stann em grande luta (Foto: Getty Images)
Você é um cara carismático e querido pelos brasileiros. Acha que agora, mais do que nunca, vai ser o Brasil inteiro contra o Sonnen?

Eu tenho um apoio muito grande dos fãs em todo lugar onde luto. Toda luta que faço é casa cheia. Essa daí mais do que nunca. Graças a Deus sou amado pelo povo brasileiro. Eles veem em mim o espelho daquele cara que vem de baixo, que lutou, batalhou honestamente e é a prova de que qualquer um pode vencer. Acho que os brasileiros se identificam muito comigo. Aqui no Brasil acho que tenho uma massa comigo que nenhum atleta do mundo tem. Nesta luta não vai ser diferente.

E essa ideia sua de fazer o TUF com brasileiros x americanos. Acha que é possível? Foi falado algo nesse sentido pelo UFC?

Acho que iria se criar uma rivalidade maior, e o show ficaria mais interessante. Teríamos atletas americanos e brasileiros vivendo na mesma casa. O show como um todo ficaria muito mais interessante. A única coisa ruim dessa ideia é que a gente tiraria a oportunidade de alguns brasileiros tentarem a chance no UFC. Mas acho que a gente tem que divulgar mais o esporte. A audiência desse show é muito importante para nós. Temos que mostrar que temos força aqui no Brasil. Os números têm que ser altos. Nossos dois primeiros shows já foram um sucesso, e este tem tudo para ser realmente o maior da história. Você daria uma vida a mais para o show. Há rivalidade, mas é uma rivalidade sadia. Seria melhor ainda.

Já existe o sistema de seleção dos atletas (TUF), mas aí você chega lá, não conhece o cara, tem que conhecer o cara na hora e começa a treiná-lo. Aí você não tem aquela responsabilidade em cima do cara. Eu gostaria que essa responsabilidade fosse dada ao técnico. Uma categoria de 84kg, ou 93kg. O técnico vai lá e escolhe os dez que quer, aqueles que ele acredita que podem representar os EUA. E aqui a gente escolhe os dez brasileiros a dedo. Aí você pode ser responsabilizado, porque foi você que escolheu, acreditou no cara. Acho que seria muito mais interessante. Mas os lutadores são escolhidos pelo UFC. Você só conhece o cara na hora da luta (eliminatórias para entrar na casa), aí você vai e escolhe meio assim. Deveria ser escolhida a seleção americana contra a seleção brasileira, e os técnicos seriam diretamente responsabilizados pelos caras que escolheram. Isso faria a rivalidade ser muito mais acirrada.

Mas o UFC chegou a falar em TUF Brasil x EUA? Ou falou em brasileiros somente? Ou não falou nada?

Na verdade eu tive esse ideia e mandei uma mensagem de texto para o Dana White. Ele respondeu que iria pensar e tal. O importante é que acho que tornaria o show muito mais interessante. Muitas vezes na seleção feita pelo UFC, muitos caras que estão despontando aqui ficam fora. Não sei qual o critério deles. Mas muitas vezes alguns caras que poderiam fazer grandes combates e trazer muita audiência ficam fora. Então, acho que a gente poderia ter uma participação maior na escolha dos atletas.

Então ná há nada confirmado quanto a isso, certo?

É. Confirmado, confirmado ainda não. Eu ofereci ao Dana, e o patrão disse que iria pensar. Acho perfeitamente viável. Imagina só colocar dez americanos e dez brasileiros vivendo na mesma casa. Seria muito interessante. A gente tem que fazer um show criativo. A grande massa dá uma olhadinha e só. Se for uma coisa um pouco mais interessante, a gente vai prender a atenção de quem ainda não é adepto do show. É pensando em ganhar mais os fãs. Dez brasileiros não vão ter a chance, mas fazendo isso vamos ter um ganho maior de fãs, e no final todo mundo vai ganhar.
Acho que essa luta vai despertar aquele patriotismo nosso, aquela coisa que o brasileiro tem de torcer pelo Brasil, que nós temos dentro de nós. Não adianta querer puxar o nosso saco agora. A torcida brasileira é minha.

O UFC dizia que era quase impossível botar um estrangeiro para ser treinador do TUF Brasil, pela comunicação com os atletas e com o público. Mas vão trazer o Sonnen para ser treinador contigo. Qual foi o diferencial de vocês?

Acho que é a nossa rivalidade, que está sendo uma das maiores da história do MMA. A gente está mais profissional, graças a Deus, em outro patamar. Mas uma rivalidade dessa se torna muito interessante para o fã. Uma rivalidade dessa atrai atenção. Acho que o UFC viu o potencial que essa rivalidade tem de cativar a atenção do público. E vamos fazer o melhor TUF de todos os tempos.

Os fãs podem esperar um clima tenso entre você e o Sonnen? Vai ter muita pegadinha, muito conflito?

Olha, só digo uma coisa: o bicho vai pegar. E vai ficar ruim para o lado dele. Tudo tem limite. Promoção, essa coisa de falar e tal. Se passar do limite comigo, aí vai ficar muito ruim para ele.

Que recado você gostaria de mandar para o Sonnen?

Vai pagar por tudo o que falou do meu país. Ninguém falta com respeito ao meu país dessa maneira. Eu não vou te nocautear rápido. Vou bater em você por 24 minutos e vou te nocautear no final. Eu não vou para esta luta só para ganhar, vou para te dar uma surra. Vai ver o que acontece quando alguém fala mal do Brasil. E manda ele ligar para o dentista dele, porque vai precisar.

Já decidiu quem serão seus treinadores auxiliares no TUF?

Eu convidei o Rafael Cordeiro e o (Fabricio) Werdum, que são meus titulares, mas está programado para o Werdum lutar contra o (Cain) Velásquez no começo do ano. Mas pelo menos como convidado ele vai. Vai passar uma semaninha. O Rafael Cordeiro não vai também, porque ele é quem vai estar treinando o Werdum. Já convidei o André Dida, que já aceitou. Ainda não liguei para ele, mas já que ele vai ler essa entrevista, vou convidar o Fabio Gurgel. Eu gostaria de pegar os melhores técnicos brasileiros. Conversei com o Dedé (Pederneiras) em Las Vegas, ele mostrou muito interesse, mas não vai poder. Então é isso: tem o Dida, vou falar ainda com o Gurgel, e os outros técnicos ainda vou escolher.

O Sonnen escolheu um brasileiro, o Vinny Magalhães, para fazer parte da equipe dele. O Vinny já tinha sido treinador auxiliar dele no TUF 17. O que acha de o Sonnen ter um brasileiro no time?

Não adianta querer puxar o saco agora. Já era, já falou, já fez. Pode escolher quem ele quiser. Acho que essa luta vai despertar aquele patriotismo nosso, aquela coisa que o brasileiro tem de torcer pelo Brasil, que nós temos dentro de nós. Não adianta querer puxar o nosso saco agora. A torcida brasileira é minha. O Brasil ama o Silva, não adianta.

Agora é oficial: Lyoto Machida quer luta com Vitor Belfort no peso-médio

Vitor Belfort x Lyoto Machida (Foto: Divulgação)

Após a vitória contra Mark Muñoz no UFC Fight Night 30, Lyoto Machida já havia concordado com Dana White, que na coletiva de imprensa revelou que o "Dragão" gostaria de enfrentar Vitor Belfort. Mas, nesta terça-feira, o lutador resolveu oficializar a sua posição em entrevista ao site "MMA Fighting".

- Vitor Belfort é a minha melhor opção agora. Quero lutar com ele. Seria a melhor luta que eu poderia fazer no momento, porque ele está muito bem ranqueado na divisão dos pesos-médios. Não há nenhum ressentimento, estou apenas pensando no que é melhor para a minha carreira, e para onde eu quero ir daqui para frente. Mesmo que Vitor perca para Dan Henderson em Goiânia, eu gostaria de enfrentá-lo no peso-médio.

Lyoto acredita que uma vitória sobre Belfort poderia levá-lo até mesmo a uma disputa de cinturão, mas isso não o preocupa no momento. Para ele, a maior dúvida é como lidar com a possibilidade de enfrentar Anderson Silva logo após um confronto - e uma vitória - diante de um companheiro de treinos.

- Uma vitória sobre Vitor Belfort me colocaria à frente de todos no ranking, mas temos que ver o que vai acontecer. Ainda é muito cedo para falar disso, já que Anderson Silva está muito distante de mim agora. Mesmo que ele vença Chris Weidman, não sei por quanto tempo ele terá vontade de lutar. Não falo com ele há um bom tempo, não sei nada sobre os seus treinos, apesar de termos os mesmos empresários. Prefiro não falar sobre isso agora. Quando chegar a hora, veremos como as coisas vão acontecer.

Donald Cerrone pensa em baixar para os penas e quer luta contra BJ Penn

Donald Cerrone UFC mma (Foto: Divulgação UFC)

Prestes a completar sua 21ª luta incluindo WEC e UFC na edição de número 167, dia 16 de novembro em Las Vegas, Donald Cerrone é um dos lutadores mais ativos do MMA mundial. Com sete vitórias e três derrotas desde 2011 somente no UFC, o "Cowboy" cogita descer dos pesos-leves para os pesos-penas, independente do que aconteça em sua luta contra Evan Dunham.

- Essa é a ideia. Desde que a transição seja feita de forma segura e saudável, tudo bem. Hoje a minha dieta é comer o que eu quiser. Não sou muito disciplinado nesse sentido. Mas se eu fechar a boca e treinar mais, ficarei ainda melhor. Acho que realmente posso dominar a categoria dos penas. Muita gente decide mudar de divisão após perder várias lutas. Eu vou para os penas após uma vitória. Mas ainda serei um peso-leve. Vou alternar lutas nas duas categorias, por que não? Vou atrás do cinturão - disse o lutador, em entrevista ao jornal "Denver Post".

Mas a sua real motivação para ir para os pesos-penas pode estar na chegada de uma lenda do MMA: o havaiano BJ Penn, um dos dois únicos atletas a ter dois cinturões do UFC em duas categorias diferentes - o outro é Randy Couture.

- Seria incrível enfrentá-lo. Ele é um veterano do esporte, já viveu tudo no octógono. Não sei quantas lutas BJ Penn ainda tem no seu contrato, mas seria sensacional subir lá e enfrentar uma lenda - finalizou.

Diego Sanchez: 'O UFC não vai me deixar acabar com Conor McGregor'

Montagem Conor McGregor e Diego Sanchez (Foto: Getty Images)

Alvo de um dos ataques do irlandês Conor McGregor recentemente, o peso-leve Diego Sanchez não gostou de ser provocado pelo lutador - que disse que uma luta entre ele seria "dinheiro fácil" - e garantiu que está pronto para calá-lo assim que o UFC desejar. Ainda assim, o lutador acredita que a organização não marcará uma luta entre eles, por um simples motivo: querer que McGregor cresça e seja uma espécie de embaixador do MMA e do UFC na Irlanda e na Europa.

- Eu não entendo esse cara. Ele é bom para o esporte por trazer a Irlanda e os irlandeses, que são incríveis. Todo irlandês é fã dele. Isso é legal, porque leva o MMA e o UFC a outros lugares do mundo. Mas ele fala demais. Tudo começou quando usou o Twitter para desrespeitar toda a divisão dos pesos-penas. Eu achei ridículo, e fiquei esperando que alguém o respondesse e o colocasse em seu lugar. O estranho é que ele acredita na badalação ao seu redor. Acabei respondendo, perguntando quais eram os grandes caras que ele havia vencido. Pedi os nomes, e também quis saber os nomes dos lutadores que o venceram, porque há derrotas no seu cartel, e esse cara age como se fosse o Muhammad Ali irlandês. Você tem que conquistar o direito de falar o que ele falou. Como ele pode vir a público desrespeitar um cara como Chad Mendes, que passaria por cima dele como um trator? - disse, em entrevista ao programa "MMA Hour".

Sanchez disse ter se sentido especialmente incomodado por McGregor ter dito que uma luta entre os dois seria dinehrio fácil quando ele se recupoerasse da lesão que sofreu no joelho.

- Quer saber de uma coisa? Eu não estou aqui pelo dinheiro. Eu sou um guerreiro. Vou lá para construir o meu legado e fazer o que eu nasci para fazer. Não sou um idiota qualquer que só luta por dinheiro. Tenho humildade quando se trata da minha carreira. E ele vai aprender a ser humilde. Infelizmente eu duvido que o UFC cruze os nossos caminhos. Esse cara pode fazer dinheiro para o UFC, levar uma multidão a um evento na Irlanda e na Europa. Por isso eles não vão colocar um cara como eu, que irá destruí-lo, para enfrentá-lo. Não faz sentido empresarialmente. Mas alguém vai pegá-lo. Gostaria de ver caras como Ricardo Lamas ou meu amigo Cub Swanson botar as mãos em cima dele. Todos os tops dos penas são perigosíssimos. McGregor é um bom lutador, tem talento, mas ele já esteve em uma verdadeira guerra, sendo testado de verdade? Ele já enfrentou um faixa-preta de jiu-jítsu? Não! Já encarou um wrestler de primeira linha? Não! Ele precisa descer do pedestal e ser humilde. Se ele quer fazer o papel de malvado, tudo bem. Vai lidar com isso o resto da sua carreira, e será odiado por todos. Hoje McGregor é irrelevante para mim no UFC. Se quiserem que eu vá lá e lhe dê uma surra, estou à disposição da empresa. Estou no UFC há nove anos, e nunca escolhi lutas. Adoraria que me escolhessem para calar a boca desse imbecil.

Sanchez também garantiu aos fãs que está bem após a batalha contra Gilbert Melendez no UFC 166, e pede que os fãs não acreditem quando Conor McGregor diz que ele está debilitado após a derrota para "El Niño".

John Dodson substitui Ian McCall e enfrenta Jorgensen em dezembro

Montagem John Dodson e Scott Jorgensen (Foto: Editoria de Arte)

Após Ian McCall lesionar a mão direita, inclusive com a necessidade de realização de duas cirurgias, e sair do card do UFC: Pettis x Thomson, dia 14 de dezembro, na califórnia (EUA), a organização agiu rápido e anunciou que John Dodson foi escolhido para lutar contra Scott Jorgensen, estreante na categoria peso-mosca.

Aos 29 anos, John Dodson possui 15 vitórias e seis derrotas na carreira. Em janeiro deste ano, ele disputou o cinturão da categoria, mas perdeu para Demetrious Johnson por decisão unânime dos juízes. Recentemente, o atleta participou do UFC 166, dia 19 de outubro, quando nocauteou Darrell Montague no primeiro round.

Já Scott Jorgensen, de 31 anos, vem de derrota para Urijah Faber com uma mata-leão, no quarto round, em abril deste ano, na final do TUF 17. Após o revés, o americano, que possui um cartel de 14 vitórias e sete derrotas, decidiu baixar de categoria e agora busca a reabilitação como peso-mosca.

Erick Silva revela a sensação de ser nocauteado: 'Não dá pra ver nada'

Erick SIlva, lutador do UFC (Foto: Richard Pinheiro/Globoesporte.com)

O capixaba Erick Silva passou pelo Espírito Santo na última semana para visitar o jovem Gabriel Diniz, na 10º Semana Estadual de Ciência e Tecnologia, que teve a presença do lutador Rodrigo Minotauro e outros atletas de MMA. Após a derrota para o sul-coreano Dong Hyun Kim, no "UFC Fight Night no Combate: Maia x Shields", o meio-médio brasileiro já se mostra recuperado fisicamente e psicologicamente do quarto revés na carreira e o primeiro por nocaute.

Falando abertamente sobre o assunto, Erick Silva revela o que se passa na cabeça de um lutador no momento em que recebe um nocaute, contando detalhes de como seu corpo reagiu a um golpe tão contundente. Mesmo assim, o atleta de 29 anos fez questão de tranquilizar os fãs, contando que fez todos os exames médicos e que está tudo bem com ele.

- Na verdade, não dá pra ver praticamente nada, porque o nosso corpo está pronto para dar uma desligada, a gente fica em off, até mesmo para não lembrar daquele momento, que realmente foi uma pancada forte. É uma ação que o nosso corpo tem. Depois, quando a gente volta é normal, "como se nada tivesse acontecido" entre aspas, porque logo que eu abri os olhos eu vi o Mário Yamazaki e até perguntei: 'pô, porque você parou?' e até queria continuar, mas não tinha como e foi tranquilo. Quando acabou, eu levantei, fui para o vestiário, conversei um pouco com o Dong Hyun Kim. Logo depois passei pelos primeiros cuidados médicos que o UFC exige, fui pro hospital, fiz todos os exames e deu tudo normal.

O capixaba também fez uma análise do próprio desempenho na luta contra o asiático. Erick Silva (15-4-1NC no MMA) revelou que esse foi a combate que mais assistiu, avaliou como positiva a sua participação, além de ressaltar que não foi um "golpe de sorte" que o nocauteou. O brasileiro busca agora sua recuperação plena após a suspensão médica para contato físico e pretende retomar o mais rápido possível seu caminho de vitórias no MMA.

- O Dong Hyun Kim, apesar de vir do judô, tem um kickboxing muito bom. Sabíamos de todos os riscos que poderiam ocorrer na luta, mas infelizmente aconteceu o nocaute. A gente treina três meses para a luta, de repente, ser decidida num piscar de olhos. Eu acredito que não foi um golpe de sorte, ele lançou um golpe de encontro e vendo na repetição, parece que foi automático. Foi realmente um golpe de quem faz isso nos treinos. Méritos pra ele e eu vou dar um descanso para retornar às minhas vitórias.

Rory MacDonald: 'Vencer no UFC 167 me deixaria perto de disputar o título'

MMA - UFC Rory MacDonald (Foto: Getty Images)

Um dos lutadores com mais expectativas sobre si, o meio-médio canadense Rory MacDonald é tido como um dos prováveis substitutos de Georges St-Pierre, seu compatriota, amigo, companheiro de treino e também atual campeão da sua categoria no UFC. Ocupando a terceira posição no ranking oficial da entidade, MacDonald sabe que uma vitória sobre Robbie Lawler no UFC 167, dia 16 de novembro, em Las Vegas, o colocará muito perto de disputar o cinturão dos meio-médios. Mas sabe que seu último combate, contra Jake Ellenberger, não contribuiu muito para a sua imagem como lutador dinâmico e dominante.

- Se eu continuar a fazer lutas empolgantes, e puder dominá-las e vencê-las, acredito que estarei muito perto de disputar o cinturão. Depende sempre de como as lutas se desenvolverão. Houve muitas críticas sobre a minha luta contra Jake Ellenberger. Fui aconselhado a ser mais agressivo, e a saber equilibrar o show com a efetividade técnica. Sob esse ponto de vista, aprendi muito naquela luta - disse o atleta ao site "MMA Junkie".

Uma eventual vitória de MacDonald sobre Lawler poderia criar uma situação desconfortável na academia Tistar, já que tanto ele quanto St-Pierre treinam lá, e já disseram que não cogitam a hipótese de se enfrentarem, nem mesmo pela disputa do cinturão. Como no mesmo evento o campeão porá seu cinturão em jogo diante de Johny Hendricks, uma eventual derrota deixaria o caminho livre para que Rory MacDonald pudesse sonhar com o cinturão em algum momento. Aos 24 anos, o lutador admite que a proximidade do amigo e companheiro de treinos só lhe traz benefícios.

- Georges traz muita qualidade aos nossos treinos, e isso beneficia a todos que estão ao seu redor. Estar perto dele e ver como comanda as suas lutas é uma grande experiência para mim.

O duelo contra Lawler será o segundo de Rory MacDonald em quatro meses. Essa frequência não vem acontecendo na carreira do canadense por conta de lesões seguidas. Mesmo tendo ficado frustrado, o lutador se sente mais maduro e experiente para minimizar os riscos de novas lesões durante os treinamentos.

- No nosso trabalho, às vezes ficamos saudáveis por um bom tempo, e outras vezes sofremos lesões seguidas. Quando isso acontece, precisamos parar e descansar. Espero poder disputar uma série de lutas e me manter saudável por um bom tempo.

Vindo de lutas contra adversários que usaram muito o recurso da provocação, como Nate Diaz, BJ Penn e Jake Ellenberger, Rory MacDonald gostou de encarar um adversário como Robbie Lawler, que não tem a característica de provocar seus rivais.

- É uma mudança muito agradável enfrentar um cara que não fala, apenas vai lá e luta. Eu gosto disso. Vamos fazer um bom show.

Michael Chandler não quer 'entretenimento' contra Eddie Alvarez

luta Eddie Alvarez e Michael Chandler. bellator (Foto: Divulgação / Site oficial do Bellator)

Alçado ao posto de evento principal da noite no Bellator 106, dia 2 de novembro, na Califórnia (EUA), após a lesão que tirou Tito Ortiz do card principal diante de Rampage Jackson,  a revanche entre Michael Chandler e Eddie Alvarez pelo título dos pesos-leves da organização tem grandes apelo entre os fãs de MMA. Entretanto, para Chandler, esta luta não será uma fonte de entretenimento para os aficcionados pelo esporte.

Segundo o dono do cinturão da categoria até 70kg, seu objetivo nesta luta não será de entreter o público como na última vez em que os dois atletas se enfrentaram, em novembro de 2011, quando venceu Eddie Alvarez com um mata-leão no quarto round, mas sim de encerrar o mais rapidamente possível o confronto.

- Na minha cabeça, com a confiança que eu estou, não existe dúvida que eu vou finalizá-lo. E não estou dizendo em ir lá e entreter o público como da última vez. Meu objetivo não é esse. Infelizmente para os fãs, mas meu objetivo é ir lá e mostrar o quanto eu melhorei nos últimos dois anos. Eu assisti aquela primeira luta e vi uma série de erros. Estou mais rápido, mais forte e com uma consciência dentro da arena muito melhor. Quero ir lá e socá-lo, colocar pressão e não deixar ele respirar pelo tempo que for até finalizá-lo - afirmou Michael Chandler ao site "MMA Fighting".

Após estreia nos médios, Lyoto já surge em 5º no ranking da divisão

ufc Mark Munoz; e Lyoto Machida (Foto: Agência Getty Images)

O chute alto devastador de Lyoto Machida aos 3m10s do primeiro round na luta de estreia na categoria dos pesos-médios, que resultou no nocaute de Mark Muñoz no UFC Fight Night Combate: Machida x Muñoz do último sábado, em Manchester (Inglaterra), proporcionou ao lutador brasileiro que ele já aparecesse na quinta posição do ranking oficial do Ultimate na categoria até 84kg. Nesta segunda-feira, a organização atualizou seus números e mostrou que o adversário do brasileiro caiu para a sétima posição, enquanto o americano Tim Boetsch saiu do top 10 da divisão com a chegada do brasileiro.

Nos pesos-meio-médios, antiga categoria de Lyoto Machida, as únicas alterações foram referentes justamente ao fato do brasileiro não mais disputar na divisão dos 93kg. O nome do ex-campeão ainda aparece na décima posição, enquanto Dan Henderson, Chael Sonnen, Gegard Mousasi e Maurício Shogun subiram uma posição cada, ocupando agora a sexta, sétima, oitava e nona posição, respectivamente.

Após a vitória sobre Rosi Sexton na edição de Manchester do UFC, no último sábado, a brasileira Jessica "Bate Estaca" Andrade passou a ocupar a décima posição do ranking entre as atletas do peso-galo feminino. A americana Julie Kedzie foi quem "cedeu o lugar" à lutadora paranaense e não está mais entre as dez lutadoras mais bem ranqueadas da categoria.

ranking do UFC (Foto: Reprodução )
 

Ex-campeão Ben Henderson quer enfrentar Rafael dos Anjos nos leves

UFC Ben Henderson (Foto: Evelyn Rodrigues)

Após perder para Anthony Pettis o cinturão dos pesos-leves (70kg) do UFC em agosto desse ano, Benson Henderson preferiu o silêncio às desculpas para tentar explicar a segunda derrota para o compatriota. Passados quase dois meses do revés, o americano já começa a planejar a melhor forma de retornar brevemente a uma disputa de título, seja contra Pettis ou outro atleta. Para isso, durante entrevista ao programa "The MMA Hour", do site "MMA Fighting", Ben Henderson afirmou que o brasileiro Rafael dos Anjos seria um bom adversário para a sua retomada na divisão.

- Estamos inclinados a pensar em uma luta contra Rafael dos Anjos. Acreditamos que seria uma boa luta e uma forma legal de diversão para o público presente no evento. Seria algo bom para nós dois, inclusive. Mas não sei se ele tem alguma luta programada ou não - disse Ben Henderson.

Ao ser questionado sobre outros atletas bem ranqueados ou em ascensão na categoria, o ex-campeão peso-leve do UFC descartou nomes como de Gilbert Melendez, por alegar que revanches não seriam um bom atalho para nova disputa de título, e de Khabib Nurmagomedov, por considerar o russo "jovem" demais. Entretanto, Ben Henderson se mostrou aberto a possibilidade de subir de categoria, para os pesos-meio-médios (77kg), mesmo que a ideia de "superlutas" esteja afastada temporariamente.

- Eu falei para o Dana White que estaria disposto a fazer algumas lutas como peso-meio-médio, mas sem me transferir definitivamente para a categoria de cima. Algo como fez o Nate Diaz antes. Para mim, uma das partes mais difíceis da luta é a necessidade de perder peso. Então, se eu lutasse como meio-médio, eu estaria tranquilo com relação ao peso. Nada de "superlutas", porque provavelmente isso está fora de questão no momento, mas quem sabe caso o UFC precise de uma ajuda com algum lutador que se machuque próximo de um evento. Para chegar em 77kg eu não tenho problema, então poderia chegar ao peso ideal em dois dias e assim, ajudar o UFC caso precisasse substituir algum lutador de última hora - afirmou o ex-campeão.

Aos 29 anos, Ben Henderson perdeu duas vezes para Anthony Pettis. A primeira foi na última luta da categoria do extinto WEC, quando foi derrotado por decisão unânime, e a segunda em agosto por finalização no primeiro round. Estas duas e o revés para Rocky Johnson, em 2007, foram as únicas derrotas do americano, que possui ainda 19 vitórias na carreira. Já Rafael dos Anjos, também de 29 anos, possui um cartel de 20 vitórias e seis derrotas. O brasileiro completou cinco vitórias consecutivas após vencer Donald Cerrone dia 28 de agosto desse por decisão unânime.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

[Video] Joshua Rector vence na sua estreia

A 12 dias de luta, Belfort aparece com cruz no corte de cabelo e olho roxo

Vitor Belfort MMA (Foto: Ryan Loco / Divulgação)

Vitor Belfort inovou mais uma vez no corte de cabelo e apareceu com uma marcação de cruz na lateral da cabeça, como demonstração de sua religião, em foto postada nesta segunda-feira. E pelo jeito os treinos têm sido pesados, já que também deu para notar o olho roxo do lutador. O registro é do fotógrafo Ryan Loco. O brasileiro encara o veterano americano Dan Henderson no próximo dia 9, no primeiro UFC a ser realizado em Goiânia.

Empresário diz que, bem treinado, Anderson Silva venceria Jon Jones

Ed Soares, empresário  (Foto: Adriano Albuquerque / SporTV.com)

Um dos empresários de Anderson Silva, Ed Soares não teve dúvidas em afirmar que Anderson Silva é o melhor lutador do mundo. Em entrevista ao canal Fox LA, Soares garantiu acreditar que seu cliente voltará ao topo dos médios do UFC, e afirmou que, na sua opinião, o Spider venceria Jon Jones em uma superluta.

- Eu acho que Anderson venceria Jon Jones, de verdade. Sem querer tirar os méritos de Jones, que é um atleta incrível, mas que não tem a experiência que sobra em Anderson Silva. Um Anderson bem treinado venceria Jon Jones. Para mim, Anderson Silva é o melhor lutador do mundo. Ponto. Em qualquer divisão de peso. Você pode colocá-lo contra qualquer um, de qualquer peso, como nos velhos tempos do Pride, e ele será mais perigoso contra qualquer lutador, do que qualquer será contra ele.

Perguntado sobre como se sentiu ao ver o brasileiro nocauteado contra Chris Weidman no UFC 162, Ed Soares disse que ficou chocado com a cena.

- Eu fiquei em choque, meio que anestesiado. Na verdade, muita gente ficou chocada com aquela luta, até mesmo o árbitro, Herb Dean, que chegou a pensar por um segundo que Anderson estava brincando quando sofreu o golpe e caiu. Mas isso é que faz o esporte ser tão empolgante: tudo pode acontecer em uma luta. Mas a verdade é que é horrível ver um cara que não é só meu cliente, mas é meu amigo e parte da minha família nocauteado no octógono. Aquilo me chateou muito. Mas eu sei o que ele é capaz de fazer, e sei que ele voltará ao topo novamente.

Para o empresário, Anderson Silva tirou proveitos da derrota para Weidman, a ponto de achar que o resultado adverso foi bom para o ex-campeão dos médios do UFC.

- Vejo hoje uma clara mudança de mentalidade de Anderson após aquela derrota. Ele acordou para algumas coisas, mudou outras, e devo dizer que a derrota acabou sendo boa para ele.

Canhoto, Hendricks avisa: 'Quero nocautear GSP com a mão direita'

George Saint Pierre e Hendricks UFC Las Vegas (Foto: Evelyn Rodrigues)

A mão esquerda de Johny Hendricks já provocou muitos estragos no UFC. Com seis vitórias seguidas na divisão dos meio-médios, sendo algumas devastadoras, como os nocautes sobre Jon Fitch e Martin Kampmann, o lutador chegou a ser chamado de "Dan Henderson canhoto" pela semelhança da sua potência de golpes com a lendária direita do veterano havaiano. Mas quem pensa que o desafiante ao cinturão dos meio-médios pretende usar a mão esquerda nocautear o canadense Georges St-Pierre na luta principal do UFC 167, dia 16 de novembro, em Las Vegas, se engana.

- Eu posso derrubar qualquer um com as duas mãos. Todos acham que a minha mão esquerda é a que vai acabar com GSP, mas meu objetivo é nocauteá-lo com a direita. Tenho batido em muita gente nos treinos com a minha direita, e quero usá-la pra acabar com Georges, para que todos saibam que posso conseguir nocautes com ambas as mãos - disse o lutador ao site "Bloody Elbow".

Hendricks também disse estar preparado para as tentativas de queda do campeão, tidas como um ponto fundamental do seu jogo.

- Quero que ele tente me derrubar. Tenho algo pronto para isso. As pessoas se esquecem que eu sou um wrestler, sei como me defender dos golpes de wrestling. Sei me livrar de tentativas de queda - finalizou o desafiante.

Para vingar amigo, Kawajiri quer estrear no UFC contra Cub Swanson

Tatsuya Kawajiri  (Segunda-feira 8 Outubro) (Foto: EstherLin / SHOWTIME)

Tatsuya Kawajiri tem uma carreira consagrada no Japão, com mais de 40 apresentações no MMA, mas foi somente aos 35 anos que ele foi contratado pelo Ultimate. Sem tempo a perder, o ex-atleta do Pride deve fazer sua estreia no primeiro evento de 2014, em Cingapura, no dia 4 de janeiro. Kawajiri ainda não tem adversário definido pela organização, mas fez uma sugestão aos dirigentes. - Eu quero lutar com Cub Swanson. Ele venceu Hiroyuki Takaya no WEC. Takaya é meu amigo - escreveu Kawajiri no Twitter em mensagem destinada ao presidente Dana White.

A luta entre Cub Swanson e Hiroyuki Takaya foi em dezembro de 2008, pelo WEC. Na ocasião, o americano bateu o atual campeão peso-pena do Dream por pontos. Desde então, Swanson continuou sua carreira na organização e depois se transferiu para o Ultimate, onde atualmente é um dos principais nomes da categoria. Ele é atualmente o quarto no ranking oficial.

Mousasi 'esquece' Belfort e mira Lyoto: 'Quero causar impacto na categoria'

Gegard Mousasi Ilir Latifi mma ufc suecia (Foto: Getty Images)

Após estrear com vitória no peso-meio-pesado do Ultimate, em abril, Gegard Mousasi anunciou que desceria para os médios. Entretanto, o ex-campeão do Dream e do Strikeforce teve de passar por uma cirurgia no joelho e até agora não conseguiu voltar ao octógono. Durante a recuperação, Mousasi disse que Vitor Belfort seria uma boa opção para o seu debute na categoria, mas o carioca não aceitou o duelo e agora está com luta marcada para 9 de novembro, em Goiânia, contra Dan Henderson. Analisando o atual cenário, o armênio-holandês agora considera Lyoto Machida o adversário ideal.

O baiano também deixou os meio-pesados e estrou nos médios no último sábado, em Manchester (ING), com vitória sobre Mark Muñoz.

- Quero fazer um impacto na divisão dos médios e lutar contra os melhores. Respeito Machida e gostaria de testar a minha trocação com ele. Acredito que uma luta entre nós iria determinar o desafiante número 1 na divisão dos médios. "Caçador de Sonhos" x "Dragão" soa bem para mim. Vamos fazer isso - disse Mousasi ao site "MMAWeekly", se referindo aos apelidos de ambos.

Aos 28 anos, Gegard Mousasi tem 34 vitórias, três derrotas e dois empates. Já lutou tanto nos médios quanto nos meio-pesados e pesados. No currículo, vitórias sobre Ronaldo Jacaré, Hector Lombard e Mark Hunt.

Cole Miller desafia Conor McGregor: 'Sei reconhecer um metido a besta'

UFC Cole Miller e Andy Ogle (Foto: Agência Getty Images)

Após sua vitória sobre o britânico Andy Ogle no UFC Fight Night Combate: Machida x Muñoz, no sábado, o americano Cole Miller fez um desafio ainda dentro do octógono aos lutadores europeus, que, segundo ele, "não conseguem derrotá-lo". No discurso, incluiu uma provocação a "Colin McGoober", o que seria uma cutucada no peso-pena irlandês Conor McGregor, sensação do UFC que recentemente listou insultos aos membros do top 10 da categoria em post nas redes sociais.

Miller aparentemente ficou ofendido, especialmente com as provocações a Nik Lentz e Dustin Poirier, seus companheiros de treino na equipe American Top Team, e contra-atacou no sábado, lembrando que o irlandês não conseguiu finalizar o havaiano Max Holloway em sua última luta - McGregor alegou uma lesão no joelho como motivo para não ter encerrado o combate antes do final do terceiro round.

- Esta é minha 15ª luta no UFC. Estou aqui olhando para este cara, eu sei reconhecer um "metido a besta" quando eu vejo um. E é isso que o Colin, Conor, qualquer que seja seu nome, é. Eu sei o que ele é. Conor McGregor, eu o vi andando por aí com estilinho GQ (revista de moda), voando pra cá e pra lá, e depois começa a provocar meus companheiros, falando besteira do Nik Lentz, do Dustin Poirier… Aqueles dois caras vão te atropelar. Você não conseguiu finalizar um garoto de 21 anos com oito lutas de MMA e está falando que está no Top 10? Você ainda não se testou contra nenhum tipo real de lutador, especialmente contra alguém como eu. Então, dê o fora daqui - desabafou "Magrinho", como Miller é conhecido, após sua luta contra Ogle.

Questionado pelos repórteres se gostaria de enfrentar McGregor em sua próxima luta, Miller não pestanejou.

- Sim! - respondeu.

Miller, porém, terá de entrar na fila de espera. McGregor está em recuperação de uma cirurgia no joelho esquerdo e espera voltar a lutar entre abril e maio de 2014. O irlandês afirmou nesta semana que gostaria de enfrentar Diego Sanchez na categoria de cima, o peso-leve, em seu retorno. Enquanto isso, outros pesos-penas, como Akira Corassani e Cub Swanson, já manifestaram interesse em encarar a sensação do UFC.

domingo, 27 de outubro de 2013

Lyoto Machida cumpre promessa e paga jantar para Muñoz após vitória

Lyoto Machida e Mark Muñoz jantam após luta (Foto: Reprodução/Instagram)

O nocaute aplicado por Lyoto Machida em Mark Muñoz no evento principal do UFC Fight Night Combate: Machida x Muñoz não acabou com a amizade entre os dois. Pelo contrário: os dois deram um show de esportividade ao se cumprimentarem e se abraçarem logo após o combate. Na coletiva de imprensa pós-luta, Muñoz revelou que os dois tinham um acordo para jantar após o evento, com o vencedor sendo responsável pela conta.

Promessa é dívida, e Lyoto cumpriu a sua. Os dois foram com suas equipes a um restaurante em Manchester, e Muñoz registrou o momento com uma foto publicada no Instagram, em que os dois aparecem lado a lado.

- Muito obrigado Lyoto Machida pelo jantar! Homem de classe. Te vejo na próxima semana! - escreveu Muñoz, deixando aparente que os dois voltarão a treinar juntos quando retornarem aos EUA.

Dana White: 'Se Lineker tivesse batido peso sempre, disputaria o título agora'

UFC Phil Harris e John Lineker (Foto: Agência Getty Images)

A vitória de John Lineker sobre Phil Harris no UFC em Manchester, no último sábado, lhe valeu não só o aumento em sua sequência de vitórias consecutivas para quatro, como também afastou o risco de ser demitido por não ter batido o peso em três de suas cinco lutas na organização. Mas Dana White não fugiu do assunto quando perguntado, na coletiva de imprensa, se tomaria alguma medida contra o lutador. - John Lineker é um grande lutador. O cara é tão bom que, tendo conquistado as vitórias que conquistou no UFC até agora, se tivesse batido o peso em todas as suas lutas, estaria agora com a chance de disputar o cinturão. Mas ele não conseguiu, então estamos pensando em alternativas. Dan Lambert, um dos maiores caras que já trabalhou nesse esporte, disse que vai levar esse cara para a American Top Team, botá-lo para trabalhar com Mike Dolce e dar um jeito nele. Eu confio no Dan, e ele vai começar a trabalhar com eles para colocar os pés no chão e conseguir bater o peso da categoria com regularidade.

Em entrevista após a luta, Lineker disse que não pensa em subir para os pesos-galos, e confirmou que aceita trabalhar com Mike Dolce para melhorar a parte da nutrição e corte de peso na sua preparação para as lutas.

- Temos que ver o que aconteceu. Eu não sei, só vi que tudo travou e eu não consegui perder o que faltava no último dia. Ninguém quer errar, mas não penso em subir de peso. Sobre o Mike Dolce, é verdade. Meu empresário sentou e conversou comigo, e achamos que ele é um dos melhores caras que há pra trabalhar.

Perguntado sobre como veria uma luta contra John Dodson, Lineker foi direto.

- Só posso dizer que seria um bom combate.

Insultos racistas teriam provocado briga entre Jason Miller e Uriah Hall

Uriah Hall MMA UFC (Foto: Getty Images)Uma confusão envolvendo Uriah Hall, lutador do UFC e finalista do TUF 17 - apelidado de "Homem-Ambulância" por ter mandado quatro adversários para o hospital durante o reality show - e o ex-integrante do UFC Jason Miller pode ter sido motivada por ofensas racistas proferidas por Miller contra Hall. Segundo o site "Clinch Report", Miller e Hall estariam em um evento na Califórnia e, enquanto conversavam separadamente com jornalistas esperando uma sessão de fotos, Miller iniciou uma discussão e, quando algumas pessoas se puseram entre os dois, o ex-lutador do UFC passou a insultar Hall com xingamentos de conteúdo racista. Hall teria reagido após ser xingado sete vezes, e criou-se uma grande confusão ao redor dos lutadores. Muitos seguranças foram necessários para separá-los, e Hall teria sido levado para longe do local visivelmente alterado.

Segundo depoimentos de pessoas que estavam no local, Hall teria acertado um soco em Miller, que mesmo não tendo pegado em cheio no ex-lutador do UFC, foi suficiente para ferir o seu rosto. Ainda não se sabe como o UFC conduzirá o assunto, mas existe um código de conduta previsto nos contratos de seus lutadores que dá à organização o direito de rescisão em caso de envolvimento dos atletas em brigas. Após o ocorrido, Miller teria sido visto bêbado em um bar, com ferimentos no rosto em consequência da briga.

A atitude de Jason Miller, por sua vez, feriu as leis do estado da Califórnia sobre insultar terceiros. A reação de Uriah Hall não deve ser levada a julgamento, por ter sido motivada por insultos racistas direcionados a ele. Miller vem se envolvendo em diversas situações problemáticas, como violência doméstica e ser preso nu em uma igreja após defecar no seu interior. A organização do evento no qual os lutadores estavam a convite informou que Miller nunca mais poderá retornar lá.

Dana White: 'Luta de Jessica Andrade deveria ter sido interrompida'

Jessica Andrade luta UFC (Foto: Getty Images)

Para Dana White, a luta entre Jessica "Bate Estaca" Andrade e Rosi Sexton foi uma espécie de déjà vu. O presidente do UFC não pôde deixar de lembrar do duelo entre Junior Cigano e Cain Velásquez no UFC 166 ao assistir à surra aplicada pela brasileira na inglesa no UFC Fight Night 30: Machida x Muñoz. A sensação, segundo o próprio Dana White, foi de angústia e impotência.

- Acredito totalmente que a luta entre Jessica Andrade e Rosi Sexton deveria ter sido interrompida. São lutas como essa que me faziam não gostar do MMA feminino. Foi praticamente um monólogo, uma luta que não funcionou. No papel era ótima, mas na prática mostrou-se um erro ao ser casada. Na minha opinião, o que deveríamos fazer é trazer o árbitro e deixar alguém socar a sua cara por 15 minutos sem que ninguém o ajudasse, para ele sentir como é - disse o dirigente após a coletiva de imprensa.

Até mesmo Jessica "Bate Estaca" se impressionou com a quantidade de golpes que a lutadora inglesa aguentou.

- Fiquei assustada com a quantidade de golpes que Rosi absorveu. Não consigo imaginar consiga suportar tanto. Eu queria o nocaute, mas tenho que parabenizar Rosi. Da minha parte, vou treinar cada vez mais para poder disputar o título alguma hora - disse a brasileira.

Após estreia no novo peso, Dana diz que Lyoto quer luta com Vitor Belfort

Vitor Belfort x Lyoto Machida (Foto: Divulgação)

Lyoto Machida estreou no peso-médio com uma vitória sobre o quinto colocado do ranking da categoria, Mark Muñoz, neste sábado em Manchester. Para sua próxima luta, o brasileiro pode enfrentar um compatriota: Vitor Belfort. Na coletiva pós-evento em Manchester, Lyoto foi questionado sobre quem gostaria de enfrentar em seguida em sua nova categoria, e foi político.

- Sou funcionário do UFC. Quem eles escolherem, está bom para mim - disse o carateca.

Todavia, o presidente da companhia, Dana White, tomou o microfone e revelou quem o brasileiro teria pedido a ele em particular.

- Ele disse que quer lutar com Vitor Belfort, isso que ele disse - contou Dana White.

Lyoto riu, mas confirmou:

- É! Isso que eu disse!

O combate entre Lyoto Machida e Vitor Belfort chegou a ser sondado pelo UFC em agosto, após o baiano radicado no Pará admitir que desceria ao peso-médio depois de sua derrota para Phil Davis. Lyoto chegou a enviar mensagem em vídeo pedindo que o carioca aceitasse a luta, mas este declinou. Os dois já treinaram juntos.

Belfort tem compromisso marcado na divisão de cima, peso-meio-pesado, contra o americano Dan Henderson, no próximo dia 9 de novembro, em Goiânia.

Dana White anuncia Gustafsson x Minotouro para Londres em 2014

MONTAGEM - UFC Alexander Gustafsson e Rogério Minotouro (Foto: Editoria de arte)

Logo após o final do UFC Fight Night Combate: Machida x Muñoz, em Manchester, Inglaterra, o presidente do Ultimate, Dana White, não perdeu tempo em anunciar a próxima visita do torneio ao país: será em 8 de março de 2014, com um evento em Londres. A luta principal já está decidida: será entre o sueco Alexander Gustafsson e o brasileiro Antônio Rogério Nogueira, o "Minotouro".

Gustafsson estava na coletiva de imprensa e lembrou que os dois deveriam se enfrentar no UFC Suécia 1, em abril de 2012, mas Rogério Minotouro se lesionou e deu lugar a Thiago Silva.

- Estou super animado de lutar em Londres, nunca lutei aqui antes. Eu e Lil' Nog (apelido de Minotouro nos EUA) devíamos ter lutado há muito tempo e não lutamos, agora estou muito animado em enfrentá-lo - disse o sueco.

O presidente do UFC também garantiu que Gustafsson terá uma chance de título imediata contra o vencedor entre Jon Jones e Glover Teixeira caso derrote Minotouro. O sueco disputou o cinturão do peso-meio-pesado contra Jones em setembro passado e perdeu na decisão dos juízes, numa luta parelha, considerada uma das melhores do ano.

Gustafsson tem 15 vitórias e duas derrotas no seu cartel e é o primeiro colocado do ranking de sua categoria no UFC. Minotouro é o quinto colocado e tem 21 vitórias e cinco derrotas na carreira, mas não luta desde fevereiro, quando derrotou Rashad Evans por pontos.

O evento também deve ter a revanche entre Ross Pearson e Melvin Guillard, de acordo com Garry Cook, diretor do UFC na Europa. A luta entre os dois foi encerrada e declarada "No Contest" (luta sem resultado) devido a um golpe ilegal acidental desferido por Guillard que deixou Pearson sem condições de continuar.

Chutaço rende a Lyoto o nocaute da noite e prêmio de US$ 50 mil no UFC


O nocaute sobre Mark Muñoz não marcou apenas a estreia de Lyoto Machida entre os pesos-médios do UFC. A vitória rendeu ao brasileiro o prêmio de US$ 50 mil (cerca de R$ 108,5 mil) como melhor nocaute da noite no UFC Fight Night 30: Machida x Muñoz. O nocaute foi o primeiro de Lyoto desde a vitória sobre Ryan Bader em agosto de 2012.

Além do nocaute de Machida sobre Muñoz, os dois outros prêmios distribuídos em Manchester este sábado foram para o estreante Nicholas Musoke, pela melhor finalização da noite sobre Alessio Sakara, e para Luke Barnatt e Andrew Craig, pela melhor luta da noite. Ambas receberam a mesma quantia.

Conor McGregor quer luta em 70kg com Diego Sanchez: 'Dinheiro fácil'

Montagem Conor McGregor e Diego Sanchez (Foto: Getty Images)

O irlandês Conor McGregor está se recuperando de uma cirurgia no joelho esquerdo após lesões no menisco e no ligamento cruzado anterior, mas já está falando de potenciais adversários para seu retorno. O peso-pena sensação do UFC planeja retornar aos treinos em seis meses e fazer uma luta antes do evento que a companhia fará em Dublin, na Irlanda, programado para o terceiro trimestre de 2013. Seu adversário de preferência? O peso-leve americano Diego Sanchez, recém-saído de uma das melhores lutas do ano contra Gilbert Melendez, no UFC 166, no último sábado.

- Há muitas surras para serem dadas (risos). Há muita gente falando muita coisa, mas essa é a bela coisa deste jogo: você pode falar o quanto quiser, mas no final do dia, tem que entrar e lutar. Quem eu gostaria ao voltar? Queria o Diego Sanchez em 70kg. Quero voltar em 70kg. Estava falando com o Sean Shelby ontem (quinta-feira) e ele quer que eu foque na categoria de 65,8kg, mas Diego Sanchez não para de falar m***, e seria uma luta fácil. Gosto de dinheiro fácil, e dinheiro é minha coisa favorita - afirmou McGregor em entrevista aos jornalistas em Manchester, antes da pesagem do UFC Fight Night Combate: Machida x Muñoz.

McGregor não se impressionou com a atuação de Sanchez contra Melendez, vencida pelo segundo por decisão unânime dos juízes, e usou o combate entre eles como exemplo de como vai conseguir derrotá-lo.

- Sou muito inteligente defensivamente. Sou muito liso. Eu te digo agora que ele não me acertaria nenhuma vez. Eu não o permitiria nenhum golpe. Gil fez ele errar e capitalizou, mas sou um pouco mais clínico. Ele acertaria o ar e cairía no chão, acredite em mim. Além disso, o cara está a dois socos de... Ele está com dificuldade na fala. Estou preocupado com o cara. Antes de enfrentá-lo, quero ver seus relatórios médicos. Não quero ser o cara que vai deixá-lo sendo alimentado por um tubo e vestindo um babador pelo resto de sua vida. Como eu disse, é dinheiro fácil, e dinheiro é minha coisa favorita - provocou.

A vontade de McGregor de lutar no peso-leve não é novidade. O irlandês foi campeão tanto no peso-pena quanto no peso-leve no evento Cage Warriors, na Europa, e reafirmou na sexta sua vontade de, um dia, subir de divisão.

- Só tenho 25 anos, acha que quero chegar aos 32 anos ainda cortando peso para lutar entre os penas? Melhor acreditar que isso não vai acontecer. Gosto de mim mesmo com 70kg, gosto de me ver no espelho com 70kg, sabe? Lutar com 65,8kg é duro. Eu consigo, sem problemas, mas conforme eu ficar mais velho, com certeza estou de olho na divisão de 70kg. Há prós e contras lá, tem muitos caras lentos em 70kg. Eu me sinto confiante contra qualquer homem e, como Chael P. disse, qualquer homem que Deus criou, e não só isso, eu bato em Deus também - disse McGregor.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Tito Ortiz sofre lesão e está fora de luta contra Rampage pelo Bellator

tito ortiz Cris Cyborg X Jennifer Colomb mma (Foto: Evelyn Rodrigues)

A esperada estreia do Bellator em eventos de pay per view sofreu uma grande baixa nesta sexta-feira. Tito Ortiz, ex-campeão peso-meio-pesado do UFC, foi forçado a desistir do combate contra Quinton "Rampage" Jackson na luta principal do evento, por conta de uma lesão.

Segundo o site "MMA Fighting", Ortiz sofreu uma lesão no pescoço durante os treinamentos e não terá condições de lutar no dia 2 de novembro, data do evento. O Bellator ainda busca um substituto para enfrentar Rampage, mas, de acordo com o site, há a possibilidade de remanejar o card para a TV a cabo nos EUA  e mover Rampage para outro evento.

Seriam as primeiras lutas de Ortiz e Rampage, ambos ex-campeões do UFC, pelo Bellator, que, por sua vez, faria seu primeiro evento em pay per view. O card ainda inclui três disputas de cinturão, nos pesos-leves, pesos-meio-pesados e pesos-penas, e a final do GP dos pesos-pesados, entre os ex-UFC Cheick Kongo e Vinícius Spartan.

Tito Ortiz estava aposentado antes de anunciar em julho que voltaria à ativa para enfrentar Rampage. Sua última luta aconteceu em julho de 2012, quando foi derrotado por Forrest Griffin numa contestada decisão unânime. Na época, o controverso " Campeão do Povo" foi incluído no Hall da Fama do UFC e anunciou que estava pendurando as luvas após uma carreira de 28 lutas profissionais em que foi campeão peso-meio-pesado e lidou com uma série de lesões, incluindo dores nas costas e no pescoço que o forçaram a passar por cirurgia em 2010.

Treinador de Gabriel Napão vê com bons olhos luta contra Stipe Miocic

Gabriel Napão e equipe de bigode (Foto: Ivan Raupp)

Com quatro lutas em 2013, tendo vencido três e perdido uma, o peso-pesado Gabriel Napão não quer perder tempo e já pensa em um próximo adversário ainda neste ano. Após saber pela imprensa que Stipe Miocic, número nove do ranking oficial do UFC, gostaria de enfrentar o brasileiro, Marco Alvan, técnico e empresário de Napão, falou sobre o que o carioca pensa a respeito do desafio. - Nós estamos interessados em qualquer luta que o UFC oferecer, mas Stipe Miocic é um grande lutador e que está bem ranqueado depois da vitória sobre o Roy Nelson em junho. Por isso, para o Gabriel essa luta faz bastante sentido, já que seria uma grande oportunidade para ele chegar mais próximo do top 5 da categoria, que é o que ele quer - afirmou Marco Alvan ao site "MMA Fighting".

Confiante no bom ritmo que Gabriel Napão tem imposto desde que retornou ao UFC, em janeiro de 2012, Marco Alvan acredita em mais um nocaute do pupilo. Se o confronto realmente acontecer e se o brasileiro vencer por nocaute ou finalização, o empresário espera que ele aconteça ainda esse ano para que Gabriel possa quebrar dois nocautes em uma só noite: sendo o primeiro peso-pesado a lutar cinco vezes no mesmo ano e ultrapassando o ex-campeão do UFC, Frank Mir, com 12 vitórias por nocaute e 11 por finalização entre os pesados.

- Todos nós sabemos que Stipe é um grande lutador e seria um grande desafio, mas o Gabriel tem feito algumas das melhores lutas ultimamente. Por isso, acreditamos em um novo nocaute e o Gabriel irá lá tentar isso. Ele bate forte e tem tudo para colocar outro nocaute no seu recorde, sendo o primeiro peso-pesado a lutar cinco vezes no mesmo ano e também quebrando a marca do Frank Mir com mais nocautes na história dos pesos-pesados do UFC - disse Marco Alvan.

Aos 34 anos, Gabriel Napão possui um cartel de 16 vitórias e sete derrotas. Após a vitória sobre Shawn Jordan no último sábado, no UFC 166, com um nocaute em apenas 1m33s do primeiro round, o brasileiro se igualou à Frank Mir com 11 lutas encerradas por nocaute e também por finalização entre os pesos-pesados.

Terceiro excesso de peso ameaça o futuro de John Lineker dentro do UFC


O UFC tem algumas regras claras: um lutador não deve jamais recusar uma luta, deve obedecer às orientações dos árbitros e estar sempre atento ao peso. Para o brasileiro John Lineker, que enfrenta Phil Harris no UFC Fight Night 30 em Manchester, na Inglaterra, no próximo sábado, as duas primeiras são as mais fáceis de seguir. A terceira, no entanto, tem se tornado o seu maior tormento. Ao não conseguir bater o peso da categoria peso-mosca nesta sexta-feira, o lutador atingiu uma marca crítica: três perdas de peso em cinco lutas. Um número que, para Dana White, significa bem mais que uma simples estatística. O presidente do UFC costuma dizer que sua organização é como um jogo de beisebol: se errar três vezes, você está fora. Para o empresário de Lineker, Alex Davis, a situação é realmente preocupante.

- É um pouco cedo para falar alguma coisa. Ele tem que vencer a sua luta, e depois pensaremos no próximo passo. Mas não tenho como negar que não ter batido o peso aqui na Inglaterra deixou o John mais longe de uma disputa de cinturão no momento. Ele foi multado, e agora é ver o que faremos após a luta de sábado - disse, em entrevista ao site "MMA Junkie".

Para Davis, o processo de perda de peso de John Lineker na Inglaterra foi diferente das outras duas vezes em que ele não bateu o peso no UFC - contra Louis Gaudinot, em maio de 2012, e contra José Maria "Sem Chance", no UFC 163.

- Nós chegamos a Manchester com dois dias de antecedência em relação ao que fazemos, e tudo parecia bem, mas de repente ele travou, e o peso não baixava de jeito nenhum. E o mais estranho foi que, assim que ele desceu da balança, começou a suar novamente nos bastidores, o que não vinha acontecendo desde a noite anterior - revelou Davis.

Recentemente o UFC demitiu Anthony Johnson por não conseguir bater o peso três vezes seguidas entre os médios. Uma mudança para os pesos-galos pode aliviar Lineker de uma nova falha, mas essa decisão ainda não será tomada. Pelo menos até o fim da sua luta contra Phil Harris.

'Não se compra experiência', diz Rosi Sexton sobre duelo contra brasileira

Rosi x Jessica UFC (Foto: Reprodução / Instagram)

'Adversária de Jessica "Bate-Estaca" Andrade no UFC Fight Night Combate: Machida x Muñoz, em Manchester (Inglaterra), a britânica Rosi Sexton acredita que não apenas o fator 'casa' fará a diferença no confronto deste sábado. Para a atleta de 36 anos, sua maior experiência no MMA aliada a juventude da brasileira serão fatores primordiais para chegar a primeira vitória na organização. - Ela é muito jovem e talentosa. Eu acho que o fato de ter esses anos a mais de experiência faz diferença. Não se compra experiência. Ela tem feito muita coisa em um curto espaço de tempo, por outro lado, acho que não existe atalho para anos de treinamento nesse esporte. E acredito que quando estiver sob pressão, no segundo ou terceiro round, a experiência falará mais alto - disse a britânica, 14 anos mais velha que a brasileira, ao site "MMA Junkie".

Em um ambiente completamente diferente da sua estreia no UFC, quando foi ao Canadá e perdeu para a anfitriã Alexis Davis, em junho desse ano, Rosi Sexton espera que a atmosfera criada pelos britânicos possa aliviar a pressão por lutar em casa.

- Certamente haverá uma pressão, mas eu gosto desses ambientes assim. Minhas melhores lutas foram quando eu estava sob pressão, é uma coisa boa. A atmosfera estará incrível e será maravilhoso ouvir a multidão na minha terra natal. Mas também preciso manter o foco e não me distrair. No final do dia, eu tenho um trabalho a fazer, independente de onde a luta estará acontecendo. É nisso que preciso manter minha atenção - afirmou Sexton.

Com um cartel de 13 vitórias e três derrotas, Rosi Sexton, que também é doutora em ciências computacionais, fez sua primeira luta de MMA em maio de 2002, na vitória sobre Angela Boyce com uma chave de braço no primeiro round.

Irmã de Cigano posta foto do lutador com curativos: ‘Quase lindão’

Cigano mma (Foto: Arquivo Pessoal)

Amor de irmão é diferente. Nesta sexta-feira, quase uma semana após ver seu irmão perder para Cain Velásquez, no UFC 166, em Houston, nos Estados Unidos, Juliana Almeida postou uma foto de Cigano com curativos na região da testa e supercílio. A irmã do lutador, que ainda mora em Caçador, no Oeste catarinense, onde Cigano foi criado, ainda escreveu na legenda da foto, em seu perfil numa rede social.

– Já estou ‘quase’ lindão de novo (risos). Meu herói...

O lutador catarinense perdeu a terceira luta contra o americano Cain Velásquez no último sábado, sendo dominado pelo rival. Segundo o programa ‘UFC Tonight’, telejornal oficial do Ultimate, o ex-campeão dos pesos-pesados recebeu alta do hospital Memoriam Hermann Texas Medical Center, em Houston, no domingo, e chegou a Salvador na terça-feira. Além disso, a reportagem do programa revelou que Cigano recebeu 11 pontos no rosto: sete sobre o olho, três na orelha e um abaixo do lábio. Apesar disso, sua equipe descreveu as lesões sofridas pelo lutador como ‘cosméticas’.

Chael Sonnen: Wanderlei Silva impôs lista de restrições para fazer a luta

montagem Chael Sonnen e Wanderlei Silva UFC (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)

Em Manchester para atuar como córner do britânico Luke Barnatt no UFC Fight Night Combate: Machida x Muñoz deste sábado, o peso-meio-pesado americano Chael Sonnen concedeu entrevista à imprensa inglesa na quinta-feira, e o assunto principal foi a sua escolha para ser um dos treinadores da terceira temporada do The Ultimate Fighter Brasil - Em Busca de Campeões, como antagonista de Wanderlei Silva. Além de revelar a possibilidade de convidar Anderson Silva para sua comissão técnica, Sonnen disse também que ficou um pouco surpreso ao saber que tinha sido escolhido e que vai enfrentar o brasileiro ao final do programa. Ele contou que seu desafeto havia imposto uma série de restrições para enfrentá-lo.

- Não fiquei infeliz (com a novidade). Quero lutar com Wanderlei e ele colocou um número de restrições na luta, "Só vou te enfrentar se...", e foi uma grande lista... Ele até pediu por uma luta de 30 minutos, que não existe em nenhum lugar do mundo, e para um cara que se cansa em 30s, achei um pedido estranho, mas concordei. Aí ele colocou uma estipulação para ser no Brasil, acho que ele achou que isso me manteria longe, mas está aí mais uma coisa marcada na lista - afirmou.

Outra sugestão de Wanderlei, feita através do Twitter, foi que ambos os lutadores treinassem atletas de seus respectivos países - ou seja, que houvesse um time de brasileiros contra um time de americanos. Sonnen gostou da ideia, mas provocou o "Cachorro Louco" com o já repetido discurso de que ele seria um "traidor da pátria" por ter se mudado para os EUA há alguns anos.

- Eu não sei se sou contra isso, não ouvi esse comentário, mas eu gosto. Vamos esclarecer uma coisa: Wanderlei mora em Las Vegas, Nevada. Eu moro em West Lynn, Oregon. Nenhum de nós é do Brasil. Na primeira chance que ele teve de deixar seus compatriotas, ele deixou. Ele tem um negócio na América, ele paga impostos à América, ele matriculou seus filhos no sistema educacional americano e contribuiu um total de zero dólares para o Brasil, para nenhuma caridade brasileira, e nenhuma caridade brasileira vai defendê-lo e negar isso. Ele deixou aquele país, foi roubado com arma na última vez que esteve no país - isso está gravado. Estão trazendo dois caras de fora - argumentou.

Apesar de toda sua retórica, Sonnen afirmou que não vai provocar Wanderlei durante o programa e que seu objetivo principal será preparar seus atletas para vencer o torneio e conquistar um contrato com o UFC.

- Eu tenho um trabalho a fazer. Quando disse que iria para lá treinar (os aspirantes ao UFC), foi para valer. Vou para treinar, não vou lá para criar brigas com Wanderlei. Vou por uma razão, para treinar. Como os atletas responderão... É um esporte de duas pessoas, eles precisam fazer sua parte. É a experiência deles, vai depender deles - analisou Sonnen.

Curtinhas: Vinny Magalhães integra time de Chael Sonnen no TUF Brasil

Vinny Magalhães no time de Chael Sonnen no TUF (Foto: Reprodução / Instagram)



Se Chael Sonnen falou em convidar Anderson Silva para sua comissão técnica na terceira temporada do TUF Brasil, outro lutador brasileiro já está confirmado em sua equipe para o reality show: o peso-meio-pesado Vinny Magalhães. O carioca confirmou pelo Twitter que já foi chamado por Sonnen e que já aceitou o convite. Vinny foi treinador de jiu-jítsu da equipe do americano durante a 17ª temporada do TUF dos EUA e também o ajudou nos camps para sua revanche com Spider e sua luta contra Jon Jones.

Pesagens UFC Fight Night 30: Machida vs. Muñoz

Chael Sonnen diz que vai convidar Spider para seu time no TUF Brasil

Anderson Silva Chael Sonnen (Foto: Josh Hedges/Zuffa LLC)

Chael Sonnen não para de surpreender. O lutador americano, recém-anunciado como um dos treinadores da terceira temporada do The Ultimate Fighter Brasil - Em Busca de Campeões em oposição a Wanderlei Silva, afirmou nesta quinta-feira que vai convidar Anderson Silva, seu antigo desafeto e amigo de Wand, para ser um de seus assistentes técnicos no reality show. O peso-meio-pesado deu a declaração em Manchester, na Inglaterra, onde atuará como córner do peso-médio Luke Barnatt, um de seus "pupilos" na 17ª temporada do TUF americano. - Anderson Silva foi um dos primeiros que pensei em convidar. Não seria por mim ou por Anderson, mas pelos jovens homens que estão tentando entrar no UFC. Seu conhecimento do esporte é tremendo, além de sua habilidade de se comunicar numa atmosfera de língua portuguesa, que seria muito útil. Acho que ele tem uma relação com Wanderlei, então é improvável, mas isso não quer dizer que eu não vou falar com ele - disse Sonnen em bate-papo com a imprensa, filmado e disponibilizado na internet pelo canal "MMA Crazy TV".

Anderson Silva e Chael Sonnen se enfrentaram duas vezes no UFC, ambas pelo título dos pesos-médios, e o brasileiro venceu ambas. Antes de cada um dos combates, Sonnen fez inúmeras provocações ao lutador, falando mal tanto dele quanto de sua família e do Brasil, o que, por consequência, deu origem à sua rivalidade com Wanderlei Silva, que o abordou e tirou satisfações durante uma viagem de carro para um compromisso de mídia. Desde seu último duelo com o "Spider", ele e o ex-campeão dos pesos-médios amenizaram sua relação e tiveram inclusive conversas bem humoradas em programas de TV.

Apesar disso e do plano de convidar o brasileiro para sua equipe, Sonnen afirmou que não acredita na vitória de Anderson Silva na revanche contra Chris Weidman, no UFC 168, em 28 de dezembro, em Las Vegas. O lutador considera que a diferença de idade entre os dois pesará no combate.

- Você tem que entender que, na história dos combates - boxe, wrestling e MMA - em nenhuma revanche o lutador mais velho se saiu melhor. Há uma diferença de 10 anos aqui. Será incrível se Anderson conseguir batê-lo, mas há uma enorme diferença. Não esqueçamos que o Chris Weidman o dominou no chão e depois o dominou em pé. Esta luta não foi parelha. Também foi o pior Chris Weidman que eu já vi. Eu nunca vi Chris Weidman lutar tão mal. Ele diminuiu o ritmo demais, quando estava por cima no primeiro round, foi depois de uma queda muito desleixada, ele cedeu a posição ao ir para uma finalização de forma muito descuidada, ele levou alguns chutes... Ele simplesmente não lutou muito bem, e ainda assim dominou e finalizou em sete minutos. É muito difícil imaginar um cenário em que isso mude, mas o Anderson Silva é um lutador muito esperto, muito habilidoso, muito experiente. Eu só não acho que ele quer estar lá. Perguntaram logo depois de ele perder, ele disse abertamente que "Meu tempo como campeão acabou". Eu acredito nele - explicou.

Apesar de dizer novamente que "não aceita" os resultados de suas duas derrotas para o brasileiro, ele garantiu que não se tratava de "dor de cotovelo" e insistiu em sua opinião:

- É sempre difícil quando eu falo que o Anderson Silva não vai vencer o Chris Weidman. Mas eu sinto que isso pode ser percebido como se eu tivesse "dor de cotovelo". Não quero criticar o Anderson, ele teve uma incrível carreira, vai ser lembrado para sempre como o grande que foi, ganhou muito dinheiro e ganhou de muitos caras muito duros. Não estou tentando diminuí-lo, mas fingir que um cara de 38 anos que abertamente disse que não quer mais fazer isso vai ganhar de um campeão mundial invicto 10 anos mais novo... As pessoas adoram dizer isso, mas não estão indo na janela apostar seu dinheiro nisso. Simplesmente não é um cenário provável - argumentou.