Conor McGregor é uma estrela maior do que Brock Lesnar e GSP, diz Dana White

A vitória por nocaute de Conor McGregor sobre Dustin Poirier, no último sábado (27), no UFC 178, não impressionou somente os fãs de MMA. Dana White, presidente do Ultimate, também ficou boquiaberto com a atuação do irlandês e disse que o lutador já ultrapassou grandes estrelas na sua escala de atletas favoritos.

“O Conor McGregor é o que há, cara, ele é legítimo. Ele é uma força que eu nunca vi antes. Ele é maior do que o Brock Lesnar quando esteve aqui. Ele é maior do que qualquer lutador que já tivemos. Sim, ele é maior do que o Georges Saint-Pierre. Nunca vi nada do tipo”, disse Dana ao Fox Sports.

O irlandês, que atraiu milhares da fãs para a arena, também foi elogiado por Dana por sua capacidade de ascenção.

“Você não vê isso com facilidade: um cara roubar a cena e ter um impacto tão grande antes mesmo de ser ranqueado como um dos 10 melhores. O Dustin Poirier é um ótimo lutador, um dos melhores do mundo. E o McGregor disse que iria aniquilá-lo no primeiro round. Ele estava se comprometendo com a falha, mas aconteceu o que vocês viram. Ele é legítimo”, concluiu.

Com lutas pela frente, Minotauro confirma aposentadoria para 2015

Empolgado com a carreira de mestre e palestrante, Rodrigo Minotauro, que esteve em Porto Velho para um workshop motivacional, faz planos para o futuro. Após pegar gosto por ensinar a arte que é a sua paixão, o lutador de UFC, apoiado pelo irmão Minotouro, reforça também a ideia de se aposentar no final de 2015, mas afirma que antes de deixar os octógonos pretende lutar ainda mais algumas vezes.

- Eu penso em me aposentar no futuro, só que mais no final do ano que vem. Essa ainda é a a ideia. Acho que pode ser o momento, tenho meus alunos e outras coisas a fazer. Gosto de estar envolvido e de fazer campeões. Tenho mais de 10 mil alunos e vejo muita gente mudando de vida, mas por enquanto eu também quero lutar. Devo ter umas duas lutas até lá e esse também é meu foco.

Quando questionado sobre adversários, Minotauro decide não arriscar nem palpites. A última vez em que entrou no octógono foi em abril deste ano, quando foi nocauteado ainda no primeiro round por Roy Nelson.

- Não sei e nem tem como. Quando a gente descobre tem cerca de três meses pra fazer toda a preparação necessária... Então no ano que vem a gente descobre.

Além de ser o melhor de sua categoria, Minotauro tem atuado constantemente como Rodrigo Nogueira. Como pessoa física, o lutador do UFC tem um objetivo diferente do que se vê normalmente: o de transformar vidas. O trabalho é executado através da Team Nogueira, junto com Minotouro, e nas palestras motivacionais que tem aplicado em todo país.

- Amo o que eu faço. Esse lado de ensinar e motivar as pessoas é bem legal mas ainda tenho algumas lutas pela frente. Volto a treinar em janeiro, vou lutar e depois vamos ver o que fazer

Wand: "Se acharam a biografia do Spider polêmica, esperem a minha"

Wanderlei Silva tem sido tema recorrente no noticiário do MMA, especialmente após o anúncio de sua aposentadoria, quando declarou guerra ao UFC. Envolto em polêmicas, ele promete revelar detalhes de todas as que passou em sua biografia que - ele garante - será mais polêmica que a de Anderson Silva. O projeto é para breve, segundo o Cachorro Louco, mas ainda falta um escritor para colocar em prática a ideia.- Vai sair tudo na minha biografia. Se acharam a do Anderson polêmica, esperem a minha. Vai sair logo. Quero achar um escritor bom pra fazer minha biografia. Sou fã do Ruy Castro, li todas as biografias dele. Carmem Miranda, Nelson Rodrigues, Garrincha, todas excelentes. Se o Ruy Castro estiver interessado, entra em contato com o pessoal do Combate.com que eles têm meu contato (risos). Vai ser um prazer - afirmou, em entrevista ao Combate.com.

Apesar do desejo do Cachorro Louco, Ruy Castro rechaçou a ideia de ser o autor da biografia do agora ex-lutador.

- Fico honrado dele ter falado isso, mas não pego encomendas e nem biografo gente viva, então não tem chance - disse.

Quando a reportagem pediu um aperitivo do que está por vir em sua biografia, Wanderlei contou como ele iniciou a rivalidade entre a Brazilian Top Team (BTT) e a Chute Boxe, sua equipe, nos tempos do Pride. De acordo com ele, tudo começou em um café da manhã no hotel onde os lutadores das duas equipes estavam hospedados. Após Ricardo Arona, da BTT, lhe cumprimentar, tudo começou.

- Uma boa foi que eu iniciei a rivalidade da Chute Boxe com a Brazilian Top Team. Eu discuti com o Arona no café da manhã. Eu fui o culpado. Ele passou por mim e perguntou: "Tudo bem?". Eu perguntei: "Tudo bem o que, bicho? Vai tomar no c...". Foi uma baixaria do c... Mas aí vem a hombridade. Se você é homem pra desafiar e fazer isso, tem que ser pra admitir o erro. Quando encontrei ele em Niterói, ele chegou respeitoso, me cumprimentou e eu pedi desculpas por aquele dia, disse que estava errado, não tinha motivo nenhum, fui grosso e fiz baixaria. Ele me olhou e disse: "Está mais do que desculpado. Você tem que ser homem pra fazer, mas tem que ser homem pra admitir também" - lembrou Wand.

Cruz salta ao 2º lugar no ranking dos galos; Demetrious supera Velásquez

De volta ao octógono após quase três anos parado, o ex-campeão dos pesos-galos do UFC, Dominick Cruz, mandou uma mensagem aos seus críticos no sábado ao nocautear Takeya Mizugaki em apenas 1m01s, no UFC 178. Na segunda-feira, a atualização do ranking oficial da organização mostrou que os jornalistas prestaram atenção e acreditaram no retorno em grande forma do "Dominador". Cruz subiu oito posições e tomou a segunda posição em sua categoria, atrás apenas do brasileiro Renan Barão - os campeões não são incluídos na classificação de suas respectivas divisões no UFC, apenas no ranking peso-por-peso.

A vitória impressionante sobre Mizugaki, que caiu apenas um lugar no ranking, para sexto colocado, também foi o bastante para Dana White, presidente do UFC, garantir a Dominick Cruz uma disputa pelo cinturão contra o atual campeão, TJ Dillashaw, que tomou o título das mãos de Barão em maio. O brasileiro conquistou o cinturão interino durante a ausência de Cruz devido a lesões no joelho e foi promovido a campeão absoluto quando o americano foi incapaz de enfrentá-lo em fevereiro deste ano, devido a nova lesão na virilha. O "Dominador", todavia, jamais foi derrotado em três lutas pelo Ultimate e 10 lutas como peso-galo, incluindo três lutas valendo cinturão no extinto WEC.

Cruz também voltou a figurar no ranking peso-por-peso da organização, na 15ª posição. Nesta classificação, o campeão dos pesos-moscas, Demetrious Johnson, entrou no top 3 após sua quinta defesa de cinturão bem sucedida no UFC, uma vitória sobre Chris Cariaso por finalização no segundo round da luta principal do evento. O "Super Mouse" ultrapassou Cain Velásquez, campeão dos pesos-pesados da organização, e agora está atrás apenas de Jon Jones, campeão peso-meio-pesado, e José Aldo, campeão peso-pena, na lista dos melhores lutadores do mundo no Ultimate.

Outro que subiu no ranking de sua categoria foi o irlandês Conor McGregor, que ganhou quatro posições e passou a ocupar o quinto lugar entre os pesos-penas após sua vitória sobre o americano Dustin Poirier, quinto colocado anterior. Nocauteado em 1m46s, Poirier caiu duas posições e agora é o sétimo colocado. A ascensão de McGregor derrubou também Dennis Bermudez e Nik Lentz uma posição cada, para oitavo e nono, respectivamente.

Vencedor de uma luta polêmica entre os pesos-médios, o cubano Yoel Romero também subiu quatro posições em sua categoria, assumindo a sexta posição na categoria. Sua vítima, o americano Tim Kennedy, caiu para o sétimo lugar. Já entre os pesos-leves, Donald Cerrone subiu ao quarto lugar com sua vitória sobre Eddie Alvarez, que surpreendentemente ganhou quatro posições mesmo com a derrota por decisão unânime. O ex-campeão do Bellator é agora o 10º do ranking, à frente de Michael Johnson, Edson Barboza, Jorge Masvidal e Rustam Khabilov, que caíram uma posição cada.

A última mudança significativa do ranking nesta semana foi na classificação do peso-galo feminino. Derrotada por Cat Zingano, primeira colocada da divisão, a brasileira Amanda Nunes acabou caindo uma posição, para nono lugar, sendo superada pela compatriota Bethe Correia, nova oitava colocada.

Confira abaixo a classificação atualizada do ranking do UFC:

Cat recebe suspensão médica de 180 dias e luta por título pode ser adiada

Os planos do UFC de fazer a aguardada luta entre Ronda Rousey e Cat Zingano pelo cinturão peso-galo feminino em 3 de janeiro de 2015 estão ameaçados. A desafiante número 1 da categoria, que derrotou Amanda Nunes no último sábado para consolidar sua posição, recebeu uma suspensão médica de 180 dias sem lutas da Comissão Atlética do Estado de Nevada (NSAC), que regulamentou o evento em Las Vegas, por conta de uma suspeita de lesão nas costas.

Com isso, Zingano pode ficar sem lutar até março de 2015. As suspensões dadas pelas comissões atléticas são recomendações e geralmente podem ser diminuídas caso um médico libere o atleta mais cedo; a suspensão da lutadora americana vem com este porém, de que ela poderia ser liberada antes por um ortopedista.

Outros três lutadores que receberam 180 dias de suspensão médica foram o peso-médio Tim Kennedy, o peso-meio-médio Stephen Thompson e o peso-leve Jon Tuck. Kennedy tem uma lesão no osso orbital esquerdo - a região ao redor de seu olho esquerdo estava bastante inchada após sua derrota para Yoel Romero no card principal do UFC 178 - e precisa ser liberado por um oftalmologista ou por um cirurgião plástico. Mesmo que seja liberado, ele tem uma suspensão mínima de 45 dias, sem contato físico por 30 dias. Thompson tem lesões no olho direito e na mão direita, e precisa ser liberado por um oftalmologista e um ortopedista. Tuck tem lesões no ombro direito e no pé direito.

Única brasileira a se apresentar no UFC 178, Amanda Nunes sofreu uma laceração na sobrancelha esquerda e recebeu uma suspensão de 45 dias, com 30 dias sem contato físico.

Confira as demais suspensões médicas pós-UFC 178:

Eddie Alvarez: suspenso por 45 dias, sem contato por 30 dias

Dustin Poirier: suspenso por 45 dias, sem contato por 30 dias

Yoel Romero: suspenso por 45 dias, sem contato por 30 dias

Takeya Mizugaki: suspenso por 60 dias, sem contato por 45 dias

James Krause: suspenso por 45 dias, sem contato por 21 dias

Cody Gibson: suspenso por 30 dias, sem contato por 15 dias

Weidman rebate declarações de Vitor: "Quero fazer ele parecer um velho"

Chris Weidman não digeriu bem as declarações de Vitor Belfort, que afirmou que ele não vai lutar em dezembro porque quer passar o Natal com o cinturão. O campeão dos pesos-médios do UFC rebateu as provocações do brasileiro e prometeu deixá-lo com vergonha após o combate entre eles, que acontecerá em fevereiro de 2015, depois de o americano sofrer uma fratura na mão esquerda e ter que ser retirado do card do UFC 181.

- Eu quero deixá-lo completamente envergonhado. Quero fazer ele parecer um velho. Esse cara falhou em exames antidoping e tem a audácia, a coragem, de falar sobre eu não lutar - disparou Chris Weidman, em entrevista ao "MMA Hour".

Vitor Belfort chegou a sugerir a criação de um título interino após saber da lesão de Weidman sob a justificativa de que é a segunda vez que uma luta do campeão é adiada por lesão. A primeira foi contra Lyoto Machida, quando machucou o joelho esquerdo.

- Acho que para todo detentor de cinturão que se lesionar mais de uma vez, o UFC já deveria criar o cinturão interino. Com isso, os fãs, os lutadores e o próprio UFC não sairiam prejudicados, somente o atleta lesionado - disse Belfort.

Erick Silva celebra parceria com novo empresário: "Agora tenho passe livre"

A recente troca de empresários (Wallid Ismail por Duda Mauro) já começa a render frutos para o capixaba Erick Silva. O lutador acredita que essa nova parceria tem o deixado mais perto do UFC e este foi um dos assuntos que o atleta falou, numa mini-coletiva de imprensa, realizada durante o lançamento do seu projeto social, no Espírito Santo.

Motivado com o que chama de 'passe livre' com a organização e celebrando o sucesso dessa parceria, Erick Silva revela que chegou a trocar emails com o matchmaker do Ultimate, Joe Silva, fato que não acontecia quando trabalhava com seu antigo manager.

- Estamos fazendo algumas mudanças, estou com empresário novo e ele está comigo formando essa nova equipe que vai trabalhar comigo. A minha parceria com o Duda (Mauro) facilita porque a gente conversa bastante. Eu e o Duda a gente manda e agora eu tenho um passe livre bem maior na minha relação com o UFC, que antes eu não tinha. Nunca tinha trocado um email com o Joe Silva e agora a gente tem essa abertura, até mesmo para responder alguma demanda. Essa abertura é muito boa e me aproxima mais da organização.

Ainda sem luta marcada pelo UFC, Erick Silva segue com sua rotina de treinamentos na academia X-Gym, no Rio de Janeiro. No mês de outubro, o atleta brasileiro deve ir para os Estados Unidos passar um mês treinando na academia Jackson's MMA, do técnico Greg Jackson e do campeão meio-pesado Jon Jones. Com um cartel de 16 vitórias, cinco derrotas e um no-contest, o capixaba alternou triunfos e revezes desde que entrou no UFC (4-4). Em seu último combate, Erick Silva foi derrotado por Matt Brown, por nocaute técnico, em maio deste ano, no Estados Unidos.

Conor McGregor recebe o segundo maior salário do UFC 178: R$ 360 mil

Além de receber toda atenção da mídia, o irlandês Conor McGregor também não pode reclamar de falta de dinheiro. Com apenas quatro lutas no UFC, o peso-pena já desponta como um dos atletas mais bem pagos dos eventos de que participa. Segundo o site "MMA Junkie", o "Notório" recebeu o segundo maior salário do UFC 178, embolsando pela vitória por nocaute no primeiro round contra Dustin Poirier, nada menos que US$ 150 mil - cerca de R$ 360 mil. O valor só é mais baixo que o pago ao campeão dos pesos-moscas, Demetrious Johnson, que venceu Chris Cariaso por finalização no segundo round, na luta principal do evento. Johnson recebeu US$ 183 mil - aproximadamente R$ 440 mil.

Única brasileira no card, Amanda Nunes recebeu US$ 15 mil - cerca de R$ 36 mil - na derrota para Cat Zingano. Estreante no UFC, o ex-campeão do Bellator, Eddie Alvarez, também recebeu um salário alto para novatos no evento: US$ 100 mil (cerca de R$ 240 mil).

Confira os salários do UFC 178:

Demetrious Johnson: R$ 440 mil (incluídos R$ 130 mil de bônus pela vitória)

Chris Cariaso: R$ 58 mil

Donald Cerrone: R$ 302 mil (incluídos R$ 151 mil de bônus pela vitória)

Eddie Alvarez: R$ 240 mil

Conor McGregor: R$ 360 mil (incluídos R$ 180 mil de bônus pela vitória)

Dustin Poirier: R$ 81,6 mil

Yoel Romero: R$ 140 mil (incluídos R$ 70 mil de bônus pela vitória)

Tim Kennedy: R$ 168 mil

Cat Zingano: R$ 43 mil (incluídos R$ 21,5 mil de bônus pela vitória)

Amanda Nunes: R$ 36 mil

Dominick Cruz: R$ 240 mil (incluídos R$ 120 mil de bônus pela vitória)

Takeya Mizugaki: R$ 77 mil

Jorge Masvidal: R$ 216 mil (incluídos R$ 108 mil de bônus pela vitória)

James Krause: R$ 36 mil

Stephen Thompson: R$ 77 mil (incluídos R$ 38,5 mil de bônus pela vitória)

Patrick Cote: R$ 79,2 mil

Brian Ebersole: R$ 100 mil (incluídos R$ 50 mil de bônus pela vitória)

John Howard: R$ 50 mil

Kevin Lee: R$ 48 mil (incluídos R$ 24 mil de bônus pela vitória)

Jon Tuck: R$ 24 mil

Manny Gamburyan: R$ 120 mil (incluídos R$ 60 mil de bônus pela vitória)

Cody Gibson: R$ 24 mil

Luta entre Ronda e Cat Zingano deve acontecer no UFC 182, em janeiro

Após vencer a brasileira Amanda Nunes por nocaute técnico no UFC 178, no último sábado, Cat Zingano pode ser confirmada como próxima desafiante ao cinturão de Ronda Rousey. Segundo Dana White afirmou, durante a conferência de imprensa posterior ao evento, a luta entre as pesos-galos deve acontecer no UFC 182, programado para 3 de janeiro, em Las Vegas, no primeiro evento da organização em 2015.

A luta entre as duas deveria ter acontecido no UFC 168, cerca de um ano e meio atrás, logo após o TUF 17. Mas Zingano sofreu duas lesões no joelho que a obrigaram a passar por uma cirurgia e a ficar mais de um ano afastada do octógono. Miesha Tate, que havia sido nocauteada por Zingano no TUF 17 Finale, assumiu seu lugar como técnica no reality show, e fez sua segunda disputa de título contra a campeã, sendo novamente derrotada por finalização.

Federação sueca veta adversário de Siver, e UFC escala americano invicto

O Ultimate anunciou nesta segunda-feira, através de seu site oficial, que o francês Taylor Lapilus foi impedido pela Federação Sueca de MMA (SMMAF) de enfrentar Dennis Siver no UFC: Nelson x Story, que acontece no próximo sábado, em Estocolmo (SUE), por considerá-lo um adversário inadequado para o alemão, de acordo com a nota divulgada. O substituto será o americano Charles Rosa.

Na notícia do site do UFC, a organização explica que Lapilus seguirá como atleta do evento e irá competir em uma data futura ainda não definida.

Rosa, que fará sua estreia pelo Ultimate, tem nove lutas na carreira e venceu todos os seus oponentes. Seu último confronto foi em agosto, quando finalizou Jake Constant.

Cat Zingano quer tomar cinturão de Ronda "pelos EUA e pelo Brasil"

Depois de passar quase um ano e meio afastada do octógono devido a cirurgias nos dois joelhos e a problemas pessoais, Cat Zingano conseguiu nocautear a brasileira Amanda Nunes no último sábado e garantiu a sua posição de próxima desafiante de Ronda Rousey pelo cinturão dos pesos-galos femininos do UFC. No que depender da lutadora, ela fará de tudo para levar o título para casa e, também, para o Brasil. A peso-galo perdeu o marido, o brasileiro Maurício Zingano, em janeiro do ano passado, depois que o lutador e treinador de jiu-jítsu se suicidou, aos 37 anos.

- Essa é uma volta muito importante para mim depois de tudo. Eu sei que posso vencer esse cinturão e quero fazer isso pelos EUA e também pelo Brasil - disse em entrevista ao Combate logo após sair do octógono, mostrando pelo celular uma foto de seu filho, Brayden, que assistiu à sua luta vestindo uma camiseta verde e amarela.

Em entrevista ao Combate.com na sexta-feira, o presidente do UFC, Dana White, disse que a próxima luta da campeã será em janeiro, na cidade de Las Vegas (EUA). Na coletiva de imprensa pós UFC 178, ele também contou que, após nocautear Amanda, Cat Zingano foi em sua direção e gritou: "Você me vê?"

- Eu respondi: "Sim, eu te vejo". Eu acho que isso foi para calar a minha boca sobre a luta entre Ronda e Gina Carano. Foi a marca que ela quis deixar lá dentro e Cat o fez, de forma clara. Ela estava fora por um tempo, teve algumas lesões, teve que lidar com problemas pessoais, mas agora está de volta. Eu acho que os fãs puderam vê-la e ela precisava lembrar todo mundo porque ela estava na frente da fila pelo título. E foi o que Cat fez esta noite - declarou o dirigente.

Com a vitória deste sábado, Zingano agora tem nove triunfos e nenhuma derrota no MMA. Sua luta contra Ronda Rousey deve acontecer em 3 de janeiro de 2015, no mesmo evento que a disputa do cinturão peso-meio-pesado, entre Jon Jones e Daniel Cormier.

Após "três anos de inferno mental", Cruz quer provar que cinturão é seu

Sem lutar desde 2011, Dominick Cruz voltou ao octógono do Ultimate neste sábado, no UFC 178, em Las Vegas (EUA), cercado de desconfianças. Depois de três anos sem lutar, o público não sabia o que esperar do ex-campeão dos pesos-galos (até 61kg). Entretanto, seu retorno foi em alto nível, com um nocaute técnico a 1m01s do primeiro round sobre Takeya Mizugaki, que vinha de cinco vitórias consecutivos. De acordo com o americano, o período parado foi um "inferno mental", mas que ele soube superar.- Eu sempre me deixo levar pela memória muscular de tantos exercícios, mas a minha maior vitória hoje foi meu próprio conjunto de objetivos. Eu não sabia o que ia acontecer, como eu ia me sentir depois de três anos (afastado), não sabia como seria com as luzes, não sabia como seria lá dentro. Eu simplesmente tinha que entrar e fazê-lo. Foi importante para mim. Cem por cento disso é mental. Tudo o que fiz é mental. É um jogo mental, foram três anos de inferno mental. Mas ou você passa por isso, ou quebra. Eu tive de passar por isso, e tive de fazer algo hoje para provar que eu não ia quebrar. E sinto que fui lá e quebrei outra pessoa para que soubessem disso - afirmou Cruz, na coletiva de imprensa.

Contra Mizugaki, ele garantiu que já conhecia bastante o jogo do japonês e que sabia tudo que precisaria fazer para sair com o triunfo.

- Eu conhecia suas armas, suas habilidades. Eu o estudei. Entendo o esporte e o que ele pode fazer. Eu sabia que tinha muito mais armas do que ele e poderia usá-las. Também sabia que ele teria dificuldades em me encontrar. A única coisa que eu não sabia era com quanta vontade ele viria atrás de mim. Ele tinha uma escolha: podia ficar do lado de fora e me esperar, e deixar eu usar meu ritmo, minhas fintas e meu timing, ou ele podia tentar me perseguir, me pegar desprevenido e me fazer andar para trás. Dependendo do que você faz, eu faço ajustes durante a luta. Fiz o ajuste e ele se arrastou para a tela. Ao fazer isso, você não tem defesa. Isso me permitiu encaixar alguns socos e conseguir o nocaute. Estou grato por isso - declarou.

A meta de Cruz agora é clara: recuperar o cinturão dos pesos-galos. O presidente do UFC, Dana White, já garantiu que ele é o próximo desafiante de TJ Dillashaw, e o americano quer mostrar que o título lhe pertence, já que só o perdeu pelo período de inatividade.

- Acho que me encaixo bem com todo mundo na divisão. Só tenho respeito por todo mundo na divisão, mas eu nunca realmente perdi meu título. Eu me machuquei. E não fiquei sentado comendo, engordando, sem fazer nada. Fiquei trabalhando, e andei analisando lutas, as estudando, aprendendo sobre todos na divisão, todos os estilos, observando as pessoas verem coisas que eu falo e tornarem suas. Estou vendo o esporte evoluir e as pessoas crescerem e melhorarem. Estou junto com elas, não fiquei só sentado. Estou pronto para voltar e pegar meu cinturão. Nunca o perdi, não deveria ter ido para as mãos de outra pessoa, mas eu estava lesionado, é minha própria culpa, então só quero provar que ainda estou lá - concluiu.

Dana fala em revanche entre Romero e Kennedy; NSAC aguarda recurso

A vitória de Yoel Romero sobre Tim Kennedy por nocaute técnico no início do terceiro round, enste sábado, no UFC 178, em Las Vegas (EUA) rendeu aos lutadores o prêmio de "Luta da Noite" e, se existisse bônus para a maior polêmica, ela também teria ganho. No fim do segundo round, o americano quase nocauteou o cubano que, no intervalo, levou 28 segundos a mais que o permitido (um minuto) para se levantar do banco e voltar a lutar, o que pode ter lhe dado tempo para se recuperar do castigo sofrido no assalto anterior, gerando muitas reclamações por parte da equipe de Kennedy, que deve entrar com um recurso na Comissão Atlética de Nevada (NSAC) para tentar anular o resultado, de acordo com informações do "MMA Junkie", que falou com um empresário do atleta sobre o ocorrido.

Na coletiva de imprensa do UFC 178, o próprio Dana White não soube explicar muito bem o que aconteceu, mas revelou que a culpa foi do funcionário do Ultimate, que exagerou ao passar vaselina no olho de Romero. Outro problema foi o fato de ninguém do córner do cubano falar em inglês, o que teria tornado ainda mais difícil a comunicação para que ele voltasse ao combate. O dirigente não descartou uma revanche entre eles.

- Qualquer um de vocês que segue o esporte há muito tempo sabe que este é o truque mais sujo no regulamento. Você ou põe muita vaselina, ou você não tira os caras do córner. Mas foi o nosso cara, o cara do UFC, o cutman, que botou a vaselina no olho. E aí tem a barreira da língua, os caras não falavam inglês. Mas quando os caras da comissão gritam, "Sai daí, p***", não tem como não entender. Porém, foi nosso cara que passou a vaselina, o que torna ainda mais esquisita essa situação. É difícil. É uma coisa estranha que nunca acontece. Veremos como eles se sentem. O Kennedy com certeza vai querer a revanche. Mas foi uma luta incrível - afirmou Dana.

Questionado sobre o assunto, Yoel Romero preferiu não se aprofundar no caso, mas não descartou ter sido ajudado pelo tempo extra que teve para se recuperar dos golpes sofridos no fim do segundo assalto.

- Ele me socou na cara. Quando você recebe soco na cara, às vezes sente. Mas eu estava pronto para lutar. Talvez (o tempo extra tenha me ajudado), não sei - disse o lutador.

De acordo com o diretor executivo da NSAC, Bob Bennett, Tim Kennedy tem o direito de apelar, mas deixou claro que são raras as vezes que um resultado é alterado pela comissão atlética.

- Eu não sei se Tim Kennedy tem uma reclamação legítima a fazer até eu assistir o vídeo e discutir com os procuradores e aí vamos partir desse ponto. É um protocolo e, como eu já disse, há pouquíssimas lutas que já tiveram o resultado alterado. Eu não estou dizendo que isso não vai acontecer. Kennedy precisa apelar e nós vamos analisar a situação em conjunto, com o chairman da comissão, Francisco Aguilar e os nossos procuradores. Só então uma decisão será tomada - declarou, em entrevista ao Combate.com.

Bennett ainda evitou entrar em detalhes sobre o fato, disse que precisa rever o combate, mas fez coro a Dana White.

- Eu não posso falar nada enquanto eu não rever o vídeo. Eu faço muitas coisas durante o curso de uma luta e, para ser específico sobre o incidente, eu preciso rever o vídeo para não ser injusto com os lutadores. Eu falei com o árbitro John McCarthy e ele disse que teve dificuldades em se comunicar com o treinador do Romero. Ele estava tendo dificuldades em entender sobre o que o John estava falando. Nesse incidente específico, a responsabilidade de retirar a vaselina é do cutman do UFC. Ele que passou o produto no lutador e colocou em excesso. Eu não assisti à luta desde o começo, mas acho que o árbitro fez um excelente trabalho em contornar a situação, que infelizmente aconteceu. Ele conseguiu fazer a luta continuar o mais rápido possível - conclui

[Video] Tim Kennedy confronta Yoel RomEro no backstage do UFC 178

Dana White confirma Dominick Cruz como próximo rival de TJ Dillashaw

Há três anos, Dominick Cruz era o campeão do peso-galo (até 61kg) no Ultimate. Lesões seguidas o deixaram desde então sem lutar e ele perdeu o cinturão por inatividade. Neste sábado, no UFC 178, o americano retornou ao octógono para enfrentar Takeya Mizugaki e surpreendeu ao vencer por nocaute técnico em apenas 1m01s de combate um rival que vinha de cinco triunfos consecutivos. Com isso, ele garantiu o direito de ter a chance de recuperar o título que lhe pertencia e que agora está nas mãos de TJ Dillashaw.

- Ninguém faz aquilo com Mizugaki. Ninguém. E ele não perdeu seu cinturão lutando, ele é o homem mais azarado do mundo. Ele é o cara. Sim (Cruz é o próximo a enfrentar Dillashaw) - declarou Dana White na coletiva de imprensa do evento, enquanto Dominick comemorava a notícia.

Cruz revelou que conseguiu ficar calmo na hora de lutar e garantiu que se tornou uma versão ainda melhor do que o lutador que já dominava a divisão dos galos antes das lesões.

- Senti como: "Fiz isso 20 vezes". Estava pronto para isso. Acredito que sou o melhor do mundo. Fui lá e fiz meu trabalho. Surpreendentemente, quando cheguei lá e vi uma fita com meu nome no chão (marcando o ponto de entrada no octógono), fiquei mais calmo. Quando ouvi minha música, me senti melhor. Estava mais nervoso durante o dia inteiro quando esperava no hotel para ir para a arena. Quando cheguei lá e vi os lutadores ao meu redor, estava no salão com Kennedy e Cerrone e todos os outros, isso me trouxe paz, me senti em casa. Foi legal estar longe da mesa (de comentarista). Estou longe do velho Dominick. Muita coisa melhorou, nada piorou. Estou pronto para voltar e ter aquele cinturão - concluiu.

Conor McGregor: "José (Aldo) está se deteriorando. Mais uma vitória fácil"

Conor McGregor provou mais uma vez neste sábado que não é mero "falador": nocauteou Dustin Poirier, quinto colocado do ranking dos pesos-penas, no primeiro round de sua luta pelo UFC 178, em Las Vegas - a terceira vez que o faz em quatro lutas pelo Ultimate. Porém, quando tem um microfone direcionado à sua boca, o irlandês consegue ser melhor do que quando está dentro do octógono. Na coletiva de imprensa pós-evento na MGM Grand Garden Arena, McGregor foi o atleta mais requisitado, e soltou pérolas dignas de Chael Sonnen, arrancando risos de jornalistas, dos companheiros atletas e até de Dana White, presidente do UFC.

O irlandês, contudo, falava sério ao analisar a divisão dos pesos-penas. Ele repetiu que vem ao Brasil assistir à disputa do cinturão entre o atual campeão, o brasileiro José Aldo, e o americano Chad Mendes, no próximo dia 25 de outubro, e garantiu que estará pronto para substituir qualquer um dos dois caso não possam lutar por causa de lesão. Questionado sobre como seu jogo se encaixava contra cada um deles, disparou:

- Eu acredito que vou desmantelar ambos. O Chad tem 1,67m (de altura) e estufado. Ele deveria ser peso-galo, mas passou desse limite. Agora ele é só um pequeno fisiculturista que está preso na divisão dos penas. Ele se cansa rápido. Eu tenho uma vantagem de envergadura de 20cm, vou ficar enorme sobre ele. Eu iria massacrar o Chad. E José, de novo, sinto que ele está naquele caminho de deterioração. De novo, mais uma vitória fácil. Parece para mim que a divisão está cheia de novatos e ultrapassados. Estou aqui só me divertindo, coletando cheques pelo caminho e eliminando cada um.

Antes de responder à pergunta sobre como se equiparava a Mendes e Aldo, McGregor já havia falado um pouco do tal "caminho de deterioração" ao falar do segredo para estar sempre evoluindo. Ele estava claramente se referindo ao brasileiro - e disse isso abertamente em outro momento - quando falou sobre como alguns atletas ficam "complacentes" ao atingir sucesso.

- Apenas faço o trabalho, não enrolo, 365 dias por ano, 24/7. Estou melhorando, é disso que se trata neste jogo, o que importa é crescimento. Sinto que muitos artistas marciais - muitos atletas, ponto - chegam a um ponto em que estão felizes com suas habilidades, e aí passa a ser um trabalho de manutenção. Vira aparecer na academia, fazer rounds duros de treino, conseguir mais quilometragem, mas, na verdade, seu nível de habilidade não está crescendo, seu nível de habilidade está permanecendo o mesmo, e aí, durante o tempo, seu corpo começa a deteriorar, através de guerras na academia, através de guerras no octógono, eles se deterioram. Sinto que treino de forma inteligente, ouço meu corpo. Esta é só minha segunda luta de volta (da cirurgia no) ligamento cruzado anterior, faz menos de um ano desde a cirurgia e já fiz duas lutas, duas finalizações no primeiro round. Você duvidaria de mim? Você provavelmente o fez, mas duvidaria de mim agora? - disse McGregor.

Confira as "pérolas" de Conor McGregor na coletiva pós-luta:

Sobre o golpe que nocauteou Dustin Poirier

- Olhe um pouco mais de perto, porque foi um gancho de esquerda que o pegou acima do ouvido, e acertar um cara acima do ouvido e atrás, desde que não vá na nuca, se for acima do ouvido e atrás do ouvido (gesticula com a mão, demonstrando o local), é um golpe limpo. Eu tive uma discussão com o Herb Dean bem antes do combate acontecer, então foi um golpe legal. Queria ter conectado no queixo, queria ter conectado mais limpo, mas tem um tecido macio e lindo aqui (gesticula) e se você acerta nessa área, não dá para se recuperar. Olhe mais de perto, foi um golpe legal.

- Foi o punho. Eu caí um pouco nele, para ser sincero. Olhando de novo, não gostei. Dei jab duplo e caí um pouco nele. Eu joguei um antes desse que simplesmente deixei o gancho de esquerda preso. Não mexi meu corpo muito, mas foi esse que o machucou. O que encerrou a luta, eu caí nele um pouco. Mas o acertei com o punho, na parte de trás da cabeça, mas acima do ouvido, que é um golpe legal. Eu não gosto da forma como as pessoas olham para o árbitro e... Ele não se levantou e reclamou, ele saba que foi um golpe legal. Se eu fosse nocauteado desse jeito, não estaria aqui dizendo que foi um golpe ilegal, eu reconheceria que fui nocauteado e que foi isso.

Conversa com Poirier após a luta

- No ringue, ele foi humilde. Dustin é um bom garoto e não tenho nenhum sentimento ruim por Dustin. Eu achei estranho quando ele disse, "nunca odiei um cara tanto quanto odeio esse cara na minha vida". Para mim, isso é estranho. Eu não posso odiar o homem que tem o mesmo sonho que eu. Não tenho nenhuma emoção sobre ele no fim do dia. Estou na minha jornada. Ele é um cara humilde, veio para a luta. Não tenho nada além de respeito por esses competidores. Não se enganem: sou convencido na previsão, sou confiante na preparação, mas sou sempre humilde na vitória ou na derrota. Estou humilde aqui e sou grato pela oportunidade que o UFC, Dana e Lorenzo e Tio Frank IV me deram. Sou grato.

- Eu não odeio ninguém, mas negócios são negócios. Nunca é pessoal; pode ser cruel, pode ser impiedoso, mas nunca é pessoal. Então, um por um, vou eliminar o resto deles, ganhar todo meu dinheiro e sair. E aí, quem sabe, vou ensiná-los uma coisa ou outra na minha jornada.

Só lutaria pelo cinturão, ou aceitaria outra luta em seguida?

- No fim do dia, desde que eu apareça e meu cheque diga o que eu digo que deve ser, então eu apareço e mato quem colocarem na minha frente. É claro que eu quero aquele cinturão dourado, não tente me dizer que aquele cinturão dourado sentado aqui nesta mesa não ficaria lindo junto a este terno de marfim de elefante que eu estou vestindo agora! Ficaria perfeito! Sei que Dana quer ver isso, sei que Lorenzo quer ver isso, um salve para o Tio Frank, sei que ele quer ver isso! É o que os fãs querem, é o que eu quero. Eu disse que o nocautearia em um round, ninguém jamais o nocauteou em um round. Ninguém fez isso a Dustin antes, ele é um ótimo cara, só tenho respeito por ele. Eu não apenas os nocauteio, eu também escolho o round.

Foto com cinturão

- O cinturão, eles deixaram lá solto em frente ao estúdio. Eu peguei e subi no palco com ele. Achei engraçado, porque, depois da pesagem, eles me levaram ao palco também, e eu estava desidratado, me reidratando, e tinha que dar entrevista, vender o evento, os números, ser profissional. Mas eu estava sentado ali, usando meu óculos escuros, e o Rashad (Evans), Brian Stann e Jon Anik estavam ali, todos dizendo que seria uma luta dura, e eu disse, "Não vai ser uma luta dura. Vou fazer parecer fácil, vou pará-lo no primeiro round". E, no canto do meu olho, consigo ver o Rashad olhando para mim pensando, "O que esse filho da p*** irlandês maluco está dizendo?" Eu podia sentir a dúvida nele. Então, quando me chamaram para subir de novo, eu subi vestindo este terno de marfim de elefante, vi o cinturão, o peguei e coloquei na mesa, e disse, "E agora, Rashad? Eu sei que você estava duvidando de mim!" Foi isso. Ele concordou, disse que estava duvidando de mim, não acreditava no papo, como ele disse, mas eu adoro isso. Adoro provar que as pessoas estão erradas e que meu apoio está certo. É isso que importa no fim do dia, é tudo diversão para mim. Adoro, adoro meu emprego. Bato em pessoas por caminhões de dinheiro. Como poderia odiar essa vida? Amo tanto, estou grato todos os dias.

Sobre faixa marrom que recebeu após a luta

- Luta por dinheiro é curto: entre, fique rico e saia. Mas artes marciais são um estilo de vida. É para a vida inteira e eu estive nessa desde o primeiro dia. Para John (Kavanagh) me dar uma faixa marrom numa noite em que não fizemos luta agarrada nem um pouco, estou honrado. Quão bom isso significa que devo ser? Eu nem agarrei para receber a faixa marrom! Devo ser o melhor faixa marrom na Terra!

Expectativa para números de venda de pay per view

- Estou vivendo bem, o que posso dizer? Vou sentar aqui nos próximos dias e vou esperar até os números de pay per view saírem. Sei que tenho o apoio dos irlandeses, e sei que esse foi o meu show. Há alguns atletas fenomenais aqui; para mim, "Super Mouse" é um dos melhores artistas marciais peso por peso no momento, mas não tenho dúvidas que fui eu que atraí os números. Vou sentar e ficar de ouvido aberto para quais foram os números do pay per view. Não estou recebendo pontos de venda de pay per view ainda, mas estarei em breve, então estou certamente interessado nos números e espero que sejam um número alto, e espero que o Tio Frank cuide de mim!

Como lesão na mão o afetou

- Claro que afeta a preparação, meu dedão estava inchado como se fosse uma pequena bola de futebol. Não conseguia segurar e não conseguia socar. Isso foi quatro ou cinco semanas antes da luta. Mas eu simplesmente improvisei, adaptei e superei. Podemos falar de Cole Miller, meu oponente anterior. Sete semanas antes de um evento principal do UFC, um grande evento, ele saiu da luta sete semanas antes por causa de ligamentos rompidos no seu dedão, e eu não conseguia entender isso. Quando isso aconteceu comigo com quatro semanas de antecedência, eu sabia que ia superar e o fiz. Tenho uma mente à prova de balas, não há muita coisa que pode me quebrar. É só um dedão. Improvise, adapte e supere. É claro que você tem pequenas batalhas com sua cabeça, porque você não consegue cerrar o punho. Você aperta seu punho e dói. Certamente há dúvida ali. Mas vim a Las Vegas duas semanas antes, aproveitei o sol, e a luz do sol me deu um pequeno levante. Isso me levou ao próximo (nível), porque não temos luz do sol lá em casa, só temos escuridão. Quando vim e recebei essa dose de vitamina D duas semanas antes da luta, embora tivesse algumas dúvidas, pensei, "Isso é inacreditável, adoro esta m***! Vou simplesmente enfaixar e socar com força!" E foi isso que fiz

Romero, Kennedy, McGregor e Cruz conquistam os bônus do UFC 178

A polêmica vitória de Yoel Romero sobre Tim Kennedy, quando o cubano ficou 28 segundos a mais sentado no banco entre o segundo e terceiro rounds, após quase ser nocauteado e acabar vencendo desta forma no início do último assalto acabou premiando os dois lutadores com o bônus de "Luta da Noite", com cada um faturando US$ 50 mil (cerca de R$ 120 mil).

Já os bônus de "Performance da Noite", que também valem US$ 50 mil, foram para Dominick Cruz e Conor McGregor. O primeiro voltou a lutar depois de quase três anos e precisou de apenas 1m01s para nocautear o japonês Takeya Mizugaki, que vinha de uma sequência de cinco triunfos consecutivos. O segundo enfrentou Dustin Poirier e também nocauteou no primeiro round. O irlandês ainda pediu por uma disputa de cinturão contra José Aldo.

Anderson Silva diz que só para depois de nova disputa de cinturão

Anderson Silva parece voltar a estar motivado em ser campeão do UFC. Dono do cinturão dos pesos-médios da organização por sete anos (entre 2006 e 2013), o Spider andou dando declarações dizendo que não pensava mais em título, mas parece ter mudado de ideia. Em entrevista à "Veja", o lutador garantiu que seu projeto é voltar a ficar no topo de sua divisão e que não vai parar de lutar enquanto não tiver outra chance.- Olha, além de voltar bem em 2015, o meu projeto no UFC é um só: enquanto eu não pegar o cinturão de volta, eu não paro. Quero pelo menos tentar - afirmou.

Curiosamente, no início do mês, Anderson deu entrevista para o "Fantástico", da TV Globo", dizendo que já passou "por aquela coisa de ser campeão".

- Eu já passei por aquela coisa de ser o campeão, de ter o cinturão, e tal. A verdade é que Ayrton Senna só vai ter um, Pelé só vai ter um e Anderson Silva só vai ter um, então, assim, quem viu, viu. Quem não viu, não vê mais - declarou na ocasião.

Anderson Silva volta a lutar no dia 31 de janeiro, em Las Vegas (EUA), quando enfrentará NIck Diaz. Nas últimas duas lutas, o brasileiro foi derrotado por Chris Weidman, atual campeão dos pesos-médios e responsável por colocar fim ao reinado de Spider no MMA.

Nunes diz ter visto nervosismo de Zingano em encarada: "Tremia muito”

A brasileira Amanda Nunes e a americana Cat Zingano protagonizaram uma encarada tensa na pesagem desta sexta-feira e precisaram ser separadas pelo presidente do UFC, Dana White. Momentos após descer do palco, a atleta baiana ainda estava sob efeito da adrenalina do momento:

- Ela vai cair! Ela vai cair! A leoa já entrou ali no clima, está tudo pronto. Agora é só fazer o meu trabalho junto com a minha equipe e com certeza vou dar show. Eu sei que ela estava muito nervosa, Cat tremia muito na minha frente e isso é sinal de que eu vou quebrá-la muito, porque ela não sabe o que tem pela frente. Estou muito bem preparada. Essa é a mão que vai derrubá-la amanhã - disse, mostrando a mão com a faixa do Brasil em entrevista ao Combate.com, logo após descer do palco.

Zingano, que está invicta na carreira há oito lutas e volta ao octógono depois de um ano e cinco meses parada devido a problemas pessoais e a cirurgias nos dois joelhos, disse, um dia antes da pesagem, que vai entrar no octógono neste sábado para assegurar  o seu lugar como desafiante ao cinturão de Ronda Rousey:

- Eu estou me sentindo fisicamente muito bem, meus joelhos estão melhores do que já estiveram um dia, o meu condicionamento físico, o meu cardio, a minha força, tudo está muito melhor. Fiz um camp extremamente duro.  Neste sábado vou deixar a minha marca no octógono, pois sei o quão duro trabalho, me dedico, sei tudo o que faço na academia diariamente e faço tudo isso para mim mesma, para mostrar a mim mesma o quão boa eu sou. Essa é a minha jornada pessoal, então quero entrar lá e ter uma performance excelente por minha causa, não pelo que os outros acham que eu tenho que fazer.  Sei que a Amanda é intensa, é uma lutadora bem agressiva, mas acho que vai ser uma luta rápida - afirmou.

Dana diz que Ronda pode lutar no Brasil em março do ano que vem

Depois da recepção calorosa que Ronda Rousey teve durante a sua visita ao Brasil, no início do mês, o UFC planeja que a musa faça uma de suas próximas lutas no país. Durante a coletiva de imprensa de divulgação do UFC 181, em Las Vegas, EUA, nesta sexta-feira, o presidente do Ultimate, Dana White, revelou que a programação da organização é que as próximas lutas de Ronda sejam em janeiro e março do ano que vem. Depois, em entrevista ao Combate.com, o mandatário foi questionado se um desses dois duelos poderia acontecer em solo verde-e-amarelo e respondeu que pode ser que a luta de março aconteça no país:

- Ronda deve lutar em Las Vegas em janeiro com certeza, mas a luta de março, quem sabe (pode ser por lá)?

O “chefão” ainda não sabe se a campeão peso-galo feminino do UFC terá que enfrentar uma lutadora tupiniquim para o duelo de fato acontecer no Brasil. Para ele, tudo vai depender de como a fila para o cinturão ficar depois do UFC 178, que acontece neste sábado e traz o embate entre a número um do ranking da divisão, Cat Zingano, e a brasileira Amanda Nunes, dona da oitava posição.

- Eu não sei (se Ronda terá que enfrentar uma brasileira para a luta acontecer no Brasil), quem sabe?  Vamos ver como a divisão vai se desenrolar e quem será a próxima da fila. Claro que a noite deste sábado será uma grande noite para o Brasil e para Cat Zingano. Vamos ver como as coisas vão ficar. Ronda amou o Brasil, ela ficou encantada, disse que as pessoas foram maravilhosas e amou tudo o que fez por lá. Conforme nós continuarmos a introduzir esses grandes lutadores ao Brasil e eles perceberem o quão maravilhoso o país é, certamente eles vão querer lutar por lá - disse.

Dana White também havia dito no início da semana que, caso Cat Zingano vença o duelo de hoje à noite, ela será a próxima desafiante ao título de Ronda. Porém, o mesmo não vale para Amanda Nunes:

- Provavelmente não (se Amanda vencer Cat Zingano ela não será a próxima). Eu preciso ver como vai ser essa luta. Cat Zingano tem sido a desafiante número um por um bom tempo, ela se machucou, teve alguns problemas pessoas e vem lidando com tudo isso. Então temos que ver o que vai acontecer. Mas vejam as encaradas dessas duas ontem e hoje, foram encaradas sensacionais. Estou muito empolgado para essa luta - afirmou.

A pesagem do UFC 178, nesta sexta-feira, se transformou em um pedaço de Dublin. Centenas de compatriotas de Conor McGregor viajaram da Irlanda para Las Vegas e fizeram muito barulho enquanto apoiavam o lutador em sua passagem pela balança. Neste sábado, a torcida promete ser ainda maior e, para o presidente do UFC, a devoção ao atleta irlandês é algo nunca visto antes:

- Nenhum lutador entrou no UFC e em nenhuma outra organização que eu já tenha visto, sem estar ranqueado entre os Top 10, trazendo esse tipo de torcida. Claro que agora ele está entre os top 10, mas eu nunca vi esse tipo de recepção para um cara que tenha tão poucas lutas. Nem mesmo Brock Lesnar teve isso, ninguém teve. Nunca vi isso. É maravilhoso!

White também confirmou que McGregor irá ao Brasil para o UFC 179 e se divertiu ao saber das declarações do atleta, de que iria espalhar cascas de banana na área da pesagem para ver se conseguiria lutar no card:

- Ele quer tentar lutar ali mesmo? (risos). Conor tem uma personalidade única e está muito empolgado em ir para o Brasil. Esse garoto é um verdadeiro lutador, ele ama lutar, e o Brasil é o que há, então ele está muito empolgado.

Dana rebate declarações de Wand: "Ganhou mais de R$ 22 mi no UFC"

O presidente do UFC, Dana White, rebateu nesta sexta-feira as declarações de Wanderlei Silva, que recentemente anunciou a sua aposentadoria dos ringues e octógonos em um vídeo em que declara guerra ao Ultimate. Em entrevista exclusiva ao Combate.com, o "chefão" afirmou que ficou surpreso quando soube das acusações do brasileiro, especialmente pelo bom relacionamento que sempre teve com o lutador. Dana, inclusive, rebateu a acusação de Wand, de que apenas a organização lucra em cima dos atletas contratados, e disse que o "Cachorro Louco" sempre teve um bom salário, especialmente pelo número de lutas que fez desde o início de seu contrato.

- Se Wanderlei Silva estivesse aqui falando com vocês em meu lugar hoje, ele estaria maluco falando sobre o quanto ele odeia o UFC, o quão mal nós pagamos os nossos lutadores, o quanto ele castigou seu corpo por conta do esporte e blá blá blá. Mas deixe-me te dizer que Wanderlei Silva lutou seis vezes nos últimos cinco anos. Se trabalhar demais é lutar uma vez no ano, então eu não sei o que te dizer. Você sabe quanto dinheiro Wanderlei ganhou desde que começou a lutar pelo UFC? Ele ganhou US$ 9,7 milhões (mais de R$ 22,3 milhões). Ele diz que todo mundo está ficando rico, menos os lutadores, então o que ele considera rico? Muita gente, se tivesse US$ 9,7 milhões, consideraria que está rico - respondeu.

No vídeo de aposentadoria e em entrevista ao Combate.com no início da semana, Wanderlei Silva afirmou que, quando o Ultimate lhe ofereceu o duelo contra Chael Sonnen no UFC 175, chegou a dizer à organização que estava machucado, e que o Ultimate lhe ofereceu mais dinheiro para que ele aceitasse o combate. Dana não negou a declaração, mas explicou que, na época, o brasileiro foi enviado pela organização a um médico, que o liberou para lutar.

- Quando nós o oferecemos a luta e Wanderlei disse que estava machucado, nós o enviamos para um médico por duas vezes distintas e o médico disse: "Esse cara não está machucado. Não tem nada de errado com ele" - explicou.

O mandatário também relembrou os acontecimentos que se sucederam à fuga de Wand de um coletor enviado pela Comissão Atlética de Nevada (NSAC) à sua academia, em maio passado, para um teste antidoping surpresa. Por conta disso, o atleta foi julgado e banido pela entidade no início da semana passada:

- O Lorenzo (Fertitta, sócio de White no UFC) estava falando disso outro dia. Wanderlei sempre disse para nós: "Vocês são os melhores", "Vocês mudaram o esporte", "Se não fosse por vocês, eu e a minha família não teríamos o que temos hoje". Pergunte a ele sobre isso, pergunte se ele não costumava dizer isso todas as vezes que via eu e o Lorenzo. A resposta é: sim, ele dizia. O que ele está fazendo agora, vocês sabem que ele fugiu de um teste antidoping. E esse tipo de teste está em vigor para a segurança dos lutadores. Ele não só correu do teste, mas eu liguei para ele diversas vezes naquela semana e ele não me ligou de volta nenhuma vez, não respondeu às minhas mensagens de texto e não atendeu ou retornou nenhuma das ligações que outras pessoas fizeram. Esse homem desapareceu da face da Terra por dias!

White ainda afirmou que o contrato do "Cachorro Louco" com a organização está "congelado" e que, apesar da guerra declarada à organização, não tem nada contra o brasileiro.

- Wanderlei ainda tem contrato conosco e seu contrato está congelado. Mas isso não importa. O seu contrato não importa, nada disso importa. Ele foi banido pela Comissão Atlética de Nevada e está apelando, então ele precisa passar por esse processo e ver como as coisas vão ficar. Eu nunca tive nada de ruim para falar sobre o Wanderlei, ainda não tenho nada de ruim para falar dele, mas ele não poderia lidar com essa situação de uma forma pior do que está lidando - finalizou.

Feijão se machuca, e Francimar Bodão luta com St. Preux no UFC Uberlândia

Rafael Feijão está fora do UFC: Shogun x Manuwa, no dia 8 de novembro, em Uberlândia. O brasileiro enfrentaria Ovince St. Preux, mas se lesionou e foi substituído pelo compatriota Francimar Bodão. A informação foi divulgada pelo Ultimate, através do site oficial da organização, que não especificou qual foi a contusão sofrida pelo atleta.

Bodão tem 16 vitórias e quatro derrotas na carreira e, pelo UFC, estreou com vitória sobre Ednaldo Lula, mas depois foi derrotado por Hans Stringer, em março deste ano, quando entrou no octógono pela última vez.

St. Preux tem cartel parecido, com 16 triunfos e seis reveses, mas, no Ultimate, tem desempenho melhor que o do brasileiro. Ele emplacou quatro vitórias consecutivas desde sua estreia na organização e foi derrotado apenas em sua última luta, quando Ryan Bader o superou por decisão unânime, em agosto.

Chris Cariaso aposta em "ano do azarão" para surpreender Demetrious

Campeão peso-mosca do UFC, Demetrious Johnson defende, neste sábado, o cinturão da divisão contra o oitavo colocado no ranking, Chris Cariaso. Mas o favoritismo absoluto de "Super Mouse" no duelo, que aparece nas casas de apostas de Las Vegas com uma vantagem de 14 para um, não assusta o desafiante ao título. Cariaso tenta se inspirar nos feitos de seu "xará" Chris Weidman contra Anderson Silva e de TJ Dillashaw contra Renan Barão, para provar aos fãs e especialistas que favoritismo não vence luta.

- Tive um dos melhores camps da vida e estou pronto. Não me vejo como o azarão. Estou indo lá para tomar o cinturão. Demetrious é um grande lutador, mas eu vou acabar saindo vitorioso, com o Dana (White) colocando o cinturão na minha cintura. Estou bem tranquilo e preparado. Dillashaw conseguiu um grande feito (contra Barão) e eu vou fazer o mesmo. Esse é o ano dos azarões - declarou Cariaso em entrevista ao Combate.com, durante um evento com a imprensa no MGM Grand Hotel e Cassino, sede do UFC 178, nesta quinta-feira.

Quem não gostou nada da declaração de Cariaso foi o próprio Demetrious Johnson, que chegou a rir da comparação do adversário enquanto era questionado pela reportagem.

- Essa afirmação do Cariaso implica em duas coisas. Uma delas é que ele não é TJ Dillashaw, não se move como ele, e a segunda é que não sou Renan Barão, meus movimentos são completamente diferentes dos dele. Eu não luto como o Anderson Silva, não luto com as minhas mãos para baixo. Toda vez que eu entro no octógono, eu tento me certificar de que vou ficar na cara do meu adversário. Eu tento manter e ditar o ritmo. Há uma grande diferença. É claro que eu posso entrar lá e perder meu cinturão, o que seria horrível, mas possível. Porém, isso não aconteceria só porque ele acha que esse é o ano em que todos os azarões vão vencer. Isso aconteceu com esses caras e, como eu disse, ele não é TJ Dillashaw, eu não sou Renan Barão, ele não é Chris Weidman, eu não sou Anderson Silva. Eu sou Demetrious Johnson e ele é Chris Cariaso, e essa luta de sábado é sobre nós dois - rebateu.

Johnson, que volta a pisar no octógono pouco mais de dois meses após derrotar Ali Bagautinov, afirmou que não se sente desmotivado por enfrentar mais um adversário fora do top 5 da divisão. O campeão, que já derrotou quatro dos cinco primeiros colocados do ranking, procura não subestimar Cariaso, que tem um cartel de 17 vitórias e cinco derrotas e vem de triunfos sobre Louis Smolka, Danny Martinez e Iliarde Santos.

- Para um campeão, não existe essa história de só lutar contra o desafiante número um. Se fosse assim, eu e o Joseph Benavidez iríamos nos enfrentar toda hora. A minha motivação é continuar vencendo, tendo grandes performances e ganhando dinheiro. Cariaso é um adversário perigoso e eu tenho certeza de que ele está vindo muito bem preparado para essa luta. Ele sempre busca o duelo, nunca o vi desistindo. Já o vi sendo finalizado, já o vi sendo dominado no chão, mas é ali que ele se testa e continua vindo para cima, o que é ótimo para mim - finalizou.

De volta após longo tempo parado, Cruz se preocupa com corte de peso

Quase três anos depois de ter defendido pela última vez o cinturão peso-galo do UFC, o ex-campeão da divisão, Dominick Cruz, finalmente vai voltar ao octógono mais famoso do mundo. O americano, que rompeu os ligamentos do joelho em 2012 e passou por um longo processo de recuperação, enfrenta neste sábado o japonês Takeya Mizugaki, atual quinto colocado no ranking da divisão. O duelo acontece no card preliminar do UFC 178, na MGM Grand Garden Arena, em Las Vegas, nos EUA.  E engana-se quem pensa que a batalha começa apenas quando o lutador vestir as luvas para entrar na arena. Segundo seu companheiro de treinos na Alliance MMA, Wilson Reis, o primeiro desafio a ser vencido pelo ex-campeão é o corte de peso:

- Dominick está muito bem, está preparado. Ele só estava um pouco preocupado com o processo de desidratação, porque ficou três anos sem ter que bater peso. Foi justamente por isso que eu vim para Vegas e nós ainda trouxemos mais dois caras só para cuidar disso. Até agora, está tudo dentro do programado. Hoje, quinta-feira, ele está menos de três quilos acima do peso. As últimas sessões de sparring foram muito boas. Dominick treinou para lutar cinco rounds, apesar de a luta contra Mizugaki ser de apenas três assaltos. Ele diz que fez isso porque sabe que será o próximo a disputar o cinturão e está tão empolgado que prometeu uma performance especial - explicou Reis, durante evento com jornalistas nesta quinta-feira.

Cruz não esconde o alívio de finalmente estar de volta. Para ele, a parte mais difícil de ficar afastado por tanto tempo não foi ter que se dedicar apenas à sua reabilitação, mas sim a falta de apoio financeiro.

- Eu acho que a parte mais difícil não foi não poder competir e sim o fato de que eu não tinha um trabalho. Eu tive que encontrar um jeito de ganhar dinheiro e de sobreviver, porque eu era um lutador condecorado, tinha o cinturão e, quando eu não pude lutar por conta da lesão, eu parei de receber. Foi difícil, estressante, tive altos e baixos, mas estou de volta.

O ex-campeão peso-galo conta que, durante todo esse tempo, acompanhou de perto o desenvolvimento da divisão, mesmo do lado de fora do octógono:

- Quando eu me machuquei, passei a atuar como comentarista por um tempo e tive a oportunidade de ver esses caras lutarem, de estudar seus vídeos em detalhes. E eles trouxeram grandes melhorias ao jogo e isso me impressiona, principalmente na divisão dos galos, pois esses caras lutam e misturam de tudo um pouco e é algo que você não vê em outras divisões, com exceção da peso-mosca. Tanto a categoria peso-galo quanto a dos moscas misturam muito bem wrestling, jiu-jítsu, trocação, boxe, tudo. E isso é o que realmente está mudando o esporte.

Dominick afirma que já se sente vitorioso só de ter superado os desafios que apareceram em seu caminho desde que se lesionou. O atleta, no entanto, fez a lição de casa e estudou a fundo o adversário deste sábado, que tem um cartel de 20 vitórias, sete derrotas e dois empates:

- Eu acompanho o Mizugaki desde os tempos de WEC (World Extreme Cagefighting, extinto evento comprado pelo UFC em 2010). Ele lutou contra muitos veteranos, além de ser um veterano do esporte. É um tipo de cara que não liga para onde você está ranqueado, quanto mais reconhecimento você tiver, mais ele quer te enfrentar. Esse é o tipo de pessoa contra quem eu gosto de me testar. Mizugaki é muito bom e eu sei tudo o que é preciso saber sobre o seu estilo.  Sei que vou entrar lá para derrotá-lo, que preciso ser mais esperto do que ele, mais rápido, e que tenho que usar as transições para quebrar o seu jogo. Mas a verdade é que faz tanto tempo que fiz a minha última luta, que só de estar de volta, de poder competir e vencer já é um grande feito para mim - finalizou o lutador.

Treinos com Jon Jones na Jackson's MMA empolgam o capixaba Erick Silva

O lutador capixaba Erick Silva vai passar pelo menos um mês inteiro nos Estados Unidos, fazendo um intercâmbio de treinos na academia Jackson's MMA, do treinador Greg Jackson. O time norte-americano tem em seu plantel entre outros nomes de peso, o campeão meio-pesado do UFC, Jon "Bones" Jones. A revelação foi feita durante o lançamento do seu projeto social em Vila Velha, no Espírito Santo, o 'Instituto Erick Silva'. Só o fato de poder treinar na mesma academia do super astro do MMA mundial enche de expectativas o lutador brasileiro, que revela que está ansioso para aprender tudo o que puder com a prestigiada equipe estadunidense.

Os atletas já se conhecem, pois "Bones" já esteve no Brasil e inclusive vestiu a camisa da seleção canarinho, quando Erick Silva foi derrotado por desclassificação no UFC, em janeiro de 2012. Desde então, houve o respeito mútuo e o primeiro convite para treinar nos Estados Unidos. O tempo passou e finalmente o tão esperado reencontro irá acontecer.

- Tenho uma viagem para fazer, faltam alguns pequenos detalhes para saber se eu vou mesmo no dia 10 de outubro para os Estados Unidos fazer um treinamento lá e ficar um mês lá, na academia do Greg Jackson. Eu acho que está tudo encaminhado para poder mesmo ir, é só eu me organizar mesmo com a minha agenda, mas já está tudo certo para ir no dia 10 de outubro e voltar no dia 10 de novembro. Eu estou muito empolgado com isso. O Jon Jones é o único que eu conheço ali. Não sei se eu vou conseguir pegar o camp dele, porque eu estava conversando com o Greg Jackson e ele falou que de repente eu pegue alguma parte do camp dele, talvez eu não pegue os treinos completos.

Com a real intenção de aproveitar o período em solo norte-americano para evoluir em vários aspectos da sua luta, Erick Silva conta que foi convidado para fazer todo um camp de treinos na Jackson's MMA, já visando uma possível luta em dezembro. Mesmo assim, o capixaba tem dúvidas sobre o assunto e prefere decidir sobre aumentar ou não a duração de sua estadia nos EUA depois de pisar na academia.

- O que eu quero justamente é essa troca de informação, saber como que eles fazem, eu quero mais é me aperfeiçoar. Sei que em um mês eu não vou conseguir evoluir muito, mas é um passo para eu conseguir ver como eles fazem. É claro que eu vou evoluir, mas não vai ser aquela coisa de estratégia, de formar um lutador na preparação para uma luta, é preciso um período longo. O Greg Jackson até queria que eu ficasse o meu camp todo lá. Uma dificuldade é que por causa do meu inglês eu não sei se eu vou ficar lá o período todo, porque eu tenho que ver como vai ser, se eu vou me adaptar ou não ao estilo deles lá também. Então é uma coisa que se eu chegar lá e ver que está sendo uma parada muito boa, eu fico, senão se eu ver que é legal, mas que eu posso dar continuidade aqui no Brasil, aí eu volto.