segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Ano das bruxas: UFC fecha ano com piores vendas desde 2005 e queda de valor de 40%

Dana White fecha um ano com resultados ruins em vendas e nos lucros

A árvore de Natal de Dana White e da família Fertitta esteve bem mais vazia que o esperado neste final de ano. Afinal de contas, o tão propagado crescimento do UFC, que sonha em ser um dia maior que o futebol, recebeu um duro golpe em 2014. Pela primeira vez em anos, a Zuffa (empresa que administra o Ultimate) vai fechar com queda de valor. E o principal indicador de interesse, as vendas de pay per view, também despencaram bruscamente.

Foram 13 eventos programados de pay per view para 2014 - este são os chamados eventos numéricos (o UFC 180, o 181 e assim por diante). Um deles acabou cancelado, graças à lesão de José Aldo em agosto que adiou a revanche contra Chad Mendes. As quatro últimas edições do ano ainda não têm números consolidados, mas, mesmo nas melhores perspectivas, o UFC vai fechar com quase metade das vendas que teve em 2013. E com o pior desempenho desde 2005.

Aos números: foram 3.225.000 pacotes vendidos em 2014 - e pouco mais de um milhão deste número é considerando as melhores expectativas para os quatro últimos eventos do ano. Em 2013, o UFC vendeu 6.075.000 em pay per view. No auge, o Ultimate quase bateu os 9 milhões em 2010.

Os números individuais de cada evento explicam a péssima soma final. Duas edições de 2014 tiveram o pior desempenho no pay per view desde o UFC 53, em junho de 2005. Os embates entre Demetrious Johnson e Ali Bagautinov e entre TJ Dillashaw e Joe Soto não empolgaram nem um pouco e venderam apenas 115 e 125 mil pacotes.

Nem mesmo o evento mais prestigiado de 2014 chegou perto das glórias passadas. O desafio de Lyoto Machida ao cinturão de Chris Weidman vendeu 545 mil pacotes. Como base de comparação, a revanche entre o mesmo Weidman e Anderson Silva, em dezembro do ano passado, vendeu mais de um milhão.

A baixa no pay per view, claro, doeu nos bolsos. Mesmo que há tempos essa não seja a única forma de lucro do UFC - os milionários patrocínios e, principalmente, o contrato com uma das maiores redes de TV aberta dos EUA livraram Dana White e cia. da dependência dos pacotes vendidos. Segundo levantamentos de novembro, a Zuffa deve fechar o ano com uma queda de 40% no faturamento.

E tudo isso em um ano que o UFC esteve mais presente que nunca. Foram nada menos que 45 eventos no ano - sem contar o que acabou cancelado - que resultaram em 503 lutas.

Os resultados, porém, são a maior prova de que quantidade é muito diferente de qualidade. E, às vezes, podem significar até um retrocesso enorme. Com muitas lutas, os eventos ficaram cada vez mais cheios de atletas que ainda não atraem a atenção do grande público. Pior: os astros passaram a ser pressionados a entrar mais vezes em ação e acabaram atuando bem menos graças às lesões. Foram apenas 15 lutas por cinturão em 2014.

A expansão internacional também cobra seu preço. Em um primeiro momento, pelo menos, é necessário fazer investimentos e esperar por lucros futuros quando se pisa em outro país. E o UFC vem tentando expandir seus ramos como nunca.

O UFC não se mostra tão preocupado assim com a queda nos números. Mas já começa a tomar atitudes para mudar o rumo. Prova disso são as contratações de CM Punk e Rampage Jackson, trazidos muito mais pelo poder midiático do que pelas habilidades de luta.

A expectativa é de que o ano de 2015 reverta tudo novamente e recoloque o UFC nos trilhos. Se isso acontecerá, ninguém sabe. Mas uma cosia é certa: dificilmente os números serão tão ruins como em 2014.

Vídeo: UFC divulga contagem regressiva para luta entre Jon Jones e Daniel Cormier

Principal atração da noite do UFC 182, no próximo sábado (3), em Las Vegas, nos Estados Unidos, o tão aguardado duelo entre Jon Jones e Daniel Cormier está cada vez mais próximo. Para criar ainda mais expectativas, o Ultimate divulgou um vídeo em que os mostra melhores momentos dos lutadores no UFC, além da preparação em treinamentos e a troca de provocações entre os meio-pesados.

Assista:


Vídeo: confira as oito melhores performances do campeão Jon Jones no UFC

Número 1 no ranking peso por peso do Ultimate, o campeão meio-pesado Jon Jones vem dominando sua categoria há anos. E para brindar os fãs de MMA neste fim de ano, Joe Rogan, comentarista do UFC, selecionou as oito melhores performances de “Bones” na organização.

Confira a lista:

Buchecha diz que Cormier pode surpreender Jon Jones no solo: ‘Ele está muito perigoso’

Cormier finalizou Hendo em seu último combate (Foto UFC)

Em um duelo envolto por muita rivalidade, Daniel Cormier e Jon Jones vão medir forças no 182, que acontece no dia 3 de janeiro, em Las Vegas. A favor do campeão dos meio-pesados, está a envergadura. Já no fator luta agarrada, Cormier tem tudo para levar a melhor.

Em entrevista à TATAME, Marcus Buchecha, multicampeão mundial de Jiu-Jitsu que treina com Cormier, disse que o americano está ‘voando’ no solo.

“Com certeza está preparado. Ele está bem perigoso no solo. Treinamos muito em cima dessa luta e eu pude acompanhar a evolução do Cormier. Sempre que posso, estou lá na AKA. O Daniel está bem esperto, com um Jiu-Jitsu sólido. Acho que ele vai surpreender o Jon Jones”, disse Buchecha.

Invicto em sua carreira no MMA, Cormier é um ex-wrestler olímpico e ex-campeão do Strikeforce.

Jon Jones irá derrotar Daniel Cormier e manter cinturão, indicam apostadores

Jones manterá cinturão, dizem apostadores (Foto UFC)

O UFC vai abrir os trabalhos em 2015 em grande estilo. No próximo sábado (03), Jon Jones irá encarar o que, para muitos, é o adversário mais difícil de sua carreira: Daniel Cormier, ex-campeão peso-pesado do Strikeforce e invicto na carreira.

De acordo com os apostadores, entretanto,”Bones” resistirá ao teste e defenderá o título dos meio-pesados do Ultimate. Segundo o site Betboo, quem aposta R$ 10 em Jones, ganha, em caso de vitória do campeão, apenas R$ 15. Já quem investe a mesma quantia no azarão Cormier, pode levar para casa R$ 24.

Com 20 triunfos na carreira, Jon Jones só tem uma derrota no cartel – fruto de um golpe ilegal aplicado em Matt Hamill. Já Cormier, wrestler olímpico, acumula 15 vitórias e nenhum revés.

Edson Barboza e Michael Johnson se enfrentam no UFC em Porto Alegre

Edson Barboza x Michael Johnson ufc montagem (Foto: Editoria de Arte)

Com Rashad Evans x Glover Teixeira de evento principal, o primeiro UFC a ser realizado em Porto Alegre ganhou neste domingo o duelo que será o penúltimo da noite. Será um encontro entre Edson Barboza e o americano Michael Johnson pela categoria dos leves (até 70kg), conforme anunciado oficialmente pela organização. Barboza é o atual sexto colocado do ranking de candidatos à disputa de cinturão, enquanto Johnson é o número 12. O evento será no Gigantinho, em 22 de fevereiro.

Edson Barboza vem de vitórias sobre Evan Dunham e Bobby Green. Aos 28 anos, o atleta nascido em Nova Friburgo-RJ tem um cartel de 15 triunfos e duas derrotas. Michael Johnson, por sua vez, vem de vitórias sobre Joe Lauzon, Gleison Tibau e Melvin Guillard. Também aos 28 anos, acumula 15 triunfos e oito reveses na carreira.

Mutante vai para a luta contra Alvey "como se fosse disputa de cinturão"

Cezar Mutante (Foto: Ivan Raupp)

A primeira luta confirmada para o UFC em Porto Alegre, no dia 22 de fevereiro, foi a de Cezar Mutante. O campeão peso-médio (até 84kg) do TUF Brasil 1 vai encarar o americano Sam Alvey  após ter se recuperado de um problema na coluna sofrido durante seu último combate, uma vitória sobre Andrew Craig por decisão unânime em junho. Ele precisou fazer fisioterapia por três meses e recentemente voltou a treinar 100%. Mutante está animado para competir de novo:- Uma luta bem casada. É um cara alto, tem bom boxe e é canhoto também. Já dei uma boa estudada no jogo dele. Já traçamos a estratégia para essa luta e estamos trabalhando nisso. Estou firme aqui na Blackzilians, treinando bastante. Vou com tudo para essa luta. Cada vez que eu pisar naquele octógono vou dar o meu melhor. Vou como se fosse uma disputa de cinturão. Vou com tudo e espero dar muito orgulho para o povo brasileiro - disse ao Combate.com.
Sobre a última performance, Mutante foi superior a Craig na maior parte do tempo, mas foi pressionado no fim e por pouco não viu a vitória escapar. O lutador explicou o que houve e afirmou que ainda não chegou ao seu nível máximo dentro do octógono:

- Foi uma luta boa. Tentei de todos os jeitos buscar o nocaute ou a finalização, mas o Andrew é um cara duro e tem bom queixo, boa absorção de golpes. Lembro que acertei uma canhota no começo do primeiro round e ele caiu, mas se recuperou bem. Fui na estratégia, pontuando. Sempre estou preparado para lutar os três rounds porque gosto de estar ali, quero lutar. Acho que dominei a luta toda. No finalzinho, quando fui levantar, meio que torci o pé e ele me deu um chute. Foi onde dei um susto na galera. Mas o único momento que ele teve na luta foi no finzinho do terceiro round. Meu desempenho foi bom, mas ainda não cheguei aos 100%, não fui o Cezar Mutante que quero mostrar. Espero conseguir chegar aos 100% na próxima luta.

Contando com a final do TUF, Mutante tem quatro vitórias e uma derrota no UFC, e um cartel total de oito triunfos e três reveses. Sam Alvey, por sua vez, tem uma vitória e uma derrota no Ultimate e, no geral, 24 triunfos, seis reveses e um "no contest" (sem resultado).

José Aldo admite que deve enfrentar o irlandês Conor McGregor em 2015

Jogo das Estrelas jose aldo (Foto: André Durão)

Enquanto espera por seu próximo adversário, José Aldo aproveita o fim de ano para se aventurar em sua segunda paixão: o futebol. O lutador foi um dos convidados do Jogo das Estrelas na tarde deste sábado, no Maracanã. Antes do evento organizado por Zico, no entanto, Aldo não conseguiu fugir do assunto MMA e admitiu que deve colocar o cinturão peso-pena (até 66kg) do UFC em jogo contra o falastrão irlandês Conor McGregor no meio de 2015, caso este vença Dennis Siver.- Talvez eu lute com o irlandês. Ele vai lutar agora no dia 18 de janeiro e acredito que no meio do ano, se Deus quiser, a gente esteja se enfrentando - afirmou Aldo, que na sexta-feira já havia participado de outro jogo beneficente, em Uberlândia-MG, com direito a lambreta em Neymar.

Aldo já defendeu sete vezes o seu cinturão. A última vitória foi no Rio de Janeiro, contra Chad Mendes, no dia 25 de outubro. Já McGregor, a quem o brasileiro já chamou de "bobo da corte", tem compromisso marcado para o próximo dia 18 contra Dennis Siver, em Boston, nos EUA.

Pitacos sobre o Flamengo

Rubro-negro fanático, o lutador brasileiro também falou sobre o Flamengo. E mostrou otimismo quanto ao futuro do clube do coração:

- O Luxemburgo está botando ordem na casa. A diretoria também está trabalhando muito em cima da parte financeira do clube. Quando tudo estiver estabilizado vai ser ótimo. Não em 2015, mas acredito que em 2016 vamos estar muito fortes.

Nurmagomedov provoca o campeão Pettis: "Pare de se esconder de mim"

Khabib Nurmagomedov pesagem UFC MMA (Foto: Evelyn Rodrigues)

O anúncio de que o brasileiro Rafael dos Anjos será o próximo desafiante ao cinturão de Anthony Pettis foi negativo para Khabib Nurmagomedov. O russo teoricamente seria o próximo da fila, mas se recupera de grave lesão no joelho direito. Mesmo assim, ele garante que estaria pronto para lutar a partir de abril, época prevista para a disputa de cinturão dos leves (até 70kg), ainda que seja um risco voltar direto num combate desse porte. Empenhado na missão de tomar a vaga de Dos Anjos, Nurmagomedov foi às redes sociais para provocar Pettis:

- Pare de se esconder de mim. Deem minha chance, me deixem pegá-lo em qualquer lugar em abril ou maio. Agora você quer lutar rápido? Você está com medo. Não pode se esconder para sempre. Vou caçar você - escreveu no Twitter, marcando as contas @ufc @danawhite @lorenzofertitta @Showtimepettis.

Cruz admitiu temor antes de sofrer nova lesão: "É sempre um medo"

Dominick Cruz UFC (Foto: Ivan Raupp)

Dominick Cruz esteve no Brasil na semana passada para acompanhar o "UFC: Machida x Dollaway", em Barueri-SP, ainda com a cabeça no campeão TJ Dillashaw, até então definido como seu próximo adversário. O peso-galo americano estava novamente em alta após ficar três anos fora devido a lesões e retornar em setembro com um belo nocaute em cima de Takeya Mizugaki. Dias depois da viagem, no entanto, ele próprio anunciou que se machucou mais uma vez e não tem data para voltar ao octógono. Um baque para Dominick, para o UFC e para os fãs de MMA pelo mundo. Antes da lesão,  o lutador havia concedido entrevista ao Combate.com, onde curiosamente admitiu que tinha receio de se machucar de novo.

- É sempre um medo, porque estou num esporte em que se treina todo dia. E há tantas maneiras de se machucar nisso... Não tenho medo de que pode ser igual às anteriores, de que pode ser no mesmo joelho que machuquei. Só fico nervoso de treinar e de repente escorregar e bater meu cotovelo numa parede (risos). Aí eu quebraria meu cotovelo. Coisas estúpidas podem acontecer nesse esporte, infelizmente. É fácil ficar fora. Mas não quero pensar muito nisso. Contanto que eu esteja competindo, sou um cara feliz - disse ele, que desta vez sofreu uma lesão no ligamento cruzado anterior do joelho direito.

O ex-campeão falou sobre os três anos em que ficou parado por conta de problemas no ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo, afirmou que evoluiu como atleta mesmo sem lutar e garantiu que aconteceria o mesmo se por algum motivo ficasse fora por mais três anos:

- Eu estava treinando. Por mais que muita gente ache difícil acreditar, eu legitimamente evoluí durante esses três anos. Ficar sem competir não quer dizer ficar sem treinar. Tem muita coisa que as pessoas não veem e que fazem de alguém um campeão. Acho que 90% do que faz de alguém um campeão estão naquelas coisas que ninguém vê. Você corre às 5h da manhã enquanto todo mundo está dormindo, faz dieta enquanto todo mundo está indo a um bar para beber... Essas coisas ninguém vê, os sacrifícios que fiz nos últimos três anos para ter certeza de que voltaria. Para mim foi fácil voltar depois de três anos e lutar. A razão é que isso era tudo que eu queria fazer. Se tivesse algo que eu gostasse de fazer mais do que lutar, provavelmente o retorno seria mais díficil. Faço exercícios porque gosto. Se minhas pernas fossem cortadas, eu arrumaria um jeito de me exercitar, porque eu gosto disso. Então, se eu ficar fora por mais três anos, garanto que posso voltar e ainda amar o que faço.

Perguntado se, após tantas dificuldades na parte física, sentia que a cabeça era a sua maior fortaleza, Dominick Cruz confessou que também tem seus dias ruins. Mas com uma diferença:

- Gosto de pensar que sim. Mas nesses últimos três anos, houve dias em que a última coisa que era forte era minha mente. Sou como qualquer outra pessoa do mundo. Se você tem um dia ruim, às vezes quer chorar, às vezes quer socar alguém, às vezes quer falar com sua mãe no telefone. Sou como qualquer um. A diferença é que não me permito afundar nisso, que meus dias ruins façam meu caminho. Eu me permito entender que ficar triste, decepcionado ou bravo faz de mim um ser humano, o que é ótimo. Eu tive de fazer a escolha se dexaria esses dias controlarem minha vida, e escolhi que não.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

A onda CM Punk: veja 10 lutadores que foram do ProWrestling para o MMA

CM Punk é uma grande incógnita no UFC (Foto divulgação)

A recente contratação de CM Punk pelo UFC abalou o mundo do MMA. Principalmente nos Estados Unidos, onde o WWE - maior promoção mundial existente de Wrestling profissional – é uma febre. A atuação de CM Punk, campeão do evento de Telecatch, ainda é um incógnita, mas, se depender de outros exemplos de atletas que migraram do ProWrestling para o MMA, o americano pode chegar longe. A TATAME separou 10 nomes que fizeram a transição. Confira abaixo:

Nobuhiko Takada - O japonês só venceu duas de dez lutas de MMA (a mais impactante sobre Mark Coleman), é verdade. Mas, sem ele, o mundo das lutas poderia perder nomes como Rodrigo Minotauro e Wanderlei Silva. Afinal, foi para promover um duelo seu contra Rickson Gracie que criaram o Pride.

Dan Severn - Dono de um currículo com mais de 100 vitórias nas “lutas de verdade”, é o prowrestler mais vitorioso na história do MMA. O peso-pesado venceu dois torneios do Ultimate no mesmo ano, totalizando seis vitórias em duas noites, além de ter chegado à final do UFC 4, quando perdeu para Royce Gracie.

Brock Lesnar - Sua chegada ao MMA foi tão avassaladora que o UFC o contratou logo após ele vencer sua estreia na modalidade. O gigante loiro foi finalizado por Frank Mir assim que pisou no octógono, mas fez tanto sucesso que se tornou campeão peso-pesado da organização.

Ken Shamrock - Rei do Pancrase e campeão de superlutas do UFC, o norte-americano trocou o octógono pelas lutas de mentirinha após receber boas propostas de Vince McMahon, mas o que poucos sabem é que ele já se aventurava no telecatch antes de brilhar no evento de Dana White.

Kazushi Sakuraba - Poderia ter sido o melhor japonês da história do MMA, mas a habilidade do Pride em colocá-lo em lutas sem sentido arruinou seu currículo. Ganhou fama ao vencer quatro membros da família Gracie, mas foi jogado aos leões fora de sua categoria – apenas quatro de suas 16 derrotas aconteceram contra atletas do seu peso.

Kiyoshi Tamura - Era um artista nos ringues onde era tudo armado – tanto que quase convencia os fãs de que, de fato, estava lutando para valer. No MMA, conquistou 32 vitórias em 48 pelejas, e chegou a disputar o cinturão do Pride, perdendo para Wanderlei Silva, mas possui vitórias sobre Renzo Gracie e Valentijn Overeem.

Kazuyuki Fujita - Ele jurava de pés juntos que o “telecatch” era a melhor luta do mundo, tanto que aceitou o desafio de migrar para outros ringues para se provar superior. Chegou a vencer Ken Shamrock e Gilbert Yvel, mas levou surras de nomes como Fedor Emelianenko, Alistair Overeem, Wanderlei Silva e Mark Kerr.

Alberto Del Rio - Filho de Dos Caras e sobrinho de Mil Mascaras, duas estrelas do “telecatch”, o mexicano brilhou na “Lucha Libre” antes de se aventurar no Vale-Tudo. Chegou a enfrentar Mirko Cro Cop no Pride, mas, atuando com sua máscara no MMA, conseguiu vencer apenas nove de 14 duelos.

Akira Maeda - Atuou nos ringues das lutas ensaiadas de 1978 a 1990, até que fundou o Rings, evento que revelou grandes nomes da história do MMA. Venceu sete de 12 lutas, incluindo um triunfo sobre o ex-campeão do UFC Maurice Smith, e voltou a realizar edições do seu evento em 2008, após pendurar as luvas.

Masakatsu Funaki - Fez sucesso no prowrestling entre as décadas de 80 e 90, até resolver tentar a sorte no Pancrase. Obteve relativo sucesso no MMA, fazendo cinco lutas com os irmãos Shamrock (três vitórias e duas derrotas). Voltou para o telecatch após vencer 39 de 53 combates de MMA, e segue na ativa aos 44 anos de idade.

Bellator quer Brock Lesnar, e chefão revela contato inicial com o lutador

Brock Lesnar no WWE (Foto: Reprodução / Site do WWE)

Brock Lesnar não é desejado somente pelo UFC, onde já foi campeão na categoria peso-pesado (até 120kg). O Bellator também tem interesse no lutador e já fez até um contato inicial com ele, conforme revelado pelo presidente Scott Coker. O dirigente disse que procurou Lesnar como uma forma de dizer "olá" e mostrar que a organização quer contar com os serviços dele.- Ainda não houve qualquer diálogo sério. Mas quando essa hora chegar, estaremos lá - afirmou Coker ao site americano "MMA Fighting".

Brock Lesnar tem contrato até o fim de março de 2015 com o WWE, evento de lutas coreografadas que é um sucesso na TV americana há décadas. Ele inclusive é campeão por lá. O peso-pesado está aposentado do MMA desde o fim de 2011, quando perdeu para Alistair Overeem por nocaute técnico no Ultimate, mas a volta dele é sempre especulada.

Aldo: "Nós praticamente pagamos para lutar. Merecemos ganhar mais"

José Aldo MMA coletiva (Foto: Igor Christ)Após receber processos na Justiça americana movido por alguns de seus mebros e ex-membros, o UFC parece estar tendo um fim de dezembro um tanto quanto conturbado. Em entrevista à "Fox Sports", José Aldo, campeão dos pesos-penas da organização, reclamou publicamente dos valores pagos a ele e aos demais atletas.

- Nós ganhamos muito menos do que merecemos. Nós fazemos o show e merecemos receber mais. Os protagonistas do show praticamente pagam para lutar. Os atletas não vêm sendo tratados como merecem. E não falo apenas do UFC, mas da mídia também. Os fãs nos tratam muito bem, porque sabem o quanto nós sofremos e vivemos para fazer o show para eles.

Oficialmente, José Aldo recebe aproximadamente US$ 240 mil a cada vez que vence no UFC (US$ 120 mil para lutar e mais US$ 120 mil em caso de vitória). Em sua última luta, contra Chad Mendes no UFC Rio 5, Aldo também recebeu US$ 50 mil por ter feito a "Luta da Noite". Somando-se tudo, o valor em reais gira em torno de R$ 665 mil, mas dele saem os custos com impostos, pagamentos dos técnicos, sparrings e treinos, o que reduz muito o que sobra para o lutador.

Dominick Cruz garante: "Não vou permitir que essa lesão me faça parar"

Dominick Cruz UFC (Foto: Ivan Raupp)A ideia de sofrer duas lesões graves em um dos joelhos, ficar três anos parado, voltar e lesionar o outro joelho no mesmo local é, para muito lutadores, quase impossível de suportar. O que muitos chamam de pesadelo, Dominick Cruz chama de realidade. O ex-campeão dos pesos-galos do UFC, no entanto, diz que a nova cirurgia que fará, agora no joelho direito, após romper o ligamento cruzado anterior, é somente mais uma montanha a escalar, e garante que a ideia de se aposentar por conta da lesão é, para ele, impossível.

- Há pessoas, e Deus as abençoe, que acordam e descobrem que estão com câncer de uma hora para outra. Elas se perguntam o porquê de isso ter acontecido com elas com bilhões de pessoas no mundo. No que isso vai ajudar em sua recuperação? Nada. Tudo que isso causa é estresse. Eu não vou pensar assim. Tanta gente passa por tanta coisa pior do que eu estou passando agora. Eles, sim, precisam de ajuda e apoio. Eu só tenho que trabalhar para me recuperar. A ideia de me aposentar, de colocar a cabeça no travesseiro e me imaginar desistindo de tudo por não conseguir fazer a fisioterapia é impossível. Eu não vou desistir, porque é isso que eu sei que tenho que fazer. É mais uma montanha que eu tenho que escalar, e eu sei que sou totalmente capaz de fazê-lo. Tenho as ferramentas, a idade e a força mental para chegar ao topo - disse, em entrevista ao site "MMA Fighting".

Para Cruz, a pergunta não é se vai voltar, mas quando, e como. E a resposta está na ponta da língua do lutador.

- Por que não posso voltar mais forte que nunca? Qual o problema? Não tenho dúvidas que consigo. Tenho certeza que meu joelho ficará totalmente curado e, depois disso, estarei mais forte que antes. Basicamente, é como ter dois joelhos novos. Claro que não estou feliz com tudo isso, mas essa dificuldade não me fará recuar um milímetro na minha determinação de voltar a lutar e ser campeão novamente. Não vou permitir que essa lesão me faça parar.

Cruz passará por uma cirurgia no ligamento cruzado anterior do joelho direito no dia 15 de janeiro, e acredita que possa voltar a lutar em um espaço de seis a nove meses, antes do fim de 2015. Cruz já ficou parado por cerca de três anos e retornou com uma vitória contra Takeya Mizugaki no primeiro round do UFC 178.

Jon Jones diz que não fugirá do alto nível de wrestling de Daniel Cormier

Jon Jones Divulgação UFC 178 (Foto: Evelyn Rodrigues)Uma das lutas mais esperadas do ano acontecerá logo no dia 3 de janeiro: Jon Jones e Daniel Cormier se enfrentarão no UFC 182, em Las Vegas, e um dos pontos mais comentados é quem levará a vantagem no wrestling, arte na qual Cormier é um praticante de elite, tendo feito parte do time americano nas Olimpíadas de Atenas, em 2004. Para Jon Jones, o alto nível do rival na arte marcial, no entanto, não é um grande problema. O campeão dos meio-pesados do UFC lembrou, em entrevista ao site "MMA Fighting", que seu início no mundo das lutas foi justamente no wrestling, e destacou sua eficiência na modalidade dentro do MMA.

- Vou lutar wrestling com Daniel Cormier. Quero que ele tenha muita dificuldade em cada derrubada que ele for tentar. E, claro, eu também vou tentar derrubá-lo. Sou totalmente capaz de levá-lo para o chão, e acredito no meu jogo quando estou por cima. Vou atacar Daniel tanto em suas forças quanto em suas fraquezas. A verdade é que eu cresci lutando wrestling. Comecei nessa luta quando tinha 12 anos. Muita gente esquece isso quando enfrento atletas de nível olímpico. eles fazem parecer que sou apenas um lutador especialista na trocação. Mas minha noção de wrestling é muito boa. Eu diria que é a minha base. Tenho números muito bons no wrestling, como ótimas estatísticas em derrubadas e em defesas de quedas.

Greg Jackson, treinador de Jon Jones, concorda com seu pupilo, e garante que um dos objetivos e vencer Daniel Cormier em todas as áreas.

- Vamos para o wrestling contra Daniel, com toda certeza. Queremos vencê-lo em todos os aspectos da luta. Sun Tzu - autor do livro "A arte da guerra" - disse que temos que atacar as fraquezas dos nossos inimigos. Eu discordo. Se você tem a habilidade se atacar os pontos fortes do seu adversário, o processo de quebra do psicológico é muito mais rápido do que se você atacar apenas as suas fraquezas. Lutar é uma coisa assustadora, certo? Lá dentro tem um cara querendo arrancar a sua cabeça. Se você confia em si mesmo, é preciso pensar o seguinte: "Esse é o caminho. Quando estiver em perigo, é para lá que eu vou..." Se você domina a área de segurança do seu oponente, acabado psicologicamente com ele muito mais rápido. Neste nível de competição, ter o psicológico quebrado é aceitar o seu domínio, deixando claro que não consegue reagir aos seus ataques. Contra alguns lutadores, o importante é atacar os seus pontos fortes, desde que você seja capaz de fazer isso. Os ensinamentos de Sun Tzu nem sempre dão certo... - disse o treinador.

Spider elogia Nick Diaz e espera luta igual: "Ele está voltando também"

Anderson Silva, lutador de MMA (Foto: Reprodução SporTV)

Considerado um dos maiores lutadores de MMA de todos os tempos, Anderson Silva voltará ao octógono após passar mais de um ano se recuperando de uma fratura na perna esquerda, no duelo contra Chris Weidman em dezembro de 2013. Aos 39 anos, o Spider enfrentará Nick Diaz dia 31 de janeiro, em Las Vegas, um adversário que fará a sua estreia na categoria peso-médio, uma acima da sua de origem. Apesar do adversário estar sem lutar desde março de 2013, em uma espécie de aposentadoria, o brasileiro não acredita que encontrará facilidade e faz questão de elogiar o seu adversário.- Ele tem um estilo diferente. Um boxe muito bom, o jiu-jitsu dele é muito bom. Ele (Nick Diaz) é um atleta que não tem como desvendar, não tem um mapa. Tem que estar bem preparado para tentar imprimir um jogo diferente com ele. Mas vai ser uma luta boa, porque ele está voltando também, ficou um tempo sem lutar.

Os dois atletas perderam os seus dois últimos duelos, mas o brasileiro ainda tem uma dificuldade maior: será o primeiro duelo após a fratura na perna. Anderson garante estar 100% pronto para o duelo e sem medo de chutar com a perna esquerda.

- A minha grande preocupação é voltar, porque quando eu tive a lesão o que ficou na minha cabeça foi: "Caramba, e agora? Será que eu vou continuar? Será que eu vou ter como continuar?". E foram fases. Teve a fase da fisioterapia, estou tendo a fase da preparação física que está exigindo muito da minha perna. Eu encontrei algumas dificuldades. Agora eu já estou bem, quase 100%. Mas ficaram alguns fantasmas

Erick Silva pede revanches e mira Rick Story como próxima luta pelo UFC

Erick Silva quer enfrentar Rick Story em 2015 (Foto: Montagem sobre fotos de Richard Pinheiro e UFC)

Com a motivação em alta depois da vitória incontestável sobre o norte-americano Mike Rhodes, por finalização, no UFC: Machida x Dollaway, em Barueri, o lutador capixaba Erick Silva já traçou as suas metas para 2015, inclusive com projeções sobre os próximos adversários que deseja encarar no próximo ano.Duas revanches estão na alça de mira do brasileiro: o sul-coreano Dong Hyun Kim e o americano Matt Brown, que causaram os seus dois últimos revezes no UFC. Além destes atletas, Erick já sabe quem quer enfrentar no seu retorno ao octógono: Rick Story. O capixaba considera que um duelo seu contra o "Horror Story" será um grande show para os fãs de MMA.

- O meu desejo seria uma luta contra o Rick Story, que é um atleta muito bom, o público gosta muito do estilo dele e acho que uma luta contra ele seria muito boa para o evento e os fãs iriam adorar. Também desejo lutar novamente contra o Dong Hyun Kim, numa revanche. Seria muito importante, porque o sul-coreano teve uma vitória muito contundente sobre mim e eu ainda não engoli aquela derrota, por isso quero uma revanche com ele. Passando pelo Kim, com certeza vou querer uma revanche com o Matt Brown e ir subindo um degrau de cada vez. Já estamos pensando nisso, e a minha cabeça está voltada 100% para o meu futuro.

Aos 30 anos, Erick Silva, que vinha de revés para Matt Brown, agora tem um cartel de 17 vitórias, cinco derrotas e um "no contest" (sem resultado). No Ultimate, o capixaba acumula um desempenho positivo até o momento, com cinco triunfos e quatro revezes. Ter vencido o norte-americano Mike Rhodes de uma forma tão rápida garantiu ao brasileiro o prêmio de "Performances da Noite", junto com Lyoto Machida, Renan Barão e Vitor Miranda, no evento que aconteceu em São Paulo. Todos receberam o bônus de US$ 50 mil (R$ 132,4 mil) pelas vitórias.

Jones compara Cormier a Sonnen: "Faz as pessoas acreditarem nele"

Jon Jones X Daniel Cormier, Encarada UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)

Por conta do clima tenso e da constante troca de farpas entre eles, a luta entre Jon Jones e Daniel Cormier tem sido comparada ao duelo ocorrido entre o campeão e o ex-amigo e ex-parceiro de treinos Rashad Evans. Mas Jones não acha que essa seja a melhor comparação. Na hora de fazer sua análise, alfinetou Cormier ao dizer que ele se parece muito com o falastrão Chael Sonnen, uma vez que os dois são comentaristas na televisão americana.- Eu não diria que essa luta se parece com a do Rashad. Acho que se parece mais com a luta do Chael Sonnen. Sonnen trabalhava como comentarista na TV. Ele fala muito bem e consegue fazer as pessoas acreditarem nele. Daniel tem muitas habilidades e está invicto, mas acho que algumas coisas que ele diz e a maneira como transmite uma mensagem quase fazem as pessoas acreditarem nele um pouco mais. Se você olhar para nossos currículos e estilos, e não somente ouvir as coisas que ele diz o tempo todo, você pode ter um olhar diferente sobre essa luta - disse ao site americano "MMA Fighting".

Jones ficou incomodado com o fato de Cormier ter dito que faria a luta contra ele parecer fácil. Na opinião do campeão, isso só vai trazer mais pressão para o desafiante:

- Ele (Cormier) me lembra o Chael Sonnen quando diz coisas assim. Com todo respeito ao Chael. Sou um grande fã do Chael, realmente construí um respeito por ele. Mas o Chael era muito bom nas palhaçadas e nas coisas que não são verdade. Quando Cormier diz que vai fazer a coisa parecer fácil, tenho certeza de que ele não acredita naquilo. Como você pode dizer isso? Não sei o que ele está vendo nas minhas lutas, mas dizer que acredita na vitória é uma coisa. Dizer que vai fazer com que pareça fácil é como dizer que posso voar. Não tem base nenhuma. Ele tem muitas dúvidas e quer se convencer da vitória. Ultimamente passei a achar que, quando chegar a luta, ele vai olhar para trás e para tudo o que disse e vai apenas criar mais pressão sobre si mesmo.

Hector Lombard diz que é o mais odiado do UFC e pede lutas grandes

Hector Lombard UFC MMA (Foto: Adriano Albuquerque)


O objetivo do meio-médio Hector Lombard em 2014 era ter enfrentado um dos top 5 da categoria, ou mesmo um top 10. As coisas, no entanto, não só não aconteceram como o cubano queria, como ele teve marcado o duelo contra Josh Burkman, ex-campeão do Bellator e que é recém-chegado ao UFC, no dia 3 de janeiro, no UFC 182. O próprio Dana White admitiu ter dificuldades em conseguir adversários de elite para Lombard. Segundo o próprio lutador, em entrevista ao site "MMA Fighting", isso acontece por ele não ser propriamente um dos atletas mais queridos da organização.

- Eu sou o cara mais odiado do UFC. Não sei bem o porquê, mas tem sido assim. E, quando as pessoas não gostam de você, você não consegue lutas. Não fico muito feliz com isso, mas o que vou fazer? - diz Lombard, que venceu nove de suas últimas 11 lutas.

Os planos do cubano, de 36 anos de idade, são de lutar quatro ou cinco vezes em 2015, já que ele se apresentou apenas uma vez em 2014, quando venceu Jake Shields no UFC 171, em março. O atleta não descarta nem mesmo voltar a atuar entre os pesos-médios, uma vez que é companheiro de equipe do atual campeão dos meio-médios, Robbie Lawler. Caso a mudança ocorra, Lombard já tem um adversário na mira: Michael Bisping.

- Poderei finalmente botar minhas mãos em Bisping. Não vejo razão para não lutarmos. A verdade é que quero me manter ocupado em 2015, e quero lutar no evento da Austrália em novembro. Se tiver que enfrentar alguém como Burkman novamente, eu enfrento. Quero lutar. Estou feliz por ter uma luta marcada, não estou reclamando. Vou fazer meu trabalho dia 3 de janeiro e é isso - finalizou.

Fábio Maldonado pede para enfrentar Rampage: "É um nocauteador nato"

montagem Maldonado x Rampage (Foto: Montagem sobre foto da Getty Images)

Após quatro vitórias consecutivas na categoria dos meio-pesados (até 93kg) - sobre Roger Hollett, Joey Beltran, Gian Villante e Hans Stringer -, Fábio Maldonado pretende encarar um adversário de mais nome em sua próxima luta. Depois de se mostrar favorável ao duelo contra Ovince St-Preux, sugerido pelo próprio americano, o Caipira de Aço pediu outro combate ao UFC, por meio de sua conta no Facebook: contra o veterano Quinton Rampage Jackson, que estava no Bellator e na semana passada teve anunciado seu retorno ao Ultimate.

- Se o Ovince St-Preux não esperar, essa é a luta que eu queria. Claro, sem recusar qualquer outro adversário. Seria boa luta, pessoal? Rampage é perigoso em qualquer fase. É um nocauteador nato. Quero luta assim - disse ele, recebendo comentários positivos na publicação.

Cruz e Assunção se machucam, e Barão dá passo para disputar título

Dominick Cruz UFC MMA (Foto: Evelyn Rodrigues)Mesmo após a vitória sobre Mitch Gagnon em Barueri-SP, Renan Barão não estava liderando a corrida para disputar o cinturão dos galos (até 61kg), no seu caso fazer uma revanche contra o campeão TJ Dillashaw. Teoricamente o brasileiro estava atrás de Dominick Cruz, já confirmado como próximo adversário de Dillashaw, e de Raphael Assunção, que vem de sete vitórias seguidas na categoria. Mas tanto Cruz quanto Assunção anunciaram nesta segunda-feira que estão lesionados, abrindo espaço novamente para Barão. O UFC ainda não se pronunciou sobre o assunto, e ainda não há certeza sobre quando será o retorno do campeão, que está no fim da recuperação de uma lesão no cotovelo esquerdo, mas é esperado que isso aconteça em abril.

A sina de Dominick Cruz não o deixa em paz. Depois de ficar longe do octógono por três anos devido a a sérios problemas no joelho esquerdo - o que fez o UFC tirar dele o cinturão dos galos (até 61kg) -, o americano voltou com vitória por nocaute sobre Takeya Mizugaki, em setembro passado. No entanto, quando a situação parecia enfim melhorar para ele, o ex-campeão sofreu nova lesão, desta vez no joelho direito, e não sabe quanto voltará a treinar. Muito chateado e buscando entender seu destino, o próprio Cruz contou o ocorrido via Facebook:

- É com muita tristeza que informo que tive outra lesão de ligamento cruzado anterior. Desta vez é no joelho direito, lado oposto ao que machuquei na primeira e na segunda vezes. Preparando-me para minha última luta, em setembro, e também depois dela tive um treinamento e uma dieta muito cuidadosos e metódicos para manter meu corpo saudável. Infelizmente, isso vai além do meu entendimento e do meu controle. Não tenho uma data para meu retorno, mas sei e confio que vou derramar meu coração e minha alma para poder retornar ao octógono. Quero agradecer ao UFC, aos meus fãs e patrocinadores pela torcida e pelas orações. Eu sou agradecido a vocês mais do que podem entender. Não tenho qualquer outros detalhes para compartilhar neste momento. Eu e minha equipe respeitosamente pedimos privacidade nesta hora difícil. Obrigado.

Pouco depois, foi a vez de Raphael Assunção ir ao Twitter para revelar que está machucado. Ele deveria ter disputado o título contra Barão no lugar de Dillashaw no UFC 173, em maio, mas também estava lesionado na ocasião.

- Estou devastado por informar que minha esperança de disputar o cinturão será ainda mais adiada devido a um tornozelo quebrado no treino. Peço desculpas mais uma vez.

Ao Combate.com logo em seguida, o brasileiro disse que quebrou o tornozelo no treino de sexta-feira e que espera estar recuperado em dois meses, o que não tira totalmente sua chance de ser o próximo desafiante, uma vez que TJ Dillashaw deve voltar ao octógono em abril.

- Vou tentar. É uma possibilidade. Se eu conseguir voltar a tempo, mesmo com essa vitória do Barão, com certeza vou fazer campanha para ter minha chance pelo cinturão, independentemente de o Barão ter sido campeão. Acho que mereço. Tenho que esperar para ver como o corpo vai reagir. Vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance.

Após derrota no UFC, Cara de Sapato decide descer outra vez de categoria

Encarada UFC Cara de Sapato (Foto: Marcos Ribolli)Antônio Carlos Cara de Sapato vai mudar outra vez de categoria. Após perder a sua primeira luta na carreira (de cinco combates) para o americano Patrick Cummins, em duelo válido pelo peso-meio-pesado (até 93kg), no card principal do UFC, ele revelou que agora quer descer para os médios (até 84 kg). A decisão, segundo o lutador paraibano, se deu porque os seus adversários são até 10 kg mais pesados que ele e isso pode prejudicar o seu desempenho. Empolgado, Cara de Sapatos espera fazer o máximo de lutas que puder em 2015.

Campeão do TUF Brasil 3, Cara de Sapato lutou o reality show nos pesados. Mas resolveu estrear no UFC Barueri na sua categoria de origem. Ele chegou a dizer que se sentia mais confortável, mesmo admitindo que o duelo do último sábado seria realmente muito duro. Agora, o paraibano vai lutar na mesma categoria de Anderson Silva, Vítor Belfort e Chris Weidman.

- Eu quero lutar muito este ano. Quero fazer um máximo de lutas que eu puder, três ou quatro lutas. Acho que é importante para ganhar ritmo. Também quero baixar de categoria. Luto com  pessoas que são muito mais pesadas do que eu e acho que baixando de categoria, vou render mais - explicou.

Cara de Sapato, entretanto, não justifica a derrota de sábado. Ele reconhece que cometeu alguns erros, tanto na luta, quanto nos treinos. Mas avalia que perder para Cummins não é demérito, já que para ele, o adversário é um grande atleta.

 - Não foi esse o motivo da derrota (categoria superior), mas eu acho que eu indo para a categoria de baixo vai me ajudar bastante a conseguir novas vitórias e alcançar posições maiores. Não é demérito nenhum perder para Cummins, porque ele é um atleta muito duro, mais experiente, 10 anos a mais do que eu. Não foi uma derrota qualquer. E esses erros que cometi, estou disposto a consertar e a buscar sempre o melhor - concluiu.

Mais dois lutadores se juntam a Cung Le e companhia em processo contra o Ultimate

Brandon Vera se juntou ao processo contra o Ultimate (Foto UFC)

Nem as festas de final de ano parecem ter diminuído a indignação de ex-lutadores do Ultimate contra a organização presidida por Dana White. Na última quarta-feira (24), Brandon Vera e Pablo Garza se juntaram ao processo contra o UFC, iniciado por Cung Lee, Jon Fitch e Nate Quarry.

Além da afirmação de que o UFC violou um código via conspirações ilegais para criar um mercado não-competitivo e restringir a capacidade de lucro dos lutadores, a ação também alega que a franquia coage lutadores a desistir de seus direitos.

“Não fui tratado da forma que deveria. Sempre fui o trabalhador honesto, nunca fiz nada de errado. Nunca bati na minha esposa, por exemplo. Nunca fiz nada ilegal. O respeito não estava lá”, comentou Brandon Vera, que passou nove anos no UFC e hoje luta no One FC, em entrevista ao Bloody Elbow.

Outro lutador que se juntou ao processo contra o UFC, Pablo Garza, demitido após perder três de suas quatro lutas, publicou em sua conta no Facebook uma nota de repúdio à organização e revelou ter sido o único a não assinar uma petição que “protegia” o Ultimate.

“Em 2012, todos os lutadores do UFC foram chamados para assinar uma petição afirmando que a organização não é um monopólio e que tratam os lutadores de forma justa. Eu fui um dos poucos que não assinou”, escreveu.

domingo, 21 de dezembro de 2014

Rampage explica rompimento com o Bellator: “Não honraram o contrato”

Quinton Rampage Jackson, lutador de MMA, em São José do Rio Preto (Foto: Marcos Lavezo)O Ultimate anunciou, durante a transmissão do “UFC: Machida x Dollaway”, na madrugada deste sábado, que o ex-campeão dos meio-pesados, Quinton “Rampage” Jackson está de volta à organização. Em entrevista à “Fox Sports” americana, logo após o evento, o lutador, que ainda tem vínculo empregatício com o Bellator, disse que o evento não cumpriu as cláusulas contratuais. Comenta-se nos bastidores que um dos problemas determinantes para a sua saída é que a organização rival do Ultimate teria se recusado a fornecer os números de pay-per-view de sua luta contra  King Mo Lawal, em maio passado:

- Isso aconteceu "do nada" para vocês, mas eu tenho ficado quieto nesses últimos meses. Não estou feliz há algum tempo com o meu contrato com o Bellator, principalmente depois do pay-per-view com o King Mo. Não sei o que aconteceu com o Bjorn Rebney (ex-presidente do Bellator), se ele saiu ou se foi demitido. Meu contrato não estava certo, eu e o meu empresário tentamos arrumar e eles disseram que iriam fazer isso em 45 dias.  Depois desse tempo, eu disse no Twitter que estava chateado sobre como as coisas estavam acontecendo no MMA e como os lutadores estavam sendo tratados. Acho que o Dana viu isso e respondeu. Ele conversou com o meu empresário e aqui estamos nós.

Na publicação feita no Twitter há alguns meses, Rampage dizia que havia aprendido uma lição muito grande na vida e nos negócios e que “às vezes você deve ficar com o demônio que você conhece”. Ele direcionou a postagem ao UFC, pois acreditava que a empresa o tratou de forma mais profissional do que o Bellator:

- Eu não quero reclamar muito, mas os fãs realmente não entendem o que acontece. Muitos fãs dizem: “Cara, eu lutaria de graça!”. Eles dizem isso porque eles nunca lutaram com profissionais antes, mas eu não vou falar nada. Algumas vezes isso aconteceu comigo. Eu já lutei muitas vezes de graça, mas não é legal quando as pessoas não honram os seus contratos. Só porque você é uma grande companhia, você não precisa honrar o seu contrato? O UFC, acima de tudo, honrou o seu contrato comigo. Mesmo quando as coisas ficaram ruins, eles honraram o contrato. Você assina um contrato por uma razão: para estar dentro da lei, fazer as coisas da forma como devem ser. E o Bellator não fez isso. É por isso que não quero mais estar associado a eles.

Desde que deixou o UFC, em 2013, depois de perder para Jon Jones, Ryan Bader e Glover Teixeira, Rampage fez duras críticas à organização. Contratado pelo principal rival do Ultimate para lutar contra o ex-companheiro de treinos Tito Ortiz, ele acabou não protagonizando o duelo por conta de uma lesão do também ex-UFC, mas conquistou três vitórias nos combates que realizou contra Joey Beltran, Christian M’Pumbu e King Mo Lawal. Questionado sobre como é a sua relação com Dana White desde então, ele garantiu que tudo não passou de negócios:

- Eu e o Dana White não nos falamos nesse tempo. Nós sempre tivemos uma boa relação, eram apenas negócios. Eu não gostei da forma como o UFC disse que eu estava me aposentando, da forma que fui cortado por eles. Mas eu não levei para o lado pessoal. Não penso nisso como algo pessoal. Eu nunca tive uma briga com o Dana White, só gostaria que algumas coisas tivessem sido diferentes. Mas vocês sabem como são as coisas, né?

Aos 36 anos de idade, o lutador, que tem 35 vitórias e 11 derrotas em seu cartel, sabe que não terá muito tempo de carreira pela frente. Justamente por isso, ele planeja fazer a sua reestreia no octógono logo no início de 2015:

- Eu quero voltar e lutar o mais rápido possível. Estou com saudades dos treinamentos e quero entrar lá logo. Sei que tenho apenas mais alguns anos nessa profissão, então quero fazer lutas empolgantes. Acredito que eu vá lutar no início de 2015 - finalizou.

UFC anuncia retorno de Rampage; atleta ainda tem contrato com Bellator

Quinton "Rampage" Jackson fará sua última luta pelo UFC no Rio de Janeiro, no UFC Rio 3  (Foto: Felipe Varanda / UFC)

O UFC oficializou na madrugada deste domingo que o ex-campeão dos pesos-meio-pesados Quinton “Rampage” Jackson está de volta ao evento. Durante a transmissão do “UFC: Machida x Dollaway”, nos EUA, a organização exibiu um vídeo com os melhores momentos do lutador, que anunciou animado o seu retorno ao Ultimate.

- Estou de volta! Vocês não têm ideia do quão feliz estou por voltar. Amo os fãs e quero fazer lutas empolgantes. Eu pertenço a essa casa. Aqui é o meu lugar - disse ele na filmagem.

Com 35 vitórias e 11 derrotas na carreira, Rampage deixou o UFC em 2013, após perder três lutas seguidas para Jon Jones, Ryan Bader e Glover Teixeira. O atleta assinou com o Bellator e foi escalado para enfrentar o ex-parceiro de treinos Tito Ortiz. Porém, uma lesão do “Bad Boy de Huntington Beach” impediu o duelo. Rampage, por sua vez, nocauteou o substituto de Tito, Joey Beltran, mas mudou de ideia com relação a enfrentar o amigo. Na organização, o atleta conseguiu mais duas vitórias, contra Christian M’Pumbu e King Mo Lawal.

Depois do duelo de maio, o Bellator mudou de presidente, com Scott Coker, ex-CEO do Strikeforce, assumindo o lugar de Bjorn Rebney. Desde então, Jackson não foi incluído em mais nenhum card. O lutador, no entanto, continua sob contrato com a organização rival, conforme declarou Coker em sua conta no Twitter, logo após o anúncio oficial do UFC:

- Vamos deixar claro que Quinton Rampage Jackson está sob contrato exclusivo com o #BellatorMMA e que vamos proteger os nossos direitos contratuais.

Apesar de ter oficializado o retorno de Rampage, que havia sido anunciado primeiramente pelo site “Sherdog.com”, o UFC não se pronunciou sobre quando acontecerá a reestreia do lutador na organização.

Luke Rockhold pede, e Lyoto aprova duelo: "De repente seria excelente"

Montagem - Lyoto Machida x Luke Rockhold (Foto: Editoria de Arte)

Assim que terminou o combate entre Lyoto Machida e CB Dollaway, com o triunfo do brasileiro em apenas 1m02s por nocaute técnico, Luke Rockhold tratou de pedir, através das redes sociais, para enfrentar o Dragão após elogiar a performance dele, no "UFC: Machida x Dollaway", em Barueri-SP. A ideia foi aprovada pelo ex-campeão dos pesos-meio-pesados, além de ter ganhado aval do presidente do Ultimate, Dana White, que prometeu ligar para Rockhold na próxima semana para tratar do assunto.- Pode ser que sim, pode ser que não, depende da organização. O Luke Rockhold é um cara que está credenciado para lutar pelo cinturão, também está na fila. Então, de repente uma luta contra ele seria excelente - afirmou Machida, na coletiva de imprensa pós-evento.

Lyoto ainda comentou o chute aplicado em CB Dollaway, que abriu caminho para o rápido nocaute técnico na luta principal do evento:

- Esse chute é um tipo de golpe que treino bastante. E de repente senti que era o momento certo de chutar e chutei. Tive a felicidade de encaixar o golpe no momento certo. Com certeza o CB é um cara duro, e eu não esperava que a luta pudesse acabar assim. Na nossa categoria, um golpe forte que entra pode definir a luta. E foi isso o que aconteceu.

Cara de Sapato anuncia descida de divisão após derrota em Barueri: ‘Voltarei melhor’

Cara de Sapato não resistiu ao jog do americano e acabou derrotado por decisão unânime dos jurados (Foto Inovafoto)

A estreia entre os meio-pesados não foi a dos sonhos para Antônio Cara de Sapato. Vencedor do TUF Brasil 3 na categoria peso-pesado, o brasileiro foi dominado pelo americano Patrick Cummins – visivelmente mais forte – e acabou derrotado por decisão unânime no UFC Barueri II, no último sábado (20). Abatido, o lutador revelou após o revés que vai descer de divisão.“Ele mereceu a vitória. Voltarei melhor e vou descer para o peso médio. Não consegui a vitória, ele é um cara duro”, disse o lutador, que não resistiu ao jogo de Wrestling do americano.

Cara de Sapato conheceu sua primeira derrota contra Cummins. O faixa-preta ainda possui quatro vitórias em seu cartel, que começou a ser montado em 2013, quando estreou no MMA.

Cara de Sapato não resistiu ao jogo do americano e acabou derrotado por decisão unânime (Foto Inovafoto)

Erick Silva revela estratégia e diz: ‘Treinei como se fosse a luta mais difícil da minha vida’

Capixaba Erick Silva fechou o ano de 2014 com duas vitórias e uma derrota (Foto Inovafoto)

* O plano para vencer já estava traçado desde o início: levar para o chão e finalizar. E Erick Silva conseguiu cumpri-lo à risca no UFC Barueri II, realizado em São Paulo, no último sábado (20). Com um justo kata-gatame, o brasileiro finalizou o americano Mike Rhodes ainda no primeiro round e retomou o caminho das vitórias após o revés para Matt Brown, em maio.* Confira tudo o que rolou no UFC Barueri II

“Eu fui para a luta já com a ideia de botar para baixo e finalizar, então tive toda a paciência para fazer a movimentação e buscar a melhor posição. A todo momento eu mantive a calma e apenas aguardei o árbitro encerrar a luta”, revelou o meio-médio na coletiva pós-evento.

Erick Silva fechou o ano com duas vitórias e um revés: objetivo é fazer ainda melhor em 2015 (Foto Inovafoto)

A frieza com que o capixaba entrou no combate era tanta que até impressionou. Erick sabia da importância de vencer para fechar 2014 em alta e dar início a uma subida ao topo da divisão.

“Eu estava muito focado, muito concentrado, então deixei essa concentração tomar conta de mim. Por isso o semblante mais fechado”, explicou o lutador, que dividiu os méritos do triunfo com sua equipe, a X-Gym.

“Nenhuma luta nunca é fácil, independente do tempo que ela leve.Treinei como se fosse a luta mais difícil da minha vida. Só tenho que agradecer aos meus treinadores”, encerrou.

Barão: "Vou trazer esse cinturão de volta para o Brasil, pode ter certeza"

Renan Barã e Lyoto Machida (Foto: Reprodução)

Renan Barão levou mais sufoco de Mitch Gagnon em Barueri-SP do que se imaginava, mas conseguiu deixar o octógono com uma vitória por finalização. A importância do triunfo era ainda maior, uma vez que foi a primeira luta do potiguar desde que perdeu o cinturão dos galos (até 61kg) para TJ Dillashaw. Empolgado por voltar, Barão mostrou muita confiança em retomar o título ao ser perguntado se havia superado o "fastasma" de seu algoz.

- Não tem fantasma nenhum. Tenho muita fé em Deus, e isso não me abala de maneira nenhuma. Estou focado no meu objetivo e vou trazer esse cinturão de volta para o Brasil, pode ter certeza - disse o ex-campeão na coletiva de imprensa pós-evento.

Barão tem uma visão diferente do combate e acredita que não tenha levado muito prejuízo nos dois primeiros rounds, onde Gagnon conectou bem no boxe em alguns momentos e o travou na grade em outros:

- Fiquei muito feliz de ter a oportunidade de lutar aqui, para toda a galera, com esse calor humano maravilhoso. Não achei que a luta estava tão difícil. Acertei um knockdown no primeiro round. No segundo ele me travou um pouco ali. E no terceiro consegui finalizar. A luta estava fluindo. O Gagnon é um cara duro. Não é muito conhecido, mas tem várias finalizações na carreira. Eu sabia que seria uma grande luta, e foi.

CB Dollaway diz que foi fintado por chute de Lyoto: "Fiquei paralisado"

CB Dollaway (Foto: Reprodução)CB Dollaway estava louco para provar que pertencia ao grupo de tops da categoria dos médios, mas durou apenas 1m02s contra Lyoto Machida e foi derrotado por nocaute técnico. O que definiu o triunfo do brasileiro foi um chutaço no corpo do americano que até estalou de tão forte. Dollaway chegou para a coletiva de imprensa pós-evento com a mão na altura da barriga e das costelas, mostrando sentir muita dor no local, e disse ter sido fintado pelo golpe de Lyoto.

- Foi basicamente um chute no corpo. Eu achei que ele chutaria minha cabeça, mas passou por baixo do meu cotovelo. Achei que a área estava protegida. Dei um passo para trás para respirar, mas não consegui. Fiquei basicamente paralisado. Foi uma derrota decepcionante - disse Dollaway, que acha que não quebrou nenhuma costela.

Machida, por sua vez, valorizou o adversário de forma elegante e confessou ter ficado surpreso com o resultado da luta em Barueri-SP, na madrugada deste domingo.

- Esse chute é um tipo de golpe que treino bastante. E de repente senti que era o momento certo de chutar e chutei. Tive a felicidade de encaixar o golpe no momento certo. Com certeza o CB é um cara duro, e eu não esperava que a luta pudesse acabar assim. Na nossa categoria, um golpe forte que entra pode definir a luta. E foi isso o que aconteceu - afirmou.

Renato Moicano dedica vitória a Rani Yahya, derrotado por Tom Niinimaki

Renato Moicano UFC (Foto: Reprodução)

A vitória de Renato Moicano em Barueri-SP serviu para vingar seu amigo e companheiro de treinos Rani Yahya, que foi derrotado por Tom Niinimaki numa polêmica decisão dividida dos jurados em novembro do ano passado. Escalado para substituir Rony Jason apenas 10 dias antes do evento, Moicano estreou no UFC em grande estilo ao finalizar o finlandês com um katagatame. No duelo, o brasiliense mostrou tranquilidade, segurança e confiança no seu taco. E dedicou o triunfo a Rani.

- Ainda não caiu a ficha. Foi muito bom para mim. A luta falou por si. Eu estava tão tranquilo que consegui impor meu ritmo e meu jogo. Graças a Deus deu tudo certo, e dedico essa vitória ao Rani, que na minha opinião já tinha vencido (Tom Niinimaki), mas a gente veio e tirou essa prova. Respeito o adversário, é um cara duro, e espero que ele tenha uma nova chance no evento - disse Moicano na coletiva de imprensa pós-evento.

Sarafian mostra alívio por vitória, mas diz que queria ganhar de outra forma

Daniel Sarafian no UFC Barueri (Foto: Raphael Marinho)

Daniel Sarafian pôde tirar um peso das costas ao conseguir retomar o caminho das vitórias neste sábado, quando bateu Junior Alpha e conquistou seu terceiro resultado positivo em cinco combates, após passar por duas derrotas consecutivas. Entretanto, o triunfo não aconteceu da forma que o lutador esperava, já que seu rival quebrou o dedo durante o combate, precisando de interrupção médica, que impediu que o duelo prosseguisse. Sarafian admitiu ter ficado aliviado ao mesmo tempo que se sentiu mal pelo amigo e adversário deste sábado, no "UFC: Machida x Dollaway", em Barueri-SP.- Não entendi como ele se machucou. Na hora pensei que fosse a luva, mas meu córner gritou que ele quebrou o dedo, aí vi o dedo torto e ganhei a luta. Claro que me deu um alívio, mas não é o que gostaria. Isso diminui minha vitória, ele é um cara que eu adoro, é meu amigo. Quando fechamos a luta com ele, me senti mal por dois motivos: sabia que era uma luta mais perigosa do que o Dan Miller, não por ele ser melhor lutador, mas por ser mais perigoso. Treinei muito para enfrentar um grappler, aí vem um baixinho trocador que tem a mão dura. Ele me deu dois murros. Em um tomei knockdown e em outro fiquei quatro segundos vendo dois dele. Na hora que vi o dedo quebrado, fiquei triste por isso e porque sei que machuquei meu amigo - afirmou, em conversa com jornalistas após a luta.

Sarafian ainda revelou ter conversado com Junior Alpha depois do duelo e garantiu que a reação do seu oponente foi positiva na medida do possível.

- Vitória é vitória, estou muito feliz com ela porque mantém meu trabalho de pé, mas gostaria de uma vitória diferente, por nocaute, finalização ou fazendo três rounds como o primeiro, porque vou sempre para lutar. Gostaria que fosse diferente, mas já que veio desse jeito, não posso reclamar. Pedi muito a Deus uma vitória, Ele me concedeu e não tenho como reclamar. Falei com ele depois, e ele reagiu de maneira super boa, mas com um fundo de tristeza. Não tem como estar feliz. Deus sabe o que faz, ele vai ter a chance dele e vai ganhar com certeza - concluiu.

Duplamente leve, Vitor Miranda diz que seguirá nos médios até parar

 

O misto de felicidade e a lívio era nítido na expressão de Vitor Miranda após a vitória sobre Jake Collier na luta de abertura do "UFC: Machida x Dollaway", no último sábado, em Barueri. Além de estrear no peso-médio após lutar entre os pesos-pesados, Miranda vinha de derrota para Cara de Sapato na final do TUF Brasil 3, e sabia que uma nova derrota poderia atrapalhar seus planos de permanecer no UFC. A vitória, com um nocaute a apenas um segundo do fim do primeiro round, teve um sabor especial.

- Estou muito feliz por estrear com o pé direito no UFC, em uma categoria que eu não sabia se iria bem ou não. Baixei 20kg para a pesagem, e foi tudo bem. Se eu soubesse que seria tão bom eu teria mudado antes. Na metade da preparação eu vi que era esse o meu peso mesmo, porque fui ficando mais leve e mais rápido, com mais gás. Esse será o meu peso até o fim da minha carreira. Tirei um peso imenso das costas por ter vencido, porque sabia que dessa vez eu não podia errar. Na final do TUF eu errei e perdi, mas não comprometeu o meu contrato. Essa eu não podia perder, e venci. Consegui provar que sou merecedor desse contrato e de estar no evento. Agora o UFC vai decidir qual meu próximo passo. Se quiserem me segurar, seguram. Se quiserem me avançar e me colocar contra um cara mais bem ranqueado, é com eles.

A preparação para a luta, que teve treinos exaustivos e constantes, além de estudos das lutas de Collier, foram, segundo Vitor Miranda, outro fator determinante para a vitória.

- Sabíamos que ele viria forte no primeiro round, com golpes duros, e na medida em que a luta se desenvolvesse ele diminuiria o ritmo. Foi o que aconteceu. Eu segui as ordens dos técnicos e me preservei mais no começo, mas ele me derrubou e eu não pude continuar a minha estratégia. Mas quando me levantei, senti ele muito cansado e vi que era a hora de ir para cima. Não esperava nocautear, mas acelerei no fim do round para marcar uns pontos e não ficar muito atrás, mas graças a Deus saiu o chute. Só lembro que ouvi o sinal dos dez segundos e, a partir dali, entrei no modo automático, que acontece pelas inúmeras repetições do que fazemos na academia. Nós vimos muitas lutas dele e percebemos que ele chuta muito de esquerda. Treinamos a resposta com o chute alto também. No fim da luta, ele me deu esse chute e eu respondi automaticamente. Foi exatamente isso o que nós treinamos durante três meses intensos, com muito volume de treino, até seis horas por dia. Ele me derrubou, e isso foi mérito dele. Depois disso, foi mérito meu conseguir esperar o momento certo para me levantar. Considero que fiz a minha estreia no UFC hoje. Na primeira luta, contra o Cara de Sapato, eu perdi e aprendi muito. Se eu tivesse ganho talvez tivesse vindo despreparado para essa luta. Aquela derrota me amadureceu demais.

Mesmo sendo experiente, Vitor Miranda não escondeu a emoção ao ser aplaudido pela torcida que já lotava o ginásio para a primeira luta do card preliminar. Para o lutador, os incentivos fazem os atletas se sentirem mais importantes.


- A torcida ajudou demais. Entrei muito emocionado e me segurei para não chorar. Era a primeira luta do evento e o pessoal comparecendo em peso. Isso é raro. Nos EUA, quando você faz a primeira luta, os golpes fazem eco, porque a arena está vazia. Aqui fica cheio desde o começo, e nos faz sentir muito importantes. Essa vitória vem coroar tudo que eu passei em 35 anos. Fui contratado pelo UFC e nem sei se existe um ranking de lutador mais velho que tenha sido contratado. Eu uso tudo que acontece comigo como combustível para seguir adiante. Quero ser um exemplo para quem está começando agora, que olhem para mim e vejam que a superação é possível. Eu mudei de categoria e mostrei que é possível ser bem-sucedido mesmo com uma mudança dessas. Sempre lutei muay thai no peso-pesado, e os golpes dele não estavam fazendo efeito, não estavam me incomodando. A experiência em pesos maiores me ajudou muito nesse sentido. O problema dos pesos mais leves não é a força da pancada, mas a velocidade e a explosão para me derrubar. Ele me surpreendeu, achei que não me derrubaria, mas em compensação ele gastou muita energia no chão, e quando eu levantei me aproveitei disso.

sábado, 20 de dezembro de 2014

Caso vença Dollaway, Lyoto não vê problema em ter brasileiro pela frente

Encarada UFC Lyoto Machida x Dollaway (Foto: Marcos Ribolli)

Lyoto Machida sabe que mesmo com a derrota para Chris Weidman em sua última luta, quando foi superado por decisão unânime, seu nome ainda está entre os principais do peso-médio. Neste sábado, quando enfrentará CB Dollaway no UFC: Machida x Dollaway, uma vitória vai lhe colocar de volta na trajetória rumo a uma nova disputa de cinturão na categoria até 84kg. Entretanto, alguns brasileiros estão no topo, como é o caso de Vitor Belfort, que é o próximo desafiante do campeão, e Ronaldo Jacaré, número 2 da divisão. Um eventual duelo contra eles não preocupa o Dragão, que afirmou que lutaria sem nenhum problema.- Olho para isso com uma visão profissional, procuro tirar o lado emocional, da relação,  e acredito muito que daqui a 10, 15 anos estaremos juntos, nos falando, talvez em busca de uma causa maior, de ajudar o próprio esporte, e o que passou fica no passado, aquela lembrança do cara que deu trabalho na luta. Não penso no lado da rivalidade pessoal e sim da rivalidade profissional - afirmou, acrescentando que só procura evitar ter Anderson Silva pela frente, já que treinam juntos algumas vezes na Black House.

- Nunca vou pedir para lutar contra ele. Se quando um não quer, dois não brigam, imagina quando os dois não querem. Aí que não acontece nada mesmo.

Ao comentar sua última luta, Lyoto ainda disse ter detectado um erro cometido no corte de peso antes de enfrentar Weidman, mas se vê com maior poder de nocaute entre os pesos-médios.

- Sinto que meu poder de nocaute aumentou no peso-médio, mas na luta com o Weidman tive um erro quando perdi o peso e fiquei um pouco magro na luta, o que fez uma diferença muito grande. Lutei com 87kg, e o Weidman deve ter lutado com cerca de 93kg. Cinco, seis quilos é muita coisa para uma luta de MMA - analisou.

Ex-campeão dos pesos-meio-pesados, o lutador acredita que na época essa era a categoria mais difícil do UFC, mas agora vê os médios como a mais movimentada e projeta ser campeão até 84kg futuramente.

- Muita gente que era da categoria de cima está tentando descer e a de cima era a mais concorrida justamente por ter caras fortes, rápidos e técnicos, diferente dos pesados, que a maioria não tem tanta técnica. Quanto mais leve, mais técnico é. No boxe, o peso-pesado é a categoria nobre do esporte. No MMA, o meio-pesado era a nobre, mas o peso-médio está ficando muito movimentado por lutadores bons e quero ser campeão da categoria mais movimentada - finalizou.