sexta-feira, 28 de novembro de 2014

As equipes com o maior índice de lesões no MMA mundial

No início deste mês, foi divulgado pelo site americano “Last Word On Sports” uma pesquisa que analisou as principais equipes de MMA do planeta, com atletas em grandes organizações como o UFC, Bellator, Strikeforce e Invicta FC. Os dados, somados desde 2009, colocam na balança a eficiência no preparo físico e a saúde dos lutadores, analisando três fatores principais em média do número de lutas com a quantidade de lesões sofridas por seus atletas.

A equipe brasileira Nova União, casa de nomes como José Aldo, Renan Barão, e mais recentemente o ex-campeão peso-pesado Junior Cigano ficou em segundo lugar no índice de equipes com maior número de lesões, atrás somente da Roufusport, time que tem nomes como Anthony Pettis e Erik Koch.

Confira abaixo o ranking.

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Will Brooks diz que pode vencer qualquer peso leve do UFC

Há menos de duas semanas, Will Brooks conquistou o cinturão peso leve do Bellator, vago desde a saída de Eddie Alvarez para o UFC, mas parece que o breve reinado já encheu o lutador de confiança. Na última segunda-feira, ele disse, em entrevista ao MMA Hour, que acredita ser capaz de vencer qualquer um em sua categoria tanto no Bellator, como no WSOF e até no UFC.

"Ainda tenho algum trabalho a fazer, ainda tenho que me provar. Preciso continuar construindo em cima do que eu já tenho. Lá no fundo eu acredito que posso vencer qualquer um na divisão dos pesos leves: Bellator, WSOF ou UFC. Qualquer um. Posso vencê-los, acredito do fundo do meu coração, eu só preciso continuar melhorando".

Aos 28 anos, Brooks ainda está no começo de sua carreira no MMA, tendo feito sua primeira luta profissional em 2011. De lá para cá, foram 15 vitórias e apenas uma derrota, para Saad Awad em 2013.

Em maio deste ano, o atleta da American Top Team conquistou o cinturão interino do Bellator ao superar o ex-campeão Michael Chandler em decisão dividida. Após a saída do campeão linear Eddie Alvarez, ele concedeu uma revanche a Chandler com o título definitivo em jogo e se sagrou vencedor por nocaute.

Evento de MMA americano contrata lutador com perna amputada

O evento americano Legacy FC, no qual o brasileiro Thomas Almeida era campeão antes de migrar para o UFC, virou o centro das atenções da imprensa especializada após anunciar sua mais nova contratação.

O Legacy contratou o americano Matt Betzold, lutador profissional de MMA na categoria peso-mosca, que compete de igual para igual com os outros atletas mesmo amputado de sua perna esquerda, tendo o currículo de seis vitórias e três derrotas na modalidade.

Sua estréia na organização está agendada para 27 de fevereiro de 2015, na edição do Legacy 39, abrindo novamente a discussão se os lutadores com necessidades especiais devem competir de maneira igual aos que não necessitam e se a existência de uma divisão para para-atletas no esporte deve ser colocada em pauta.
 

Ele sofreu danos no cérebro', diz Rothwell, sobre Alistair Overeem

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Depois de ser nocauteado por Ben Rothwell no primeiro round do confronto que aconteceu em setembro, Alistair Overeem declarou na mídia americana que venceria o rival em nove de dez combates entre eles. A declaração não foi bem recebida por Ben, que comentou o caso no programa The MMA Hour.

Segundo o peso pesado, os golpes aplicados para derrubar o "gigante holandês" devem ter rendidos "danos" na cabeça do rival que o fizeram declarar suas recentes palavras sobre o confronto.

- Eu não precisei falar uma palavra porque parece que todos os fóruns e a mídia tomaram conta disso pra mim. O consenso geral é que esse cara sofreu danos no cérebro. Acho que ele está sendo acertado muitas vezes na cabeça para fazer esse comentário (de que o venceria em nove de dez vezes). Se eu fosse seu treinador ou companheiro de treinos, seria como: "Cara, cale a boca. Fique longe da mídia. Isso não faz sentido" - declarou.

Enquanto Ben Rothwell ainda não tem seu próximo compromisso pelo UFC anunciado, Alistair Overeem retorna ao cage para se recuperar da derrota em duelo contra Stefan Struve, dia 13 de dezembro, em mesmo show de Junior Cigano x Stipe Miocic, em Phoenix (EUA).

Antônio Pezão aposta em vitória de Werdum sobre Velasquez: ‘Se ficar por cima, ele finaliza’

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Técnicos do primeiro TUF Américan Latina, Cain Velasquez e Fabrício Werdum iriam se enfrentar o UFC 180, mas o americano sofreu uma lesão, e, por isso, Vai Cavalo disputou o título interino da categoria contra Mark Hunt no evento. E conquistou o cinturão com um nocaute técnico.  Agora, resta ao Ultimate marcar uma data para, enfim, Fabrício e Cain medirem forças no octógono para unificarem seus títulos.

Ex-desafiante ao cinturão dos pesados, Antônio Pezão já enfrentou os dois lutadores – Werdum, pelo Strikeforce, e Velasquez pelo título do UFC – e acredita que o brasileiro tem grandes chances de vencer o duelo se conseguir colocar o campeão de costas no chão.

“Vai ser uma luta bonita de se ver. Luta duríssima para ambos. Ninguém pode bobear. O Velasquez vai estar muito bem no Wrestling, como sempre, e a parte física dele também é muito boa, ele não sente o cansaço. É um atleta que vai crescendo no decorrer dos rounds. O Werdum tem que estar preparado para isso. Não creio que o Velasquez vá querer colocar o Werdum no chão e pagar para ver o Jiu-Jitsu dele, porque tenho certeza que se o Werdum ficar ali por cima, ele finaliza o Velasquez. Vou ficar na torcida para o Werdum, que é um cara que representa o nosso país e vai estar ali em cima com as nossas cores”, analisou Pezão, em entrevista à TATAME.

Pettis menospreza trocação de Melendez e decreta: ‘A luta acaba no primeiro round’


Está chegando a hora de um dos mais aguardados duelos de 2014. Anthony Pettis está prestes a, pela primeira vez, colocar seu cinturão em disputa, já que vai medir forças com Gilbert Melendez no UFC 181, dia 6 de dezembro, em Las Vegas.

O campeão, porém, não parece muito preocupado com os perigos que o desafiante possa lhe oferecer. Segundo Pettis, que tomou o cinturão de Ben Henderson ao finalizá-lo ainda no primeiro round no ano passado, Melendez terá uma noite difícil pela frente.

“Acho que a trocação dele é muito básica. Ele tem um Boxe decente e é duro, e isso é o que a maioria dos lutadores mexicanos é. Eles são lutadores muito empolgantes, duros e com bom Boxe. Infelizmente para ele, essa é a minha área. Se ele quiser ficar de pé e trocar, ele não vai ter uma luta como teve com o Diego Sanchez, isso eu posso falar”, comentou Anthony, mencionando a vitória de Gilbert sobre Sanchez, em entrevista à FOX Sports americana.

“Showtime” aproveitou a oportunidade para ir além. Para ele, a luta vai acabar ainda no assalto inicial.

“Acho que vou dominá-lo na trocação como se ele fosse um iniciante. O Wrestling dele não é forte o bastante para me manter no chão. Uma vez de pé, ele vai ter uma longa noite pela frente. Ou curta. Isso aqui é MMA, e tudo é possível. Dito isto, não vejo a luta passando do primeiro round”, encerrou.

Johnson acredita que Gustafsson derrotou Jones e aposta em Cormier contra o campeão

Anthony Johnson aposta em Cormier contra Jones (Foto UFC)

No dia 24 de janeiro, na Suécia, Anthony Johnson terá o teste mais duro de sua carreira. Foi assim que ele mesmo definiu Alexander Gustafsson. Segundo o americano, Gustafsson é tão duro que deveria estar, hoje, ostentando o cinturão da categoria.

“Eu achei que o Gustafsson venceu o Jon Jones”, disse Rumble sobre a luta que aconteceu em 2013. “Quando eles anunciaram que o Jones venceu, fiquei chocado. Eu realmente achei que o sueco venceu. Mas não dá para ganhar todas. Quando você luta contra o campeão, você tem que demonstrar superioridade total, e a luta foi muito apertada. Mas eu ainda acho que ele fez o suficiente para vencer”, disse Johnson em coletiva de imprensa.

Sobre a luta entre Jon Jones e Daniel Cormier, no dia 3 de janeiro, Johnson não ficou em cima do muro, e apontou o ex-wrestler olímpico como o novo campeão.

“Eu quero que o Cormier vença só para dar uma agitada na divisão, mas ele está lutando contra o Jones, que é muito duro. Eu aposto no Daniel como vencedor só porque quero que ele vença, pelo bem da categoria – isso dá as pessoas um motivo diferente para falar da divisão. Jones é um animal. Ele é o melhor do mundo e o melhor da história dos meio-pesados. Ele definitivamente tem meu respeito, mas seria legal ter outro nome como campeão da categoria”, concluiu.

"Me arrependo de tudo aquilo", diz Jon Jones, sobre confusão com Cormier

Jon Jones x Cormier briga pesagem UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)

A pouco mais de um mês para sua oitava defesa de cinturão dos meio-pesados (até 93kg) do UFC, Jon Jones lembrou da confusão em que se envolveu com o próximo adversário, Daniel Cormier, em evento no início de agosto. Três meses após os empurrões que acarreteram em multa e necessidade de prestar horas de serviço comunitário, o campeão explicou que tudo aconteceu muito rápido e que se arrepende de ter se envolvido na briga fora do octógono (assista ao vídeo). - O que aconteceu ali foi que as coisas saíram do controle muito rápido. Eu esperava ter uma encarada quente e intensa, mas não esperava ter meu pescoço empurrado. Me arrependo de tudo aquilo, de ficar caído no chão, mas aconteceu. Eu tenho que encarar as consequências dos meus atos e seguir em frente - comentou Jones, após coletiva do UFC para divulgação do calendário para 2015.

Ainda sem estar 100% recuperado da lesão que obrigou o Ultimate a adiar a luta para 3 de janeiro de 2015, no UFC 182, Jon Jones prevê um combate digno da importância do evento que inaugura a próxima temporada da principal organização de MMA do mundo.

- Meu joelho não está 100%, mas não importa. Vai ser uma ótima luta. Nunca se sabe, ele tem uma atitude de vencedor. Eu também tenho e alguém vai ter que quebrar, vai ter de perder. E eu sinto que não vou ser eu - concluiu Jon Jones, que está invicto desde 2009 e é considerado o melhor lutador peso-por-peso da atualidade.

Para o desafiante, que nunca perdeu lutando MMA, o campeão possui algumas brechas em seu jogo que podem ser exploradas. Daniel Cormier venceu as 15 lutas que disputou e se diz pronto para ser o novo dono do cinturão dos meio-pesados.

- Eu não acho que o Jones tenha muitos buracos no jogo, mas acho que ele faz algumas coisas,  algumas tendências que vão me dar a chance de capitalizar em cima dele.

Ronda Rousey diz estar "honrada" com música de Eminem que a insulta

montagem Ronda Rousey e Eminem (Foto: Editoria de Arte)

Ronda Rousey não demorou a se pronunciar sobre a música feita por Eminem, chamada "Shady XV", que a insulta em uma das estrofes ao dizer que a lutadora não o excita. A campeã dos pesos-galos do Ultimate levou na esportiva a situação e admitiu até mesmo ter ficado honrada por ter sido citada pelo rapper. Ela ainda brincou sobre a possibilidade de fazer rimas para responder ao cantor dizendo que seria como se ele tentasse lhe dar uma chave de braço, golpe no qual é especialista.- Eu gosto de ser chamada de "matadouro em uma blusa". Acho que é legal. Ser tema de um rap de Eminem é como ser finalizado por mim com uma chave de braço. Pode não ser tão prazeroso se você está do outro lado disso, mas foi tão habilmente feito que você tem que ficar honrado - afirmou, em entrevista ao "Jimmy Kimmel Live".

A lutadora ainda acrescentou que se expressar através da arte não significa que todos tenham que gostar do que foi feito.

- Ele é um artista, e a arte não é para ser agradável, é para fazer você sentir alguma coisa - declarou.

Confira o trecho da música de Eminem que fala de Ronda Rousey:

"I got a Magic Johnson / Eu tenho um “Johnson” mágico
It’s like a Magic Wand that allows me to not let a blonde arouse me / É como uma vara mágica que me permite não me excitar com uma loura
If Ronda Rousey was on the couch with the condoms out / Se Ronda Rousey estivesse num sofá com camisinhas
Holding a thousand Magnums at once to pounce me / Segurando mil Magnums de uma vez para me agarrar
I’ll laugh in response to how she dances and flaunts it around me / Eu riria em resposta a como ela dança e se exibe para mim
Her flat little badonkadonk is bouncing around / Sua bundinha reta está balançando
And all I see is Paulie Malignaggi, she’s slaughterhouse in a blouse / E tudo o que vejo é Paulie Malignaggi, ela é um matadouro numa blusa"

Lyoto crê em nova chance de disputar cinturão em 2015: "Nada é impossível"

Lyoto Machida UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)

No próximo dia 20 de dezembro, Lyoto Machida volta ao octógono contra CB Dollaway para representar o Brasil no último evento do UFC no ano.  Atual quarto colocado no ranking da categoria, o brasileiro, que vem de derrota para Chris Weidman em luta válida pelo título no mês de julho, quer encerrar o ano com chave de ouro, já de olho em nova chance de duelar pela cinta.- Em 2015, eu me vejo com novas chances, quem sabe até trazendo esse cinturão. No UFC nada é impossível. Às vezes você perde uma oportunidade de vencer o título, como eu perdi a luta contra o Weidman, mas, ali na frente, uma ou duas vitórias podem te colocar de novo para lutar pelo cinturão. E eu vou em busca de mais um título.

Aos 36 anos de idade, o veterano, que tem um cartel de 21 vitórias e cinco derrotas, diz que demorou um pouco para entender os erros cometidos no duelo contra Weidman. Apesar de reconhecer os méritos do americano no combate, Machida acredita que a divisão está muito densa e que, por isso, o título pode mudar de mãos a qualquer momento:

- O aprendizado é constante. Eu tento sempre aprender, tirar uma lição positiva de tudo isso, e enxergar que eu não posso me agoniar tentando entender o que aconteceu. Acho que o aprendizado é natural, a ficha vai caindo de acordo com o tempo e com as situações que a gente vai confrontando. Mas, com certeza, essa é uma luta que me ensinou bastante, principalmente na parte de corte de peso, porque eu tive uns erros nessa área. Claro que isso não é desculpa, eu estava bem preparado e, quando você está bem preparado, é porque aquilo era para acontecer.  Também acredito que o Weidman é realmente o campeão, ele merece esse cinturão, mas eu acho que todo campeão fica numa corda bamba, pois os lutadores que estão no Top 5 estão se aperfeiçoando e tentando chegar ali, então qualquer um pode vencer. É um soco que entra, uma finalização ou outra que pode ser encaixada e que pode terminar a luta de forma favorável para o oponente. Por isso que eu digo que o campeão também tem que se cuidar, tem que treinar muito para se manter no topo, porque a lista é longa de pessoas tentando de tirar do posto e isso pode acontecer a qualquer momento.

Lyoto também fez questão de ressaltar os pontos fortes de seu próximo adversário. Aos 31 anos, CB Dollaway tem um cartel de 15 vitórias e cinco derrotas e vem de triunfos sobre Francis Carmont e Cézar Mutante, este última no Brasil, em março:

- Acho que o CB Dollaway é um cara que vem numa trajetória boa, mostrando bons resultados. Fez grandes lutas no Brasil, nocauteou algumas pessoas, venceu outras e eu acho que ele tem um estilo muito característico, muito americano. É um cara que vem do wrestling, combina um pouco de socos, mas não chuta muito e tenta pontuar ali. Porém, ele não deixa de ser perigoso. Sempre, uma vez ou outra, o cara tem uma investida ali que pode ser fatal…Um estrangulamento de mão, uma guilhotina, qualquer coisa parecida. Vai ser um grande desafio e estou preparado para dar o meu melhor. Acho que vai ser um bom Natal para mim. Acredito que a preparação seja tudo. Se você se prepara bem, consequentemente, você tem uma boa luta. E eu quero ter uma grande performance, lutar no meu país, dar a vitória para o meu povo e, depois, também ter a chance de curtir o Natal por lá, pois estou morando aqui nos EUA e não passo o Natal lá há um tempão. Acho que essa será uma grande oportunidade.

Quanto ao futuro, o lutador baiano também se mostrou aberto a enfrentar Luke Rockhold. O americano tem declarado em entrevistas recentes que vai fazer questão de assistir o UFC Barueri, pois tem interesse em enfrentar Machida, caso ele vença Dollaway.

- O Luke Rockhold é um cara que vem de grandes vitórias, venceu os três últimos adversários, é um cara grande para a categoria, tem muitas qualidades. Mas eu penso um pouco diferente. Eu sou um atleta profissional e vejo isso profissionalmente. Quero enfrentar os melhores, quero estar em atividade, porque acho que isso que é importante. Na verdade, a gente é reconhecido por estar em atividade, porque consegue mostrar melhor o trabalho enquanto está lutando. Então, quanto mais vezes eu puder fazer isso no ano, se eu tiver saúde para fazer isso, eu quero fazer. Seja contra o Rockhold ou contra quem for - finalizou.

Diaz diz que não vai focar em perna machucada de Anderson em duelo

Anderon Silva x Nick Diaz encarada UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)

No próximo dia 31 de janeiro, Anderson Silva voltará a pisar no octógono, pouco mais de um ano após fraturar a tíbia e a fíbula. A lesão, que aconteceu durante o segundo duelo de Spider contra Chris Weidman, em 26 de dezembro do ano passado, ainda é tema constante na vida do ex-campeão, que já declarou diversas vezes estar completamente recuperado para retomar a carreira de lutador. O ex-campeão dos médios do UFC até confessou ao Combate.com que está fazendo tratamento psicológico para voltar a chutar com toda a potência, mas o adversário de Anderson, Nick Diaz, parece não estar muito preocupado com isso. Em entrevista ao "Yahoo Sports", o americano afirmou que não tem a menor intenção de fazer a perna de Spider de alvo durante a luta, que acontecerá em Las Vegas, nos EUA:- Quando alguém te diz que um lutador está machucado e pede para você focar nessa lesão, isso te desorienta. Seria muito triste perder a luta porque você ficou tentando concentrar em capitalizar em cima da fraqueza de alguém devido a uma lesão, em vez de você se preocupar com a luta em si. Eu enfrentei uma pessoa há algum tempo e alguém veio e me disse que o joelho do meu adversário estava machucado. Essa pessoa disse para eu atacar o joelho e eu respondi: “Sim, claro, eu não vou lá para atacar o joelho desse cara”. Não é realista focar em uma lesão, a menos que o cara tenha tido um corte na mesma semana. Aí sim, porque o corte poderia reabrir... Talvez você queira tirar vantagem de um corte, aí sim faria sentido - declarou o lutador.

Diaz não luta desde março de 2013, quando perdeu a disputa de cinturão da divisão dos meio-médios para o canadense Georges St-Pierre e anunciou a sua aposentadoria. O americano tem um cartel de 26 vitórias, nove derrotas e um no-contest (luta sem resultado). Já Anderson tem um cartel de 33 vitórias e seis derrotas e é considerado por muitos o maior lutador de MMA de todos os tempos.

Rory MacDonald cogita subir de peso e diz que GSP só realizará superlutas

Rory MacDonald lutador UFC (Foto: Divulgação)

Virtual próximo desafiante ao cinturão dos meio-médios, enfrentando o vencedor da luta entre Johny Hendricks e Robbie Lawler, o canadense Rory MacDonald não cansa de negar que haja qualquer possibilidade de enfrentar o compatriota Georges St-Pierre algum dia. Amigo pessoal do ex-campeão, ele afirmou, em entrevista ao programa "Joe Rogan Experience", apresentado pelo comentarista do UFC, que as pessoas não conseguem visualizar a amizade e o respeito que ele tem por St-Pierre.

- Muita gente me pergunta se eu o enfrentaria. Essas pessoas não veem as coisas que eu vejo, e pelas quais eu agradeço. Não apenas como lutador, mas como pessoa. Aprendi muito com Geroges e cresci muito com a sua gentileza e generosidade. Nunca vou esquecer o que ele fez por mim para dar uma facada nas suas costas. Além do mais, acho que Georges só fará superlutas. Tenho quase 100% de certeza.

Para MacDonald, o dinheiro que seria oferecido aos dois amigos para que lutassem um contra o outro não o interessa.

- Quer saber? A vida não se resume a dinheiro. Claro que eu também luto por dinheiro, mas nunca tive o objetivo de ser um bilionário. Acho que vou morar na floresta um dia, para poder caçar, ser esquisito e não ter que ouvir as pessoas me chamado de psicopata o tempo todo.

O canadense também revelou seu desejo de fazer algumas lutas como peso-médio, e disse que, se o UFC concordar, gostaria de atuar nas duas categorias simultaneamente.

Gadelha: luta com Jedrzejczyk define a desafiante ao título no peso-palha

Cláudia Gadelha MMA (Foto: Raphael Marinho)

Sem ter participado do TUF 20, que vai definir a primeira campeã do peso-palha (até 52kg) na história do UFC, Cláudia Gadelha já realizou sua estreia na organização, quando bateu Tina Lahdemaki por decisão unânime, em julho, ampliando sua invencibilidade na carreira para 12 lutas. Agora, ela se vê apenas uma vitória distante de ter a chance de disputar o título da divisão. Para isso, precisa bater Joanna Jedrzejczyk, dia 13 de dezembro, em Phoenix (EUA), no UFC: Cigano x Miocic.- O Dana botou todas as meninas dentro do TUF e fez todas competirem lá dentro, mas antes disso estávamos todas no Invicta, e eu era a contender para disputar o cinturão da categoria. Muita gente fala que ainda sou, apareceu agora a Joanna, que também é forte candidata ao título, então acredito que essa luta deveria acontecer para ver quem realmente vai ser a melhor desafiante para disputar o cinturão - afirmou, em conversa com jornalistas nesta segunda-feira, na Nova União.

A brasileira não se preocupou em esconder a sua estratégia contra Jedrzejczyk. De acordo com ela, será necessário evitar que a polonesa consiga trabalhar na longa distância, já que a trocação é o forte da rival.

- Eu vou fazer meu jogo, como sempre faço. Ela realmente tem um boxe muito bom, já foi seis vezes campeã mundial de muay thai, mas estamos fazendo um trabalho bem específico aqui na academia. A estratégia é abafar e não deixar que ela fique confortável em pé. Tenho que jogar da média para a curta distância, jamais ficar na longa, porque ela joga golpes muito contundentes - analisou Gadelha.

Recentemente, Angela Magana, que participou do TUF 20, mas foi eliminada do reality show, resolveu se promover com fotos nuas e até agradeceu Cris Cyborg pela "dica". Claudinha Gadelha até concorda que as mulheres utilizem a beleza para se promoverem, mas descartou a possibilidade de usar os mesmos artifícios de Magana.

- Infelizmente, o publico masculino quer ver o lado da mulher lutadora. Pelo lado do marketing, tem que mostrar um pouco seu lado mulher, diferente do homem que só tem que sair na porrada. A mulher é vista não só pela técnica, mas por ser mulher e lutar. Mas nua já é exagero. É coisa demais. Fazer um ensaio aqui ou ali, tudo bem, mas nua é pesado demais. Até de biquini está tranquilo. Mas nua não. Tenho vergonha, sou tímida - garantiu.

A lutadora ainda afirmou que considera o peso-palha mais disputado que o peso-galo (até 61kg) na comparação entre as divisões femininas que o UFC tem atualmente.

- Eu considero o peso-palha mais difícil que o peso-galo sim. Têm meninas muito talentosas, o mundo ainda está para ver a categoria porque ainda está começando no UFC. As pessoas estão vendo as lutas no TUF, mas não são lutas para o mundo inteiro ver. Quando começarem as lutas do peso-palha para o mundo ver, as pessoas vão se surpreender. Além de competitiva tecnicamente, as meninas têm muito rancor uma com a outra. A maioria foi para dentro da casa e rolaram várias confusões e tramas. É uma divisão muito competitiva do lado pessoal e do lado técnico. Assisti alguns episódios do TUF, vi muita confusão e estou até aliviada de não ter entrado. Agradeci ao Dedé varias vezes por ter me tirado dessa casa. Muita briguinha, muito drama e acho que não teria paciência para ficar lá não - concluiu.

Johnson quer nocautear Gustafsson: "Mão pode entrar a qualquer segundo"

 Alexander Gustafsson X Anthony Johnson, Encarada UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)O peso-meio-pesado Anthony Johnson não vê a hora de voltar a pisar no octógono, mesmo que isso aconteça em território inimigo. Escalado para enfrentar Alexander Gustafsson em um estádio de futebol na Suécia, no dia 24 de janeiro de 2015, o lutador planeja estragar a festa do adversário com a sua arma mais perigosa: as mãos pesadas. O americano, que já nocauteou 12 adversários na carreira, incluindo Rogério Minotouro, em apenas 44 segundos,  acredita que pode colocar o sueco para dormir, garantindo assim a chance de disputar o cinturão da divisão na sequência.- É uma luta dura. Gustafsson se movimenta bastante, enquanto eu sou um cara que fica em cima do oponente. Tenho poder de nocaute, então a minha mão pode entrar a qualquer segundo. Já ele, é conhecido por “moer” os caras. Ele os cansa, tem um bom cardio, é um lutador duro como prego, é alto, vamos lutar na Suécia, ou seja, tudo está contra mim (risos). Posso dizer que essa será a luta mais dura da minha carreira até aqui, e mal posso esperar para esse desafio.

Johnson voltou a lutar pelo UFC em abril passado. O atleta havia sido demitido em 2012, depois de não conseguir bater o peso para o duelo contra Vitor Belfort, no UFC 142, pela divisão dos médios (até 84 kg). Fora do Ultimate, ele venceu as seis lutas que fez e, desde o seu retorno ao UFC, na divisão até 93 kg, já venceu Phil Davis e Minotouro. No entanto, quando tudo parecia estar bem em sua carreira, Anthony se viu envolvido em nova polêmica. Em setembro, ele foi suspenso por tempo indeterminado devido a uma ação civil, movida por uma ex-namorada, que o acusava de uso de violência doméstica.  Ao saber da ação, o Ultimate comissionou uma investigação independente, mas o processo foi arquivado voluntariamente no início do mês e o americano foi liberado para voltar a competir. Desde então, o lutador tem evitado falar sobre o assunto, mas, em conversa com a nossa reportagem, ressaltou que os acontecimentos o ajudaram a se fortalecer:

- Tudo o que aconteceu me afetou muito, mas também me tornou mais forte. Eu não penso mais nisso, estou tentando focar no futuro. O que aconteceu ficou para trás, está resolvido e eu estou muito feliz porque tudo se resolveu da melhor forma.

Sobre o futuro da divisão dos meio-pesados, que terá nova disputa de título no próximo dia 03 de janeiro, em Las Vegas, Johnson, que é o atual terceiro colocado no raking da categoria,  não se importa com quem vai ganhar, contanto que seja o próximo a disputar a cinta:

- Essa é uma luta pelo título e eu quero que Jon Jones e Daniel Cormier entrem lá e deixem tudo de si. Não ligo para quem vai ganhar ou perder, só quero que eles lutem e é isso que eles vão fazer. Se eu conseguir a chance ao título e o Jones ainda for o campeão, ele pode se preparar porque vou lhe dar a luta mais dura que ele já teve na vida. Se Jones não for mais o campeão, então eu vou atrás do Daniel Cormier e, ainda assim, tenho as minhas chances de sair com o cinturão. Quem quer que seja o dono do título depois do dia 03 de janeiro, as minhas chances de ser o próximo campeão são bem boas, então estou tranquilo - finalizou.

"Cigano ainda é o maior desafio que Velásquez pode ter", diz treinador

Javier Mendez, academia AKA (Foto: Evelyn Rodrigues)

Na segunda-feira passada, o brasileiro Junior Cigano declarou em entrevista ao Combate.com que espera fazer uma nova luta contra o campeão linear peso-pesado do UFC, Cain Velásquez, contra quem já lutou três vezes, vencendo a primeira e perdendo as outras duas. Apesar do lutador americano com ascendência mexicana afirmar que não pensa em enfrentar o brasileiro tão cedo, seu treinador, Javier Mendez, confessou que acredita que Cigano seja o maior desafio que Cain ainda pode ter no futuro da divisão:- Sinceramente, o maior desafio que o Cain pode enfrentar hoje é o seu parceiro de treinos, Daniel Cormier (risos). Tirando isso, o seu próximo grande desafio ainda é o Junior Cigano, apesar de eu achar que não vamos nos deparar com o Junior como nosso adversário tão cedo. Mas eu acredito que o Cigano, na divisão dos pesados, é ainda o segundo melhor e eu acho que não há ninguém no nível do Junior ainda, nem mesmo o Fabricio Werdum. O Cigano é especial, independente do fato do Cain ter lhe tomado o cinturão, ele é um lutador excepcional. Se nós não respeitássemos o Cigano da forma como nós respeitamos, nós não teríamos treinado tão duro para enfrentá-lo. E nós sabíamos que nós precisávamos treinar muito, porque ele era o maior desafio que poderíamos ter. Talvez ele seja o nosso maior desafio de todos os tempos - declarou.

Enquanto Velásquez se recupera de uma lesão no joelho, que o tirou da luta contra Fabricio Werdum na primeira edição do UFC no México, realizada no início do mês, o treinador foca na preparação de Daniel Cormier para o duelo contra Jon Jones, programado para o dia 03 de janeiro, em Las Vegas. Javier, no entanto, não deixa de elogiar Velásquez, e diz acreditar que o pupilo manterá o cinturão da divisão por muito tempo.

- Cain é, definitivamente, o maior nome que treina na minha academia hoje. E ele não vai ficar sozinho, pois o Daniel Cormier está quase o alcançando (risos). Quando o Cain está aqui, ele é o estudante perfeito e o companheiro de treinos ideal. Quando ele está fazendo sparring, se seus companheiros de treino estão cometendo algum erro, ele vai lá e mostra a eles o que estão fazendo de errado. Cain nunca interrompe os treinadores e faz o que quer que eles peçam. Ele nunca reclama de nada. É o melhor parceiro de sparring e o melhor companheiro de time que você pode ter, porque ele está sempre disposto a ajudar. É por isso que acredito que ele se manterá campeão por muito tempo, pois Cain tem coração de campeão e humildade de aluno iniciante, mesmo com tudo o que ele sabe, mesmo com ele sendo o número um do mundo - finalizou.

Woodley rebate "Sr. Lesionado" Lombard: "Nunca fugi de uma luta"

montagem UFC  Tyron Woodley e Hector Lombard (Foto: Editoria de Arte)

Tyron Woodley cansou de ouvir Hector Lombard falar dele. O lutador americano enfim resolveu rebater as declarações do seu companheiro cubano na equipe American Top Team, que disse no México, durante o UFC 180, que Woodley havia rejeitado enfrentá-lo porque "sabe que vai perder". Ofendido, Woodley citou seu currículo para afirmar que não fugiu do confronto e que não o aceitou apenas por princípio: não enfrenta colegas de time a não ser que seja pelo cinturão.

- Não acho que Kelvin Gastelum é nem um pouco menos perigoso que Hector Lombard. Não acho que Carlos Condit era nem um pouco menos perigoso do que Hector Lombard, e não acho que Rory MacDonald é nem um pouco menos habilidoso que Hector Lombard. Então, para alguém dizer que eu estou com medo, que estou (o) evitando: nunca fugi de uma luta. Aceitei lutas dentro de 10 minutos. "Ei Tyron, nós queremos que você aceite a luta do Hector Lombard" - o Sr. Lesionado, e de súbito curado - "nós queremos que você pegue a luta dele (em Macau)", e eu disse, "Deixe-me ir treinar." Estou em Cingapura de férias, vou treinar por uma hora, retorno a ligação e eu milagrosamente salvei o card. As pessoas não lembram disso. Elas têm memória muito curta, são muito condicionais, então você está certo, em um certo ponto eu estava a ponto de estourar, porque eu estava me irritando. Se você sabe de onde eu venho e sabe o que eu passei na minha vida, eu nem sempre fui a pessoa que sou hoje. Eu estar com medo de alguém não é muito provável, então quando as pessoas dizem essas coisas, você quer meio que respondê-las. Então eu simplesmente me mantenho focado - disse Woodley, em entrevista ao podcast "The MMA Hour", do site "MMA Fighting".

O acerto de contas entre os dois, por ora, vai ficar na academia; Woodley tem luta marcada contra Kelvin Gastelum em 31 de janeiro de 2015, no UFC 183, e Lombard está escalado para encarar Josh Burkman no UFC 182, em 3 de janeiro. O americano esperava que o burburinho sobre sua rejeição a uma luta entre os dois diminuísse quando ambos tivessem lutas marcadas, mas tem uma teoria para o por quê de ter de continuar a responder perguntas sobre o caso.

- Até recentemente, ninguém estava realmente falando muito sobre Hector, então ele está curtindo o seu momento. Ele está aproveitando que, pelo menos uma vez, todos estão falando não sobre mim, não sobre Robbie (Lawler), não sobre Thiago (Alves). Ele está provavelmente amargo porque estou ranqueado mais alto que ele, porque tenho mais patrocínios que ele, e mais pessoas querem trabalhar comigo porque (gostam de) como você trata as pessoas. Você tem de viver como você trata as pessoas. Se você trata as pessoas de uma certa maneira, as pessoas te tratam de certa maneira. Se você trata mal as pessoas, vai ser visto como o cara que trata as pessoas como lixo. Se Hector quiser sentar, se ele quiser conversar, estou tranquilo com isso. Mas eu sei a verdade, ele sabe a verdade, e vamos acabar com isso alguma hora - afirmou Woodley.

Lineker x Ian McCall é remarcado para UFC 183, em 31 de janeiro de 2015

Pesagem - Ian McCall x John Lineker ufc (Foto: Jason Silva)

A luta entre John Lineker e Ian McCall tem nova data para acontecer. Os dois rivais do peso-mosca foram escalados para se enfrentarem no UFC 183, em 31 de janeiro de 2015, em Las Vegas. Será a segunda tentativa da organização de realizar o confronto, marcado originalmente para 8 de novembro passado, em Uberlândia-MG.

O combate, cercado de rivalidade e considerado potencialmente determinante para a posição de desafiante número 1 ao cinturão de Demetrious Johnson, foi cancelado na madrugada anterior à sua realização. McCall passou mal durante o processo de reidratação pós-pesagem e foi impedido de lutar pelos médicos do UFC. Ele compareceu ao "UFC: Shogun x St. Preux" no dia do evento e pediu desculpas à organização e aos fãs pelo incidente. Lineker, por sua vez, pediu uma oportunidade direta de disputar o cinturão.

O Ultimate, todavia, decidiu remarcar o duelo. McCall é atualmente o terceiro colocado do ranking dos moscas do UFC, enquanto Lineker ocupa a sétima posição após a atualização desta semana. Os dois trocaram muitas provocações nos últimos meses. O americano vem de vitórias sobre Iliarde Santos e Brad Pickett, enquanto o brasileiro tem cinco vitórias nas últimas seis lutas na categoria. Confira o card atualizado:

Barão detona Dillashaw e diz que americano teria medo de luta no Brasil

Renan Barão x TJ Dillashaw Pesagem UFC 173 (Foto: Evelyn Rodrigues)

Renan Barão não costuma dar muitas respostas de efeito. Avesso às entrevistas, o ex-campeão dos pesos-galos faz questão de dizer que prefere mostrar seu trabalho dentro do octógono apenas. Entretanto, a rivalidade da Nova União com a Team Alpha Male e algumas declarações de TJ Dillashaw parecem ter tirado o brasileiro do sério. Nesta segunda-feira, em conversa com jornalistas, o lutador se mostrou mordido para uma possível revanche contra o americano e disse que gostaria que o duelo acontecesse no Brasil. Quando foi perguntado sobre uma eventual encarada como a de José Aldo e Chad Mendes no Maracanã, que teve inclusive um empurrão por parte do campeão dos penas, Barão soltou a pérola e declarou que Dillashaw "ia ficar todo cagado".

- O Dillashaw está falando besteira demais. Quando a gente se enfrentar de novo vai ser uma história totalmente diferente. Ele acertou uma pancada no começo da luta, mas a próxima vai ser completamente diferente. Pode anotar que, quando a gente se enfrentar, ele vai ver outro Renan Barão. Mas acho que ele não vence o Dominick Cruz. O Cruz tem mais jogo que ele, é mais experimentado e acho que leva essa. Eu até prefiro que o Dillashaw ganhe, porque seria uma parada mais apimentada, a galera falaria mais e seria briga boa. Mas não gosto muito de ficar soltando piadinha fora não. Gosto de mostrar meu trabalho lá dentro. Vou mostrar lá dentro o melhor Renan Barão que já existiu. Seria ótimo se a gente se enfrentasse no Brasil. Acho que (na hora da encarada) ele ia ficar todo cagado. Lutar em casa é fácil, quero ver aqui, é totalmente diferente. Estou focado e espero enfrentar ele e trazer o cinturão de volta. É bom ele aproveitar o cinturão porque em breve vou trazer de volta para o Brasil - afirmou.

Barão está na reta final de sua preparação para enfrentar Mitch Gagnon, no dia 20 de dezembro, pelo coevento principal do UFC: Machida x Dollaway, em Barueri-SP. O canadense é apenas o 14º do ranking da divisão até 61kg, mas o brasileiro faz questão de pregar respeito ao oponente. A intenção do lutador da Nova União é que o triunfo o alce novamenet a uma disputa de título.

- Como sempre falei, enfrento qualquer um que o UFC quiser, não tenho problema nenhum. O Gagnon não é tão conhecido, mas é duro. No UFC, tem quatro finalizações em cinco lutas. Estou muito bem e treinando para o melhor que eu enfrentar. Espero fazer uma grande luta para que o Dana White veja e me credencie para disputar o título. Estou muito feliz com a oportunidade de lutar no Brasil, nunca lutei aqui pelo UFC, estou bem motivado quanto a isso e prometo dar um grande show para todo mundo - garantiu.

A revanche entre Renan e Dillashaw era para ter acontecido no UFC 177, no dia 30 de agosto, mas o brasileiro teve problemas no corte de peso e precisou ser substituído na véspera do confronto. Joe Soto foi o escolhido para lutar e acabou nocauteado no quinto round. Para evitar que os problemas se repitam, Barão agora conta com o apoio de um nutricionista e acredita que a derrota para o americano, quando perdeu o cinturão dos galos, serviu como aprendizado.

- Sempre entrei bem focado nas minhas lutas, luta é luta, sempre acontecem imprevistos, estou cada vez tentando melhorar mais, focando um pouco mais, tentando regrar mais, treinando mais a parte em pé, o jiu-jítsu, focar em todas as áreas para chegar lá e trazer essa vitória. Tentei aprender tudo, melhorar na alimentação, no boxe, tudo. Derrota é derrota, serve como aprendizado e aprendi que tenho que treinar mais e focar mais. Mudei muita coisa na minha alimentação. Estou comendo de forma mais regrada. Comia pizza, macarronada, agora estou com um nutricionista que está cuidando da minha dieta. Nunca é fácil o corte de peso, mas estou muito bem. Estou dando uma regrada a mais um pouco antes e estou muito bem, vai dar tudo certo. A gente já está acostumado com o clima aqui também, vai ser bem mais fácil - finalizou.

Ricardo Lamas pede que o UFC pare de proteger Conor McGregor

Ricardo Lamas Conor McGregor (Foto: Montagem sobre fotos de Getty Images)

A vitória sobre Dennis Bermudez no UFC 180 deixou o peso-pena americano Ricardo Lamas em boa posição novamente entre os principais lutadores da categoria no UFC, mas ainda longe de poder sonhar com uma nova disputa do cinturão - foi derrotado por José Aldo em fevereiro, no UFC 169. Atento a novas oportunidades, Lamas decidiu ser mais um a protestar contra o tratamento VIP que Conor McGregor vem recebendo da organização. Em entrevista à "Submission Radio", Lamas disse que o irlandês precisa enfrentar um wrestler antes de disputar o cinturão dos penas.

- Ele se tornou um grande nome do MMA e acho que o UFC está protegendo-o, não lhe dando lutas com wrestlers. Se Conor quer disputar o cinturão, deveria encarar um wrestler antes. Meu wrestling, por exemplo, faria uma grande diferença contra ele. Aqueles movimentos bonitinhos que ele faz não funcionariam quando ele estivesse com as costas no chão levando socos na cara. E não há nada que ele fale que possa me deixar nervoso. Cresci em uma casa com seis irmãos mais velhos. Fui provocado a vida toda. Se ele quiser fazer o seu joguinho, vai perder feio. Tenho muita experiência em provocar e ser provocado. Se ele quiser brincar disso, pra mim tudo bem...

Conor McGregor lutará em Boston, no dia 18 de janeiro, contra o alemão Dennis Siver - um especialista na luta em pé. Caso vença, provavelmente será anunciado como o próximo desafiante ao cinturão de José Aldo.

Alvo de críticas, Belfort revela melhor forma sem TRT: "Mais rápido e forte"

Vitor Belfort, Coletiva UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)
 Dentro de três meses, Vitor Belfort irá entrar novamente no octógono do UFC para uma disputa de cinturão. Após perder para Anderson Silva, em 2011, nos pesos-médios, e para Jon Jones, em 2012, nos meio-pesados, o brasileiro busca mais uma vez o título na categoria até 84kg, em fevereiro de 2015, em Las Vegas, contra Chris Weidman, na luta principal do UFC 184. Dessa vez, entretanto, o carioca fará o combate sem o tratamento de reposição de testosterona (TRT), proibido dentro do Ultimate desde fevereiro de 2014. Alvo de críticas de adversários passados e pelo próximo rival, Belfort revelou que a proibição acabou sendo benéfica para ele, já que afirma estar mais forte e mais rápido (assista ao vídeo).- O Chris é um lutador jovem e tem o que é meu. E eu vou lá pegar. Para mim, foi uma melhora muito maior (a proibição do TRT no UFC), porque eu saí, larguei aquilo, um tratamento que era muito chato, muito incômodo para mim, e estou mais forte, mais magro e mais rápido. Então, para mim, foi uma maravilha. Não interessa o que meu sangue fala, não interessa qual o resultado que está no meu sangue. Interessa o resultado que está na minha cabeça - disse Vitor Belfort.

Em evento realizado em Las Vegas pelo UFC para promover as lutas do final de 2014, além de divulgar o calendário para 2015, o campeão peso-médio Chris Weidman comentou sobre as declarações de Belfort após a luta entre os dois ter sido cancelada, por causa de uma lesão na mão do americano, ocorrida em setembro desse ano.

- Todo mundo diz que o Vitor não fala besteiras ou faz provocações, mas ele falou. Ele disse que tudo o que eu queria fazer era manter o cinturão para o Natal, porque a minha mão não estava realmente machucada. Então, ele estava falando besteira e eu quis dar uma resposta a ele. Agora ele sente mal a respeito disso e eu fico como o provocador da história - afirmou Weidman.

Fora todas as provocações entre o campeão e o desafiante, fato é que Vitor Belfort não lutou no ano de 2014. Para o brasileiro, isso também é positivo, pois, segundo ele, a temporada foi dedicada a melhorar suas habilidades em diversos aspectos.

- O importante é você não ter desculpa. Vai adianta. Foi proibido (uso de TRT)? Não tem problema. Eu continuo e é “caldo” nos caras. Eu usei o ano de 2014 para aprimorar novas técnicas. Eu sei que é difícil entender, mas eu melhorei! Tenho melhorado minhas habilidades, aquelas que eu achava que poderia melhorar, melhorei meu chão, minha parte de chutes, de boxe e partes de movimentação, força e resistência - comentou o "Fenômeno".

Aos 37 anos, sete a mais do que Weidman, Vitor Belfort chega para a luta do título com dois cinturões do UFC conquistados (em 1997 venceu o UFC 12, na categoria dos pesados, e em 2004, levou na divisão dos meio-pesados, no UFC 46), além de dois casos de doping na carreira. Em 2006, no extinto Pride, testou positivo para hidroxitestosterona, e em fevereiro de 2014, um exame revelou altas taxas de testosterona no organismo do brasileiro.

A chance para disputar o cinturão dos pesos-médios novamente foi conquistada após um ano perfeito. Em 2013, Belfort lutou três vezes e venceu todos os combates por nocaute ou nocaute técnico. Luke Rockhold foi uma das "vítimas" do brasileiro, em maio de 2013, porém, o americano ainda não se conforma com a chance dada pelo UFC ao "Fenômeno".

- Quando caras como Vitor Belfort são advertidos e ainda assim são recompensados com uma chance de disputar o título...É uma piada. Não tenho nenhum respeito por ele - disse Rockhold.

Sem se importar com as críticas dos lutadores rivais, Vitor Belfort disse ainda que está acostumado a lidar com as provocações ao longo de quase 20 anos de carreira no MMA. Porém, mesmo negando que use a mesma estratégia psicológica, acabou cutucando o campeão, ao afirmar que, quando conquistou o primeiro cinturão, Weidman ainda estava no jardim de infância.

- Não me incomoda em nada. Já lidei com provocações de Tank Abbott e vim de uma selva que ele (Weidman) nunca viveu. Mas da minha parte, o que eu falo, não é provocação. É tudo sinceridade. Eu não estou aqui para fazer show e não estou aqui para vender ingressos. São 19 anos fazendo isso. Acho que quando eu fui campeão no UFC aos 19 anos, ele ainda estava no jardim de infância. Não sei a idade dele. Não sei onde ele estava estudando – provocou Belfort.

Vitor Belfort chega para mais uma disputa de cinturão com um cartel de 24 vitórias, sendo 17 por nocaute ou nocaute técnico, e 10 derrotas. Do outro lado, Weidman permanece invicto na carreira, com 12 vitórias, tendo ainda vencido Anderson Silva duas vezes, além de Lyoto Machida, em julho de 2014.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Rockhold diz que Jon Jones ‘não teria chance’ em luta contra Cain Velasquez

Velasquez derrotou Cigano duas vezes (Foto UFC)

Campeão meio-pesado do UFC, Jon Jones volta e meio flerta com a categoria dos pesados. O lutador já afirmou que, caso consiga vitórias sobre Daniel Cormier e Alexander Gustafsson (uma revanche), não terá mais como adiar sua subida de peso.

Caso o inevitável se confirme, uma luta entre Jon Jones e o campeão da categoria de cima, Cain Velasquez, seria um embate dos sonhos para muitos fãs de MMA. Companheiro de Cain na AKA, Luke Rockhold, no entanto, acredita que “Bones” seria presa fácil para o americano.

“Não teria chances. O Cain coloca uma tempestade sobre você e você não consegue pará-la. Eu treino com ele, já fiz sparring milhares de vezes com o Cain. Quando ele quer te pegar, ele te pega. Ele pode correr por horas. O Jon Jones não tem o estilo necessário para mantê-lo parado. O Cain é um animal, e ele vai atravessá-lo como um touro”, disse o lutador.

Paige VanZant vibra com bônus e pede revanche contra Tecia Torres

Paige VanZant x Kailin Curran - UFC (Foto: Getty Images)

Excluída do TUF 20 por não ter a idade mínima para participar do reality show - possui 20 anos de idade - a peso-palha Paige VanZant não escondia o sorriso após vencer Kailin Curran em sua estreia no UFC e ainda ter a sua luta eleita como a melhor da noite do último sábado, em Austin. Com o bônus de US$ 50 mil e uma impressão positiva deixada pela forma como atuou, a lutadora garantiu que se sente em condições de encarar qualquer integrante do programa, inclusive a campeã que será coroada na decisão. Mas uma luta em especial a interessa.

- Provei que posso estar entra as principais lutadoras dessa categoria, e que não preciso do TUF para promover meu nome. Gostaria de enfrentar várias participantes do reality, e uma delas é Tecia Torres, que foi a única lutadora a me derrotar até hoje. Acho que seria uma boa luta, por ser uma revanche. Mas também acho que poderia encarar a campeã, seja quem for, em breve.

A personalidade mostrada na luta impressionou os jornalistas, que perguntaram, na coletiva de imprensa após o evento, como ela lidou com a pressão da estreia no evento.

- Sempre fico nervosa antes de lutar, mas não senti isso quando caminhei rumo ao octógono. O nervosismo foi embora. Sei lidar com pressão. Luto bem quando sou pressionada, mesmo sendo tão jovem. Foi uma sensação maravilhosa vencer na minha estreia, e ainda por cima ganhar o bônus de luta da noite.

Swanson agradece a lição dada por Edgar: "Mostrou minhas fraquezas"

Cub Swanson MMA UFC (Foto: Getty Images)

Frustração. Esse era o sentimento de Cub Swanson após a derrota inapelável para Frankie Edgar na luta principal do UFC realizado na cidade de Austin, no último sábado. Dominado durante os cinco rounds do duelo, o atual número dois do rankling dos pesos-penas do UFC admitiu ter superestimado a sua preparação para enfrentar o ex-campeão dos leves da organização.

- Obviamente foi uma noite muito frustrante para mim, mas ele fez o que tinha que fazer e me expôs. Eu estava superconfiante, achava que estava preparado para enfrentá-lo, e ficou evidente que eu não me preparei o suficiente. Quero agradecer a Frankie Edgar pela lição que ele me ensinou. Vou melhorar daqui para frente. Vi quais são as minhas fraquezas. Aceitei a luta porque Edgar era um dos melhores lutadores do mundo entre os leves e está lutando hoje em uma categoria mais leve, e quis me testar, quis ver quão duro eu sou, porque estou ficando mais velho e acho isso importante. Levei uma surra, eu sei, mas estava confiante em vencer até o fim - disse o lutador em entrevista ao canal Fox Sports.

Perguntado sobre o porquê de não ter resistido mais quatro segundos até o fim da luta, Swanson revelou temer que sua mandíbula fosse fraturada novamente.

- Eu levei muitas cotoveladas na mandíbula, e ela estava sem força no fim da luta. Enquanto eu me virava no octógono, meu pensamento era: "Ele não vai me finalizar..." Mas minha boca estava aberta, e ele encaixou uma chave muito forte na minha mandíbula. Eu já fraturei o local e sei como é. Preferi desistir a passar por aquilo de novo, mesmo que seja para estar nos livros como tendo sido o cara que foi finalizado mais tarde em uma luta. Se você quer ser o melhor, você tem que enfrentar os melhores, e nem sempre as coisas acontecerão ao seu favor. É a vida, paciência... - disse Swanson.

Frankie Edgar: "Eu mereço ser o próximo desafiante de José Aldo"

UFC: Frankie Edgar x Cub Swanson (Foto: Getty Images)

A vitória por finalização aos 4m56s do quinto round sobre Cub Swanson parece ter deixado Frankie Edgar mais falante. Após pedir a Dana White para ser o próximo desafiante ao cinturão de José Aldo, o peso-pena e ex-campeão dos pesos-leves afirmou que, na sua opinião, pela história que tem e pelo momento que vive na carreira, ele deve ser o próximo a enfrentar o brasileiro.- Pela performance que tive esta noite e pelo que fiz na minha carreira, eu deveria ser o próximo desafiante ao cinturão de José Aldo. Definitivamente, deveria ser eu. Estou aqui para ficar, não sou luta fácil para ninguém.

Perguntado se ficaria chateado caso Conor McGregor fosse anunciado como desafiante na sua frente, Edgar disse que a palavra certa é "desapontado".

- Eu não ficaria chateado, mas desapontado. Não vou bancar o bebê chorão aqui, mas seria uma grande decepção. Conor nunca encarou um wrestler de elite, mas não posso dizer que ele não está fazendo o que tem que fazer com seus adversários. Denis Siver não é um adversário fácil, mas isso não está nas minhas mãos. Não sou eu quem decide quem vai lutar. Só acho que mereço a revanche com Aldo.

Após a notícia de que haverá um evento do UFC no dia 18 de abril de 2015 em Nova Jersey, sua cidade natal, Frankie Edgar foi questionado se gostaria de fazer a luta principal contra Conor McGregor, com o vencedor sendo o novo desafiante de José Aldo. O lutador garantiu que enfrentaria o irlandês se o UFC marcasse o combate.

- Eu adoraria lutar em Nova Jersey, contra quem fosse. Meu objetivo é lutar pelo cinturão, mas se Conor McGregor vencer Denis Siver e nos colocarem frente a frente, eu aceito enfrentá-lo.

Barboza: "Ele falou por 14m50s. Nos dez segundos finais foi a minha vez"

UFC: Edson Barboza x Bobby Green (Foto: Getty Images)

A vitória por decisão unânime sobre o provocador Bobby Green no "UFC: Edgar x Swanson", no último sábado, teve um sabor especial para o peso-leve brasileiro Edson Barboza. Protagonista do co-evento principal, o lutador derrotou um adversário que vinha de oito vitórias seguidas e estava invicto no UFC. Perguntado se havia se incomodado com os gestos de Green de que não sentira nenhum de seus golpes durante a luta, Barboza disse ter certeza que o americano sentiu cada um deles.

- É engraçado, porque todas as vezes que ele balançou a cabeça eu o acertei com um belo golpe. Sei que ele sentiu todos os meus golpes. Todos eles o machucaram. Ele disse que não para tentar me desestabilizar. A maioria dos boxeadores faz isso, é normal.

O brasileiro também explicou a comemoração a dez segundos do fim da luta, quando a vitória estava assegurada, mas o tempo ainda não havia se esgotado.

- Bobby falou por 14m50s da luta. Faltando dez segundos para acabar, foi a minha vez de falar. Ele falou muito a luta toda. Eu só falei no fim (risos).

Barboza disse estar em seu melhor momento na carreira, e garantiu que ainda pode melhorar em todos os aspectos do MMA. No fim, afirmou que pode enfrentar os melhores lutadores da categoria.

- Acreditem quando digo que vocês ainda não viram o melhor Edson Barboza. Estou melhorando em todos os aspectos da luta, e ficando cada vez mais confiante em todas as áreas da luta. Estou pronto para quem eu for enfrentar. Quero encarar quem estiver na minha frente no ranking. Estou pronto para grandes desafios, sem dúvida nenhuma.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Dana deixa as portas abertas para o retorno de Brock Lesnar: ‘Ele quer lutar novamente’


A especulação sobre uma possível volta do peso-pesado Brock Lesnar ao UFC vem ganhando cada vez mais força. Durante coletiva da organização na última segunda-feira (17), em Las Vegas, Estados Unidos, o presidente Dana White confirmou que ouviu do próprio lutador que ele está interessado em retornar ao Ultimate.

“Nós temos um ótimo relacionamento. Ele está saudável e disse que quer lutar novamente. Vamos ver o que acontece agora”, explicou o mandatário.

Atualmente sob contrato com o WWE – evento americano de lutas coreografadas –, Lesnar, de 37 anos, não entra em ação “para valer” desde dezembro de 2011, quando foi derrotado pelo holandês Alistair Overeem. O gigante tem um cartel de cinco lutas e três derrotas.

Anthony Johnson revela choro após a confirmação da luta contra Gustafsson

Johnson revelou ter chorado após confirmação de luta contra Gus (Foto UFC)
A confirmação do duelo entre Alexander Gustafsson e Anthony Johnson no UFC on Fox 14, dia 24 de janeiro, não foi emocionante apenas para o sueco, que poderá lutar dentro de casa. O americano, que voltará ao octógono após  ser suspenso por tempo indeterminado pelo Ultimate, revelou, em entrevista ao site MMA Fighting, ter chorado após o anúncio da luta.

“Chorei porque, mesmo com tanta coisa acontecendo, não desisti e ainda tive fé para acreditar em mim. Estava emocionado, sabe? Atravessei tantas coisas na carreira e agora terei uma das maiores oportunidades da minha vida e veio diretamente para mim. Eu não poderia fazer nada além de chorar”.

Johnson ainda lembrou que, após vencer Phil Davis e Rogério Minotouro, Gustafsson é o único lutador que restou entre os melhores para enfrentar. Em janeiro de 2015, “Rumble” terá a chance de conquistar a sua terceira vitória consecutiva no Ultimate – porém, fez questão de ressaltar a dificuldade que será enfrentar Gus na Suécia:

“Gus é um grande lutador. Tenho o maior respeito por ele. Ele é um animal. Enfrentá-lo em sua cidade natal, seu país, eu tenho que estar no melhor do meu jogo e manter o foco. Porque agora, provavelmente, eu sou o principal inimigo por lá”.

Antônio Pezão mostra motivação para encarar Frank Mir: ‘Vai ser uma ótima luta’

Pezão vai encarar Frank Mir no UFC 184 (Foto UFC)O fim de ano promete ser de intenso trabalho para Antônio Pezão: o lutador soube, na última semana, que irá encarar o experiente Frank Mir no UFC 184, marcado para o dia 28 de fevereiro de 2015, em Los Angeles, nos Estados Unidos. Este será o sétimo combate do brasileiro dentro do Ultimate. Com 18 vitórias e seis derrotas no cartel, Pezão busca reabilitação dentro do evento, já que perdeu para Andrei Arlovski em seu último duelo.

Motivado por retornar contra um oponente tão renomado, Pezão comemora a oportunidade de iniciar o próximo ano com mais um grande embate. Apesar de ter conseguido uma maior regularidade nas últimas temporadas, ele não se considera favorito e faz questão de lembrar a trajetória vitoriosa do adversário.

“Acho que o casamento desta luta foi bom para mim, pelo fato de encarar outro excelente adversário. O Frank Mir é um atleta que merece muito respeito e é um ex-campeão da categoria. Acho que vai ser um grande combate. Quem tem que achar, se sou favorito ou não, é a torcida. O que vou fazer é me dedicar ao máximo durante os meus treinamentos para que possa chegar muito bem preparado e fazer uma ótima luta”, disse.

O peso-pesado pretende esquecer a derrota sofrida para o russo em setembro e acredita que uma vitória sobre Mir seria excelente para recolocá-lo em uma posição privilegiada na categoria. Confiante, ele revelou que procurará informações com os amigos Rodrigo Minotauro e Júnior Cigano, que já enfrentaram o norte-americano anteriormente.

“Tenho certeza que será uma boa luta para me recuperar, já que o Frank Mir é muito conhecido e tem o nome muito forte aqui nos Estados Unidos. É fundamental trocarmos informações antes de nossos combates e será ótimo pedir mais detalhes para dois grandes amigos que eu tenho dentro do esporte. Serão dicas muito valiosas”.

Submetido a uma cirurgia, no fim de setembro, para a retirada de um pequeno tumor no cérebro, Pezão, que sofre há muitos anos com a acromegalia, doença popularmente conhecida como “gigantismo”, garante estar completamente recuperado do processo cirúrgico. Ele também comentou como o procedimento irá lhe auxiliar em suas próximas preparações.

“A minha recuperação foi 100%, tudo ocorreu conforme o planejado e estou me sentindo muito bem. Esse procedimento vai ajudar muito na minha regulação hormonal. Sendo assim, vou conseguir perder peso naturalmente, o que vai me auxiliar bastante na parte de agilidade e de performance dentro do octógono”, concluiu.

Lamas diz ter a ‘chave’ para vencer McGregor e dispara: ‘O UFC está protegendo ele’

São quatro vitórias em quatro lutas no UFC, sendo três por nocaute técnico ainda no primeiro round. Essa é a credencial de Conor McGregor para, em caso de vitória sobre Dennis Siver – duelo marcado para o dia 18 de janeiro de 2015 -, pleitear uma disputa de cinturão contra o campeão dos penas, José Aldo.

Um ex-desafiante ao título, porém, acha pouco. E vai além: diz que o Ultimate está protegendo o irlandês. Ricardo Lamas, que emplacou dois triunfos seguidos – o último, sobre Dennis Bermudez, no sábado (15) – desde que foi superado por Aldo afirmou que a organização faz de tudo para Conor encarar apenas adversários que tenham um jogo que facilitem seu estilo.

“Acho que sou o cara ideal para enfrentar o Conor agora. Ele precisa lutar com um wrestler como eu, só que o UFC está protegendo-o. Eles não querem vê-lo contra um wrestler, mas McGregor precisa encarar um para poder começar a pensar em lutar com o Aldo. Wrestling é a chave para vencê-lo. O UFC está dando lutas que casam com o estilo dele, somente strikers que não forçam a queda. Acho que é por isso que botaram o Dennis Siver contra ele. Todos aqueles movimentos plásticos do Conor não vão adiantar de nada quando ele estiver de costas para o chão levando socos na cara”, disse Lamas, em entrevista à TATAME na terça-feira (18).

O quarto colocado no ranking dos penas, porém, descarta que esteja fazendo o famoso “trash talk”. Segundo Ricardo, a intenção é apenas rebater as críticas que McGregor faz a todos os lutadores da divisão.

“Ele desafiou vários caras, mas, quando me chamou de covarde, fez isso porque está com medo. Ele fica arrumando desculpas para não enfrentar caras que não têm um bom jogo para ele. Não é trash talk da minha parte, mas é porque ele é um cara muito desrespeitoso e que fala mal dos lutadores da nossa categoria. Alguém tem que fazê-lo ficar humilde”, afirmou.

Por mais que a vontade de Lamas seja enfrentar o falastrão da vez, há outra luta que lhe foi sugerida: Chad Mendes. O americano, que vem de derrota em um reencontro memorável com José Aldo, desafiou o atleta da MMA Masters.

“Eu vou lutar com qualquer um. As pessoas me perguntaram quem eu queria enfrentar, e eu disse o McGregor porque ele é um cara muito desrespeitoso. Mas lutaria com o Chad, claro. Ele é um grande lutador e, com certeza, faríamos um grande duelo”, concluiu.

Curtinhas: Gastelum x Woodley será coevento principal de Spider x Diaz

Montagem Kelvin Gastelum X Tyron Woodley (Foto: Editoria de arte)

O UFC 183, que marcará o retorno de Anderson Silva ao octógono, ganhou um coevento principal de respeito. A organização marcou o duelo entre os meio-médios Kelvin Gastelum e Tyron Woodley para o evento do dia 31 de dezembro. Gastelum é o sétimo colocado do ranking da divisão até 77kg, enquanto Woodley está na terceira colocação.

Campeão do TUF 17 ao bater Uriah Hall na final, Kelvin Gastelum está invicto na carreira com 10 vitórias. Em sua última luta, impressionou ao finalizar Jake Ellenberger no primeiro round, no sábado passado, pelo UFC 180, na Cidade do México. Woodley, por sua vez, tem 14 vitórias e três derrotas e um estilo explosivo de lutar. Em sua última apresentação precisou de apenas 1m01s para nocautear Dong Hyun Kim, recuperando-se da derrota sofrida contra Rory MacDonald. Ele também já nocauteou nomes como Carlos Condit e Josh Koscheck.

Ronda volta a atacar Cris Cyborg: “Não passa de um projeto de química”


Ronda Rousey, Coletiva UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)

A campeã peso-galo do UFC, Ronda Rousey, foi uma das estrelas da super coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira, em Las Vegas,  para a divulgação do calendário de 2015. Depois do evento, ela atendeu à imprensa em uma sala reservada, juntamente com outros lutadores. Simpática e sorridente, “Rowdy" falou sobre diversos assuntos, mas desceu do salto quando foi questionada sobre a brasileira Cris Cyborg.

A rivalidade entre as duas já não é novidade, mas ganhou um novo capítulo com a tentativa de Cris de bater 61,2kg (peso da divisão dos galos feminina) em outra organização. A atitude tem sido vista por Ronda como uma fraude e a americana, que já chegou a acusar Cyborg de trapaceira por ter sido flagrada em um teste antidoping em 2011, perdeu a cabeça quando foi comentar o assunto:

- Eu não estou nem aí para ela…sendo bem sincera? Não ligo. Cyborg é uma fraude e é terrível para o esporte. Se um dia ela entrar no UFC, é  minha responsabilidade tirá-la daqui, pois ela não pode arruinar o MMA feminino novamente. Eu não acho que ela tenha o direito de competir, sabe? Entrar no MMA usando drogas para melhorar o desempenho é o equivalente a entrar com uma arma. O que vai arruinar o esporte e todo o trabalho que nós temos feito por tanto tempo, é alguém morrer lá dentro e a outra pessoa testar positivo para esteróides. Aí nós teremos o nosso primeiro homicídio em MMA. Alguém já pensou nisso? Alguém já pensou que isso é mais importante do que números em uma m**** de card? Essa garota está apenas pensando em seus ganhos a curto prazo, ela não está pensando no esporte como todo, em cada mulher que vai vir depois dela para sempre. Fazer as pessoas acharem que ela é a melhor do mundo , quando ela não passa de um projeto de química? Essa é uma pessoa que só liga para a sua percepção e não para o seu caráter. Eu sei, porque cada vez que eu venço, sou a melhor do mundo, trabalho para chegar lá e sei que foi justo. E eu posso sair de lá com a cabeça tranquila e dormir de noite com o meu estômago cheio de asas de frango sabendo que eu fiz isso por mim mesma e não porque eu trapaceei. Ela é uma fraude, não deveria fazer parte do esporte. Essas mulheres que ela está enfrentando são muito mais do que ela e merecem muito mais do que ela. O esporte merece uma campeã que é muito melhor do que ela. Se ela tentar acabar com todo o trabalho que eu fiz, então eu vou tentar matá-la com as minhas próprias mãos e a única pessoa que pode me parar é o árbitro.

Rousey também debochou do fato de Cris ter adiado a sua estreia na divisão dos galos. A curitibana estava escalada para lutar no card do Invicta FC do dia 05 de dezembro, mas sofreu uma lesão no ligamento talofibular anterior, no tornozelo esquerdo, e teve que se retirar do card.

- Ela diz que se lesionou, mas se a sua definição de lesão é tomar muitos anabolizantes e, por conta disso, não conseguir bater o peso, acredito que você esteja muito lesionada mesmo. Mas, sabe? Eu não vou a lugar nenhum. Estou aqui, tenho o cinturão, estou esperando e é ela quem está correndo o mundo todo. Então se essa luta vai acontecer um dia, depende totalmente dela. Eu não fui a lugar nenhum, foi ela quem correu. Eu tive 13 lutas e nunca atrasei ou cancelei um duelo por causa de lesão. Você acha que eu nunca me machuquei? Ela deveria engolir isso e lutar - completou.

Apesar da intensidade das declarações contra Cris, Ronda também falou sobre outros assuntos durante a conversa com os jornalistas. A americana, que tem duelo marcado contra Cat Zingano no dia 28 de fevereiro, em Los Angeles, disse que precisa resolver alguns assuntos pendentes depois do duelo. A encarada com Cat e até a lesão na orelha de Leslie Smith formam assuntos comentados pela campeã peso-galo. Confira os principais tópicos:

Encarada com Cat Zingano

- Não me importo com como as pessoas me encaram. A encarada não tem nada a ver com a luta. Sabe quem foi a pessoa mais esperta de todas a mexer comigo na encarada? Liz Carmouche. Porque já tive garotas na minha cara, tentando me empurrar, tive garotas rindo para mim, coisas assim. Liz Carmouche já começou a falar coisas logo ali, eu fiquei bem distraída! O que ela disse? Hmmmm (risos). Não quero que sua namorada fique enciumada comigo, mas acho que eu teria uma chance com ela ao final do dia (risos). Vamos dizer que foi isso... Foi o máximo que fui surpreendida numa encarada. Porque subo e penso as piores coisas que posso sobre a pessoa na encarada, porque acho que o seu pensamento aparece nos seus olhos, e se você estiver só olhando para a pessoa sem pensar, vai parecer um olhar vazio. Quero que minha expressão tenha uma intenção. Gosto da Cat, mas quando fui encará-la, pensei, "Caramba, Ronda, aquilo foi f***, você não devia..." (risos). Pensei algumas coisas más.

O que Liz fez de diferente que a surpreendeu na encarada

- Acho que ela começou a cantar sua música de entrada e começou a dançar na minha frente. Eu pensei, "Err, não...Não sei o que fazer nessa situação!" (risos) Não tinha nenhuma informação prévia, nenhum conhecimento de como reagir a isso. Foi a encarada mais eficiente de todos os tempos.

O que viu nos olhos de Cat

- Cat está séria, ela vem para a luta. Dá para saber que ela tem uma criança em casa para cuidar. Não tento analisar a outra pessoa psicologicamente durante uma encarada. Lembro que a Miesha ficava tipo, "Ronda estava tremendo e piscando muito, então está com medo de mim!" E eu pensei, "É, volte para a aula de psicologia, vadia". Não tento analisar a outra pessoa. Está ali mais para promoção, e esta coletiva está tão distante da luta... entramos de vestido e salto alto, é mais algo para a mídia. Quando é na semana da luta, aí sim você aprende muito sobre a outra pessoa.

Se já passou por uma encarada semelhante à de Jon Jones e Daniel Cormier, que acabou em briga, em agosto:

- Não posso dizer que eu reagiria bem se pusessem as mãos em mim... Miesha tentou tocar sua testa na minha e acabou com um buraco grande na testa, e ninguém tentou nada desde então. Não sei, tento não manifestar situações que não funcionariam bem para mim, porque não é bom para o esporte, não é bom para mim pessoalmente. Acho que os benefícios de algo como isso são muito curto prazo, e tento pensar no longo prazo. Tento manter as encaradas interessantes e empolgantes para os fãs, mas sou paga para lutar em 28 de fevereiro. Antes disso, só vai me custar dinheiro.

Conor McGregor

- Fiquei tão feliz que ele estava lá, porque ele traz muita energia à sala inteira, deixa todos no clima para se divertirem. Isso torna mais fácil para mim tirar energia disso, me deixa num clima bom, me diverte, e me faz querer ser esperta e fazer piadas também. Ele estando lá, traz a melhor mídia de mim. Tornou divertido e as pessoas sabem dizer quando você está se divertindo. Ninguém quer ver um monte de gente sentada e entediada lá, e você consegue ver quando eles não querem estar lá. Entre Nick e Conor, eu estava me divertindo muito. Conor é hilário, e Nick é hilário sem querer, o que o torna ainda mais hilário para mim. Com os dois fazendo graça de um lado e do outro, eu pensei, "Droga! Por que eu estou aqui na frente?" A única coisa que não gostei na coletiva foi que o Conor estava atrás de mim, então não podia ficar olhando para ele enquanto falava (risos). Eles tornaram isso divertido.

Cat Zingano

- Cat, como uma lutadora, tem uma formação de muay thai e jiu-jítsu, enquanto eu tenho uma formação de boxe amador e judô, então é um casamento de estilos muito interessante. É claro que eu sou parcial e acredito que eu tenho a combinação mais superior de disciplinas que poderiam ser reunidas, mas o que ela tem funcionou muito bem para ela. Ela não é uma lutadora "segura", ela entra para trocar golpes, ela tem um muay thai muito tradicional e gosta de ficar parada trocando, e é por isso que ela está invicta, é uma das favoritas dos fãs. Há muitas coisas em seu estilo nas quais posso capitalizar. Mas ela traz um quebra-cabeça muito único. Tento vir diferente contra cada lutador diferente, e você verá algo completamente diferente e novo contra a Cat.

Força mental de Cat Zingano

- Há algumas garotas em que não conto com a parte psicológica. Com a Carmouche, por exemplo, eu sabia que ela era fuzileira e não seria intimidada. McMann, achava que não seria intimidada porque foi medalhista olímpica, e com a Cat, ela é experimentada, testada, um indivíduo que passou pelo inferno e voltou, e acho que não vou intimidá-la nem um pouco. Mas não acho que preciso disso, sou melhor atleticamente que todas essas garotas, não preciso que elas entrem sem confiança. Eu espero que elas entrem confiantes mentalmente, que sejam suas melhores versões. Não estou com os dedos cruzados que elas ficarão com medo e não aparecerão. Quero que ela apareça, quero que elas sejam as melhores. Por favor, apareça e seja a melhor lutadora que você pode ser, então eu poderei derrotá-la e você poderá se sentir bem por ter dado o seu melhor, assim como todo mundo vai se sentir bem por ter assistido a um grande show.

Bethe Correia

- Eu disse, na última vez que eu estive lá, que eu adoraria enfrentar a Bethe Correia no Brasil. Ela está invicta e tem um cartel impressionante, adoro lutar no Brasil e, por causa da minha história como lutadora de judô sendo sempre a “garota má”, eu sempre fui para outros países lutar, nunca tive ninguém vindo até o meu país para me enfrentar. Estou acostumada com esse formato e não há nada que me assuste ou com o que eu não esteja acostumada. Eu acho que ela é muito honrada e é uma lutadora de alto calibre. Ela pode falar umas besteiras e apresentar perigo a algumas das minhas colegas de time, mas o que realmente acontece na luta é que eu considero honrado. Quando Bethe está lutando, ela luta com as regras, é uma lutadora justa e é isso que eu considero honra. Quando você trapaceia na luta, isso te faz uma pessoa não respeitável. Você pode dizer o que quiser, apenas lute com honra. E a Bethe luta com honra, é por isso que eu quero enfrentá-la, me testar contra ela e eu amo a oportunidade de lutar contra atletas invictos para dar-lhes a oportunidade de sentir o gosto da derrota.

Decisões sobre o futuro

- Tudo, absolutamente tudo, está acontecendo ao mesmo tempo. Estou em uma situação de sorte, na qual tenho tantas opções, que eu poderia escolher vários diferentes caminhos agora. Qual caminho escolher depende muito da forma com que vou derrotar Cat Zingano.

Por que sempre entra para lutar com a cara fechada?

- Eu não faço nada. Acho que começou quando eu era criança…eu estava em competições de judô e a minha mãe não me deixava brincar com as outras crianças. As crianças que também competiam no campeonato faziam brincadeiras de mão ou coisas assim e a minha mãe me agarrava, me colocava no canto e dizia: “Sente aí e pense em como vencer”. Ela também me fazia dormir entre uma luta e outra, assim eu não conseguiria brincar, pois teria que focar. Eu aprendi que quando é hora de ter foco é hora de ter foco. Quando eu me tornei uma competidora de alto nível, já mais velha, eu era o “cara mau” em todos os lugares. Toda vez que eu entrava em uma arena, eu era vaiada por todo mundo, então eu tinha que encarar todo mundo pensando: “Eu vou calar a boca dessa gente toda”. Eu nunca trabalho pelo aplauso, eu trabalho pelo silêncio. Eu sempre senti que era eu contra o mundo, toda vez que eu lutava. Então é por isso que eu entro na arena desse jeito. Eu não entro lá sorrindo e dando tcháu para as pessoas, porque elas provavelmente não vão me dar tcháu, elas vão jogar algo na minha cara. Ser uma garota de 16 anos na Coreia  me deixou mais forte e, com o tempo, eu já tinha 27 anos.

Luta entre Jessica Eye e Leslie Smith

- As pessoas são afetadas de outra forma quando mulheres lutam e acho que isso é parte do apelo, pois te afeta emocionalmente ver algo acontecer a uma mulher. Não importa se é alguém que você nunca viu, que está em outro país ou que você não nunca vai conhecer na vida, porque aconteceu com uma mulher, isso te afeta. Eu não acho que há nada de errado em afetar as pessoas. Talvez as pessoas não gostem do que viram no início, mas a coisa é que você é afetado por uma razão e não porque aconteceu com uma pessoa que não deveria estar lá, que não deveria estar lutado ou que não deveria ter chegado a essa situação.  Eu acho que o que ficou provado naquela luta é que essas mulheres são lutadoras de verdade. Você não pode dizer que elas são fadas delicadas que precisam ser protegidas do mundo. Aquela garota quase teve a orelha rasgada e ela estava pronta para mais. E eu vi uma mulher fazer isso antes de ver um homem ter a mesma atitude.

Sobre Leslie Smith pedir para continuar lutando mesmo com a lesão na orelha:

- A luta seria parada de qualquer forma…a orelha dela estava caindo. Ela queria continuar lutando porque é uma lutadora de verdade. É por isso que o árbitro e a Comissão estão ali, pois um lutador de verdade vai lutar até morrer. O árbitro e a Comissão estão ali para te proteger, pois as lutas não podem acabar em morte, certo? Então nós temos que ter alguém ali para se certificar que é seguro e parar os lutadores antes de eles pararem, pois um verdadeiro lutador não vai parar sozinho.