sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Preparado para encarar Mousasi, Jacaré destaca caminho da vitória: ‘Impor meu jogo’


Em alta no Ultimate, Ronaldo Jacaré tem seu retorno ao octógono marcado para o próximo dia 5 de setembro, em Connecticut, Estados Unidos. O brasileiro fará o main-event do UFC Fight Night 50 contra um velho conhecido, o experiente Gegard Mousasi. No único encontro entre eles, em 2008, o holandês levou a melhor em duelo válido pela sexta edição do extinto torneio Dream, disputado no Japão.

Motivado para a revanche, Jacaré chega ao duelo credenciado por uma excelente série de seis vitórias. E, caso consiga seu 21° resultado positivo na carreira, o lutador, que estreou na organização em maio de 2013, tem grandes chances de beliscar uma oportunidade pelo cinturão dos médios, atualmente com o americano Chris Weidman. Com sua preparação toda realizada no Rio de Janeiro, o brasileiro vem sendo ajudado por todos os companheiros de equipe, inclusive o ex-campeão da categoria, Anderson Silva.

“Fiz toda minha preparação na X-Gym, a expectativa é muito boa, tive a oportunidade de treinar com excelentes atletas e professores. Estou me sentindo bem fisicamente, acredito em uma luta dura. O Mousasi tem um cartel invejável e é um lutador experiente e tranquilo. Além do Anderson (Silva), tive a oportunidade de treinar com Pedro Rizzo, Josuel Distak e fazer minha preparação física com o Rogério Camões”, disse Jacaré, que destacou a importância de ditar o ritmo do duelo desde o início.

“Venho me preparando para lutar em todas as áreas, mas é lógico que meu objetivo é o chão. Para essa luta, vou estar pronto para tudo que ele tiver para me oferecer dentro do octógono. Estou 100% preparado e focado em impor no meu jogo”, garantiu o faixa-preta.

Com grandes possibilidades de disputar o cinturão em caso de vitória sobre Mousasi, Jacaré garante estar canalizando suas forças para o embate do dia 5 de setembro. Respeitoso, ele preferiu manter cautela ao falar sobre uma eventual luta pelo título da divisão.

“Lógico que quero lutar pelo cinturão, mas agora eu evito falar disso, pois tenho um adversário duro pela frente. Tenho que lutar primeiro para depois pensar nos próximos passos. Se eu sair vitorioso, aí sim vou poder reivindicar uma luta pelo título”, finalizou.

Anthony Johnson pede luta contra Gustafsson: ‘Vamos dar aos fãs o que eles querem’


Até agora, Anthony Johnson manteve-se afiado apenas dentro do octógono. No entanto, na última quarta-feira (27), “Rumble” recorreu às redes sociais para desafiar um dos tops da divisão dos meio-pesados.

“Alexander Gustafsson, eu respeito você como lutador, mas estamos falando de negócios. Dana White disse que nossa luta faz sentido. Não há mais ninguém para a gente lutar, e os fãs estão implorando para nos enfrentarmos. Vamos dar aos fãs o que eles querem ver!”, escreveu Anthony.

Gustafsson enfrentaria Jon Jones novamente ainda neste ano, mas sofreu uma lesão e viu-se forçado a abandonar a luta. Assim, o campeão vai medir forças com Daniel Cormier. O sueco vem de vitória sobre Jimi Manuwa com um nocaute arrasador no segundo round. Johnson, por sua vez, vive a melhor fase da carreira: são oito vitórias consecutivas, sendo duas pelo Ultimate – a última, um atropelo sobre Rogério Minotouro em apenas 44 segundos.

Rafael Feijão enfrenta Ovince St. Preux em 8 de novembro no Brasil

Montagem Rafael Feijão X Ovince St. Preux (Foto: Editoria de Arte)

O evento de novembro do UFC no Brasil tem sua primeira luta confirmada. A organização anunciou através de sua conta oficial no Twitter que o brasileiro Rafael Feijão vai enfrentar o americano Ovince St. Preux no dia 8 de novembro, em evento que deve acontecer em Uberlândia-MG - a companhia ainda não confirmou que a cidade mineira será a sede do evento.

Ambos os lutadores vêm de derrotas para o peso-meio-pesado americano Ryan Bader, atual sétimo do ranking da categoria no UFC. Feijão foi derrotado por decisão unânime no UFC 174, em junho; OSP teve o mesmo destino no último dia 16, no "UFC: Bader x St. Preux". Apesar das derrotas, os dois permencem no top 15 da divisão: St. Preux em 10º, Feijão em 12º.

Paulista radicado em Cuiabá, Rafael Feijão foi campeão do Strikeforce antes de o evento ser comprado pelo UFC em 2011. O brasileiro tem 12 vitórias, cinco derrotas e um "No Contest" (luta sem resultado) no cartel. St. Preux também lutou no Strikeforce e lá venceu a primeira das cinco vitórias consecutivas que tinha antes de encontrar Bader pela frente. Na carreira, o americano de raízes haitianas coleciona 16 vitórias e seis derrotas.

O evento do dia 8 de novembro será o sexto do UFC no Brasil neste ano. A organização ainda não anunciou oficialmente a sede do torneio, mas a Fundação Uberlandense de Turismo, Esporte e Lazer (Futel) já dá a negociação para a realização no Ginásio Sabiazinho como fechada, após aprovação do ginásio por parte de engenheiros do UFC. O lutador local Cláudio Mineiro, o "Hannibal" também declarou ao GloboEsporte.com que estará no card; ele estreou na organização em março, com vitória sobre Brad Scott.

Dana White rejeita promoção de luta da Nova União: "Não precisa disso"

jose aldo chad mendes maracana ufc (Foto: André Durão)

Líder da equipe Nova União, o treinador Dedé Pederneiras disse no início desta semana, em entrevista ao Combate.com, que se reuniria com seus atletas para orientá-los a pensar mais no lado "business" do MMA e nas promoções das lutas. Na terça-feira, foi vista a primeira ramificação dessa mudança de atitude: o empurrão de José Aldo em Chad Mendes numa encarada no Maracanã, em evento de divulgação do UFC Rio 5, ou UFC 179. O presidente do Ultimate, Dana White, discordou da nova posição adotada pela equipe. Em entrevista ao site oficial da organização, o dirigente afirmou que os lutadores precisam se preocupar apenas em lutar.

- Acho que os caras simplesmente não deviam tentar. Chael (Sonnen) tinha (a capacidade de promover lutas com palavras). Conor McGregor tem isso. Esse cara sabe lutar e falar. Acho que alguns caras que não falam tão bem quanto outros acham que precisam falar mais. Não, não precisa disso. Você precisa ser um grande lutador. Contanto que você seja um grande lutador, ninguém dá a mínima para essas outras coisas. Sim, alguns caras podem se destacar um pouco mais, mas se você tem talento, você vai chegar aonde quer chegar de qualquer forma - argumentou Dana.

Em entrevista ao site do canal "ESPN" no dia seguinte ao empurrão, José Aldo admitiu que havia tentado dar uma apimentada na luta com o empurrão após a conversa com sua equipe, mas disse que estava arrependido. Suas palavras foram interpretadas como uma admissão de que a confusão havia sido premeditada. White, porém, disse ter conversado com o campeão dos pesos-penas do UFC e afirmou que a altercação foi real e orgânica, e não fabricada.

- Isso já aconteceu antes, Aldo disse, "Não foi isso que eu falei". Ele disse que não forjou, o empurrão foi real. Mas toda vez que eles dizem algo em português e é traduzido para o inglês, fica embaralhado na tradução. Recebi uma ligação (uma vez) que (Renan) Barão tinha dito que não estava recebendo dinheiro suficiente. Então, nós ligamos para ele e ele disse que nunca disse isso - disse o dirigente.

Curtinhas: UFC quer luta entre Tyron Woodley e Hector Lombard, diz Dana

montagem UFC  Tyron Woodley e Hector Lombard (Foto: Editoria de Arte)

Poucos dias após vencer Dong Hyun Kim no "UFC: Bisping x Le", em Macau, o peso-meio-médio Tyron Woodley desafiou Matt Brown para um duelo entre lutadores no top 5 da divisão no Ultimate. Brown, no entanto, disse não estar interessado e preferir esperar por um confronto com Carlos Condit. O Ultimate pensa da mesma forma, segundo seu presidente, Dana White, afirmou em entrevista ao site oficial da companhia nesta quinta-feira. O dirigente revelou que Brown x Condit é possível no futuro e que tinha outro adversário em mente para Woodley.

- O que é esquisito sobre isso é que Woodley desafiou Matt Brown, mas ele está ranqueado mais acima que Matt Brown. Mas nós queremos fazer Tyron Woodley x Hector Lombard, esta é a luta que queremos fazer. Hector disse sim, estamos apenas esperando para ouvir o que o Woodley acha. Lombard disse que o enfrentaria, sem problemas - disse White.

Dana White: "Estamos planejando Rockhold x Machida no Brasil"

Montagem - Lyoto Machida x Luke Rockhold (Foto: Editoria de Arte)

Um dia após a possibilidade de um duelo entre Lyoto Machida e CB Dollaway ser ventilada, o presidente do UFC, Dana White, afirmou em entrevista ao site oficial da companhia que quer uma luta entre o brasileiro e Luke Rockhold. O combate entre os pesos-médios vem sendo negociado há duas semanas, como o Combate.com confirmou na semana passada, mas Rockhold havia trocado farpas com Michael Bisping após a vitória deste último no sábado passado e o confronto entre os desafetos parecia próximo. White, entretanto, se mantém fiel ao plano original, e revelou que a luta pode acontecer no Brasil.

- Nós estamos observando Rockhold x Machida no Brasil. É isso que estamos observando - afirmou o presidente, que disse ainda que o duelo faz mais sentido do que uma luta entre Lyoto e Dollaway.

Lyoto Machida é atualmente o segundo colocado do ranking dos pesos-médios do UFC, atrás apenas do lesionado Anderson Silva. Vitor Belfort, terceiro colocado, é o próximo desafiante ao cinturão de Chris Weidman, e Ronaldo Jacaré, quarto lugar, está escalado para enfrentar Gegard Mousasi no próximo dia 5 de setembro. Com isso, Luke Rockhold, quinto do ranking, é a opção melhor posicionada no momento.

O americano, porém, vem trocando provocações com Bisping desde o início do ano, irritado com comentários que o inglês fez acerca de um treino de sparring entre os dois. A vitória de Bisping sobre Cung Le no UFC Macau no último sábado pareceu deixar o duelo mais próximo, mas White disse que os dois terão de esperar para se enfrentarem.

- Tudo é possível. Michael Bisping está ranqueado número oito no mundo. Rockhold é o número cinco. Eles vão se encontrar eventualmente de qualquer jeito, mas Rockhold tem o Machida primeiro - encerrou White.

O Brasil está programado para receber mais quatro eventos até o fim do ano, mas dois deles já têm lutas principais: o UFC Brasília (Antônio Pezão x Andrei Arlovski) e o UFC Rio 5 (José Aldo x Chad Mendes). Na quarta-feira, o Ultimate confirmou a primeira luta de um evento em 8 de novembro, que deve acontecer em Uberlândia-MG, mas ainda não anunciou o combate principal. Outro torneio é esperado para o país em dezembro.

Após volta ao hospital, Demian Maia é diagnosticado com osteomielite

Demian Maia UFC (Foto: Reprodução / Facebook)A infecção por estafilococos no ombro direito que tirou Demian Maia do "UFC: Henderson x Dos Anjos" de sábado passado evoluiu num problema mais sério para o lutador paulista. Ela evoluiu para uma osteomielite, uma infecção óssea séria causada comumente por bactérias, e Maia vai passar por um tratamento de seis semanas, com ingestão de antibióticos por via intravenal antes de ser reavaliado pelos médicos.

O telejornal oficial do Ultimate, "UFC Tonight", foi o primeiro a noticiar o acontecido. Em contato com o Combate.com, o empresário de Demian Maia, Eduardo Alonso, contou que a osteomielite foi descoberta após exames de ressonância magnética com contraste na semana passada, ao final do tratamento com antibióticos para a infecção por estafilococos. O resultado apontou que a infecção atingiu a clavícula, próximo à articulação acromioclavicular, e Maia foi internado imediatamente.

No momento, a infecção ainda está sob controle, mas os médicos tratam para impedir que se torne crônica, o que, nas palavras de Alonso, poderiam penalizar a carreira do lutador. Após a inserção de um cateter no braço de Maia, ele já retornou para casa, onde continuará com o tratamento e a administração intravenal de antibióticos por até seis semanas. Após este período, os médicos vão reavaliar o caso e determinar em quanto tempo ele poderá voltar a treinar. Também por enquanto, a equipe do lutador não considera intervenção cirúrgica, que poderia espalhar as bactérias.

Demian Maia lutou pela última vez em 31 de maio, em São Paulo, no TUF Brasil 3 Final, quando derrotou Alexander Yakovlev por decisão unânime dos juízes. O veterano de 36 anos tem 19 vitórias e seis derrotas no MMA e atualmente ocupa a sétima posição no ranking dos pesos-meio-médios do UFC.

Após volta ao hospital, Demian Maia é diagnosticado com osteomielite

Demian Maia UFC (Foto: Reprodução / Facebook)A infecção por estafilococos no ombro direito que tirou Demian Maia do "UFC: Henderson x Dos Anjos" de sábado passado evoluiu num problema mais sério para o lutador paulista. Ela evoluiu para uma osteomielite, uma infecção óssea séria causada comumente por bactérias, e Maia vai passar por um tratamento de seis semanas, com ingestão de antibióticos por via intravenal antes de ser reavaliado pelos médicos.

O telejornal oficial do Ultimate, "UFC Tonight", foi o primeiro a noticiar o acontecido. Em contato com o Combate.com, o empresário de Demian Maia, Eduardo Alonso, contou que a osteomielite foi descoberta após exames de ressonância magnética com contraste na semana passada, ao final do tratamento com antibióticos para a infecção por estafilococos. O resultado apontou que a infecção atingiu a clavícula, próximo à articulação acromioclavicular, e Maia foi internado imediatamente.

No momento, a infecção ainda está sob controle, mas os médicos tratam para impedir que se torne crônica, o que, nas palavras de Alonso, poderiam penalizar a carreira do lutador. Após a inserção de um cateter no braço de Maia, ele já retornou para casa, onde continuará com o tratamento e a administração intravenal de antibióticos por até seis semanas. Após este período, os médicos vão reavaliar o caso e determinar em quanto tempo ele poderá voltar a treinar. Também por enquanto, a equipe do lutador não considera intervenção cirúrgica, que poderia espalhar as bactérias.

Demian Maia lutou pela última vez em 31 de maio, em São Paulo, no TUF Brasil 3 Final, quando derrotou Alexander Yakovlev por decisão unânime dos juízes. O veterano de 36 anos tem 19 vitórias e seis derrotas no MMA e atualmente ocupa a sétima posição no ranking dos pesos-meio-médios do UFC.

Faber espera que Dillashaw ganhe mais reconhecimento após revanche

Urijah Faber (Foto: Evelyn Rodrigues)

O UFC volta a Sacramento, capital da Califórnia (EUA) neste sábado com a revanche entre TJ Dillashaw e Renan Barão na luta principal, valendo o cinturão peso-galo da organização. Desta vez, no entanto, um dos maiores nomes da cidade no cenário do MMA atual ficou fora do card. Fundador do Team Alpha Male e ex-campeão peso-pena do WEC (World Extreme Cagefighting), Urijah Faber não vai lutar no UFC 177, mas tem desempenhado papel fundamental na promoção do evento, principalmente por conta da relativa baixa procura por ingressos. Na quarta-feira, ainda era possível encontrar entradas disponíveis em quase todos os setores da Sleep Train Arena. Justamente por isso, Faber sabe que precisa convocar seus conterrâneos para apoiar os representantes de seu time e espera que a primeira defesa de título de Dillashaw ajude o atleta a ganhar o reconhecimento que merece como campeão:-  TJ é novo em folha. Antes do primeiro duelo contra o Barão, ninguém sabia quem ele era. Na promoção daquela luta, eles o apresentaram como: "O companheiro de treinos de Urijah Faber - TJ Dillashaw". Que diabos é isso? (risos). Mas as pessoas vão passar a conhecê-lo de verdade. É uma questão de longevidade, de quantas vezes você esteve sob os holofotes. Ele só esteve sob os grandes holofotes uma vez e foi na luta pelo cinturão. Ainda assim, TJ teve a melhor performance da sua vida e a melhor do ano, então isso vai levar tempo. Muita gente hoje não sabe nem que ele é de Sacramento - declarou o lutador em entrevista ao Combate.com na sede do Team Alpha Male.

Desde que Dillashaw conquistou o cinturão da divisão ao derrotar Barão de forma contundente em maio passado, Faber tem sido questionado sobre a sua relação com o companheiro de time. O "California Kid" garante que não se incomoda com as perguntas e explica que foi quase um mentor para o campeão:

- Muita gente não sabe que eu era treinador de wrestling na faculdade. Em 2003, quando comecei a lutar, eu era treinador de wrestling na UC Davis e o TJ era um dos caras que eu tinha recrutado no colegial. Isso foi há 11 anos, foi quando eu coloquei os olhos no TJ pela primeira vez. Há quatro anos e meio eu o convidei a vir para cá e ele tem estado ao meu lado durante todo esse processo. Ele estava no meu córner na primeira vez que enfrentei o Barão, estava comigo na entrada para a luta contra o Raphael Assunção, então as pessoas não entendem o tipo de configuração familiar que nós temos aqui. E eu estou muito orgulhoso por ele ter conseguido o cinturão, por ter tido tanto sucesso e por ser parte do nosso time.

A possibilidade de enfrentar o pupilo e companheiro de time num futuro próximo, no entanto, não está totalmente descartada pelo lutador, que garantiu que aceitaria o duelo apenas em circunstâncias especiais:

- Se nós lutaríamos pelo cinturão? Essa é uma boa pergunta. Teria que ser em por um motivo especial. Nós temos nos enfrentado o tempo todo na academia pelos últimos cinco anos, mas eu não quero enfrentá-lo no UFC por nada. Se ele me pedisse para enfrentá-lo como um favor, eu faria, mas só assim.

Questionado sobre o que acha que acontecerá na revanche deste sábado, o californiano disse que o duelo deve acabar de forma muito semelhante ao primeiro, quando o brasileiro acabou perdendo por nocaute técnico no quinto round:

- Eu imagino o Barão vindo para cima empolgado, vai ser intenso. Mas acho que, quando você está lutando por um título mundial, como da última vez, precisa entrar lá empolgado e querer vencer. Acredito que esse duelo será bem parecido com o primeiro. Eu não sei quantos ajustes podem ser feitos pelo Barão e não sei nem como a sua cabeça se recuperou de sua última luta, que foi um duelo brutal. Por isso, estou esperando que o TJ tenha uma grande performance e mantenha o cinturão e que o Barão tenha uma grande performance também, mas não acho que ele vá vencer.

Faber também lembrou que a atuação impecável de TJ no primeiro duelo contra Barão foi fruto de muito treino, mas principalmente do esforço e do estilo do campeão, que começou a estudar o potiguar enquanto o ajudava na preparação para a disputa de cinturão interino do UFC contra o atleta da Nova União, em julho de 2012:

- TJ não é só um grande lutador, ele também é um grande treinador e um bom estudante. É isso que o faz ser tão bom. Ele está sempre caminhando para a frente e melhorando, ouvindo o que os treinadores têm a dizer e pegando um pouco de outros lutadores. Talvez ele esteja fazendo hoje alguma coisa que aprendeu com o próprio Barão quando o estudou para simular o seu estilo de luta. Nós certamente vemos um pouco disso com o estilo do Cruz. TJ teve que simular o estilo de Dominick Cruz na academia por tantas vezes, então ele tem absorvido alguns pedaços de cada um dos nossos estilos e dos estilos que ele tem estudado ao longo dos anos, e vocês viram o quão efetivo isso é em maio passado - finalizou.

"Pode botar o pai dele de juiz", brinca Glover sobre preocupação de Davis

Glover Teixeira  Phil Davis maracana ufc (Foto: André Durão)

As declarações de Phil Davis sobre uma suposta preocupação com os juízes de sua luta contra Glover Teixeira no Brasil chegaram aos ouvidos do peso-meio-pesado mineiro. O americano negou que tenha insinuado que os jurados se influenciariam pela torcida local, mas Glover afirmou que o adversário não precisa ficar preocupado: o coevento principal do UFC Rio 5, ou UFC 179, não precisará dos cartões de pontuação - e, se precisar, não haverá dúvidas sobre o vencedor.

- Eu não estou nem aí se existe (favorecimento ao lutador local), para mim não faz diferença nenhuma. Eu vou para finalizar a luta, para acabar com a luta, e você ganha ou não ganha. Se você fica meio empacado ali, tudo pode acontecer. Na luta do Lyoto (Machida) com ele, eu achei que a luta foi do Lyoto, mas também não fiquei brigando com ninguém por achar que ele ganhou. Foi realmente uma luta bem pareada. Se ficar pareada e der para ele ou para mim, não fico chateado, não. O negócio é ir lá e provar para todo mundo que eu ganhei. Quero ver o juiz roubar e, mesmo se for para a decisão, quero ver como vão dar a vitória para ele se eu ganhar os três rounds claro, (dando) porrada na cara dele o tempo todo. Como vão dar para ele os três rounds? Pode botar o pai dele lá fazendo os pontos que não vai dar (risos). Ele vai pensar, "vou ser mandado embora da comissão" (se der vitória para o outro lado) - disparou Teixeira durante o evento de divulgação do UFC 179 na última terça-feira, no Maracanã.

Apesar da afirmação, o clima entre os dois lutadores não poderia ser melhor. Glover não cansou de brincar com o adversário, pedindo toda hora para que ele não falasse muita m*** sobre ele nas entrevistas. Os dois não são amigos íntimos, mas o brasileiro disse considerar Davis "um cara maneiro" e "top da categoria".

Dentro do octógono, porém, Teixeira não estará muito preocupado com o que Davis é ou faz. Segundo o peso-meio-pesado mineiro, essa foi a principal lição de sua derrota para Jon Jones, seu primeiro revés desde 2005: focar em si mesmo.

- Mentalmente, nunca fui abalado. Perdi ali e saí pensando que tinha que mudar algumas coisas no camp. (Mas) chego ali para lutar, me divirto ali dentro do octógono. Ganhando ou perdendo, a gente tem que sair de cabeça erguida. Mentalmente, nunca fui abalado, mas fisicamente tomei alguns chutes ali, uma chave de braço, saí um pouco quebrado, mas já estou recuperado 100%, estoui treinando 100%. Voltei às raízes mesmo, de respeitar meu corpo, treinar o que eu sempre treinei, de tudo, sem ficar se preocupando tanto com o que o cara vai fazer e mais com o que eu vou fazer - explicou.

Phil Davis nega ter dito que juízes favorecem brasileiros: "Sem sentido"

Glover Teixeira  Phil Davis maracana ufc (Foto: André Durão)

Uma entrevista de Phil Davis ao podcast "Submission Radio" chamou atenção na semana passada. O peso-meio-pesado, que enfrenta Glover Teixeira no coevento principal do UFC 179, no Rio de Janeiro, no próximo dia 25 de outubro, disse temer que juízes laterais fossem influenciados pela torcida local na luta entre os dois. A declaração soou estranha vindo de Davis, já que o americano já lutou no país duas vezes e venceu ambas, a segunda delas numa controversa decisão dos jurados, que lhe deram a vitória num equilibrado combate com o brasileiro Lyoto Machida.

Durante o evento de promoção do UFC 179 na tarde de terça-feira, no Maracanã, o "Sr. Maravilhoso" negou que tivesse dito que os juízes eram tendenciosos para os brasileiros e explicou sua declaração ao podcast.

- Eu não sei por que aquele artigo foi publicado, eu não disse isso. O que eu disse é, existe uma vantagem em lutar em casa? Sim. Você tem a torcida te apoiando, estão todos do seu lado, claro que há uma vantagem. Mas isso não importa, porque esses caras vão à América e eles não reclamam. Então, acho que é justo. Eu nem entendo por quê... Isso me deixa até irritado, porque  completamente não foi o que eu disse. De qualquer forma, se deixar para os juízes, os juízes têm uma visão subjetiva deles sobre quem venceu. Os juízes não são intencionalmente parciais. Não sei porque quem publicou esse artigo diria que eu disse isso, porque não faz sentido! Faz sentido? Não faz! - exclamou Davis ao comentar sua entrevista.

O assunto trouxe à tona novamente o resultado da luta contra Machida, no UFC Rio 4, em agosto do ano passado. O lutador americano defendeu os juízes e explicou por que acredita ter vencido.

- O Lyoto tem um estilo em que ele está OK andando para trás, mas controle do cage é uma parte importante de ganhar uma luta, e estragos são uma parte importante de ganhar uma luta. Então, numa luta, se os juízes vêem você andando para trás e não vêem estragos, eles têm que olhar para outros critérios, e quedas têm um papel importante nisso. Tive duas quedas e ele não teve nenhuma, então essas quedas fizeram grande parte na equação - analisou.

Contra Glover Teixeira, Davis sabe que encontrará um desafio bastante diferente de Lyoto, apesar de os dois brasileiros serem bons amigos e companheiros de treino.

- Lyoto é rápido, muito rápido, entra e sai e atinge forte. Já Glover senta na sua frente e suinga, e você não pode estar lá quando ele suinga. Ele tem bons golpes, obviamente, e bom jiu-jítsu, mas ele também se move bem com seus pés, e isso é algo que você precisa prestar atenção. Não é muito comentado, como um cara se move, você vê essas coisas no treino. Você vê caras que não são grandes golpeadores, mas se movem bem e não são atingidos. Isso é algo que ele faz bem - afirmou.

O peso-meio-pesado disse que voltará a treinar com Daniel Cormier, a quem estava ajudando para a luta contra Jon Jones, adiada para janeiro de 2015, e considera o compatriota um bom parceiro para se preparar para o duelo contra Teixeira. No momento, porém, Davis está fazendo a maior parte de seu camp em sua equipe, a Alliance MMA.

- Com certeza, Cormier é um grande parceiro de treinos para me preparar para Glover, por isso que aceitei (treinar com ele). Eu o ajudo a treinar para o Jones e ele me ajuda a treinar para o Glover. Mas há um pouco menos de intensidade no seu treino diário quando você não está treinando para uma luta. Ainda vamos treinar juntos antes dessa luta, e provavelmente vou treinar mais um pouco com ele antes da luta com Jones - finalizou.

Cigano fala de Minotauro: "Ninguém deve influenciar ele a se aposentar"

Junior Cigano Sensei (Foto: Reprodução SporTV)

O anúncio de Rodrigo Minotauro que iria se aposentar do MMA deixou muitos fãs do lutador já com saudade de suas grandes lutas, principalmente do período que se apresentava no extinto Pride, no Japão, durante os anos 2000. Amigo do baiano, o peso-pesado Junior Cigano comentou no "Sensei SporTV" do último sábado sobre a declaração de Minotauro e lembrou dos momentos de início da carreira em que sentia emoção por treinar junto de um grande campeão das artes marciais mistas (assista ao vídeo).- É difícil. Aposentadoria é algo muito complicado. É exatamente isso que está acontecendo: ninguém tem que influenciar ele a se aposentar. Ele tem que dizer para si próprio que chegou a hora de parar. Se ele achar que não dá mais, acho que é o momento sim, de parar. Mas ele para só no final de 2015, então, acho que nesse tempo ainda vai dar para gente ver mais um pouco dele em atividade. Meu maior ídolo é o Minotauro. Um cara q eu aprendi a lutar. Quando comecei a treinar com ele, para mim, foi incrível. Eu pensava: "estou treinando com o cara que foi campeão no Japão, no Pride". Não tinha tempo ruim. Independente se estivesse doente, chovendo, o que fosse, a gente ia treinar - disse Cigano.

Apesar de se espelhar prioritariamente em Minotauro, Junior Cigano revelou que outros nomes do MMA também o influenciaram na construção de seu estilo de lutar, desde a lenda russa Fedor Emelianenko até Jon Jones, que vem dominando com certa tranquilidade a divisão dos meio-pesados do UFC.

- Então, o meu grande ídolo no esporte é o Minotauro, mas a gente sempre fica de olho no que está acontecendo. O Fedor é outra grande inspiração, pelo que ele fez nos pesados, foi o maior campeão na categoria no MMA. Hoje em dia, a gente tem grandes talentos, como o Jon Jones, que está muito bem. Dessa maneira, eu tento pegar tudo um pouco do que está acontecendo, assim a gente se renova também - concluiu o ex-campeão peso-pesado do UFC.

Vencedor do TUF Brasil 3 na categoria dos pesos-médios, Warlley Alves também fez questão de prestar sua homenagem a Rodrigo Minotauro. O lutador, que irá lutar na divisão dos meio-médios no UFC, falou da humildade que um dos maiores nomes do MMA do país sempre demonstrou ao longo da carreira.

- Eu admiro muito o Minotauro também. É um cara que vai te ver em um evento brasileiro e vai te cumprimentar pela luta. A humildade que ele tem é muito legal. Eu lutava no Jungle Fight, e ele falou que viu, parabenizou,é muito legal. Então, quem perde com essa aposentadoria é o fã. E eu sou fã dele. Mas ele tem a cabeça e as prioridades dele, e acho que nada pode apagar o que ele fez pelo Brasil no MMA. Antes de eu começar a pensar em lutar, ele já era campeão do Pride, lutando com o Bob Sapp, que ninguém queria enfrentar na época, então, eu tenho muita admiração por ele - concluiu Warlley.

Stephan Bonnar assina contrato com o Bellator e lança desafio a Tito Ortiz

Stephan Bonnar treino aberto do UFC Rio III (Foto: AFP)


O "Psicopata Americano" está de volta. Após anunciar o fim da carreira em 2012, depois da derrota para Anderson Silva no UFC 153 e, em seguida, ser flagrado no exame antidoping e ser suspenso por um ano, o peso-meio-pesado Stephan Bonnar, de 37 anos de idade, resolveu voltar à ativa, assinando com o Bellator. E o fez bem a seu estilo, desafiando ninguém menos que seu desafeto Tito Ortiz.

- Quero que todos saibam que estou voltando à ativa porque chegou a hora de livrar o mundo do MMA do vírus conhecido como Tito Ortiz. Já sofremos tempo demais com suas lutas chatas, e chegou a hora de alguém dar-lhe uma surra de uma vez por todas -disse Bonnar no comunicado oficial que o Bellator divulgou anunciando a sua contratação.

A rivalidade com Tito Ortiz começou quando o ex-campeão dos meio-pesados do UFC comentou a sua indicação ao lado de Forrest Griffin ao Hall da Fama do UFC.

- Forrest merece estar lá. Já me venceu e também a outros grandes lutadores, e foi campeão mundial. Quanto a Bonnar, não tenho nada contra ele, mas acho que é preciso ter sido campeão mundial para estar no Hall da Fama - disse Tito.

Bonnar respondeu com um desafio.

- Vou dizer uma coisa: vou ajudar Tito. Todos sabem que ele está falido. Jenna (Jameson, ex-atriz pornô e ex-esposa do lutador) levou todo seu dinheiro. Sua marca de roupas, pelo que sei, só veste mendigos e sem-teto, e sua empresa de gerenciamento de carreiras não consegue ganhar dinheiro algum. Vou ajudar o cara a ganhar algum dinheiro lutando com ele.

Para o presidente do Bellator, Scott Coker, a chegada de Bonnar aos meio-pesados do evento só eleva o nível da categoria.

- Stephan é uma grande parte do MMA, e estamos muito felizes por ele se juntar ao Bellator. Ele foi metade da provável luta mais importante da história do MMA. Quando olhamos para a nossa divisão dos meio-pesados, temos nomes como Rampage Jackson, Tito Ortiz, King Mo, Emanuel Newton e tantos outros que podem fazer boas lutas contra Stephan Bonnar. Após conversar com ele, vi que era isso que ele queria, e queremos oferecer essa atração aos nossos fãs - disse Scott Coker, presidente do Bellator.

Werdum revela clima descontraído com Velásquez: "Arranquei risadas"

Fabricio Werdum e Cain Velasquez encarada UFC (Foto: Reprodução / Twitter)

Atual desafiante número 1 dos pesos-pesados no UFC, Fabricio Werdum é conhecido pelo bom humor e irreverência, capazes de fazer até seus oponentes rirem. Nem o sisudo Cain Velásquez escapou. O atual campeão da categoria foi seu antagonista no primeiro TUF Latin America, versão latino-americana do reality show que estreou na semana passada, e, mesmo sempre sério, se rendeu ao bom humor do seu adversário do próximo dia 15 de novembro, no UFC 180. - Ele é um cara na boa. Eu consegui tirar algumas coisas dele, ele riu, está um cara mais descontraído. Ele até brincou comigo quando fizemos a encarada hoje (terça-feira, na coletiva de imprensa do UFC 180) que íamos fazer que nem o Daniel Cormier e o Jon Jones, que ia me empurrar e eu ia derrubá-lo (risos). Mas é só brincadeira, não tem porque fazermos uma provocação errada, cada um falando mal do outro, porque não é minha personalidade nem a dele. Cada coisa é uma coisa diferente - disse Werdum em entrevista por telefone ao Combate.com.

A receptividade de Velásquez não foi a única surpresa positiva que o lutador gaúcho teve no reality show. Werdum também elogiou muito o nível dos competidores do programa, vindos de toda a América Latina, com a exceção do Brasil, que já tem seu próprio TUF.

- Posso dizer que, apesar de eles não terem a mesma facilidade que temos no Brasil e Estados Unidos de encontrar novas academias de MMA e buscar o melhor treinamento, os caras estão muito bem. Eles querem ser lutadores profissionais, estão correndo atrás, e eles têm o mesmo coração dos brasileiros, de querer vencer, tanto na luta quanto na vida. Não posso comentar sobre um favorito ainda, mas teve uns três ou quatro do meu time que chamaram a atenção, são bastante profissionais. Eles estavam bastante motivados a aprender, perguntavam toda hora sobre técnicas, escutaram bem o córner, e é muito difícil fazer essa conexão em pouco tempo. Foi uma temporada excelente - comentou.

Ao final da temporada, Werdum entra no octógono para enfrentar Velásquez no UFC 180, primeiro evento da organização na Cidade do México. Apesar de ainda faltar cerca de dois meses e meio para o combate, o brasileiro já está treinando duro para lutar por cinco rounds contra o campeão.

- Eu treino de tudo um pouco, a gente está traçando um jogo completo. O Orlando Sanchez é um sparring meu desde a época do Roy Nelson, tem 120kg, e tem o biotipo bem do Cain Velásquez, faço muito corpo a corpo com ele. Estou traindndo direto com o (Rubens Charles) Cobrinha, fazendo jiu-jítsu com e sem quimono e preparação física, mais muito muay thai com o Rafael Cordeiro. Estamos fazendo o treinamento certo e também nos reunindo muito para conversar sobre a luta, a estratégia. Tem muito tempo ainda para a luta, estamos conversando para consertar os erros e trabalhando para aguentar os cinco rounds. Quero finalizar ou nocautear, não quero deixar na decisão dos juízes, mas se for até o fim, quero mostrar que venci mesmo, que nem fiz contra o Travis Browne - analisou Werdum.

Weidman: "Essa é a luta que quero, e ele é o cara em quem eu quero bater"

Chris Weidman MMA (Foto: Ivan Raupp)
A luta entre Chris Weidman e Vitor Belfort só acontecerá dia 6 de dezembro, no UFC 181, em Las Vegas, mas o campeão dos pesos-médios do UFC já vem tendo de dar entrevistas seguidamente sobre o confronto. Para ele, o resultado já é certo, faltando apenas descobrir a forma como acontecerá.

- Eu me vejo como um lutador muito versátil, e sinto que posso fazer o que eu quiser no octógono. Posso lutar em pé e nocauteá-lo ou ir para o chão e finalizá-lo. Nenhuma das duas opções é fácil de conseguir, e sempre espero alguma resistência dos meus rivais, mas eu vencerei, não importa como. Vou fazer o meu trabalho - disse, em conversa com o site "Sherdog".

Perguntado sobre o julgamento que deu a Vitor Belfort a oportunidade de ser licenciado no estado de Nevada, o americano disse que não o assistiu por estar na piscina com seus filhos, mas garantiu que não confia na honestidade do brasileiro. Na sua opinião, no entanto, isso tem pouca importância.

- Não assisti ao julgamento de Vitor Belfort, porque estava na piscina com os meus filhos e perdi a noção do tempo, mas gostaria de ter visto como foi. Assim que acabou eu fui informado do que aconteceu. Não me surpreenderia se ele fizesse algo desonesto, porque ele já foi pego burlando as regras duas vezes, portanto não me surpreenderia se ele fizesse alguma burrice novamente. MInha maior preocupação é que ele seja pego de novo. Não me importo se ele estiver tomando algo ilegal, só espero que ele não seja pego, porque quero lutar com ele do jeito que ele aparecer. Essa é a luta que eu quero, e ele é o cara em quem eu quero bater. Não estou dizendo que vou aposentar Vitor Belfort. Não gosto de ditar o caminho da vida das pessoas. Só sei que no dia 6 de dezembro eu vou vencê-lo. O que acontecer com ele depois disso é problema dele. As pessoas me perguntam se vou aposentar meu adversário desde a minha primeira luta contra Anderson Silva e também contra Lyoto Machida. Meu objetivo não é esse. Não quero acabar com a vida das pessoas. Se eles amam o que fazem, desejo que continuem fazendo.

Weidman também mostrou confiança em manter o cinturão do UFC por muito tempo.

- Tenho muito respeito por Vitor Belfort e tenho muito respeito pelo octógono. Qualquer um que suba lá tem o meu respeito. O segundo que eu deixar de respeitar os lutadores e o octógono será o segundo que levará para eu perder o cinturão. Mas meu reinado como campeão será muito longo. Ninguém me tirará o título por muito, muito tempo.

O lutador aproveitou para comparar a sua vida antes e depois de se tornar o detentor do cinturão do UFC.

- Financeiramente estou em uma situação muito melhor, e posso me concentrar na minha família entre as lutas e, ao mesmo tempo, treinar melhor. Quando não tinha dinheiro, eu não podia ficar na piscina com meus filhos. Tinha que dar aula particulares ou em academias, ou trabalhar de alguma forma. Tinha que arrumar um jeito de ganhar dinheiro. Agora estou bem melhor, com um cinturão, e posso aproveitar minha família por mais tempo.

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quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Chad Mendes, sobre empurrão de Aldo: "Já estou ganhando a batalha"

Chad Mendes ufc (Foto:  Alexandre Loureiro / Inovafoto / UFC)

José Aldo e Chad Mendes já vinham trocando provocações e acusações nos últimos meses, desde que sua revanche foi anunciada, e a tensão entre os dois explodiu durante uma encarada em evento de promoção do UFC 179, nesta terça-feira, no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. Normalmente calmo e apenas sério em suas encaradas pré-luta, o brasileiro empurrou o americano após ele se aproximar e colar rosto com rosto duas vezes. (Veja no vídeo acima).Na opinião de Mendes, o empurrão apenas confirma sua tese de que ele está "dentro da cabeça" do atual campeão dos pesos-penas do UFC.

- Ele nunca foi agressivo com nenhum outro lutador, nunca colou o rosto em ninguém, vocês viram como foi hoje. Já estou ganhando essa batalha. Vou continuar fazendo o que estou fazendo, tenho o caminho para derrotá-lo. Na minha cabeça, está 1 a 0 para mim - argumentou o lutador, em entrevista à imprensa brasileira presente.

Porém, o próprio atleta da equipe Alpha Male admite que o duelo é pessoal para ele. O americano não engole o adiamento do combate e sua transferência de local - estava marcado originalmente para 2 de agosto em Los Angeles, próximo ao seu lar em Sacramento - e não perdoa a ironia feita por Aldo ao mencionar os "suplementos" que Mendes supostamente usaria para se manter em forma.

- Ele não gosta de mim e eu não gosto desse cara. É assim mesmo, é parte do esporte às vezes. Mas para ele dizer publicamente as coisas que disse, acho que é muito rude e desnecessário, e não há provas para nada disso. Não sei de onde ele tirou isso, mas o que eu disse foi que ele se lesiona muito, e isso é algo que é comprovado, não é nada falso. Acontece toda hora. Na primeira vez que eu ia enfrentá-lo, ele fez a mesma coisa, mas aceitei outra luta, enfrentei Rani Yahya porque não queria ficar parado como estou agora. Não sei por que ele, quando digo a verdade, vem com rumores e declarações falsas - reclamou.

O atual campeão peso-pena, por sua vez, fez pouco caso da confusão com o adversário. Ele admitiu ter se deixado levar um tanto pela emoção de estar no Maracanã, estádio que frequenta como torcedor, mas também deixou claro que, para ele, era tudo um espetáculo.

- O show foi só esse mesmo. Já estive aqui várias vezes na torcida, com várias adrenalinas passadas, mas hoje sou profissional e temos que manter o respeito. A gente chega numa fase também em que procura mostrar o outro lado. Todo mundo sempre viu o Aldo muito tranquilo, acho que a gente tem que dar uma mudada e uma renovada - comentou o lutador.

Barão chega confiante a Sacramento: “O cinturão vai voltar para o Brasil”


Renan Barão ufc (Foto: Evelyn Rodrigues)

Renan Barão já está em Sacramento para o UFC 177, que acontece neste sábado na cidade americana. Tranquilo e sorridente, o ex-campeão dos galos (até 61kg) do Ultimate chegou ao hotel em que os lutadores e a organização estão hospedados e disse estar 100% preparado para a revanche contra TJ Dillashaw, que tomou seu título três meses atrás.

- A viagem foi tranquila. Foi boa, não tão rápida, mas foi tudo bem. A cabeça está a melhor possível, estou bem treinado, preparado para tudo, firme e forte. Agora é só pensamento positivo. Esse cinturão vai voltar para o Brasil, se Deus quiser - declarou ao Combate.com, antes de atender alguns fãs que aguardavam no lobby do hotel.

O lutador mal pode esperar para entrar octógono contra o rival. Ele também afirma não se importar com o fato de o combate ser na cidade de Dillashaw:

- Falta pouco, graças a Deus. Estava sonhando com essa revanche há bastante tempo. A sensação é a melhor possível, estou muito bem treinado e o duelo poderia ser em qualquer lugar. Pode ter certeza de que a história vai ser diferente desta vez.  Espero que todos estejam mandando energia positiva lá do Brasil. Estou bem focado e vou dar o meu melhor.

José Aldo empurra Chad Mendes na encarada em camarote do Maracanã

José Aldo e Chad Mendes se empurram no media day do UFC Rio 5 (Foto: André Durão)

Não começou amistoso o UFC Rio 5, ou UFC 179, que acontece dia 25 de outubro no Maracanãzinho. No evento para a imprensa realizado em um camarote do estádio do Maracanã, o campeão dos penas José Aldo, que defenderá seu cinturão no evento contra o americano Chad Mendes, se irritou com a proximidade do rival nas encaradas e o empurrou. Os lutadores foram separados por seguranças e membros do UFC, e Aldo afastou-se rindo, enquanto Mendes mostrou-se irritado com a atitude do campeão (confira o vídeo ao lado).

A rivalidade entre os dois lutadores vem aquecendo a revanche - Aldo venceu Mendes por nocaute na primeira vez que lutaram, também no Rio de Janeiro, em 2012, no UFC 142. Após muitas trocas de provocações, a nova luta foi marcada para o Rio de Janeiro, o que contrariou o americano, que queria lutar no seu país. Nesta terça-feira, os dois se encontraram para a promoção do evento, e desde a primeira encarada, ambos se provocaram, e ficaram tão próximos que chegaram a tocar os narizes. Na segunda encarada, para os fotógrafos, Aldo irritou-se com Mendes e o empurrou.

Mais tarde, Mendes disse o que aconteceu na hora dos empurrões.

- Não sei o que ele disse, não entendo português, então eu disse: "25 de outubro aquele cinturão é meu", e ele não gostou.

Aldo também comentou o ocorrido.

- Ele falou, mas faz parte. A gente já vem trocando farpa há um tempo, não é de agora. Isso faz parte.

O evento teve também a presença de dois outros lutadores: os meio-pesados Glover Teixeira e Phil Davis, que farão o co-evento principal da noite. A encarada entre ambos foi amigável, com sorrisos, cumprimentos e até  palavras de brincadeira. Não houve por parte deles nenhum tipo de provocação.

Mendes vai pedir exames rigorosos antidoping para revanche com Aldo

José Aldo e Chad Mendes encarada UFC Maracanã (Foto: Cezar Loureiro / Agência O Globo)

Uma troca de acusações de doping entre José Aldo e Chad Mendes ajudou a escalar a tensão entre os dois adversários, até a rápida altercação do evento de mídia do UFC 179, na terça-feira, no Rio de Janeiro. Após o desafiante americano reclamar das constantes lesões do campeão e o acusar de forçar a mudança de local do combate para o Brasil, Aldo ironizou a durabilidade do rival ao dizer que era fruto do uso de "suplementos". Mendes respondeu dizendo que era o brasileiro quem estaria fugindo dos exames antidoping surpresa que estavam sendo realizados pelas comissões atléticas americanas e resultaram em vários resultados positivos neste ano.

Disposto a "calar" as ironias do campeão e a testar sua própria hipótese, o desafiante afirmou que vai pedir ao UFC para ordenar exames antidoping mais rigorosos durante a preparação para o combate. Mendes desconhecia a existência de uma comissão atlética brasileira - quando enfrentou Aldo pela primeira vez, ela ainda não havia sido criada e o Ultimate agia como seu próprio órgão regulador.

- Sim, estou pedindo (exames mais rigorosos), com certeza. Gostaria de fazer exames antidoping surpresa durante a preparação para esta luta. Se ele está fazendo declarações de que eu estou tomando suplementos especiais, vou provar ao mundo que não estou. Se ele quiser fazer, vamos ver se ele pode provar também. Vamos ver, vou pedir por isso, mas não sei se vão fazer - contou.

O atual campeão dos pesos-penas do UFC garantiu que cooperaria com exames mais rigorosos.

- Não vejo problema nenhum se tiver ou não. Eu confio no pessoal do Ultimate. Se forem fazer qualquer coisa, eu vou fazer; se não fizer, a gente não faz. Eu sempre lutei, sempre fiz exames; o que pediram, eu fizeram. Eu luto com cara normal, anormal, de qualquer jeito. O importante é eu estar bem treinado e vencer - disse José Aldo.

O lutador brasileiro refutou as acusações de Mendes de que estaria "correndo" da luta nos EUA e acusou o americano de estar com medo de reencontrar a torcida brasileira. Em 2012, os dois se enfrentaram também no Rio de Janeiro, com vitória de Aldo.

- Primeiramente, eu nunca fugi. Lutei no mundo inteiro, hoje em dia sou campeão lutando não só no Ultimate; lutei no Japão, na Europa, onde foi. Nos EUA, sempre lutei lá, lutei no Canadá. Isso não vem ao caso. Acho sim que ele pode estar com medo, que ele sabe que aqui tem um apoio muito grande da torcida, a energia positiva gira muito em torno da gente. Então, se Deus quiser, vamos chegar lá e vencer - concluiu o campeão.

"Obcecado" pelo cinturão, Barão crê em anos de rivalidade com Dillashaw

Renan Barão está confiante na retomada do cinturão (Foto: Ivan Raupp)

A derrota para TJ Dillashaw serviu como um empurrão para que Renan Barão atingisse um nível de motivação ao qual ele ainda não havia chegado. Após 33 lutas sem saber o que é perder, o peso-galo potiguar demorou a entender o sabor do fracasso ao cair diante do americano três meses atrás. Mas acostumar-se a esse sentimento está fora de questão. Por isso, Barão tem se mostrado obcecado pelo cinturão até 61kg, que ele terá a chance de recuperar neste sábado, no UFC 177, em Sacramento, na Califórnia (EUA).- É recuperar esse cinturão. Penso nisso todo dia. O objetivo total é esse, não só meu, mas de todas as pessoas que estão me acompanhando e me ajudando no dia a dia. Essas pessoas estão sempre me motivando e me inspirando - disse ao Combate.com.

O ex-campeão não esquece que do outro lado também existe um grande atleta. Por sinal, Barão acredita que a história entre os dois não irá se resumir a apenas duas lutas. Para ele, a rivalidade será duradoura:

- Acho que sim, provavelmente (a rivalidade será duradoura). O objetivo é essa luta agora. O futuro a Deus pertence. Vamos ver o que vai acontecer.

Como prova do respeito que tem por Dillashaw, Renan Barão disse que não vê sorte na vitória do americano ao analisar o primeiro duelo:

- Não foi sorte, ele trabalhou para isso. Na real, ele estava no dia dele. Acertou uma boa pancada no começo, e isso fez com a luta ficasse do jeito que ele queria.

Na opinião de Dedé Pederneiras, treinador de Barão (leia a entrevista), a principal preocupação é não deixar que o potiguar entre no octógono com o psicológico abalado. Mas o mestre pode ficar tranquilo, segundo o pupilo:

- Não é fácil vir de uma derrota assim, mas graças a Deus tenho Ele em todas as coisas da minha vida. E tenho grandes pessoas, grandes professores, mestres e pais ao meu lado, sempre me apoiando e conversando comigo. Isso faz parte. Tentei colocar a cabeça no lugar e focar no meu treinamento para me fortalecer. Estou a mil por hora, bem motivado e muito feliz. Pode ter certeza de que vai ser uma luta totalmente diferente da primeira.

E já que as coisas não deram certo no primeiro encontro, a mudança de estratégia poderia acontecer? Para Barão, não é bem por aí.

- Não tem que mudar tanto. Meu objetivo sempre é lutar para a frente, tentar nocautear ou finalizar. Não tem tanto o que mudar. Ele fez aquele jogo de movimentação, mas meu objetivo é lutar para a frente, como sempre lutei - afirmou.

Glover provoca Phil Davis: "Se for para decisão, pode ficar com a vitória"

Glover Teixeira  Phil Davis maracana ufc (Foto: André Durão)
 
Após participar de um evento no estádio do Maracanã para promover o UFC Rio 5 ou UFC 179, dia 25 de outubro, no ginásio do Maracanãzinho, o meio-pesado brasileiro Glover Teixeira falou de suas expectativas para a luta contra o americano Phil Davis, que marca seu retorno ao octógono após perder para o campeão da categoria Jon Jones, em abril, por decisão unânime. Questionado pelas reclamações antecipadas do adversário a respeito de um possível favorecimento da arbitragem, caso a luta vá novamente para decisão por pontos, o mineiro mandou um recado provocador para seu oponente (assista ao vídeo).- Não entendi essa reclamação dele. A arbitragem (contra Lyoto Machida, em agosto de 2013) foi polêmica, mas eu achei que o Lyoto ganhou. Mas quem venceu foi ele aqui no Rio. E eu já falei para ele que, se for para decisão, ele pode ficar com a vitória. Vou acabar com isso antes - disse Glover.

Adversário do mineiro, Phil Davis tem a fama de ser um "carrasco" dos brasileiros dentro do octógono, já que derrotou Minotouro, Wagner Caldeirão, Vinny Magalhães e Lyoto Machida anteriormente. Desses, dois foram em combates realizados no Rio de Janeiro. Com esse histórico, o americano disse acreditar ter bastante sorte na Cidade Maravilhosa. Irônico, Glover Teixeira deu uma sugestão para o adversário.

- Pode falar para ele comprar um bilhete da loteria para jogar. Porque é só assim que ele vai ganhar com sorte aqui no Rio de Janeiro - falou o meio-pesado.

Sobre uma possível nova luta contra o campeão Jon Jones, Glover Teixeira acredita que pode ter uma outra chance de disputar o cinturão já em 2015, após vencer dois ou três combates.

- Lutei aqui (Maracanãzinho) em 2009 e o esporte cresceu muito de lá pra cá. Estou vendo pelos fãs na rua, e estou na expectativa grande desse público entrar lá e balançar aquelas cadeiras. Acho que com duas ou três lutas para fazer, ano que vem posso ter a chance de disputar esse cinturão novamente - finalizou Glover Teixeira.

Bellator demite mais 13 atletas; brasileiro e ex-campeão dos meio-pesados estão na lista

O ex-campeão Attila Vegh também está fora (Foto Bellator)

Depois da saída de Bjorn Rebney do Bellator, o novo presidente, Scott Coker, começa a implementar sua visão na organização. Nesta segunda-feira (25), o evento demitiu 13 lutadores, entre eles, o ex-campeão dos meio-pesados Attila Vegh.

O único brasileiro da lista é o potiguar Sergio Junior, de 33 anos. Sergio fez apenas duas lutas na organização: venceu a primeira e perdeu a segunda.

Veja a lista completa de lutadores demitidos:

Attila Vegh

Shahbulat Shamhalaev

Des Green

Bryan Baker

Mighty Mo Siglia

Mark Godbeer

Justin Torrey

Egidijus Valavicius

Sergio Junior

Rodney Wallace

Ron Sparks

Patrick Cenoble

Austen Heidlage

Após nocautear Kim, Woodley planeja enfrentar Matt Brown: ‘Os fãs querem essa luta’

Tyron Woodley despachou Kim no primeiro round (Foto UFC)

Tyron Woodley precisou de apenas 61 segundos para nocautear Dong Hyun Kim no UFC de Macau, na China, que aconteceu no último final de semana. Agora, “O Escolhido” já sabe quem quer encarar: Matt Brown, que vem de uma derrota apertada para Robbie Lawler.

“Uma luta contra o Matt Brown parece interessante. Os fãs querem. Ele tem muito coração e é duro como uma pedra. Olhando para a nossão divisão, essa foi a luta que me saltou aos olhos. É uma das lutas mais duras, mas é uma das melhores também. As pessoas adoram ele. Ele estava a uma luta do title shot, está em quinto nos rankings e os fãs iam adorar ver essa luta. Sinto que ele pode trazzer o melhor de mim e testar meus limites. Respeito ele como lutador e acho que uma luta contra ele seria boa para a minha carreira”, disse Woodley ao site MMA Fighting.

Woodley já sabe até quando quer a luta: no mesmo dia de Johny Hendricks x Robbie Lawler 2, que ainda não tem data para acontecer.

“Gostaria que fosse no co-main event de Johny Hendricks vs Robbie Lawler 2. Deste jeito, não há o problema de não achar mais adversários disponíveis para lutar depois que vencemos nossas lutas. O vencedor da nossa luta enfrentaria o vencedor da luta deles”, segeriu Woodley.

Após cirurgia, médico garante que Erick Silva terá mais resistência física

erick silva ufc (Foto: Ivan Raupp)Uma cirurgia pode ter resolvido um problema que atrapalhou Erick Silva na última luta. Na derrota para Matt Brown, o meio-médio capixaba começou bem e teve chance de terminar o combate, mas gastou muita energia na tentativa de finalizar e acabou se cansando rapidamente. De acordo com o Dr. João Daniel Caliman, cirurgião crânio-maxilo-facial, a resistência física de Erick vinha sendo prejudicada por um desvio de septo nasal, uma vez que a ventilação pulmonar estava comprometida. Com a cirurgia realizada no início deste mês, no Espírito Santo, o médico garantiu que o lutador terá uma sensível melhora nesse quesito

- O paciente Erick Silva apresentava desvio de septo nasal em formato de “S”, que obstruía quase completamente ambos os lados do nariz, além de aumentar as estruturas chamadas conchas nasais, fazendo com que o nariz ficasse ainda mais obstruído. Sem dúvida, essa obstrução nasal acentuada prejudicava a ventilação pulmonar e, por conseguinte, a resistência física, uma vez que, quando não respiramos pelo nariz, o pulmão não se expande em sua plenitude. A cirurgia transcorreu muito bem e, apesar das repetidas fraturas dos ossos nasais e do septo já sofridas, todos os problemas funcionais identificados foram corrigidos. Seguramente, após a recuperação e o restabelecimento total da respiração nasal, o Erick terá uma importante melhora em sua resistência física - explicou o médico, via assessoria de imprensa do atleta.

Erick Silva, por sinal, está com alguns novos integrantes em sua equipe. O time agora é composto por Josuel Distak (head coach), Rogério Camões (preparador físico), Victor Silvério (treinador de jiu-jítsu), Daniel Mendes (muay thai e boxe), Pedro Cubano (wrestling), Jaqueline Figueiredo (fisioterapeuta) e Dr. Rodrigo Mauro (médico). Seu novo empresário, Duda Mauro, já havia sido anunciado durante entrevista ao Combate.com. O lutador retomou o trabalho físico moderado esta semana e voltará a treinar MMA no primeiro dia de setembro. A ideia dele é estar novamente dentro do octógono na segunda quinzena de novembro.

Dana White e UFC se desculpam com juiz retirado do evento feito em Macau

Dana White UFC MMA (Foto: Evelyn Rodrigues)

O UFC divulgou um comunicado oficial nesta terça-feira assumindo que seu presidente, Dana White, não tem autoridade para retirar um juiz lateral de um evento e impedí-lo de julgar uma luta, como foi feito com Howard Hughes no último sábado, após a segunda luta do card preliminar do UFC Macau. Irritado com o que considerou erros de julgamento de Hughes, White ordenou que ele fosse retirado do evento, sendo substituído por outro juiz.

Como não há um órgão regulador de esportes de combate na China, o UFC assumiu o papel de se auto-regular. Marc Rattner, vice-presidente do UFC para assuntos regulatórios, não estava em Macau, tendo ficado nos EUA para o evento que aconteceu na cidade de Tulsa, no mesmo dia.

Leia o comunicado oficial do UFC:

"Após uma revisão interna, a organização do UFC anunciou que ocorreu uma violação do seu protocolo regulador independente na noite do último sábado, durante o UFC Macau.

Após a segunda luta da noite, o presidente do UFC, Dana White, pediu que Howard Hughes, um dos cinco juízes designados do evento, fosse impedido de trabalhar em quaisquer outras lutas. De acordo com o protocolo do UFC, nem White, nem qualquer outro executivo possui essa autoridade. No entanto, o protocolo foi violado e Hughes não trabalhou mais naquela noite.

A organização do UFC sempre foi a favor de supervisão e regulação governamental. Além disso, o UFC estabeleceu um protocolo para auto-regular eventos quando não existir uma comissão atlética oficial, federação ou outro órgão regulador. Quando o UFC realiza eventos em locais sem um órgão regulador, o protocolo do UFC diz que reguladores internos da organização exercerão todas as funções da comissão de forma independente e sem interferência de executivos da empresa ou seus empregados.

O UFC continua empenhado em manter o mais rigoroso ambiente regulatório para a competição e promete que nenhuma violação de protocolo semelhante acontecerá novamente.

Tanto Dana White quanto o UFC pedem desculpas ao Sr. Hughes colocar em dúvida seu julgamento profissional. Hughes julgou mais de 25 eventos do UFC, que está ansioso para que ele trabalhe em seus eventos novamente no futuro."

"Tenho que me tornar melhor, mais completo", admite Junior Cigano

Junior Cigano no CT de MMA do Corinthians (Foto: Ivan Raupp)

A mentalidade de concentrar o trabalho no que se tem de melhor ficou para trás. Com as duas derrotas dominantes para o campeão Cain Velásquez, o peso-pesado Junior Cigano aprendeu que era preciso ir além, incrementar o jogo, ter a maior evolução possível também nas demais áreas para, assim, tornar-se um lutador mais completo. Com esse novo pensamento, ele enfim conseguiu se desprender um pouco do boxe. Saiu de sua zona de conforto em Salvador e, ainda contando com o apoio de seu mestre Luiz Dórea, juntou-se à Nova União, no Rio de Janeiro, onde ganhou uma visão diferente do renomado Dedé Pederneiras.- As coisas têm melhorado. Tenho aprendido uma nova forma de encarar as coisas, um novo método de treinamento e de ensino. Isso vai agregar muito ao meu estilo de luta. Uma coisa que está muito clara é que tenho que me tornar melhor, mais completo. Claro que vou priorizar o boxe, porque é uma coisa que realmente gosto de fazer, e acredito muito nas minhas mãos. Mas tenho que me tornar um lutador mais completo, preparado para lutar em qualquer área, tanto no chão, quanto derrubando, usando as quedas a meu favor e as defendendo também - disse, em entrevista ao Combate.com no CT de MMA do Corinthians, em São Paulo.

Junior Cigano no CT de MMA do Corinthians (Foto: Ivan Raupp)

O que também estava faltando para Cigano, segundo o próprio, era melhorar a parte psicológica. Não no sentido de que fosse inconstante mentalmente, nada disso. O problema é que, segundo o próprio, faltava seguir uma estratégia de luta traçada de acordo com o adversário em vez de tentar resolver sempre com um nocaute ou uma finalização.

- Eu com certeza tenho condições de enfrentar qualquer um no mundo, mas acho que é mais a cabeça, o seu entender, o psicológico, do que o trabalho físico e a técnica. Sempre treinei wrestling, jiu-jítsu, boxe, muay thai, mas na hora das lutas eu priorizo o boxe. É uma coisa que acaba sendo natural. Então, a partir do momento em que eu conseguir colocar isso na minha cabeça, que eu preciso estar apto a usar qualquer arte marcial na hora da luta para buscar a vitória... Porque muitas vezes não é só nocaute e finalização que funcionam. Às vezes você tem que jogar para pontuar também.

Cigano disse ainda que seu head coach (treinador principal) hoje não é nem Dedé Pederneiras nem Luiz Dórea, e sim os dois, e que acha importante fazer mais lutas para botar em prática esse novo método de combate antes de ter a chance de encarar Velásquez novamente. E ele acredita no potencial do compatriota Fabricio Werdum na disputa de cinturão no UFC 180, dia 15 de novembro, exatamente contra Cain.

A seguir, veja a entrevista com Junior Cigano na íntegra:

Combate.com: Você recentemente quebrou o dedo da mão, depois machucou o joelho. Dá para dizer que está numa maré de azar?

Junior Cigano: Não diria maré de azar. Na verdade não cheguei a sofrer a lesão do joelho. Quando aconteceu a lesão da mão, e tive que desistir da luta (contra Miocic) para focar na recuperação, do nada o joelho começou a doer. Eu não estava treinando. Acho que a gente acaba convivendo com a dor e às vezes não consegue nem entender o que realmente está acontecendo. Quando parei para recuperar a mão, o joelho começou a doer. Foi meio estranho. Mas fiz os exames, não tem nada. É só a dor mesmo. O médico me recomendou muita fisioterapia, que ainda estou fazendo. Estou buscando a recuperação para ficar 100% novamente.

Hoje você está em quantos por cento?

Graças a Deus estou muito bem já. Faltam detalhes só. Estou perto dos 100% fisicamente.

Para quando você planeja seu retorno? Teremos card no Brasil em outubro, novembro e dezembro. Tem o card do México em novembro. Enfim...

Quero voltar o mais rápido possível, até porque em outubro vai fazer um ano que não luto. Isso tem me deixado maluco (risos). Amo fazer o que faço, e a gente faz isso para viver também, então quero voltar logo, até para me manter em dia nos treinamentos. Meu normal é treino e competição, então quero voltar ao normal o mais rápido possível. Estou vendo como as lesões estão respondendo. Correndo tudo bem, acho que já posso marcar minha próxima luta. Na melhor das expectativas, novembro seria uma data boa para mim. Quero muito lutar antes do final do ano. Novembro seria bem legal, talvez na segunda metade do mês.

A luta que todo mundo estava querendo ver no peso-pesado era você contra o Stipe Miocic. É essa a luta que você quer para o seu retorno?

Não escolho adversário, nunca escolhi nem vou escolher. Acho que a gente tem que lutar contra todos, e quero enfrentar sempre os melhores. Acho que o Miocic está vindo muito bem, vindo de grande vitórias, e acho que seria, sim, uma luta bem interessante para o público e para o próprio UFC. E para mim também. Ele é um cara que vem do wrestling, tem quedas boas, também prioriza o boxe. Eu já estava estudando o jogo dele. Seria uma luta muito boa, mas a gente tem outros atletas no UFC e, seja quem for, vou estar me preparando da melhor maneira possível.

O que mudou no Cigano desde que ele foi para a Nova União?

Depois que comecei a ter a ajuda do professor Dedé Pederneiras e do time da Nova União, acho que acabei agregando valores bem significativos à minha carreira. As coisas têm melhorado. Tenho aprendido uma nova forma de encarar as coisas, um novo método de treinamento e de ensino. Isso vai agregar muito ao meu estilo de luta. Uma coisa que está muito clara é que tenho que me tornar melhor, mais completo. Claro que vou priorizar o boxe, porque é uma coisa que realmente gosto de fazer, e acredito muito nas minhas mãos. Mas tenho que me tornar um lutador mais completo, preparado para lutar em qualquer área, tanto no chão, quanto derrubando, usando as quedas a meu favor e as defendendo também.

E é nisso que o Dedé tem te ajudado bastante?

O Dedé tem me ajudado bastante. Ele é um cara muito inteligente, não é à toa que concorre sempre nas eleições de melhor treinador do ano. O jeito de ele enxergar a luta é um jeito bem experiente e diferente. É difícil você alcançar isso. Acho que ele, junto do professor Dórea, vão fazer um trabalho bem legal e vão me deixar muito bem preparado para as minhas lutas.

Quem é seu head coach: Dedé, Dórea, ou os dois têm o mesmo peso?

Os dois ocupam a mesma função. Como tenho ficado mais no Rio de Janeiro, o Dedé tem assumido a maior parte de tudo, mas sempre numa comunicação boa com todos. O pessoal da Nova União é muito junto, unido. O Dedé tem passado tudo para eles também, e tudo tem funcionado de uma maneira legal. Eu tenho gostado.

Você enfrentou o Cain Velásquez três vezes. O que ele te acrescentou como lutador? Qual a importância que ele teve e ainda tem na sua carreira?

Uma importância enorme. Foi o atleta mais importante que já enfrentei até hoje. Eu o tomei como experiência e aprendizado. Na minha opinião, ele demonstrou muita inteligência nas lutas. O time dele estava muito empenhado. A gente pôde perceber que o treinador dele estava muito preocupado para ele não me dar distância, não me deixar usar o boxe de jeito nenhum, ficar colado o tempo todo. Isso me impossibilitou de estar usando meu boxe, que é minha arma mais forte. Ele acabou frustrando meus ataques. Não me senti mais confortável para atacá-lo. Acho que eles estudaram bastante meu jogo, o que eu poderia trazer de desafio para ele. Na primeira luta eu o nocauteei, e depois ele veio muito mais preparado e focado. Eu o admiro como atleta, é um cara que tem de ser respeitado. Ainda estou aprendendo muito. O meu objetivo hoje é superá-lo. Quero superar o campeão. Na atualidade ele é o campeão, então quero superá-lo. E mesmo não sendo pelo título, seja qual for o motivo pelo qual vai acontecer essa luta, quero, sim, estar lutando contra ele novamente. Com essa experiência que tenho ganhado, acho que vou me tornar um lutador melhor, mais experiente e, com tudo isso, mais forte.

Você já se considera pronto para enfrentár o Velásquez de novo? Ou isso ainda vai acontecer?

Eu com certeza tenho condições de enfrentar qualquer um no mundo, mas acho que é mais a cabeça, o seu entender, o psicológico, do que o trabalho físico e a técnica. Sempre treinei wrestling, jiu-jítsu, boxe, muay thai, mas na hora das lutas eu priorizo o boxe. É uma coisa que acaba sendo natural. Então, a partir do momento em que eu conseguir colocar isso na minha cabeça, que eu preciso estar apto a usar qualquer arte marcial na hora da luta para buscar a vitória... Porque muitas vezes não é só nocaute e finalização que funcionam. Às vezes você tem que jogar para pontuar também. Um dos maiores exemplos disso é o Georges St-Pierre. Normalmente as lutas dele seguiam todos os rounds, e ele é um cara muito inteligente. Ele fazia o que o outro não queria fazer. Se o cara queria boxear, ele queria o chão. Se o cara queria o chão, ele queria boxear, ficar em pé. Ou seja, é uma parte da estratégia bastante inteligente. Hoje o maior diferencial dos campeões está sendo isso, a inteligência na hora de lutar, a estratégia que estão trazendo para o octógono. Isso é uma colaboração muito grande do time também, pois ele acaba estudando muito o adversário e formulando uma estratégia que seja eficiente contra aquele determinado adversário. Você não tem que lutar igual contra todos.

Você acha importante fazer outras lutas antes de enfrentar o Velásquez de novo?

Com certeza. Não só para ganhar mais experiência, mas para ganhar na prática esse novo método que estou tentando adicionar ao meu repertório. E também para eu poder estar me qualificando novamente. Graças a Deus, pelos resultados que tive, acabei continuando como número 1 do ranking (de candidatos ao título) mesmo perdendo para o Velásquez. Hoje o Werdum passou à minha frente, mas sem muito sentido. Foi mais porque ele vai lutar pelo cinturão mesmo. Acho que tenho muito a agradecer a Deus por tudo que tem acontecido na minha vida. Espero estar aprendendo e evoluindo a cada dia que passa. Sei que, se o Velásquez ganhar, vou ter que fazer mais uma ou duas lutas para poder me qualificar a lutar com ele novamente. Mas não tenho medo de desafio. Estou aqui para enfrentar quem quer que seja até conseguir enfrentá-lo de novo.

Aproveitando que você falou dos campeões, quem você considera hoje o melhor lutador do mundo?

Quem eu considero hoje o melhor do mundo... Acho que o Velásquez e o Jon Jones brigam pela primeira posição. O Jon Jones é impressionante, é um fenômeno realmente. O Velásquez também, principalmente pelo condicionamento físico, que é incrível. O que ele consegue fazer como peso-pesado... Se apanhar cansa, bater cansa muito mais, e nas duas últimas lutas que a gente teve ele ficou cinco rounds batendo ali em cima, sem demonstrar cansaço. Isso é realmente extraordinário.

Um cara que você gostaria de enfrentar é o Overeem, certo? O Jon Jones se machucou recentemente num treino com ele, e não foi o primeiro, porque o holandês também já tinha machucado o Guto Inocente. O que você acha do Overeem?

Primeiro, te corrigindo na questão de enfrentar o Overeem, eu sinceramente não tenho vontade nenhuma de enfrentá-lo. Claro que, se o UFC disser que tenho de enfrentá-lo, ele vai ser o cara que quero enfrentar. Ele é um falastrão, gosta de polemizar as coisas, falar muita coisa e às vezes não fazer. Já marcaram duas vezes nossa luta, numa ele caiu no teste antidoping, na outra ele se machucou e não pôde aceitar. É um cara estranho. Ele é difícil, um bom lutador, não é à toa que conseguiu grandes vitórias na vida dele. Mas é um cara bastante polêmico e talvez até meio perdido na cabeça dele. Mas com certeza lesões acontecem no treinamento, e a gente não pode levar isso como maldade. Não sei exatamente o que aconteceu. Machucados acabam acontecendo, não à toa que machuquei num treino, onde os caras estavam me ajudando. Acho que pode ter acontecido a mesma coisa com o Jon Jones agora. De novo, não tenho realmente uma vontade de lutar contra o Overeem. Ele está sem nenhuma expressão agora, então não seria uma boa luta.

E teremos Velásquez contra Werdum em novembro. Quem você acha que vence e como vai ser a luta?

Acredito que será uma luta boa. Na minha opinião, o que o Werdum fez na última luta ele nunca tinha feito. Ele lutou muito bem. Lutou como nunca tinha lutado. E contra um cara dificílimo, que é o Travis Browne. (Browne) É um cara que impõe o jogo, bate forte, tem poder de nocaute e um ritmo bom de luta. Então, o que o Werdum fez naquela luta realmente me impressionou e me fez acreditar mais nele, acreditar que ele consegue ser campeão em cima do Velásquez. Claro que o Velásquez é favorito. Na minha opinião é bem favorito em qualquer luta, enfrentando qualquer peso-pesado de hoje em dia. Mas o Werdum tem, sim, chances de impor um jogo que possa dificultar. Tenho certeza que eles estão estudando bastante o Velásquez. No chão o Werdum é muito superior a ele, então não acho que o Velásquez vá derrubá-lo. O Velásquez vai tentar fazer mais ou menos o que fez comigo, manter na grade. Se for para o chão, o Velásquez não vai querer ficar ali trocando posição com o Werdum. Vai mandar levantar para de novo pressioná-lo contra a grade. Acredito que será uma luta muito boa. E lógico que vou torcer pelo Werdum. Como brasileiro, espero que esse cinturão volte para o Brasil.