sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

[Video] Bellator 134: Newton e McGeary batem peso e brigaram pelo cinturão


Em uma pesagem tranquila, todos os lutadores bateram o peso de suas respectivas categorias nesta quinta-feira (26) para o evento de número 134 do Bellator, que acontecerá nesta sexta, em Uncasville, Connecticut, nos Estados Unidos. A luta principal da noite será entre Emanuel Newton e Liam McGeary, que disputarão o cinturão dos meio-pesados.

Essa será a quarta defesa do título da categoria de Newton, que está invicto desde 2013. O norte-americano ganhou o cinturão interino em novembro daquele ano e unificou seu título quatro meses depois ao vencer Attila Végh por decisão dividida dos juízes. Liam McGeary tem um card perfeito no MMA de nove vitórias em nove lutas. Newton tem 25 triunfos, 7 derrotas e um empate.

Único brasileiro no card, André “Chatuba” Santos precisou ficar nu para bater o peso. Seu rival, Paul Daley também precisou da toalha para chegar até o limite dos meio-médios.

CARD PRINCIPAL

Peso-meio-pesado: Emanuel Newton (92.7 kg) vs. Liam McGeary (92.5 kg)
Peso-pesado: Cheick Kongo (108.4 kg) vs. Muhammed “King Mo” Lawal (98.4 kg)
Peso-meio-médio: Paul Daley (77.5 kg) vs. André “Chatuba” Santos (77.5 kg)
Peso-meio-pesado: Rameau Sokoudjou (92.9 kg) vs. Linton Vassell (92.9 kg)
Peso-meio-médio: Brennan Ward (77.5 kg) vs. Curtis Millender (77.1 kg) 

CARD PRELIMINAR

Peso-leve: Michael Mangan (70.3 kg) vs. Dean Hancock (70.7 kg)
Peso-pena: Matt Bessette (65.1 kg) vs. Josh Laberge (65.7 kg)
Peso-pesado: Raphael Butler (117.9 kg) vs. Josh Diekmann (108.6 kg) 
Peso-médio: Jason Butcher (84.3 kg) vs. Tamdan McCrory (84.1 kg) 
Peso-meio-médio: Bobby Flynn (77.3 kg) vs. Tamdan McCrory (77.5 kg)
Peso-galo: Marvin Maldonado (61.6 kg) vs. Blair Tugman (61.6 kg) 


[Video] Cyborg e Charmaine Tweet trocam provocações em pesagem do Invicta

Cris Cyborg e Charmaine Tweet Pesagem Invicta FC (Foto: Evelyn Rodrigues)

Não foi só entre as mulheres do UFC que o clima esquentou na noite de quinta-feira. A pesagem do Invicta FC 11, que aconteceu no Hotel Milennium Biltmore, no centro de Los Angeles, também teve uma encarada intensa entre as protagonistas da luta principal do evento, que acontece na madrugada desta sexta-feira para sábado na cidade, a brasileira Cris Cyborg e a canadense Charmaine Tweet. Elas trocaram algumas provocações quando posavam para fotos fazendo a tradicional encarada.

Dona do cinturão peso-pena da organização, Cyborg cravou 65,5 kg na balança oficial, enquanto sua adversária passou com 65,8kg. Em entrevista ao Combate.com após a pesagem, a presidente do Invicta, Shannon Knapp, afirmou que a brasileira nunca teve um corte de peso tão tranquilo.

- Ela é uma excelente lutadora e vem dominando o MMA feminino há muito tempo. Ninguém conseguiu fazer o que Cris fez no MMA feminino, com exceção de Ronda Rousey. Essa é uma grande luta para nós, Cris representa o seu país, sou uma grande fã de seu trabalho. Eu tenho trabalhado com ela desde o Strikeforce - disse Knapp.

Outra brasileira do card é Ana Carolina Vidal, que fará a sua estreia como lutadora profissional, protagonizando o primeiro duelo da noite contra Aspen Ladd. A carioca tem apenas uma luta como amadora, mas tem uma carreira de respeito no jiu-jítsu, com vitórias sobre Kyra Gracie e Gabi Garcia. Faixa-preta da Gracie Humaitá, a  pupila de Letícia Ribeiro passou pela balança com 57 kg, contra 56,9 kg de sua adversária.

Uma curiosidade do Invicta é que, quando as lutadoras precisam ficar nuas para tentar bater o peso, em vez de "cabaninhas" de toalha para esconder os órgãos genitais, é trazida uma cortina preta que cobre as atletas dos pés à cabeça. Três lutadoras precisaram do artefato na pesagem, e uma delas não conseguiu registrar o valor de sua categoria mesmo nua: a peso-mosca Laura Salazar, que bateu 58,4kg, mais de um quilo acima do limite de 57,2kg, e foi multada em 25% do valor de sua bolsa de luta, percentual que será repassado à sua adversária, Christine Stanley, que marcou 56,9kg.

Outra que não bateu o peso foi Norma Rueda Center, que marcou 52,9kg, não tentou perder mais peso e foi multada em 25%. Sua oponente, DeAnna Bennett, não registrou o peso certo na primeira tentativa e foi multada em 15% de sua bolsa. Mais tarde, ela tentou de novo e ficou dentro do limite da categoria peso-palha, 52,6kg.

O Combate transmite o card do Invicta FC na madrugada desta sexta-feira para sábado, a partir das 0h (horário de Brasília). Confira o peso das lutadoras do card:

Invicta FC 11

27 de fevereiro de 2015, em Los Angeles (EUA)

CARD PRINCIPAL

Peso-pena (até 65,8kg)*: Cris Cyborg (65,5kg) x Charmaine Tweet (65,6)

Peso-palha (até 52,6kg): Alexa Grasso (52,1kg)  x Mizuki Inoue (52,2 kg)

Peso-palha (até 52,6kg): Norma Rueda Center (52,9 kg) x DeAnna Bennett (52,6 kg)***

Peso-galo (até 61,7kg): Irene Aldana (61,2 kg) x Colleen Schneider (61,3kg)

CARD PRELIMINAR
Peso-palha (até 52,6kg): J.J. Aldrich (52,4 kg) x Jamie Moyle (52,3 kg)

Peso-palha (até 52,6kg): Amy Montenegro (52,4 kg) x Brianna Van Buren (52,3 kg)

Peso-mosca (até 57,2kg): Laura Salazar (58,4 kg) x Christine Stanley (56,9 kg)**

Peso-mosca (até 57,2kg):  Aspen Ladd (56,9 kg) x Ana Carolina Vidal (57 kg)

* Luta vale cinturão. Demais lutas não valem cinturão e, por isso, têm 1lb (454g) de tolerância

** Laura Salazar ficou acima do peso e foi multada em 25% de sua bolsa de luta

*** Bennett bateu o peso numa segunda tentativa após o final da pesagem, mas ainda assim foi multada em 15% de sua bolsa. Rueda Center ficou acima do peso e foi multada em 25%

[Video] Encaradas pré UFC 184

[Video] Ronda Rousey: “Eu devo a minha carreira a Gina Carano”

[Video] Cat Zingano: “Eu sou o ponto fraco de Ronda Rousey”

[Video] Holly Holm: “Estou muito nervosa para a minha luta”

[Video] Raquel Pennington: “Me sinto tão bem que acho que algo está mal”

[Video] Jake Ellenberger” Vou fazer do olho de Josh Koscheck um alvo”

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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Após nocautear Antônio Pezão, Frank Mir dispara: ‘Eu destruiria Brock Lesnar’

Um novo duelo entre Frank Mir e Brock Lesnar passou a ser comentado nos bastidores (Foto UFC)

Após “atropelar” Antônio Pezão na luta principal do UFC Porto Alegre, realizado no último domingo (22), Frank Mir voltou aos holofotes. Além de subir no ranking da categoria dos pesados da organização, ocupando o 11º lugar, uma trilogia com Brock Lesnar passou a ser comentada nos bastidores (em duas lutas, uma vitória para cada lado, entre 2008 e 2009). Em entrevista ao site Fight Corner, Mir comentou que destruiria Lesnar em um possível duelo entre os dois.

“Acho que poderia destruir o Lesnar em pé agora. Acredito que aprendi a anular os golpes de luta com o treino que fiz com Ricky Lundell. Fiz uma luta com Daniel Cormier, que é um atleta de Wrestling com nível olímpico, e ele teve dificuldades em me derrubar. Acho que Lesnar deixaria de ser cuidadoso e iria para cima de mim, e acho que ele não levaria vantagem ao tentar me bater”, disse Frank Mir.

Um novo duelo entre Frank Mir e Brock Lesnar passou a ser comentado nos bastidores (Foto UFC)

Mir ainda citou como exemplo a luta que teve com Antônio Pezão. O americano analisou o estilo de luta de Brock Lesnar, afirmando que, caso utilize a combinação de golpes aplicados no brasileiro, Lesnar não resistiria.

“Sempre ouvi esses rumores do camp de Lesnar que ele não gosta de ser golpeado, e vimos isso nas lutas. A combinação ‘jab+gancho’ que usei no Pezão o derrubaria também. Joguei o Pezão no chão e o venci. Acho que o mesmo aconteceu na luta entre Lesnar e Velásquez, quando Cain o acertou nas costas, e Brock gritou para a luta ser paralisada. Não acho que ele teria tempo de gritar se a luta fosse comigo”, concluiu.

Ronda responde a Arianny Celestel: "Não teria trabalho se não fossem os lutadores"

Ronda Rousey, treino MMA Combate (Foto: Evelyn Rodrigues)

Reza o ditado: quem fala o que quer, ouve o que não quer. Arianny Celeste respondeu a declaração de Ronda Rousey, que havia dito que as ring girls não deveriam ganhar mais do que os lutadores. Na quarta-feira, durante o treino-aberto dos atletas do UFC 184, a campeã do peso-galo deu novo capítulo à discussão após ser chamada de "valentona" pela morena.

Ronda, que chegou a imitar a voz de Arianny de maneira irônica (assista ao vídeo), afirmou que o trabalho da ring girl só existe por conta dos lutadores. A lutadora aproveitou a oportunidade e deu um conselho à compatriota.

- Por que o que eu disse é bullying? Eu disse que os lutadores deveriam receber mais do que as rins girls. Isso não é bullying, eu tenho razão em dizer isso. Me desculpe, mas ela não teria um trabalho se não fossem os lutadores. Você acha que andar em círculos em volta de dois caras ou de duas garotas que estão lá lutando por suas vidas é algo que mereça mais? Ela acha que ela trabalha mais duro do que eles? Eu não disse que ela precisa receber menos, eu disse que, ou as ring girls estão recebendo muito ou os lutadores não estão recebendo o suficiente. Para ela levar isso para o lado pessoal… Sabe o que seria a melhor coisa ela ter dito? “Oh meu Deus! Sabe, esses lutadores trabalham tão duro, e eu não teria um trabalho se não fosse por eles. Eu os admiro tanto e, definitivamente, acho que eles deveriam receber mais do que qualquer pessoa aqui esta noite”. Essa é a minha lição de Relações Públicas para ela.

A campeã do UFC mostrou admiração por Britney Palmer, também ring girl do Ultimate como Arianny Celeste. "Rowdy" elogiou o fato de a loira utilizar a fama para promover seu trabalho como artista plástica.

- Eu respeito muito a Britney Palmer. Ela se tornou uma ring girl para pagar a sua escola de arte e se tornar uma artista plástica conhecida. O trabalho de ring girl a ajuda a promover o seu trabalho como artista. Se você trabalha no Hooters para pagar a escola de medicina, então trabalhe mesmo, garota. Eu respeito o seu esforço, mas não pense que você é gostosa só porque você trabalha lá. Use isso para ir além na sua vida, não pense que você é maravilhosa só porque você faz isso. Desculpe, mas eu não estou impressionada com o trabalho em si.

Metralhadora giratória

Dona de uma personalidade forte e de uma língua afiada, Ronda não pôde deixar de falar sobre a desafeta Cris Cyborg, com quem esteve nos treinos-abertos desta quarta-feira, feito em conjunto pelo Invicta - evento do qual a brasileira detém o cinturão dos galos - e pelo UFC.

A americana alfinetou a brasileira, que defenderá o cinturão do Invicta nesta sexta-feira, contra Charmaine Tweet, que estreou no MMA profissional em 2011, justamente contra Ronda.

- É engraçado que a menina que ela vai enfrentar é a mesma que eu venci em menos de um minuto na minha segunda luta profissional. Será que ela está realmente se testando ao máximo? Eu estou aqui, foi ela quem deixou a empresa. Foi ela quem fugiu, eu ainda sou a campeã da divisão, ainda estou aqui. Ela pode vir aqui me enfrentar ou não, mas a decisão de não ter vindo para o UFC foi dela. Ela pode bater o peso. O que acontece é que quando alguém trapaceira, sempre vai querer o jeito mais fácil para eles. Mas você não vai conseguir sempre ter vantagens a seu favor. Você precisa aprender a lição e fazer exatamente o que as outras garotas fazem. Pare de tomar esse monte de esteroides e bata o peso.

Arianny Celeste dispara contra Ronda: "Ela não passa de uma valentona"

Montagem Arianny Celeste X ronda housey (Foto: Editoria de arte)

O caldo entornou. Após ser provocada por Ronda Rousey há alguns anos, por conta da posição das duas em uma lista das mulheres mais sexies do mundo - Ronda disse que gostaria de ficar à frente de Arianny, por achar que seria engraçado uma lutadora ser mais sexy que alguém cujo único trabalho é ser sexy -, e mais recentemente, quando a campeã dos pesos-galos do UFC disse achar absurdo que ring girls tenham salários maiores que os de alguns lutadores, Arianny Celeste desabafou. Em entrevista ao site "MMA Junkie", a mais famosa das ring girls do UFC disparou contra a loura, dizendo que não aceitará mais bullying contra si ou qualquer outra ring girl.

- Não vou falar sobre ela, porque não sou uma lutadora. É uma perda de tempo. Hoje em dia eu não falo sobre ninguém. Mas me deixa louca imaginar que uma pessoa que sequer me conhece pessoalmente continue a me perseguir. É assim que eu a vejo: não passando de uma valentona provocadora. Estou cansada desse bullying, e não vou deixar mais isso acontecer comigo ou com qualquer uma das ring girls do UFC.

Arianny falou sobre o seu trabalho e a dificuldade que é exercê-lo, e revelou que, quando não está trabalhando, prefere se afastar do mundo do MMA.

- Quando não estou trabalhando eu me afasto do MMA. Não vou mentir: as pessoas do MMA são muito agressivas. Eu costumava me importar com coisas desse tipo, mas parei. Não acesso blogs ou alguns tipos de sites, porque não quero ler coisas que me magoem ou me irritem - minha tendência é responder. Não sou brigona, mas vou me defender se for obrigada. As pessoas não sabem como é difícil ser uma ring girl, uma modelo ou uma apresentadora. Você não está ali só andando com uma placa numerada na mão usando uma roupa minúscula sendo criticada por muita gente por isso. Nós também fazemos isso com uma câmera na nossa cara, além de termos que mostrar nossa personalidade e apresentar programas. Tente ser um manequim vivo tendo de experimentar milhões de modelos para cada cliente, querendo ir para casa e sabendo que não irá tão cedo, porque ainda terá mais 50 outros modelos para experimentar. Não é tão fácil quanto parece, mas as pessoas só se dão conta disso quando tentam fazer o que fazemos - finalizou.

Cris Cyborg ironiza provocação de Ronda: "Talvez eu mate ela, sabe?"

Cris Cyborg, treino MMA (Foto: Evelyn Rodrigues)

As trocas de farpas entre Cris Cyborg e Ronda Rousey não param. A americana, que costuma alfinetar a brasileira ao falar de doping, teve que aguentar a rebatida da curitibana, nesta quarta-feira, na UFC Gym de Torrance, na Califórnia, Estados Unidos.

A campeã do peso-pena do Invicta FC conversou com a imprensa após participar do treino-aberto da organização e alfinetou a rival, que costuma citar o caso de doping de Cris para provocá-la. O detalhe é que, na sequência, Ronda Rousey, dona do título do peso-galo do Ultimate, irá treinar no mesmo local, para promover o UFC 184.

- Ronda está tentando usar isso para crescer. Ela fala de doping porque antes ninguém sabia quem ela era. Agora ela é conhecida e fica falando de mim. Eu já a conhecia no Strikeforce e ela estava lutando na minha categoria de peso. Eu pedi para enfrentá-la naquela época, e eles disseram que ela não estava pronta para mim. Acho que ela usa isso como uma desculpa. A Ronda diz “Talvez ela possa matar uma pessoa dentro do cage". Talvez eu mate ela, sabe? (risos). Eu não vou matar ninguém porque eu tenho o árbitro lá para me parar. Acho que ela é estúpida, mas eu tento não falar nada. Eu escuto e tento aprender com isso para ser melhor

Cyborg, que foi pega no antidoping por uso de anabolizantes após vencer Hiroko Yamanaka, quando defendeu o título do Strikeforce, em dezembro de 2011, afirma que aprova os testes surpresas e opina que os exames deveriam ser para todos os lutadores.

- Eu não me incomodo não com o fato de ter sido testada. Estou limpa, fiz os testes que tinha que fazer, passei por todos eles. Eles podem ir até a minha academia, sabem onde eu treino, sempre posto no meu Facebook onde estou, eles podem me achar. Claro que eu apoio teste antidoping surpresa, mas acho que deveria ser a mesma coisa para todo mundo. Eu cometi um erro uma vez e toda semana eles vão me testar. Mas deveriam testar todos os lutadores da mesma forma, não apenas alguns.

Apesar de não ter esquecido Ronda Rousey, Cyborg terá de mudar o foco nesta sexta-feira, quando defenderá o cinturão contra Charmaine Tweet, em Los Angeles. No dia seguinte, também em Los Angeles, Ronda tenta manter o título dos galos do UFC contra Cat Zingano, na edição 184 do Ultimate.

Fedor Emelianenko: "Doping de Anderson Silva foi um tapa na cara

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E o "Último Imperador" falou. Em recente viagem aos EUA, o russo Fedor Emelianenko não poupou críticas ao brasileiro Anderson Silva pelo caso de doping em que o ex-campeão dos pesos-médios do UFC se envolveu. Fedor, tido por muitos como o maior lutador de todos os tempos, falou abertamente em entrevista na "Spike TV" sobre o assunto, e disse que o caso foi como um "tapa na cara".

- É extremamente decepcionante que um atleta do seu nível tenha decidido se apoiar nas drogas para melhorar suas performances. É um tapa na cara de todos nós, lutadores, e do esporte. Para mim, um atleta deve depender de seu talento, experiência e treinos duros, e não deve buscar atalhos entre os treinos e as vitórias usando ou dependendo de esteroides ou qualquer tipo de drogas proibidas. O mais importante é ser verdadeiro consigo mesmo e com seus fãs, que fizeram de nós quem nós somos como atletas. Mas agora, após ser flagrado por uso de drogas, Anderson Silva terá essa marca em sua carreira: a de ser alguém que usa drogas proibidas para vencer. Quando eu ainda competia, costumava correr 20km todos os dias, e depois fazia horas de treinos e sparring. Isso me fazia ter velocidade no ringue. Eu treinava tanto que às vezes era difícil me levantar, e mais difícil ainda me deitar. Hoje as pessoas parecem estar substituindo os treinos por drogas - disse o lutador, que fez 39 lutas na carreira, com 34 vitórias, quatro derrotas e uma luta sem resultado, tendo ficado incríveis dez anos invicto entre os pesos-pesados, entre 2000 e 2010.

Fedor também falou sobre o encontro que teve com Dana White em "uma ilha". O presidente do UFC estaria disposto a fazer o que fosse necessário para levar o russo para sua organização, mas, segundo Emelianenko, a postura do dirigente não o agradou.

- Só recebi a proposta de enfrentar Brock Lesnar quando já estava aposentado. Tudo tem sua hora e lugar certos para acontecer. Acho que poderia ter acontecido antes se o UFC - principalmente Dana White - tivessem me contactado e iniciado uma conversa e uma negociação para que ambas as partes chegassem a um acordo, e não algo do tipo: "Estas são as minhas regras, é pegar ou largar." Eu e Dana nos encontramos em uma ilha. Foi algo muito rápido, e não sei ao certo para que ele foi lá. Durante as conversas algumas coisas foram prometidas, mas quando vi os papeis, o que havia sido prometido não constava no documento. Houve uma longa conversa entre mim e Dana, e com os advogados dele, mas não chegamos a lugar algum. Resumindo, o que Dana disse basicamente foi: "mais cedo ou mais tarde você acabará lutando aqui. Você ainda vai aceitar o contrato que estou lhe propondo." Durante toda a minha carreira eu ouvi e li muita coisa negativa vindo de Dana White. Como você reagiria se uma pessoa que fala um monte de coisas ruins sobre você de repente muda de opinião e te convida para trabalhar para ela? O ponto não é dinheiro, mas respeito mútuo e chegarmos a um acordo. Tem que haver um diálogo.

O lutador reafirmou que segue aposentado, sem planos de voltar a lutar.

- Estou aproveitando a aposentadoria, mas continuo treinando para não perder o condicionamento físico que lutei tanto para conseguir ter. Quando lutava eu ficava muito nervoso antes de cada uma das minhas lutas. Hoje estou feliz de não ter que sentir mais isso. Se algum dia eu decidir voltar a lutar, prometo fazer uma grande coletiva e convidar todos vocês - brincou

Treinador de Belfort: "Talvez ele esteja mais forte do que quando usava TRT"

Vitor Belfort x Weidman, Encarada UFC (Foto: Reprodução)

Muitos têm dúvida sobre como será a performance de Vitor Belfort em seu primeiro combate após a proibição da terapia de reposição de testosterona (TRT), da qual fazia uso. A incerteza acontece, principalmente, após alguns atletas terem caído de produção com o fim do tratamento, como Dan Henderson e Antônio Pezão. Entretanto, o treinador do Fenômeno, Henri Hooft, acredita que ele pode estar até mais forte do que estava quando utilizava a TRT e que não vai parecer pequeno em nenhuma hipótese na comparação com o campeão dos médios, Chris Weidman, para o duelo do dia 23 de maio, no UFC 187.

- Claro que não sou médico, não sei como estará seu físico na luta, mas ele parece ótimo. Talvez ele esteja um pouco mais forte do que quando usava o TRT ou qualquer coisa que usava. Ele parece um pouco mais forte, mas existe uma diferença entre parecer mais forte e estar mais forte. Não basta parecer maior e mais forte. Ele apenas está incrivelmente forte fisicamente. Ele já foi assim quando era mais novo. Ele já foi forte. Então vai estar bem. Ele é tecnicamente muito bom e tem muita experiência. Comparado a Chris Weidman, Vitor Belfort nunca será pequeno. Ele lutou nos pesos-pesados, então ele nunca será pequeno - afirmou, em entrevista ao "Submission Radio".

Hooft ressaltou que o lutador de 37 anos ainda não aparenta estar em queda de rendimento e que as chances de conquistar o cinturão da divisão até 84kg são boas.

- Aos 37 anos, seu corpo muda um pouco, mas, em termos de técnica e força, ele ainda é um dos melhores do mundo. Ele vai ser o melhor e, na divisão de peso dele, ele tem uma chance muito boa de bater Chris Weidman - finalizou.

Tibau admite que precisa de vitória convincente: "Me cobro muito isso

Gleison Tibau e Tony Ferguson (Foto: Getty)

Vencer três seguidas no Ultimate normalmente é motivo para deixar qualquer lutador satisfeito, mas para Gleison Tibau ainda não é o suficiente. Nas últimas três vezes que pisou no octógono, teve seu braço erguido, mas uma por decisão unânime e, nas mais recentes, por decisão dividida, contra Piotr Hallmann e Norman Parke. As críticas do público de que precisa ser mais convincente em suas vitórias fizeram o brasileiro ligar o sinal de alerta e ele mesmo admitiu que não está feliz com suas atuações. Neste sábado, no UFC 184, quando enfrentará Tony Ferguson, o lutador garante que tentará ser mais agressivo para buscar o nocaute ou a finalização, mas salientou que não viu brechas no jogo dos rivais anteriores para impedir que fosse parar na mão dos árbitros.

Não estou muito feliz com esses resultados. Na verdade me cobro muito isso, quero voltar a nocautear, finalizar e fazer mais pressão na luta. Mas realmente esses caras endureceram muito, estavam bem fortes, resistentes e bloquearam um pouco meu jogo. Senti que nessas últimas lutas não desenvolvi meu jogo. Vi que não tinha espaço. Foram lutas muito disputadas e muito duras, mas isso me fez crescer bastante e estou procurando buscar o nocaute ou a finalização. Sei que os fãs estão cobrando isso e também estou me cobrando a mim e a minha equipe. Quero fazer uma grande luta, mas, realmente, nessas últimas não tive brechas - analisou Tibau, em entrevista por telefone ao Combate.com.

Apesar de garantir que irá procurar uma vitória contundente, Tibau, em um primeiro momento, disse também não ver as tais brechas no jogo de Ferguson. Todavia, mostrou confiança de que ser jiu-jítsu pode ser o caminho das pedras para conseguir o resultado positivo.

- É um cara vindo muito bem, de boas vitórias, tem boas finalizações, é versátil em pé, sabe usar a envergadura, já que é um comprido para a categoria, tem bom jiu-jítsu, então é um cara que não tem muita brecha também. Ele sabe se virar no chão, é bom na trocação, no wrestling, e sei que é uma batalha dura, mas temos algumas cartas na manga para surpreender e, quem sabe, chegar a um grande nocaute. Porém, gente se preparou para todas as situações, mas acho que ele se garante mto no jiu-jítsu e vai querer fazer jiu-jítsu comigo.Treinamos bastante para buscar uma boa finalização. Por ele acreditar no jiu-jítsu, vai me dar brecha para uma grande finalização - disse, acrescentando que o triunfo deve valer uma vaga no top 15 dos pesos-leves.

- Tanto eu, quanto ele (merecemos ser ranqueados). Está na hora sim de entrar no ranking. São boas vitórias, estamos crescendo e mostrando vontade. Realmente não sei explicar isso de estarmos fora do ranking. Depois dessa luta aí, um dos dois vai ter que entrar.

aborrecimento com acusação

Se a preparação para sua luta contra Norman Parke foi atrapalhada por um assalto à sua residência, desta vez o que tirou Tibau do sério foi a acusação do lutador Andrew McInnis de que tem certeza que ele se dopa e que sua "urina brilha no escuro". O brasileiro chegou a dizer que foi algo que mexeu com a sua cabeça tanto quanto o incidente anterior.

- Graças a Deus na vida pessoal está tudo certo. O único problema que mexeu comigo e que fiquei revoltado foi um lutador falando besteira, que tinha 100% de certeza de que eu tomava anabolizante e isso me machucou bastante. Eu, Deus e minha família sabemos o tanto de dedicação que tenho com a minha dieta, treinos, disciplina de atleta. Estou fazendo história no UFC e tudo isso é por dedicação. Não é droga nenhuma. Isso me deixou irritado, igual quando fui roubado antes da última luta. Pesou para mim porque me dedico muito para um cara que nem me conhece chegar e falar uma bobagem dessa em público. Mas está tudo ok - garantiu.

Gleison Tibau, inclusive, se mostrou satisfeito com o anúncio de que o Ultimate terá uma política mais rigorosa de combate ao doping. De acordo com ele, é a oportunidade de provar que sempre atuou de forma limpa.

- É excelente, está sendo maravilhoso, isso vai ser muito bom para mim. Inclusive porque muita gente acha, por eu ser grande para a categoria, atlético e ter longevidade no esporte, que uso alguma coisa. Vai ser muito bom para mim porque vou poder mostrar mais ainda que não uso nada. Estou super feliz com essas mudanças de regras, a punição está sendo maior, então acho que isso só vai ajudar no crescimento do esporte mais ainda - concluiu.

[Video] Treino e entrevista Ronda Rousey

[Video] Treino e entrevista Cat Zingano

[Video] Treino e entrevista Holly Holm

[Video] Treino e entrevista Raquel Pennington

[Video] Treino e entrevista Cris Cyborg

[Video] Treino e entrevista Charmaine Tweet

[Video] Treino e entrevista Alexa Grasso

[Video]Treino e entrevista Irene “Robles” Aldana

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Provocado via internet, ex-UFC e Bellator dá surra em valentão e divulga o vídeo


Não é novidade que os comentários de internautas são ácidos e muitas vezes desrespeitosos. Nos EUA, o internauta Patrick Martin acabou se dando mal ao provocar por dias o lutador meio-médio Josh Neer, que teve passagem pelo UFC e pelo Bellator. Em um vídeo postado por Neer na última segunda-feira, ele aparece dando uma surra em Martin que, segundo ele, foi até sua academia procurá-lo após insultá-lo por dias nas redes sociais.

- Basicamente esse cara é um idiota que vem falando mal de lutadores de MMA nas redes sociais há um mês. Eu o ignorei, mas no último sábado ele respondeu a uma mensagem que eu postei no Facebook. Ele também me mandou dez mensagens ofensivas seguidas, às quais eu também ignorei, mas desta vez eu disse que, se ele quisesse lutar, que me encontrasse na minha academia segunda-feira, às 17h30m. Não sei qual o problema dele, mas o cara é grande. Tem por volta de 1,98m e 122kg, e gosta de bancar o valentão. Ele apareceu 18h10m, 40 minutos após o início do meu treino. Eu perguntei se ele preferia lutar comigo, que tenho 1,80m e 77kg, ou contra o Rakim Cleveland, que é bem maior que eu (tem 1,90m e 83kg). Ele me escolheu, claro - disse Neer em entrevista ao site "Bloody Elbow".

Neer disse ainda que a intenção de colocar o vídeo no ar foi fazer Patrick Martin parar de mandar mensagens ofensivas aos lutadores nas redes sociais, já que, mesmo após a surra, ele continuou a postar textos.

"Mesmo soco que dou no cara limpo, dou no cara dopado", afirma José Aldo

José Aldo Q&A (Foto: Getty Images)Os casos recentes de doping no Ultimate, que tiveram como ápice os resultados dos exames de sangue e urina de Anderson Silva, fizeram o tema ser trazido a tona como nunca antes na história do MMA. A organização anunciou recentemente uma política de controle antidopagem mais rigorosa para os atletas. Na opinião de José Aldo, campeão dos pesos-penas do UFC, a medida é positiva. Entretanto, ele não vê problemas em lutadores que utilizam substâncias proibidas que foram receitadas por médicos pela necessidade da pessoa. Apenas é contra aos que usam para ter vantagem na hora do combate. Mesmo assim, mostra pouca preocupação para o caso de enfrentar oponentes que estejam sob efeito de doping já que, de acordo com ele, bate da mesma forma em quem está dopado e em quem está limpo.

- Pelo lado do esporte sempre procuramos ver com bons olhos. Não vejo problema nenhum. Se você tem problemas, precisa de coisas a mais e usa porque o médico passou, tudo bem. Ninguém é jovem a vida inteira. Agora, tentar levar vantagem disso, aí acho errado com todos que lutam limpos. Mas se for fazer uma peneira em todos os esportes, poucos saem limpos, são 100% saudáveis, só treinam e comem arroz e feijão. Isso não existe. Se for olhar nas Olimpíadas, vários atletas já falaram que foram dopados e não tinha uma campanha tão grande (para combater isso) até se aposentarem. Para mim, não vejo problema nisso. Por um lado o esporte é prejudicado, por outro não vejo problema. Nunca desconfiei de ninguém que lutou comigo, penso apenas em mim, no meu treino e em fazer o melhor lá dentro. Se o atleta toma algo ou não, não vejo problema nenhum. Não vou crucificar o cara se ele está ou não dopado. Não muda nada para mim. O que interfere é meu treino, minha equipe, dar o melhor e vencer a luta. O mesmo soco que dou no cara limpo, dou no cara dopado - afirmou, em entrevista ao Combate.com.

Se falar de ranqueamento, acho que ele não merece, pelo fato de que criaram um ranking. Mas como esse ranking nunca serviu de p... nenhuma mesmo, nunca ninguém seguiu p... nenhuma, então para mim foi ótimo pelo lado financeiro

José Aldo, sobre luta com McGregor

 Aldo está com luta marcada para o dia 11 de julho, no UFC 189, em Las Vegas (EUA), quando terá pela frente Conor McGregor. O irlandês não costuma poupar provocações aos rivais e, com o campeão, não está sendo diferente. Só que desta vez não é apenas o desafiante que está falando do brasileiro. O treinador dele, John Kavanagh, já disse que aposta em vitória rápida de seu pupilo e que o atleta da Nova União não vai aguentar trocar com McGregor e tentará colocá-lo para baixo.

Experiente, José Aldo evitou responder e acredita que seja uma tentativa de fazê-lo jogar dentro dos pontos fortes de McGregor.

- Quanto a postura do treinador de querer provocar, é lógico que ele sabe os defeitos do aluno dele como ninguém, então joga para o lado psicológico, mas não vejo problema nenhum. Pode falar a vontade que eu sei exatamente o que tenho que fazer e vou vencer. Ele vai tentar falar as coisas para eu fazer o contrário, é normal. Não sou um garoto novo, sou bem experiente e sei o que fazer nessas horas. Não importa o que ele fale para mim, vou fazer tudo que treinei aqui dentro - garantiu.

John Kavanagh e Conor McGregor (Foto: Twitter)Conor McGregor e John Kavanagh têm provocado o brasileiro frequentemente (Foto: Twitter)

Aldo também disse não ter estudado o jogo de McGregor ainda e que sabe apenas que ele procura lutar em pé. Mas admitiu que, apesar do ponto de vista dos negócios ser um duelo lucrativo para ele, pelo lado esportivo não acha que o irlandês seja merecedor da oportunidade de disputar o cinturão da divisão até 66kg. Ainda sobrou uma forte crítica ao ranking do Ultimate.

- O estilo dele é o de um cara que procura lutar em pé. Procura jogar no ponto forte dele, mas ele pode jogar onde for. Vou treinar bastante, respeito todos os atletas, vou me preparar muito e vou vencer. Está muito no começo, ainda não estudei nada dele, mas não vou falar nada porque sei o que tenho que fazer para chegar lá e vencer. Ele tem que falar, mas aqui não vai tirar nada porque já sei o que tenho q fazer. Estou pegando gosto por isso (de provocar os adversários). Temos que dar uma provocada para vender as lutas, falar um pouco mais, que assim sabemos que teremos uma rentabilidade. É importante. Pelo lado financeiro é ótimo para mim, para ele e para o UFC que essa luta aconteça. Todo mundo vai sair ganhando. Mas se falar de ranqueamento, acho que ele não merece, pelo fato de que criaram um ranking. Mas como esse ranking nunca serviu de p... nenhuma mesmo, nunca ninguém seguiu p... nenhuma, então para mim foi ótimo pelo lado financeiro - disparou.

O confronto entre o brasileiro e o irlandês foi especulado para acontecer em um estádio de futebol na Irlanda, mas o Ultimate acabou marcando em Las Vegas, local que Aldo aposta que terá a maioria da torcida a seu favor, com presença maciça de seus compatriotas.

- Não vejo Las Vegas como campo neutro. Milhares de brasileiros estarão presentes torcendo para mim. Onde luto a torcida brasileira vai atrás torcendo, confio nisso e acredito que o povo brasileiro vai comparecer. Faço um chamado a todos, que quem puder ir, vá, porque vai ser um lutão. Onde eles colocarem para lutar, eu luto. Eu sou um lutador e onde colocarem sempre darei meu melhor para vencer as lutas - concluiu.

Lyoto Machida, sobre caso de doping de Anderson Silva: ‘Acho que ele é uma vítima’

Lyoto Machida falou sobre Anderson Silva e Vitor Belfort (Foto Getty Images)

Desde que Anderson Silva foi pego doping, muito se falou a respeito – seja pela mídia ou pelos fãs de MMA. Desde então, diversos questionamentos foram feitos, e o UFC prometeu tratar o caso com rigor, aplicando duras punições se os acontecimentos se repitirem. Além disso, os lutadores passaram a dar suas versões sobre os testes antidoping no esporte. Um deles foi Lyoto Machida, que, em entrevista ao canal online MMA Digest, falou sobre o Spider, dizendo acreditar que o brasileiro tenha sido uma vítima.

“Estou muito surpreso, mas eu acho que Anderson é uma vitima. Acho que ele tem uma história e prefiro não falar sobre isso, porque é uma situação muito difícil. Tenho muita confiança nele. Talvez ele não tenha utilizado isso. Estou em treinamento, e ele está nos Estados Unidos agora. Faz um tempo que não tenho falado com ele e não sei o que aconteceu. Prefiro ficar longe dessa situação. Eu não sei. Voltando aos tempos em que era permitido usar esteroides através do TRT (Terapia de Reposição de Testosterona), mas, de repente, tudo foi banido. Não sei o que aconteceu, talvez alguns caras usando TRT tenham sido flagrados. Tento ficar longe disso, porque sei que é perigoso”, disse Lyoto Machida.

No próximo dia 28 de fevereiro, Vitor Belfort enfrentaria Chris Weidman pelo cinturão da categoria dos médios. No entanto, uma lesão do americano impediu o confronto, que foi remarcado para maio. Antes disso, o presidente do UFC, Dana White, ofereceu a Belfort um duelo com Lyoto pelo título interino da divisão, o que foi prontamente negado pelo Fenômeno. O Dragão falou sobre o assunto, afirmando que entende o lado de seu compatriota em não aceitar o confronto.

“Achava que Belfort poderia lutar contra mim. Ele é um atleta bem preparado, bom na luta em pé e no chão. É um lutador completo, mas ele tem razões para não aceitar a luta. Respeito a decisão dele, porque gosto de que respeitem as minhas. Estava preparado para lutar. Assim que o Dana White me ligou perguntando sobre a luta, eu respondi: ‘Estou pronto para lutar a qualquer hora’. Nunca paro de lutar, e Belfort tem as suas razões para não aceitar a luta”, concluiu.

Cyborg passa em segundo teste antidoping e defesa de cinturão no Invicta FC está confirmada

Cris Cyborg passou em novo teste antidoping (Foto Josh Hedges)

Duas semanas depois de passar limpa por um teste antidoping para drogas recreativas, Cris Cyborg foi testada novamente nesta terça-feira (24), e pôde comemorar: mais uma vez, ela não apresentou nenhuma substância proibida no organismo e teve sua defesa de cinturão no Invicta FC 11, marcada para sexta-feira (27), confirmada. A informação é do site MMA Fighting.

O procedimento ao qual Cyborg foi submetida – dois testes antidoping fora de competição – é obrigatório para atletas que falharam em exames antidrogas anteriormente. A brasileira foi pega no doping após uma luta no Strikeforce, em 2011. Na ocasião, ela foi multada, suspensa e sua vitória foi transformada em No Contest.

Treinador de Jon Jones explica uso de cocaína: ‘Ele gosta de festa e acaba saindo com idiotas’

Treinador de Jon Jones acredita que má companhia nas festas prejudicou o lutador (Foto UFC)

Muitos lutadores não tiveram boas notícias neste ano após a divulgação dos resultados de exames antidopings. E Jon Jones foi um dos principais nomes do MMA que foram flagrados por uso de substâncias ilegais. Um dos treinadores do norte-americano, Mike Winkeljohn, disse não acreditar que Jones –  com luta marcada para o UFC 187, que acontece em maio - seja viciado em cocaína.

“Ele não tem problemas. Ele gosta de festa. Na minha opinião, ele não é, definitivamente, um tipo de viciado ou algo do tipo. Acho que ele acaba saindo com idiotas às vezes”, afirmou Winkeljohn em entrevista ao MMA Fighting.

Winkeljohn, porém, fez questão de ressaltar que não acredita que o uso de cocaína antes do duelo contra Daniel Cormier pelo UFC 182 o ajudou na vitória.

“Foi decepcionante, não tenho dúvidas disso. Me desapontou ele ir para uma festa antes de uma luta. Mas não acredito que isso tenha o beneficiado na luta, acredito que provavelmente o machucou na luta. Festejar assim acaba tirando o foco dele e ele não está se recuperando como deveria. Eu sou como um tio velho que fica gritando com ele o tempo todo”, revelou o treinador.

O treinador ainda afirmou que acreditava que Jones estava na beira do abismo, mas conseguiu se segurar e agora pode voltar ao topo.

“Mesmo com tudo isso, eu ainda acredito nele. Acredito no legado que ele vai deixar. Ele vai conseguir continuar no topo. Honestamente, ele é um cara novo e com tudo jogado em cima dele. E isso é complicado, quase todos os atletas que já foram colocados nessa situação, de alguma forma, acabaram se quebrando”, finalizou.

Cro Cop: "Não posso dizer que vou vencer Napão, mas morrerei tentando"

Gabriel Gonzaga e Mirko Cro Cop, UFC 70 (Foto: Getty Images)

Quando Mirko Cro Cop foi demitido do Ultimate em 2011, após perder três lutas consecutivas aos 37 anos, parecia que sua carreira estava chegando ao fim. Porém, o veterano lutou mais quatro vezes desde então e venceu três rivais, sendo as últimas duas por nocaute contra Satoshi Ishii, no IGF. As performances lhe renderam uma nova contratação pelo UFC e a oportunidade de fazer a revanche contra Gabriel Napão, na luta principal do card da Polônia, no dia 11 de abril, na Cracóvia. E motivação para o duelo não falta, de acordo com o croata, que sonha com a chance de se vingar da derrota sofrida em 2007, quando foi nocauteado pelo brasileiro justamente com a arma que é a sua marca registrada: o chute alto na cabeça.

- Essa foi uma das lutas que nunca vou esquecer e quero a revanche com ele. Não posso dizer que vou vencer Napão, mas morrerei tentando. É assim que me sinto. Me sinto bem agora. Tem poucas coisas que ainda quero fazer e, definitivamente, lutar com Gabriel Gonzaga é uma delas - garantiu Cro Cop, em entrevista ao "The MMA Hour".

A confiança do croata é grande e ele garante que tem mais habilidades que o rival para sair com a vitória. Ele ainda prometeu que o combate irá agradar os fãs.

- Acredito muito que sou um lutador melhor que Gabriel Gonzaga. Não quero ser um falastrão e o respeito. Ele é um ótimo lutador. Mas eu farei meu melhor, com certeza. Ele fará o melhor dele. Nós vamos fazer um grande show, e os fãs ficarão felizes. Estou treinando com um sorriso no rosto. Isso é o que eu quero fazer. Não tem nenhum grande mistério. É meu trabalho e amo fazer isso. Mesmo se eu falhar, o que não acho que vai acontecer, eu sei que terei tentado. É assim que funciona e assim que eu penso. Este sou eu. Esta é a minha filosofia de vida - afirmou.

A derrota sofrida em 2007 fez Cro Cop assistir todas as atuações de Napão após o embate entre eles. Isso o faz ter certeza de que nada que o brasileiro fizer irá lhe surpreender.

- Eu já estudei todas as lutas dele depois que nós lutamos. Não tem grandes surpresas. Sei exatamente o que vai fazer. As coisas serão diferentes desta vez. Realmente quero essa vitória mais do que qualquer coisa. Acredite em mim. Mais do que qualquer coisa - finalizou.

Maldonado: "Mesmo risco de Miocic me nocautear, vejo em Rampage"

Fábio Maldonado e Rampage Jackson (Foto: Getty)

Já virou pleonasmo falar da sinceridade de Fábio Maldonado. O peso-meio-pesado foge dos padrões dos outros atletas a cada entrevista que dá e, ao comentar sobre seu próximo adversário, Rampage Jackson, não foi diferente. O brasileiro vai lutar no dia 25 de abril, no UFC 186, em Montreal (CAN) e foi para os Estados Unidos treinar na American Top Team (ATT) para se preparar para este duelo. Ao analisar o confronto, o Caipira de Aço surpreendeu ao dizer que corre o risco de ser nocauteado da mesma forma que foi contra Stipe Miocic, em 35 segundos, quando resolveu se aventurar nos pesos-pesados, aceitando substituir Junior Cigano poucos dias antes da luta.

- Eu vou desenrolar na trocação, vou para o pau, buscar meu jogo, até porque é difícil montar em um cara desse, não é tão fácil, então, o mesmo risco que o Miocic tinha de me nocautear, vejo no Rampage também - disparou, em conversa por telefone com o Combate.com.

Apesar disso, o brasileiro mostrou confiança de que uma vitória pode lhe colocar no top 10 da divisão até 93kg. Atualmente, ele está em 12º. Maldonado também foi franco ao declarar que os pontos fracos de Rampage são justamente em áreas onde não se sente tão confortável para lutar.

Com 22 vitórias e sete derrotas na carreira, Fábio Maldonado vem de quatro vitórias seguidas como meio-pesado, contra Roger Hollett, Joey Beltran, Gian Villante e Hans Stringer. Rampage, por sua vez, tem 35 vitórias e 11 derrotas e está de volta ao Ultimate após passagem pelo Bellator, onde venceu as três lutas que fez, contra Joey Beltran, Christian M'Pumbu e King Mo Lawal.

Confira a entrevista:

COMBATE.COM: Você pedia há algum tempo para enfrentar um lutador renomado. Chegou a fazer campanha para lutar com o Dan Henderson e, desta vez, foi atendido com a chance de lutar contra o Rampage. Qual a importância disso para você?

Fabio Maldonado: Estou muito feliz com a oportunidade de lutar com ele. Um ex-campeão do UFC, querendo ou não o cara tem mão pesada ainda, é forte, aguenta porrada, tem uma lombar forte pra caramba, vejo muita qualidade nele. Muita gente fala que é só eu botar para baixo que finalizo, mas ele já foi para o chão com lutadores difíceis, como o Forrest Griffin, Arona na antiga, Rashad Evans, lutadores que por cima fariam perigo para ele e ele soube se virar. Não é só colocar no chão e pegar. Não é fácil. Aquele cara por baixo também é perigoso. Mas eu preciso ganhar de um top 10 para virar um top 10. Nem sei se essa luta me coloca no top 10, 11, em qual numeração eu ficaria, mas seria um bom negócio para mim.

O Rampage, em sua última passagem pelo UFC, reclamava de enfrentar wrestlers. Você é um striker nato. Acha que ele vai querer lutar em pé com você ou agora será a vez dele de querer colocar o adversário para baixo?

- Ou eu. Posso querer derrubar também, vai saber... Se precisar agarrar, um cara desse é muito forte. No MMA não tem contagem igual no boxe. Ele tem a mão muito dura, então é um cara que pode definir a parada. Eu vou desenrolar na trocação, vou para o pau, buscar meu jogo, até porque é difícil montar em um cara desse, não é tão fácil, então, o mesmo risco que o Miocic tinha de me nocautear, vejo no Rampage também.
 Quais os buracos que você pensa em explorar no jogo do Rampage?

- Tem algumas brechas no jogo dele em áreas que não sou tão eficiente. O jiu-jítsu é uma delas. Até acredito que tenho mais jiu-jítsu que ele, mas de repente não tenho o suficiente para finalizar. Vamos ver na hora. Vou tentar. Ele não chuta, eu também não chuto. Podem ser dois boxeadores com luvas de MMA no octógono. Ele com mais wrestling, e eu com mais jiu-jítsu. Ele aceita chute, mas não sou esse cara. Vou bater com a mão na cabeça e no corpo dele

Acha que o Rampage que você vai enfrentar ainda está no auge física e tecnicamente?

- Ele pode lutar na melhor fase da vida dele. Esses pesados, meio-pesados, duram mais tempo. Ele não é o BJ Penn nessa decadência que estava, esses lutadores pequenos. Os maiores demoram mais a amadurecer. Você vê que o Jon Jones é um fenômeno novo, mas é difícil um cara de 20, 22 anos, nos pesados e ser um top. E o contrário também. Você não vê peso-leve muito velho estando bem. O Khabib tenho certeza que já era com 30, 32 anos. Ele pode ser campeão antes, é incrível, mas não vai ter carreira longa. Os menores duram menos tempo e amadurecem mais rápido primeiro. É minha opinião. Ele pode se encontrar numa fase boa. Ele nocauteou um cara que eu não consegui nocautear (Joey Beltran). Ganhei apertado. Então ele não está decadente não. Vem de vitórias.

Pretende focar no quê nessa preparação na ATT?

- Boxe e wrestling. Claro que não levo jeito para a parada mesmo, mas treino muito muay thai, treino joelhada, cotovelada, talvez tente um cotovelo contra o Rampage. Só consegui dar cotovelada no chão até hoje. Fui chutar o Beltran e quase caí, ele segurou meu pé. Chute não me atrai. Vou estar mais afiado na mão. Estou me sentindo mais forte que nas outras lutas. Não é só boxe, wrestling, porque tudo pode acontecer. Posso chegar lá, tomar dois socos e ir para casa, mas quero estar com um bom preparo físico

Werdum acredita que ritmo de luta será vantagem a seu favor contra Cain

pôster UFC 188 Cain Velásquez Fabricio Werdum (Foto: Divulgação/UFC)

O Ultimate confirmou nesta sexta-feira que Fabricio Werdum e Cain Velásquez vão se enfrentar pela unificação do título dos pesos-pesados no dia 13 de junho, na Cidade do México. Nesta data, o americano já estará sem lutar há mais de um ano e meio. Na única derrota que ele sofreu na carreira, contra Junior Cigano, não lutava há pouco mais de um ano e também voltava de lesão. Para o Vai Cavalo, que vem de triunfo por nocaute técnico sobre Mark Hunt em outubro, este pode ser um diferencial a seu favor no UFC 188, quando finalmente vão duelar.

- O Cain está há muito tempo sem lutar, vai ter que se acostumar com a luta no início, então é uma vantagem importante para mim - afirmou, em entrevista por telefone ao Combate.com.

Apesar disso, Werdum reconheceu que o jogo de Velásquez não é fácil de se lidar, mas prometeu que não deixar o campeão linear se impor. O brasileiro também comentou a nova política de combate ao doping anunciada pelo Ultimate, falou sobre a derrota de Antônio Pezão para Frank Mir, do sucesso do UFC em Porto Alegre e relembrou o duelo contra Alistair Overeem, no Strikeforce, ao afirmar que o holandês havia tomado "um suco diferente" na ocasião.

Confira a entrevista por tópicos:
 
RITMO DE LUTA PODE FAZER A DIFERENÇA?
Com certeza. Faz diferença porque a gente sabe que quando está sem ritmo de luta muda o atleta. O Cain está há muito tempo sem lutar, vai ter que se acostumar com a luta no início, então é uma vantagem importante para mim. Acho que o ideal para qualquer lutar é fazer de três a quatro lutas por ano.
forma de lidar com a pressão de velásquez
O Velásquez é assim, tem esse jogo bem difícil, com boxe e wrestling. Ele tenta ditar esse ritmo, e eu vou fazer de tudo para fazer o meu jogo. Não vou ficar esperando ele. Se puder levar para o chão o quanto antes e finalizar, vou fazer. Se puder surpreender com um nocaute, vou fazer. A estratégia certa não sei ainda. Sei que o que vou fazer é não esperar. Vou levar a luta até ele.

nova política antidoping do ufc
O doping tem muitos casos recentes, o último foi o do Anderson, que o mundo inteiro viu. Acho bom o UFC se preocupar com isso, mas o mais importante é ter direitos iguais. Se tem exames para um, tem que ter para outro em qualquer lugar do mundo. Tem que ser a mesma regra para todo mundo. De repente alguns podem ter uma queda, sentir um pouco, mas não é todo mundo que tomava. É como o TRT. Até podia ter, mas tinha que ser para todo mundo. Tudo tem que ter um limite, tinha que ser para todos, mas isso é de cada um. O correto é tomar suplemento, fazer a coisa certa. Se é para um, tem que ser para todos.

acha que já enfrentou algum atleta dopado?
Não posso acusar alguém desse jeito, mas, contra o Overeem (no Strikeforce, em janeiro de 2011, quando sofreu sua última derrota), ele estava bem forte. Acho que ele tomou um suco diferente naquela luta. Aquele suco não era verde não (risos). Quando lutei com ele, foi f...

UFC porto alegre
O evento aqui foi o maior sucesso. Me surpreendi com a galera, a torcida correspondeu no Gigantinho, eram fãs mesmo e gostam de luta. Eu ando aqui e me sinto o Wanderlei Silva, com todo mundo vindo falar comigo. Entrei no ginásio e todo mundo gritou "Werdum! Werdum!", fiquei emocionado. O prefeito sentou do meu lado e também estava bem emocionado com o UFC Porto Alegre.

Derrota do amigo antônio pezão
Falei nas entrevistas antes da luta que o Pezão ia nocautear, mas o Frank Mir é um cara duro, acertou um golpe bem forte. Até falei com o Pezão já, ele me disse que esperava que o Mir lutasse na base de canhoto, e o Mir foi malandro, lutou de guarda normal. Peso-pesado quando entra um soco é nocaute. Acho que o Pezão sentiu isso porque treinou só com canhotos. O evento foi o maior sucesso, mas os resultados para os brasileiros não foram bons.

Absorção de golpes de pezão
É difícil falar sobre isso, mas é o segundo nocaute seguido. As pessoas falam que ele não aguenta muito, não tem tolerância para os golpes, mas acho que os caras acertaram o queixo do Pezão certinho. Com o tempo isso pode acontecer quando você toma muita porrada. Graças a Deus eu não tenho muitos golpes na cabeça, então ela está na boa. Acho que o Pezão vai ter que se concentrar, fazer o treinamento e tenho certeza que ele vai voltar com tudo e dar a volta por cima

UFC confirma duelo entre Gilbert Melendez e Eddie Alvarez no México

Gilbert Melendez x Eddie Alvarez (Foto: Getty)

O card do UFC 188, na Cidade do México, ganhou uma luta que já promete estar entre as candidatas a melhor do ano: o duelo entre os pesos-leves Gilbert Melendez e Eddie Alvarez, que será o penúltimo da noite de 11 de junho. O confronto antecederá a unificação do cinturão dos pesos-pesados entre Cain Velásquez e Fabricio Werdum.

Melendez e Alvarez são, respectivamente, ex-campeões dos pesos-leves do Strikeforce e do Bellator. Tidos como dois dos mais talentosos atletas da categoria em todo o mundo, os dois possuem origem latina e se encaixam no perfil de atleta que o UFC pretende incluir no card do evento, o segundo realizado na capital mexicana.

Aos 32 anos de idade, Gilbert Melendez possui 22 vitórias e quatro derrotas na carreira. Após dominar o Strikeforce, "El Niño", como é apelidado, fez três lutas no UFC, com uma vitória (Diego Sanchez) e duas derrotas (Ben Henderson e Anthony Pettis). Com idade e cartel semelhantes (31 anos e 25 vitórias e quatro derrotas na carreira), Eddie Alvarez teve uma bela carreira no Bellator, conquistando o cinturão do evento e fazendo dois duelos históricos contra Michael Chandler. No UFC, fez apenas uma luta, estreando com derrota diante de Donald Cerrone.

Cain Velásquez x Fabricio Werdum é oficializado para UFC 188, em junho

Fabricio Werdum e Cain Velasquez encarada UFC (Foto: Reprodução / Twitter)

O Ultimate anunciou oficialmente a data e local da luta de unificação de cinturões dos pesos-pesados, entre Cain Velásquez e Fabricio Werdum. Como o próprio lutador brasileiro já havia publicado nas redes sociais, o combate será o principal do UFC 188, no dia 13 de junho, na Cidade do México. O anúncio foi feito através da emissora parceira da organização na América Latina, Televisa. Pouco depois, o pôster oficial foi divulgado, com o slogan: "Campeão x Campeão, só pode haver um."

Os dois lutadores deveriam ter se enfrentado no UFC 180, no mesmo local, em 15 de novembro passado. Todavia, uma lesão no joelho tirou de ação Velásquez, campeão linear da categoria. Para substituí-lo, o Ultimate optou por criar um cinturão interino da divisão e substituiu o campeão por Mark Hunt na luta contra Werdum. O gaúcho venceu por nocaute no segundo round e tornou-se campeão interino.

O duelo na Arena Ciudad de México será a terceira defesa consecutiva de Velásquez do cinturão linear, todos eles contra brasileiros. Antes de Werdum, o americano de raízes mexicanas enfrentou Antônio Pezão e Junior Cigano e nocauteou ambos. Seu cartel tem 13 vitórias e apenas uma derrota. Fabricio Werdum venceu seus últimos cinco combates e conta 19 vitórias, cinco derrotas e um empate no seu cartel. Ele busca se juntar a Cigano como únicos brasileiros campeões absolutos dos pesos-pesados na história do UFC - Rodrigo Minotauro também foi campeão interino, mas nunca conquistou o título linear.

Até o momento, a luta principal é a única confirmada no UFC 188. Os ingressos estarão à venda a partir de 20 de março.

Antônio Pezão nega que esteja "perdendo queixo" e rebate críticas

Antônio Pezão, em coletiva após o UFC Porto Alegre (Foto: Marcelo Barone)

A capacidade de absorver golpes, no jargão do MMA, "ter queixo", muda com o passar do tempo. Antônio Pezão, nocauteado no primeiro round da luta contra Frank Mir, realizada domingo, no Ginásio Gigantinho, em Porto Alegre, não vê relação disso com a má fase que atravessa. O brasileiro deu os méritos da vitória ao americano e citou o duelo que travou com Mark Hunt - de trocação intensa durante cinco rounds - como exemplo.

- O primeiro golpe, que me derrubou, não foi no queixo. Todos os nocautes foram com pancadas na fonte. Faz parte. Treinamos duro na academia, a única diferença é que usamos luva de boxe. Mas batemos e chutamos do mesmo jeito. Isso não tem nada a ver. A questão é que ele bateu primeiro. É luta de peso-pesado, acontece. Às vezes você passa a luta toda trocando socos, como foi contra o Mark Hunt, e não caímos. Agora caí, mérito dele (Mir). Esperei para bater no contra-ataque. O Mir está de parabéns. Ninguém quer perder, mas é uma coisa que faz parte do esporte. Uma hora você sorri, outra chora. Na luta passada fiz muita coisa errada. Dessa vez eu fiz tudo exatamente como era para ser feito antes, durante e no dia da luta. Não foi o meu dia, não foi o meu dia de vencer. Era o dia do Frank - disse Pezão.

Sem vencer há dois anos, desde que nocauteou Alistair Overeem, no UFC 156, Pezão rebateu as críticas e, questionado sobre o medo da demissão, citou dois atletas do Ultimate para argumentar.

- Sou funcionário do UFC, tenho que me preparar para o que eles quiserem. Infelizmente a torcida brasileira, quando você perde, tem esse mal, diz que tem que se aposentar. Quando você ganha, é o melhor. Estou à disposição do UFC, o que tiver de acontecer, vai acontecer. Treino para dar o meu melhor. O exemplo está aí: o Mir vinha de quatro derrotas e nem por isso foi mandado para fora. O Maldonado, meu companheiro, também perdeu e ficou. Não vim preocupado com isso, vim para fazer uma boa luta. A torcida brasileira gosta disso, de hora de se aposentar, não aguenta mais... Amanhã, faz uma grande luta e já é o melhor de todos. O brasileiro tem esse mal. Ficamos tristes, mas vou dar a volta por cima.

Pezão falou ainda sobre ter de dar satisfação ao público imediatamente depois do término da luta e afirmou que havia corrigido os erros cometidos em seu último compromisso, quando foi nocauteado por Andrei Arlovski, em setembro do ano passado.

- Estar sentado aqui faz parte, sou empregado. Sobre dar satisfação ao público, tem gente que não entende de luta, nunca treinou nem jiu-jítsu, muito menos MMA, nunca deu um tapa na bunda de uma criança. Não sabe o que a gente passa, o sacrifício na academia. Temos de abdicar da família, alimentação, de tudo, para se dar bem. Não é fácil chegar para as pessoas e dizer o que acontece. Fiz tudo certo, estava focado, com muita vontade, coisa que não aconteceu na luta passada. Infelizmente, não era meu dia e veio mais uma derrota. É voltar, treinar mais ainda e esperar a próxima luta.

Após vencer Pezão, Mir diz que está aberto a enfrentar Minotauro no Brasil

Antônio Pezão x Frank Mir, UFC (Foto: Wander Roberto / Inovafoto)

Rodrigo Minotauro x Frank Mir pela terceira vez? E no Brasil? A ideia pode sair da imaginação e virar realidade. Depois de vencer Antônio Pezão por nocaute no UFC Porto Alegre na última madrugada, o americano já deixou aberta a possibilidade de encarar outro brasileiro no Brasil: o antigo rival Minotauro. No entanto, ele ressaltou que acredita ter provado que pode voltar a postular o cinturão.

Nem bem celebrou sua vitória - que pôs fim à série de quatro derrotas -, Mir já começou a pensar no futuro. E o sempre citado reencontro com Minotauro seria do seu agrado, como reiterou. E, desta vez, não descartou que o evento seja disputado novamente no Brasil.

- Mostrei minhas habilidades. O céu é o limite. Tenho a fórmula para seguir andando para frente. Não importa posição do ranking. Conversei com Marshall (Zelaznik, diretor de desenvolvimento internacional do UFC). Se quiserem que lute no Brasil, que lute com Minotauro, eu ficaria muito feliz. Acho que seria uma grande luta. Ele é um lutador fenomenal. Eu o assistia quando mais novo, quando ele estava no Pride. Se o Brock Lesnar estiver de volta, ele pode vir também. Todo dia é uma luta para mim. Se entro e me sinto 100%, não colocaria ninguém na minha frente que eu não possa vencer - disse o americano.

Um novo encontro serviria para o baiano diminuir o prejuízo contra Mir. Nas duas oportunidades, saiu com a vitória. Em 2008, no UFC 92, nocauteou o brasileiro no segundo round. Três anos depois, o finalizou na edição 140 do evento.

Bethe Correia alfineta Bate-Estaca após derrota: "Falo porque me garanto"

Bethe Correia no Twitter

A lutadora potiguar Bethe Correia não leva desaforo para casa. Após ser provocada por Jéssica "Bate-Estaca" Andrade durante a semana - a paranaense disse que gostaria de desafiar a compatriota e que ela "fala demais" - a atleta da Pitbull Brothers não perdeu a oportunidade de responder quando Jéssica foi derrotada por Marion Reneau por finalização no UFC Porto Alegre, na noite de domingo.

- Eu falo porque me garanto! E chamo a Ronda porque sei que posso vencer, feio é quem fala antes da hora e não se garante no cage! Eu sou a campeã! - escreveu Correia no Twitter, claramente visando Andrade no comentário.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Ronda vê ‘injustiça’ no UFC: ‘Os lutadores deveriam ganhar mais do que as ring girls’

Ronda vê injustiça na diferença de pagamento entre as ring girls e as lutadoras do Ultimate (Foto Divulgação)

Ronda Rousey é o principal nome do MMA feminino na atualidade. Porém, mesmo sendo a queridinha de Dana White, presidente do Ultimate, a norte-americana demonstrou que não esqueceu de seus companheiros no esporte e criticou a organização em relação à diferença entre o pagamento de ring girls e lutadores.

“Eu acho que eles tinham que pagar mais para nós do que para as ring girls. Não sei se são elas que recebem muito ou se são os lutadores que não recebem o suficiente. Mas, definitivamente, os lutadores fazem muito mais do que elas fazem. Acho que isso é injusto”, revelou a lutadora durante o media day do UFC 184.

Prestes a defender seu cinturão contra a também invicta Cat Zingano no próximo dia 28, no UFC 184, em Las Vegas, nos Estados Unidos, Ronda deixou claro que está muito contente no Ultimate e às vezes fica até mesmo surpresa com o que recebe. Ela fez ainda uma comparação com os tempos em que fazia parte da equipe olímpica de Judô dos EUA.

“Eu faço uma comparação de como eu era tratada quando era uma atleta olímpica e como sou tratada agora, e me sinto muito bem em trabalhar em uma companhia que realmente se preocupa comigo. Às vezes, me dão mais dinheiro do que está no contrato ou mais do que esperava. Por isso, confio tanto neles. Mas mesmo se não ganhasse isso tudo, eu continuaria feliz. Sabe o que eu ganhei por disputar as Olimpíadas? Nada. Me custou dinheiro”, afirmou Ronda, que ganhou a medalha de bronze no Judô em 2008, nos Jogos Olímpicos na China.

A campeã do galo feminino também fez questão de ressaltar que não existe um monopólio do Ultimate no esporte.

“Não acredito que exista um monopólio. Viacom (conglomerado de mídia norte-americano) é o dono do Bellator e eles tem muito mais dinheiro do que o Ultimate tem”, finalizou a lutadora.

Balas de revólver em mala quase complicam chegada de Mir ao Brasil

Frank Mir diz que acredita na vitória sobre Cigano por sempre vencer os golpeadores (Foto: Getty Images)A luta entre Antônio Pezão e Frank Mir ficou na corda-bamba durante algumas horas. Na última terça-feira, o americano passou por um problema inusitado ao desembarcar em São Paulo, de onde viajaria para Porto Alegre, palco da próxima edição do UFC, no domingo. O Combate.com apurou que Mir ficou durante algumas horas detido no aeroporto de São Paulo, pois estaria com duas cápsulas de revólver em sua mala. A bagagem era antiga e, por isso, o atleta não teria visto que os projéteis estavam lá.

O setor jurídico do UFC precisou entrar em contato com autoridades brasileiras a fim de explicar o mal entendido e conseguir a liberação do peso-pesado, que fará a luta principal do evento.

Após o incidente, Frank Mir chegou normalmente ao hotel em que estão hospedados os lutadores do Ultimate, no bairro Moinhos de Vento, na capital gaúcha. Inclusive, à noite, ele deixou o local para treinar com seus companheiros de equipe.

Inicialmente, Pezão e Mir se enfrentariam nos Estados Unidos, mas o cancelamento da luta entre Rashad Evans e Glover Teixeira forçou a organização a transferir o duelo para o Brasil.

Em casa, o paraibano busca a reabilitação depois de ter sido nocauteado por Andrei Arlovski, em Brasília. Já o americano atravessa péssima fase e não vence desde 2011, quando finalizou Rodrigo Minotauro, no UFC 140.

Mir diz que TRT ofuscava problema real: treino excessivo e má alimentação

MMA - UFC encaradas Media Day - Frank Mir (Foto: Adriano Albuquerque)Frank Mir foi de adepto do TRT a crítico da polêmica Terapia de Reposição de Testosterona - banida do MMA no início de 2014. O peso-pesado, na realidade, descobriu que os sintomas que apresentava na época em que foi submetido ao tratamento estavam relacionados à intensidade do treinamento e à qualidade da alimentação.

- O TRT estava colocando um Band-Aid sobre o problema. Fui a um médico sem estar procurando por TRT e falei: "Não me sinto bem, não tenho mais energia, nem motivação. Estou meio que deprimido. Constantemente os caras fazem piadas de que sou o cara mais lesionado com que já treinaram. A cada dois dias alguma coisa do meu corpo se quebra. O que está acontecendo?" Ele fez exame de sangue e encontrou baixos níveis de testosterona. Agora que isso está banido, eu olho e percebo que não era realmente o problema. Treino inadequado e alimentação eram a razão: treino pesado e excessivo duas ou três vezes por dia. Isso causava o baixo índice de testosterona. Olhando para trás noto que era apenas um sintoma do problema. Eu só estava treinando de forma inadequada - declarou o americano, em entrevista ao site "MMA Junkie".

O tempo faz com que a queda de rendimento aconteça. Entretanto, Mir revela que evitou escutar o seu corpo, fazendo sessões seguidas de treino, como há 14 anos.

- A verdadeira solução não era o TRT, era treinar de forma inteligente, comer de maneira mais saudável, tirar mais dias tempo de descanso e não ficar sentado à espera da próxima luta ser marcada.

Mais chateado com suas atuações do que com as derrotas - acumula quatro seguidas - Frank Mir passou os últimos 12 meses corrigindo problemas em sua rotina. O atleta, que não atua desde fevereiro do ano passado, volta ao octógono no próximo domingo, contra Antônio Pezão, no embate principal da primeira edição do UFC em Porto Alegre, para mostrar que o tempo de inatividade foi proveitoso.

- Minha esposa me falou que eu não deveria sequer pensar em lutar por dois ou três meses. Ele disse que eu deveria tirar férias, passar o tempo com meus filhos e, então, avaliar o que precisava para corrigir isso. Fiquei um tempo afastado, percebi o que preciso fazer e irei mostrar na minha próxima luta - promete