sexta-feira, 10 de abril de 2015

GSP alerta Aldo: "Conor McGregor é habilidoso e pode cumprir o que fala"

Georges St-Pierre e Johny Hendricks Coletiva UFC 167 (Foto: Evelyn Rodrigues)Ex-campeão dos meio-médios do UFC, Georges St- Pierre acha que Conor McGregor não é apenas um falastrão. Para ele, o desafiante ao cinturão de José Aldo fala bastante, mas tem habilidades suficientes para cumprir o que promete.

- Conor McGregor pode ser inteligente ou muito burro. Mas eu acho que ele é muito habilidoso e pode cumprir o que fala. Acredito que o Conor esteja tentando jogar aquele jogo de tentar entrar na cabeça do Aldo. Talvez isso vá funcionar, talvez não. Nós veremos o que vai acontecer - disse o canadense ao podcast “You’re Welcome”, apresentado por Chael Sonnen nos EUA.

GSP também aproveitou para analisar o jogo do campeão peso-pena e rasgou elogios ao brasileiro:

- José Aldo é um lutadr extravagante, muito perigoso, com aquela aura de invencibilidade ao seu redor. Ele é o melhor peso-por-peso do mundo nesse momento. É nisso que eu acredito.

Enquanto GSP continua afastado do MMA desde o duelo contra Johny Hendricks, em novembro de 2013, José Aldo e Conor McGregor se enfrentam no dia 11 de julho, na MGM Grand Garden Arena, em Las Vegas, no que é considerada uma das lutas mais aguardadas do esporte. O evento acontece na “Semana Internacional da Luta”, que também inclui o UFC Expo Fã e a final do TUF americano, e deve atrair fãs de todo o mundo.

Após ser alfinetado por Cormier, Werdum avisa: ‘Se Cain me botar para baixo, vou agradecer’

Werdum demonstrou confiança para duelo com Cain Velasquez (Foto UFC)Em novembro do ano passado, Fabricio Werdum conquistou o cinturão interino dos pesados após derrotar Mark Hunt por nocaute. O fato se deu devido ao longo tempo de inatividade de Cain Velasquez, campeão linear da divisão.

Recuperado das lesões, o americano de ascendência mexicana enfrentará o brasileiro no dia 13 de junho, pelo UFC 188, quando o título, enfim, será unificado.

No UFC Tonight, programa oficial da organização, o duelo principal do evento foi discutido. Daniel Cormier, apresentador da atração e companheiro de treinamentos de Velasquez, mandou um recado do campeão linear para Werdum.

“O campeão dos pesados, Cain Velasquez, disse para eu falar para você parar de carregar o cinturão em todos os lugares. Isso está deixando-o nervoso. Se você levar o cinturão para o encontro com a mídia na Flórida, ele vai pegar de você. Para ser o cara, você precisa vencer o cara”, disse Cormier, reproduzindo o recado de Velasquez.

Ao receber o “aviso”, Fabricio Werdum encarou com naturalidade e, com bom humor, respondeu ao seu oponente, ao relembrar que o próprio Cormier o ajudou em treinos de Wrestling anos atrás e que se o duelo for para o chão, vai agradecer.

“Quando treinamos pela primeira vez, levei para baixo. E levei para baixo três vezes. Fui agarrado em um double leg e fui levado para baixo, e logo depois eu encaixei em uma chave de braço. Eu acho que Cain tem um bom Boxe, bom Wrestling e bom condicionamento, mas se ele me levar para baixo, eu vou agradecer. Eu sou bom no solo, é a minha casa. Eu acho que se ele ficar lá, vou acabar com ele”, disparou Werdum, que logo depois completou ao afirmar que está se sentindo como na época em que derrotou Fedor Emelianenko.

“Quando eu venci o Fedor, tive a mesma sensação. Estou muito confiante. No dia 13 de junho, eu vou mostrar a todos quem é o verdadeiro campeão”, concluiu.

Rafael Cordeiro confirma ida de Shogun para a Kings MMA: ‘Ele vai voltar a ser o melhor’

Cordeiro vai voltar a treinar Shogun (Foto Eduardo Ferreira)Mauricio Shogun é um verdadeiro ícone do MMA. Ex-campeão do Pride e do UFC, o curitibano viveu seus melhores momentos sob a tutela de Rafael Cordeiro, mas, nos últimos anos, tem vivido mais maus momentos do que bons.

Para retomar o rumo das vitórias e tomar a forma do “velho Shogun”, o curitibano vai voltar a treinar com Cordeiro, amigo da época de Chute Boxe. Shogun está de mudança para a Califórnia para treinar na Kings MMA, academia liderada por Rafael.

“Vai acontecer e eu quero muito que aconteça”, disse Rafael Cordeiro ao programa In the Cage with Bards. “Ele vai se mudar para a Califórnia agora no meio de abril. Ainda temos que resolver algumas coisas para ele lá, como conseguir uma casa, um carro… Mas é só isso. Ele vai se mudar para lá e vamos fazer o camp para sua próxima luta”, confirmou.

Shogun perdeu sete de suas últimas 11 lutas. O lutador tem que lidar com as críticas dos fãs e, até mesmo, com os pedidos de aposentadoria por parte de sua família. Mas Cordeiro, grande responsável pelas ascensões de Rafael dos Anjos e Fabrício Werdum, sabe do que Shogun necessita para voltar a brilhar.

“Eu o conheço desde que ele começou a treinar. E acredito que, se você motivá-lo, ele vai voltar a ser o melhor. É isso que vou tentar fazer: motivá-lo o máximo possível para trazer de volta o antigo Shogun. Ele tem só 33 anos de idade, tem um grande futuro. Vou dar o meu melhor para trazê-lo de volta”, garantiu.

Anthony Johnson rebate Gustafsson: ‘Preciso de um dia para acabar com sua vida e carreira’

Johnson não deu chances para Gustafsson (Foto UFC)Alexander Gustafsson provocou, e teve resposta quase que imediata. Após dizer que bateria Anthony Johnson “seis vezes em sete dias”, o sueco teve que ouvir a chuva de “elogios” do americano, que não deixou barato nas redes sociais. Johnson nocauteou Gustafsson no primeiro round em UFC realizado na Suécia, em janeiro.

“Acho que o respeito é importante neste esporte, então, eu dou e espero ter de volta. Algumas pessoas não conseguem lidar com uma surra como um homem. Você perdeu para o Jones e disse asneiras, e agora perdeu para mim e está dizendo asneiras. Isso tudo, depois de mostrar respeito no início. Então, eu dedico isso a você e aos seus ‘seis vezes em sete dias’… Como eu disse, eu preciso de um dia para acabar com sua vida e carreira. Eu nunca tinha te mostrado desrespeito, mas agora você diz isso? Você não tem classe nenhuma ”, escreveu Anthony em seu Instagram.

“Rumble” vai enfrentar Jon Jones pelo título dos meio-pesados no dia 23 de maio, no UFC 187, em Las Vegas. Já Gustafsson vai encarar o brasileiro Glover Teixeira no dia 20 de junho, na Alemanha.

Jorge Blade é flagrado por uso de esteroide anabolizante no UFC Rio 6

Jorge Blade (Foto: Raphael Marinho)

O peso-leve Jorge Blade foi flagrado no exame antidoping do UFC Rio 6 por uso do esteroide anabolizante Estanozolol. O resultado do exame foi divulgado nesta quinta-feira pela CABMMA (Comissão Atlética Brasileira de MMA) através de um comunicado oficial. Blade e sua equipe já foram informados do resultado do exame, e também de que está suspenso por um ano a contar do dia 21 de março, data do evento. A CABMMA havia divulgado um comunicado anterior dizendo que todos os testes haviam tido resultado negativo, mas corrigiu a informação nesta quinta-feira. Apenas o exame de Jorge Blade deu resultado positivo. Todos os demais 23 exames do evento foram negativos. O brasileiro foi finalizado no primeiro round por Christos Giagos.

O treinador de Blade, Márcio Cromado, foi contactado pelo Combate.com e disse que tanto o lutador como a equipe RFT, da qual Blade faz parte, foram pegos de surpresa pela notícia, e garantiu que já foi feito o pedido de contraprova.

- Fui informado hoje de manhã, pego de surpresa com isso, assim como todos. Eu, o empresário, todo mundo. Estamos aguardando agora a abertura da contraprova dele em Los Angeles para ver o que realmente aconteceu. Vamos pedir para o advogado entrar para resolver isso. Fui pego de surpresa, perguntei para o Jorge, e ele não soube me informar direito. O médico da gente não trabalha com esse tipo de substância e também não soube informar. O Jorge me disse que não fez nada. Estou aqui ainda procurando entender isso. Não sei o que houve. Vamos ver o que vai acontecer.

Confira a íntegra do comunicado, que foi distribuído originalmente em inglês:

"Um erro de comunicação foi identificado pelo Comitê Executivo na publicação dos resultados dos exames antidoping do UFC: Maia x LaFlare, realizado no dia 21 de março de 2015, por conta de uma má-interpretação do relatório parcial enviado pelo UCLA Olympic Analytical Lab (credenciado pela WADA), onde os testes foram analisados e tiveram seus resultados confirmados.

Por conta disso, a CABMMA (Comissão Atlética Brasileira de MMA) vem por mesio deste comunicado informar que o atleta Jorge Antônio Cezário de Oliveira - Jorge Blade - testou positivo para o esteroide anabolizante Estanozolol. Este último código de amostra e o seu resultado foram enviados um dia após o relatório inicial, e por isso não foi mencionado no pronunciamento inicial da Comissão. Todos os atletas fizeram exames de urina para detecção de esteroides anabolizantes, drogas recreativas, estimulantes, diuréticos ou agentes mascarantes logo na sua chegada à Arena, na noite da luta. Seis destes atletas foram selecionados aleatoriamente para o teste de EPO. Os demais 23 atletas do card tiveram resultados negativos.

Jorge Antônio Cezário de Oliveira será suspenso pelo período de um ano a contar do dia 21 de março de 2015. O atleta, seu treinador e seu empresário já foram informados do resultado final do exame.

Gustafsson: "Eu venceria Anthony Johnson seis vezes em sete dias"

Pesagem UFC - Alexander Gustafsson (Foto: Adriano Albuquerque)Com luta marcada contra o brasileiro Glover Teixeira no evento principal do UFC Berlim, dia 20 de junho, na Alemanha, o meio-pesado sueco Alexander Gustafsson não consegue tirar a derrota para Anthony Johnson da cabeça. Em entrevista à imprensa sueca na última semana, o lutador disse que venceria o americano seis vezes em sete dias.

- Eu o venceria seis vezes em sete dias, mas exatamente o que não poderia acontecer, aconteceu. Às vezes você está no topo, e outras, não. É assim que funciona. Não tive tempo de mostrar o meu potencial, porque a luta foi rápida. Aprendi que preciso me defender melhor, mantendo a guarda alta, colando o queixo no peito e ficando pronto para tudo. Não se pode relaxar um milésimo de segundo neste esporte. Se você relaxar, acontece o que aconteceu comigo. A noite acaba rápido. Na verdade, não há muito o que falar sobre aquela luta. Ele me acertou com vontade, e às vezes isso é o suficiente. Agora estou tentando encarar meus demônios, que são a dúvida e a falta de confiança. Você acaba achando que não é bom o suficiente para ser o melhor do mundo. Essa é a pior parte, mas é preciso enfrentá-la e processar tudo na sua cabeça. Eu sei que tenho o potencial para ser o campeão, mas é terrível perder da forma como perdi.

Falando sobre Glover Teixeira, Gustafsson diz que o brasileiro é um grande desafio, e imagina que  a luta vá se desenvolver em pé na maior parte do tempo.

- Ele é um cara duro, bem ranqueado. Será uma boa luta. Glover gosta da trocação e bate muito forte. Somos bons na luta em pé, e preferimos que a luta seja assim. Acho que tenho muitas formas de vencer essa luta, mas tenho que treinar tudo. Hoje me vejo com um boxe melhor que o dele, mais técnico. Sou mais rápido e tenho um jogo de pés melhor. Sou melhor lutador de MMA que ele, porque mesclo as artes de forma mais eficiente - finalizou Gustafsson.

Treinador de José Aldo: "Quanto mais McGregor falar, mais ele vai apanhar"

Dedé Pederneiras em seu escritório na academia Upper (Foto: Ivan Raupp)

Alvo de provocações incessantes de Conor McGregor, José Aldo tem ressaltado em cada entrevista que isso não é algo que lhe incomoda, mesmo após a turnê mundial do UFC 189, que terminou com o irlandês "roubando" seu cinturão durante a coletiva de Dublin (IRL). Treinador do campeão dos pesos-penas (até 66kg), Dedé Pederneiras segue a mesma linha em seu discurso, garante que a equipe chega a achar engraçadas algumas coisas que o desafiante tem dito, mas avisa: quanto mais ele falar, mais irá apanhar do brasileiro no dia 11 de julho.

- O cara falar mal sempre motiva para dar uma surra nele. O Conor faz isso com grande maestria. Quanto mais McGregor falar, mais ele vai apanhar. Para mim está ótimo ele falar, achamos graça de muita coisa que ele fala, então só estamos esperando para ver como ele vamos agir no dia da luta - afirmou, em entrevista ao Combate.com.

 O jeito polêmico de McGregor o torna o tipo de lutador que os fãs amam ou odeiam, sem meio-termo. Os críticos não o consideram merecedor da chance de lutar pelo título dos penas e dizem que só conseguiu por vender bem seus combates. Dedé Pederneiras discorda disso, acha justo o casamento do duelo e brinca ao dizer que o irlandês "é um leprechaun trazendo um pote de dinheiro para a categoria", em referência a um personagem do folclore da Irlanda.

 - Se você for olhar o cartel dele e a forma que finalizou as lutas, sim. Talvez não tenha pego os caras que achei que ele poderia ter pego para chegar até lá. Mas se olhar com quem o Aldo já lutou, já lutou com todo mundo que está no bolo que pode vir a lutar com ele, menos com o McGregor. Acho que está na vez dele e que será uma grande luta. A partir dessa próxima luta, os números vão aumentar, até por conta do Conor ter chegado à categoria. Falei até em forma de brincadeira, mas é o que está acontecendo: o Conor é um leprechaun trazendo um pote de dinheiro para a categoria. Queria que tivessem diversos atletas feito ele para chamar a atenção. Não só na categoria do Aldo, como na do Barão, do Demetrious Johnson... São atletas feito o McGregor que trazem visibilidade. Diferente de muitos que falam muito, Conor tem feito e provado aquilo que ele fala. Estamos tratando essa luta como um grande desafio para o Aldo - declarou.

Recentemente, John Kavanagh, treinador de McGregor, entrou na onda do pupilo e fez algumas provocações a Aldo. Em janeiro, ele apostou em vitória rápida do irlandês no UFC 189 e, esta semana, disse que não vai se surpreender em caso de triunfo de Conor por finalização. Dedé crê que ele quer aparecer junto com seu aluno, mas não mostrou insatisfação com a postura do colega de profissão.

- Acho que o treinador pode se envolver em algumas situações, para mim não faz diferença, ele tem que puxar para o atleta dele mesmo. Vamos ver o que vai dar. Ele começou a falar agora, antes não falava nada. Ele quer aparecer junto com o Conor, está no direito dele, mas, para mim, não faz diferença nenhuma.

Em caso de nova vitória de José Aldo, a pergunta que fica é se ainda existem novos desafios para o campeão nos penas e se uma subida para os leves (até 70kg) ainda é considerada. Dedé Pederneiras não descartou a possibilidade, mas deixou claro que o considera pequeno para a divisão e que é capaz até de descer para os galos (até 61kg), mas que não será necessário, pois "o campeão vai ser o Barão", que fará revanche com TJ Dillashaw, em data que ainda será anunciada.

- O negócio é que o Aldo é muito leve para jogar na categoria de cima. Ele perde 6, 7kg, no máximo 8kg quando está muito pesado, fora de forma. Essa subida de peso é sem necessidade em termos de rendimento, digamos assim. O cara ganhar em outras categorias é uma provação maior para si mesmo. O cara quer comprovar que é o melhor e tem que subir porque não tem mais ninguém para ele bater embaixo. Quando acontece isso, é por conta disso. O Aldo tem condição de subir para o leve e de descer para o galo para desafiar o campeão. Mas como o campeão da categoria de baixo vai ser o Barão, não vai ter necessidade disso - concluiu.

Nate Diaz enfrenta Matt Brown no card de Aldo x McGregor, dia 11 de julho

Nate Diaz e do Matt Brown (Foto: Montagem sobre foto da Getty Images)

No mês passado, o ex-campeão dos leves, Anthony Pettis, declarou que gostaria de enfrentar Nate Diaz em seu retorno ao octógono. Apesar do pedido, o polêmico lutador, que vem de derrota para Rafael Dos Anjos em dezembro passado, decidiu buscar novos desafios e está subindo para a divisão dos meio-médios (até 77,6 kg) para enfrentar o quinto colocado na categoria, Matt Brown.

O duelo foi anunciado nesta quarta-feira pelo “UFC Tonight", programa oficial de TV do Ultimate nos EUA, e acontecerá no UFC 189, na MGM Grand Garden Arena, em Las Vegas. O evento tem em sua luta principal o aguardado combate entre José Aldo e Conor McGregor, pelo cinturão da divisão dos penas (até 65,8 kg).

Aos 29 anos e com um cartel de 17 vitórias e 10 reveses, Nate é irmão do também lutador Nick Diaz. Os dois têm carreiras conturbadas e são conhecidos por provocar os adversários dentro e fora do octógono, além de serem alheios a entrevistas e de sempre publicarem fotos relacionadas ao uso de maconha.

Já Brown tem 34 anos, acumulando 19 vitórias e 13 derrotas na carreira. Ex-participante da sétima edição do TUF nos EUA, ele vem de derrotas para Johny Hendricks e Robbie Lawler em seus dois últimos combates, mas antes havia vencido sete lutas seguidas.

Georges St-Pierre: "Continuaria no topo se voltasse a competir no MMA"

Georges St-Pierre (Foto: Michel Siqueira)

Longe do octógono desde a vitória polêmica sobre Johny Hendricks em novembro de 2013, Georges St-Pierre, ex-campeão dos meio-médios do UFC, acredita que, se voltasse a competir, continuaria no topo. Em entrevista ao podcast de Chael Sonnen, "You're Welcome", nesta quarta-feira, o canadense afirmou que tem potencial para ser o melhor no esporte, caso decida encerrar seu período de afastamento.

- Se conseguir encontrar motivação em voltar a competir, poderia ser o melhor. Treinando duro e sentido prazer, conseguiria ficar no topo - disse.

GSP também foi questionado sobre a possibilidade de competir em torneios de luta agarrada. Segundo ele, seus 33 anos seriam um empecilho para isso. O canadense também falou sobre sua intenção de ajudar o companheiro de equipe e compatriota Rory McDonald nos treinamentos, visando à disputa de cinturão contra Robbie Lawler em julho.

- Robbie é perigoso, mas acho que Rory, em sua melhor forma, é melhor do que ele e Johny Hendricks. Acredito que ele pode se tornar campeão. Ficaria muito feliz - comentou.

St-Pierre se afastou do MMA por tempo indeterminado após vencer Johny Hendricks, no fim de 2013, alegando problemas pessoais. O resultado daquele combate gerou polêmica, mas o fato é que o canadense foi aclamado vencedor por decisão dividida dos jurados.

Treinador de Conor McGregor: "Não me chocará se ele finalizar José Aldo"

José Aldo X Mcgregor, Coletiva UFC 189 (Foto: André Durão)

É o papel dos treinadores demonstrar confiança em seus lutadores antes das lutas, mas John Kavanagh, técnico de Conor McGregor, vai além. Após dizer antes da vitória sobre Dennis Siver que seu pupilo venceria em menos de um minuto, o mestre da Straight Blast Gym agora afirma que seu pupilo pode finalizar José Aldo, atual campeão dos pesos-penas e seu adversário no UFC 189, em 11 de julho. Aldo é faixa-preta de jiu-jítsu e não é finalizado - ou derrotado - desde 2005, quando foi estrangulado com um mata-leão por Luciano Azevedo. McGregor é faixa-marrom; apesar disso, Kavanagh garante que o irlandês tem alto nível no chão.

- Não me chocaria nem um pouco se Conor finalizasse Aldo, especialmente conforme Aldo começar a cansar. Conor tem uma guilhotina fantástica quando está de costas no chão, e um triângulo e chave de braço muito bons também, então haverá muitas oportunidades de finalizar Aldo quando a fadiga aparecer e ele começar a se expor. (...) Nunca vi Conor rolar com um faixa-preta e parecer fora de lugar. Conor é um faixa-marrom de nível muito alto, não está longe do nível de um faixa-preta, e nesse nível não há muita diferença entre eles. Conor por finalização, certamente pode acontecer - disse Kavanagh, em sua coluna no site irlandês "The 42".

Segundo o técnico, McGregor se tornou "obcecado" pela luta agarrada após sua última derrota, quando foi finalizado com um kata-gatame por Joseph Duffy, em 2010. Seu outro revés no MMA, em 2008, também foi na luta de chão, devido a uma chave de joelho. Apesar disso, só tem uma vitória por finalização, em 2012, por mata-leão. Curiosamente, recebeu a faixa marrom de jiu-jítsu após vencer Dustin Poirier em setembro do ano passado por nocaute.

Aldo também tem apenas uma finalização no seu cartel de MMA, acontecida em 2005 por kata-gatame - ele tem outro triunfo por submissão do adversário no mesmo ano, mas por aplicar chutes na cabeça num torneio que permitia os "tiros de meta". Entretanto, sua equipe, Nova União, é original do jiu-jítsu, e o manauara era uma das promessas do esporte antes de fazer a transição para o MMA. O peso-pena tem duas vitórias na faixa marrom contra Rubens Cobrinha, tetracampeão mundial de jiu-jítsu na faixa preta.

Para John Kavanagh, José Aldo não será páreo para a trocação de Conor McGregor e vai apelar para a luta agarrada, onde será surpreendido.

- Há poucas dúvidas na minha mente que Aldo vai buscar a queda bem cedo. Ele tem entradas de queda bem decentes também. Entretanto, ele raramente usa isso em competição, então eu não acho que será natural para ele fazê-lo. Se Aldo buscar as quedas, acho que vai se cansar rapidamente. Eu espero que a luta siga um de dois caminhos: eles vão trocar golpes e Aldo vai cair em um round, ou então Aldo vai amarrar até o segundo round, talvez até o terceiro, mas isso vai cansá-lo, porque ele não está acostumado a fazer isso. Aí, Conor vai finalizá-lo - analisou o técnico.

Luke Rockhold defende pena pesada para Anderson Silva: "É um trapaceiro"

Anderson Silva Luke Rockhold (Foto: Montagem sobre fotos de André Durão e Evelyn Rodrigues)

A maioria dos lutadores de MMA adotou discurso cauteloso ao comentar a polêmica envolvendo Anderson Silva e seus dois resultados positivos para doping, em exames realizados em janeiro, antes e depois de sua luta contra Nick Diaz. O atleta brasileiro deve apresentar sua defesa frente à Comissão Atlética do Estado de Nevada neste mês, e o público aguarda sua versão dos fatos para fazer seu julgamento. O peso-médio Luke Rockhold, no entanto, não faz distinção entre o "Spider" e outros lutadores flagrados com substâncias proibidas.

- Não entendo isso. Um trapaceiro é um trapaceiro para mim, e ele devia pagar as penalidades, não deveria haver diferença. Todo mundo olha para isso diferente porque ele não tem um físico impressionante que nem o Vitor (Belfort) e outros caras que têm muito mais tamanho. Acho que as pessoas simplesmente não querem acreditar porque o admiraram por tanto tempo. (Mas) um trapaceiro é um trapaceiro para mim - descarregou Rockhold, em entrevista ao site "Fox Sports".

O lutador americano, escalado para enfrentar Lyoto Machida em 18 de abril, respeita as conquistas de Anderson Silva na carreira e não disse que seus recordes deveriam ser revogados, mas defendeu que ele seja penalizado duramente. A direção do UFC afirmou que vai implementar sentenças de até quatro anos de banimento do MMA para lutadores flagrados em exames antidoping, mas seu programa de combate ao doping só entra em vigor em julho, e a comissão atlética será responsável pelo julgamento do Spider.

- Todo mundo deveria ser tratado igual. Não deveria importar se é o Anderson Silva ou qualquer outro lutador. (...) Estou 100% de acordo (com a nova política do UFC), estou de acordo com quatro anos (de suspensão). Muita gente acha que eles (trapaceiros) não deveriam nem voltar. Se você trapaceia neste esporte, você deveria sentir (a punição). Tire uma enorme porção da carreira deles, porque isso é luta. Não estamos jogando esportes com bola aqui. Você está entrando aqui com uma arma letal. Estamos lutando e tentando ferir um ao outro. Um ano, dois anos, acho que quatro anos é ótimo - afirmou Rockhold.

Condit revela que sempre quis lutar no Brasil e explica: "É a meca do MMA"

Carlos Condit (Foto: Marcelo Barone)

Lutadores estrangeiros, geralmente, não enfrentar brasileiros no país devido a pressão da torcida. Carlos Condit, porém, vai na contra-mão. Ex-campeão do peso-meio-médio do Ultimate, o americano enfrentará Thiago Pitbull na luta principal do UFC Goiânia, dia 30 de maio, e está feliz pela oportunidade.

O americano, que esteve em São Paulo para promover o evento, afirmou que está empolgado para o duelo e explicou por que é uma exceção à regra.

- Espero uma grande e intensa energia da torcida. Estou mais preocupado com Thiago Alves do que com a torcida. Não terei que lutar contra a torcida, eu espero (risos). Acho que realmente será legal essa experiência. Estou motivado, ansioso para sentir a energia do público, vai ser bom. Sempre quis lutar no Brasil. É a meca do MMA, é onde tudo começou com a família Gracie e o Vale-Tudo.

assim como seu adversário, Carlos Condit vem enfrentando problemas físicos. Inclusive, em março do ano passado, em sua última aparição no octógono, ele perdeu por nocaute técnico para Tyron Woodley após machucar o joelho. Entretanto, ele  garante que as lesões ficaram no passado.

- Eu me sinto muito bem, estou 100% recuperado para voltar. Durante esse período (de reabilitação), foquei em fortalecer a minha perna e também em evoluir como lutador de MMA. Estou voltando mais forte.

Com apenas uma vitória nas últimas quatro lutas, Condit sabe que precisa se recuperar, agora, dentro do octógono, e não crê que o duelo será decidido pelos jurados.

-  Ele é muito, muito duro. É ótimo na trocação, obviamente, bom no wrestling, muito bom no jiu-jítsu. É um trocador, forte fisicamente, mas tenho a estratégia para vencê-lo. Vou ganhar essa luta, não há outra opção na minha cabeça. Vou vencer mais para o fim da luta, talvez no quarto ou no quinto round

Minotauro volta a lutar no UFC Rio 7, contra Stefan Struve, dia 1º de agosto

Montagem Rodrigo Minotauro e Stefan Struve (Foto: infoesporte)

Rodrigo Minotauro já tem data para voltar ao octógono e será no mesmo evento que seu irmão, Rogério Minotouro. O peso-pesado vai enfrentar Stefan Struve no card principal do UFC 190, que será realizado no dia 1º de agosto, no HSBC Arena, no Rio de Janeiro. A informação foi divulgada pelo "Revista Combate", nesta terça-feira.

Minotauro está sem atuar desde abril de 2014, quando foi nocauteado por Roy Nelson no primeiro round da luta, sediada em Abu Dhabi. Struve também não atravessa boa fase. O holandês perdeu por nocaute para Mark Hunt e Alistair Overeem em seus últimos compromissos no octógono.

UFC 190

1 de agosto, no Rio de Janeiro

CARD DO EVENTO (até agora):

Peso-galo: Ronda Rousey x Bethe Correia

Peso-meio-pesado: Rogério Minotouro x Mauricio Shogun

Peso-pesado: Rodrigo Minotauro x Stefan Struve

Dana White afirma que Ronda Rousey é a maior atleta com quem já trabalhou

Ronda Rousey, Media Day UFC 184 (Foto: Evelyn Rodrigues)

Esqueça Anderson Silva, Jon Jones, Georges St-Pierre e José Aldo. Para Dana White, presidente do UFC, a melhor atleta com quem já trabalhou é Ronda Rousey, campeã da categoria peso-galo feminina. Em entrevista à rádio "AM 570 Sports", nesta terça, Dana rasgou elogios à lutadora, que subirá ao octógono no dia 1º de agosto para defender o cinturão contra a brasileira Bethe Correia, no Rio de Janeiro.

- Ela é tão trabalhadora, tão focada, tão incrível. Não poderia dizer coisas boas o suficiente sobre ela. É uma das únicas que consegue fazer bem tudo a que se propõe. É a número um entre os atletas com quem eu já trabalhei - falou.

Dana ressaltou a versatilidade da americana, que, além de lutadora do UFC, está engrenando na carreira de atriz e, no mês passado, fez ponta no evento de telecatch Wrestlemania. O presidente também comentou sobre a aura de invencibilidade que cerca a campeã. Para ele, a lista de possíveis adversárias é longa, mas a questão é "quem conseguiria vencê-la". Um dos duelos que mais geram expectativa é contra a brasileira Cris Cyborg, mas, segundo White, apenas uma condição impede que as duas se enfrentem.

- A luta teria que ser na categoria peso-galo e, para isso, Cyborg tem que provar que consegue cortar peso para 61kg. Se fizer isso, o confronto acontece - concluiu.

Campeã dos penas do Invicta FC, Cyborg foi contratada pelo Ultimate. Entretanto, a curitibana vai precisar fazer uma luta como peso-galo antes de se transferir para o UFC para mostrar que tem condições físicas de atuar nesta categoria.

Bellator consegue liminar e impede luta de Rampage Jackson no UFC 186

Rampage Jackson - peso-meio-pesado do UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)

Abalado por lesões e exames antidoping positivos, o card do UFC 186 sofreu mais um desfalque importante. O lutador Quinton "Rampage" Jackson, ex-campeão peso-meio-pesado da organização, foi impedido de enfrentar o brasileiro Fábio Maldonado no torneio do próximo dia 25 de abril, em Montreal, Canadá. O Bellator, companhia de lutas de MMA rival do UFC pela qual Rampage estava contratado até o ano passado, conseguiu na noite de segunda-feira uma liminar para que o americano não se apresente no evento, de acordo com o site "MMA Fighting".

Jackson assinou seu retorno ao Ultimate no final de 2014 após cerca de dois anos e três lutas com o Bellator. Na época, afirmou que a organização havia quebrado seu contrato por não promovê-lo corretamente, não cumprir promessas de oportunidades na indústria de entretenimento e não fornecer os números de vendas de pacotes de pay per view do Bellator 120, no qual o peso-meio-pesado foi um dos destaques. Segundo ele, essa quebra lhe garantia o direito de encerrar seu contrato e assinar com o UFC, onde lutou entre 2007 e 2013 e conquistou o cinturão.

O Bellator, todavia, nega ter quebrado os termos do contrato e pediu a liminar em março. Um de seus pedidos era que Rampage fosse impedido de lutar no UFC 186 contra Maldonado. A organização lançou um curto comunicado oficial após receber a liminar. "Nós estamos satisfeitos com a decisão do juiz e estamos ansiosos para ter Rampage lutando no Bellator novamente em breve", diz o comunicado.

O UFC ainda não se pronunciou sobre o caso. Procurado pelo Combate.com, Fábio Maldonado não estava disponível imediatamente para comentar a notícia.

É mais um desfalque para um card que já sofreu perdas importantes desde que foi anunciado. Inicialmente, o UFC 186 teria como lutas principais a revanche entre TJ Dillashaw e Renan Barão pelo cinturão dos pesos-galos e um duelo entre o canadense Rory MacDonald, maior astro atual da organização no país, e Hector Lombard. Contudo, MacDonald foi retirado do card e promovido à disputa de cinturão dos pesos-meio-médios contra Robbie Lawler em julho após Lombard ser flagrado no exame antidoping de sua luta anterior, em janeiro. O Ultimate colocou outra luta valendo título, dos pesos-moscas, entre Demetrious Johnson e Kyoji Horiguchi, para compensar, mas esse combate acabou promovido a evento principal quando Dillashaw sofreu uma lesão na costela, o que causou o cancelamento de sua luta contra Barão.

Dois brasileiros estão na barca de oito lutadores que foram demitidos do UFC

Montagem Lutadores UFC Demitidos (Foto: Globoesporte.com)

Dois brasileiros estão dentro da barca de oito lutadores que foram demitidos do UFC. Rick "Monstro" e Rodrigo "Monstro" se juntam a Patrick Walsh, Andy Enz, Josh Shockley, Josh Copeland, Ruan Potts e Jake Lindsey no grupo de atletas que não fazem mais parte da organização.

Além de Rick e Rodrigo, Patrick Walsh, Andy Enz, Josh Shockley, Josh Copeland, Ruan Potts e Jake Lindsey foram demitidos pelo UFC na última semana. Os lutadores não corresponderam às expectativas (Montagem: Editoria de arte)

Ambos perderam duas vezes em duas lutas no Ultimate. Rick estreou contra Marcos "Pezão", em maio do ano passado e, em janeiro deste ano, enfrentou Idelmar "Marajó". A primeira luta de Rodrigo foi contra Neil Magny, em junho de 2014, e, em sua última, em fevereiro, foi derrotado por Efrain Escudero.

Todos esses atletas vinham de derrotas consecutivas no UFC. A exceção é Patrick Walsh, semifinalista do TUF 19, que fez duas lutas oficiais pelo evento, tendo vencido uma e perdido a outra.

UFC contrata agente que investigou Armstrong para programa antidoping

Jeff Novitzky, UFC (Foto: Agência AP)

O Ultimate anunciou nesta segunda-feira a contratação de Jeff Novitzky para chefiar seu novo programa de exames antidoping. Considerado um especialista no assunto, Novitzky investiga o uso de esteroides nos esportes há anos pelo Serviço de Receita Interna do governo federal dos EUA, e é agente especial da Administração de Alimentos e Drogas (FDA, na sigla em inglês) desde 2008. Ele teve papel decisivo em algumas das investigações que desmascararam esquemas de doping envolvendo alguns dos maiores nomes do esporte mundial, como Marion Jones, Tim Montgomery, Justin Gatlin e o mais famoso deles, Lance Armstrong.

- Estou exultante em me juntar a uma organização de grande classe como o UFC, que está comprometida em tomar os passos necessários para garantir que todos os seus atletas compitam num esporte limpo. Estou confiante que o UFC vai conseguir criar um novo programa de exames antidoping de ponta e implementá-lo para que uma competição nivelada e sustentável seja garantida para todos os atletas - disse Novitzky em um comunicado oficial emitido pelo UFC.

O título oficial da nova função de Jeff Novitzky é vice-presidente de Saúde e Performance dos Atletas.

Cat Zingano diz que não mudaria nada se lutasse de novo com Ronda Rousey

Ronda Rousey Cat Zingano UFC 184 (Foto: Getty Images)

Embora tenha perdido a luta em apenas 14 segundos, Cat Zingano não mudaria em nada sua forma de atuar caso enfrentasse Ronda Rousey outra vez. Em entrevista ao programa "MMA Hour", a lutadora falou sobre o combate do último dia 28 de fevereiro, analisando os maiores erros que a levaram à derrota.

- Eu não mudaria minha abordagem. A joelhada não entrou por alguns centímetros. Não fosse isso, as coisas poderiam ter sido diferentes - disse.

Logo no início daquela luta, a então desafiante tentou surpreender Rousey com uma joelhada voadora. O golpe não foi efetivo, permitindo que a campeã peso-galo levasse o combate para o chão, onde aplicou sua famosa chave de braço e saiu com a vitória.

Para Zingano, seu maior erro foi tentar dar resposta aos críticos que a acusavam de começar devagar as lutas.

- Senti que aquelas acusações sobre eu ser lenta no início dos combates não eram verdadeiras. Deixei isso entrar na minha cabeça e, na hora da luta, pensei: 'Vejam isso'. Fico triste porque treinei duro para enfrentá-la e tudo acabou muito rápido. Sinto que sou melhor do que as imagens mostraram, e todo mundo sabe que as chances daquilo acontecer de novo são de uma em 1000. Faria tudo para ter outra oportunidade - contou.

Chris Weidman revela sonho de lutar em Nova York contra Jon Jones

Chris Weidman, UFC, MMA (Foto: Evelyn Rodrigues)

Nascido em Nova York, nos Estados Unidos, Chris Weidman tinha duas metas quando começou no MMA. A primeira delas era ser campeão dos peso-médios derrotando Anderson Silva, o que conseguiu em julho de 2013. A segunda era lutar em sua cidade natal, no ginásio Madison Square Garden, palco de lutas históricas de boxe, como Muhammad Ali x Joe Frazier, Joe Louis x Rocky Marciano e Evander Holyfield x Lennox Lewis. Por conta de problemas com a legislação do estado, no entanto, o UFC não pode realizar eventos no local. Mas isso não desanima o campeão, que já tem até adversário em mente caso, futuramente, o sonho se torne realidade.

- Eu não sei quem vou enfrentar, mas tem que ser algo grandioso. Uma luta contra Jon Jones seria a oportunidade de descobrir quem o é rei de Nova York. Dois caras da cidade. Eu, campeão dos médios, e ele, dos meio-pesados. Os dois invictos. Ainda pretendo fazer mais algumas lutas na minha divisão antes disso, mas esse combate vai acontecer. Já falei com ele sobre o assunto pessoalmente - revelou ao "Inside MMA".

Enquanto a oportunidade da superluta não vem, Weidman segue defendendo o título da divisão. Seu próximo desafio é contra Vitor Belfort, dia 23 de maio, em Las Vegas. Será a terceira vez que põe o cinturão em jogo, novamente contra um brasileiro. Além da revanche com Anderson Silva, o americano também triunfou sobre Lyoto Machida, em julho passado.

Após vitória, Chad pede nova chance por título: "Única luta que faz sentido"

Chad Mendes, Coletiva UFC (Foto: Reprodução )

Curiosamente, a vitória de Chad Mendes parece ter lhe deixado em uma situação difícil no Ultimate. Primeiro colocado do ranking da divisão dos penas (até 66kg), o lutador já perdeu duas disputas de título para José Aldo, mas, neste sábado, bateu Ricardo Lamas, número 4 da categoria. Com o segundo lugar, Frankie Edgar, com luta marcada contra seu companheiro de equipe Urijah Faber, e o terceiro, Conor McGregor, escalado para enfrentar Aldo na próxima disputa de cinturão, o atleta do Team Alpha Male admitiu que não sabe o que será de seu futuro, cogitou a possibilidade de descer para o peso-galo (até 61kg), mas disse achar que a única luta que faz sentido para ele é pelo título.

- Eu sempre falo sobre ir para os galos até chegar dois dias antes de eu bater 66kg e aí penso: “Nem a pau”. Mas isso é algo que acho que poderia provavelmente fazer, mas teria que trocar muito o meu camp em termos de dieta e treino. Não é algo que eu queira fazer ,mas poderia se fosse por uma superluta ou por muito dinheiro. Estou em uma posicão complicada e preciso sentar e ver o que mais posso fazer ou quem mais eu posso lutar depois disso. Eu acabei de derrotar o Lamas, então acho que a única luta que faz sentido é o cinturão. Mas vamos ver o que vai acontecer com Aldo x McGregor e Faber x Edgar - afirmou, na coletiva de imprensa do UFC: Mendes x Lamas.

Chad ainda disse que quer fazer outra luta este ano, mesmo que não seja pelo título e pareceu não se importar com o fato de que seu próximo adversário pode ser Faber, com quem treina junto.

- Não quero ficar sentado por outro ano. Só tive uma luta no ano passado, não quero ter outro ano com apenas uma luta. Provavelmente só vou continuar fazendo isso por seis ou sete anos, então estou tentando fazer o máximo de dinheiro possível. Tenho que falar com eles, mas vou assistir às próximas lutas (Aldo x McGregor e Faber x Edgar) bem de perto e esperando que eu possa voltar lá e lutar pelo título logo. Se esse não for o caso, e se não for pedir muito, eu provavelmente vou ter outra luta porque estou entre os Top 3 ou Top 4, mas preciso falar com o UFC primeiro - declarou.

Sobre Lamas, o peso-pena mostrou respeito pelo rival e lembrou do fim do combate, quando parou de golpear para mostrar que seu adversário não estava reagindo aos seus socos, forçando o árbitro a interromper o duelo.

- Eu imaginava que seria uma guerra de cinco rounds, mas foi assim que eu vi essa luta na minha cabeça e era assim que esperava que acontecesse. Entrar lá e soltar as minhas mãos foi algo muito bom e consegui o nocaute, então foi ótimo. Me vi nocauteando o Lamas, mas estava esperando entrar lá e ir para uma guerra. Eu me vejo nocauteando qualquer oponente, às vezes acontece, às vezes não, mas desta vez consegui. Estava tentando ter paciência, mas o Ricardo parecia estar apagado, achei que o árbitro fosse parar, mas o árbitro não parou. Acho que foi um pouco de culpa minha (a interrupção), mas parei e olhei para o árbitro e mostrei que ele não estava reagindo. Como lutador, você sente quando o lutador está fora e eu senti - concluiu.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Gustafsson aposta em Jon Jones, mas diz: ‘Anthony Johnson tem a mão mais pesada’

Gustafsson analisou o duelo entre Jones e Johnson (Foto UFC)Segundo no ranking da categoria meio-pesado do UFC, Alexander Gustafsson conhece muito bem Jon Jones, atual campeão da divisão, e Anthony Johnson, desafiante ao cinturão. Para o primeiro, perdeu por decisão unânime após cinco rounds de uma intensa luta. Diante de “Rumble”, em janeiro deste ano, foi nocauteado ainda no primeiro round atuando em seu país natal.

Com luta marcada contra o brasileiro Glover Teixeira no dia 20 de junho, pelo UFC Berlim, Gustafsson analisou o confronto entre Jon Jones e Anthony Johnson, que será realizado em 23 de maio, no UFC 187. Em entrevista ao site MMA Fighting, o sueco acredita que o desafiante tem uma vantagem sobre o atual detentor do título dos meio-pesados na trocação.

“Ele bate mais forte do que Jones, sim. Quando Anthony Johnson conecta um golpe em sua direção, você sente isso. Jon Jones precisa ter cuidado com isso, com o poder de nocaute dele. Quando ele vem com a pressão, ele vem realmente muito bem. Johnson é muito perigoso como um meio-pesado”, disse Alexander Gustafsson, complementando logo depois para sua aposta na luta entre os dois atletas de sua categoria.

“É uma decisão difícil… Eu acho que Jones vai ganhar a luta, porque ele tem mais força e ele tem algo a mais, como todos sabem. Então, eu acho que ele vai vencer essa luta. Mas como eu disse, Johnson é um grande lutador e uma grande pessoa, e também tem a mão pesada. Então, tudo pode acontecer em uma luta. Você tem que manter o queixo para baixo e as mãos para cima. Estou muito animado para essa luta”, concluiu.

Pederneiras fala sobre provocações de McGregor: ‘No dia da luta, a porrada vai comer’

As constantes – e, por vezes, abusivas – provocações de Conor McGregor a José Aldo não surpreenderam em nada Dedé Pederneiras. O líder da Nova União já sabia que o falastrão iria tentar desestabilizar o campeão dos penas de todas as maneiras e já havia deixado Aldo ciente disso.

“A gente já esperava que isso (provocações) fosse acontecer. Foi o que ele fez desde o início: provocar os outros. Mas, no dia da luta, não tem provocação. A porrada vai comer. Falei para o Dana White não deixar o McGregor encostar no Aldo para não dar merda, porque conheço o lado de cá. Se o Aldo começar, não vai adiantar ninguém entrar na frente dele: ele vai meter soco, chute, vai pegar cadeira…”, contou Pederneiras, em entrevista ao programa Mundo da Luta, da rádio Bradesco Esportes FM.

Segundo o treinador, o irlandês não vai entrar na cabeça do manauara a ponto de afetar sua performance. Para Dedé, o que irritou mesmo José Aldo foi o fato dele estar longe da família e, ainda por cima, ter que escutar desaforos do desafiante.

“Ele fica puto porque tem que ficar fazendo essas coisas (coletivas) toda hora. Por ele, ele fazia, voltava para casa e acabou. O Aldo está mais chateado por estar longe de casa, viajando, do que irritado com o McGregor. Ele está ‘cagando’ para o cara. Ele pensa: ‘Ainda tenho que escutar esse babaca falar merda’. O Aldo está chateado com o tempo que perde fazendo essa promoção”, explicou.

O tour para promover o aguardado confronto entre o dominante campeão e o irlandês chegou ao fim na última terça-feira (31). Foram 12 dias de uma turnê internacional que começou no Rio de Janeiro e terminou em Dublin, na Irlanda. Os pesos-penas vão se enfrentar no main event do UFC 189, dia 11 de julho, em Las Vegas.

Daniel Cormier diz que pode perder a cabeça caso fique perto de Jon Jones

encarada Jon Jones e Daniel Cormier media day UFC 182 (Foto: Evelyn Rodrigues)

Três meses após derrota frente ao campeão dos meio-pesados, no UFC 182, Daniel Cormier revelou que não sabe o que aconteceria se ficasse perto de Jon Jones. Segundo ele, não há qualquer intenção de fazer as pazes e, se vencer seu próximo adversário, Ryan Bader, pedirá revanche imediatamente após o combate.

- Não sei dizer se não perderia minha cabeça caso ficasse perto dele. Não sei o que poderia acontecer. Não há qualquer relação entre mim e Jones. Ele venceu no dia 3 de janeiro e foi isso. Nada mudou. Tenho certeza de que, quando lutarmos novamente, o resultado será diferente - falou ao site "bjpenn.com".

Cormier também comentou seus planos para o futuro e se mostrou otimista quanto a mais uma disputa de cinturão. Para ele, a tendência é que os dois se enfrentem logo após o duelo contra Bader.

- Aquele não foi o fim. Estaremos competindo um contra o outro constantemente, porque somos muito bons para estarmos separados. Não há muitos lutadores na categoria no meio do nosso caminho - disse.

Seu próximo duelo, contra Ryan Bander, acontece dia 6 de junho, em Nova Orleans. Uma semana antes, Jon Jones coloca o cinturão em jogo contra Anthony Johnson, em Las Vegas.

A espera de Dillashaw, Barão sonha em disputar cinturão no UFC Rio 7

Renan Barão, (Foto: Divulgação/UFC)Faz pouco mais de uma semana que a luta entre TJ Dillashaw e Renan Barão, marcada para 25 de abril, no UFC 186, foi cancelada. Após alguns dias em silêncio, o brasileiro concedeu sua primeira entrevista sobre o duelo - adiado por conta de uma lesão na costela sofrida pelo americano durante um treinamento.

Quando soube que o confronto válido pelo cinturão do peso-galo não aconteceria mais em abril, Barão deixou o Rio de Janeiro rumo a Natal para descansar. Em entrevista ao Combate.com, ele conta que foi Jair Lourenço, seu mestre e líder da Kimura, o encarregado de informá-lo sobre o cancelamento.

- Eu tinha acabado de treinar. Estava indo almoçar e, quando cheguei em casa, soube da notícia. O Dedé falou com o meu professor Jair Lourenço, que disse não ter uma notícia boa naquele momento. Eu perguntei o que era, e ele falou que o Dillashaw estava machucado e que a luta havia sido cancelada. Fiquei p***, triste para caramba, pois nunca treinei tão bem na minha vida. Estava focado e mil por cento preparado para esse objetivo de trazer o cinturão de volta ao Brasil, por isso, fiquei chateado.

Horas depois da lesão vir à tona, Barão postou uma mensagem em sua conta no Instagram com dizendo: "Dillashaw, você pode correr, mas não pode se esconder". O desafiante ao título afirma que foi apenas uma forma de responder às provocações do campeão da categoria e de integrantes da Team Alpha Male, como o técnico de jiu-jítsu da academia, o brasileiro Fábio Pateta.

- Ele (Dillashaw) falou tanta besteira, então botei isso para ele se ligar também. Ele falou que ia fazer e acontecer, a equipe falou que não ia dar nem para o começo... Botei aquilo para dar uma apimentada só. Infelizmente foi adiado, mas no momento que marcar a luta de novo, estarei 100% concentrado no meu objetivo. Eu estava mais focado no treinamento, porque ia ser totalmente diferente do que ele estava falando. Sou faixa-preta de jiu-jítsu, não é qualquer um que vai me finalizar. Acho que se fizéssemos uma luta de jiu-jítsu ele não me finalizaria. Estou tranquilo, não estava nem falando muito. Estava treinando como nunca treinei na minha vida para entrar lá e sair na mão de verdade. Espero que ele se recupere o mais rápido possível para nos enfrentarmos e eu poder provar o contrário para as pessoas que não acreditam.

Barão conta que o Ultimate não deu previsão a respeito do combate, entretanto, afirma que gostaria de lutar no UFC Rio 7, dia 1º de agosto, na Arena da Barra.

- Adoraria lutar no Brasil, é um sabor diferente, especial. Lutei uma vez pelo UFC no país e senti uma energia boa, a galera gritando, um calor humano. Seria um sonho disputar o cinturão no Brasil. Se o Dana White pudesse fazer isso, eu ia adorar. Aqui é diferente de qualquer lugar no mundo, mas acho difícil o Dillashaw querer lutar aqui. Mas se ele aceitasse, seria ótimo.

Chad Mendes: "Se eu fosse Aldo, daria um soco na cara de McGregor"

José Aldo e Cono Mcgregor, Coletiva UFC189 (Foto: Getty Images)

As provocações de Conor McGregor a José Aldo têm sido tão frequentes que Chad Mendes, antigo desafeto e ex-desafiante ao título do brasileiro, acabou assumindo o lado do campeão. Em entrevista ao "MMA Junkie", o americano disse que poderia ter tomado atitude mais enérgica caso estivesse em seu lugar.

- Se eu fosse Aldo, daria um soco no meio da cara de McGregor. Esse cara deve ser a pessoa mais chata do mundo para se fazer um tour - disse Chad.

Na última coletiva de imprensa do tour promocional a que Mendes se referiu, Conor McGregor gerou polêmica ao "roubar" o cinturão de José Aldo. O clima do evento realizado em Dublin, casa do irlandês, já estava quente e, após a atitude de McGregor, os dois atletas só não foram às vias de fato porque Dana White, presidente do UFC, interveio.

Apesar de achar que o desafiante passou dos limites, Chad Mendes acredita que esse tipo de coisa não abala José Aldo. Segundo ele, isso não influenciará no resultado do combate.

- Eu vejo o Aldo vencendo a luta. Ele já é campeão há muito tempo. Tem a mentalidade de vencedor. Não há como abalar um cara desse assim - afirmou.

No próximo sábado, Chad Mendes volta ao octógono para enfrentar Ricardo Lamas no "UFC: Mendes x Lamas", a partir de 12h (de Brasília). O evento será transmitido ao vivo pelo Combate e em Tempo Real pelo Combate.com, que também disponibiliza em vídeo a primeira luta do card, entre os pesos-médios Justin Jones e Ron Stallings.

McGregor pega cinturão de Aldo, e Dana White impede briga em Dublin

José Aldo e Cono Mcgregor, Coletiva UFC189 (Foto: Getty Images)

José Aldo foi à Irlanda pronto para responder às provocações de Conor McGregor, mas o desafiante foi além e, mais uma vez, ultrapassou os limites e as barreiras impostas por Dana White. Após o campeão dos pesos-penas do UFC se declarar o "rei de Dublin" na coletiva de imprensa final da turnê mundial de promoção do confronto entre os dois, nesta terça-feira, o lutador irlandês se levantou, gritou que ele era o verdadeiro rei, passou pelo presidente do Ultimate e pegou o cinturão. (Assista acima ao vídeo do "roubo" de McGregor)

O momento levou a torcida ao delírio. Aldo se levantou imediatamente e tentou partir para cima de McGregor. Dana White rapidamente se colocou entre os dois, com a ajuda de outros seguranças, e impediu uma briga. Os funcionários do UFC pegaram o cinturão de volta e colocaram na mesa do brasileiro, que não parava de xingar McGregor de inúmeros palavrões.

A confusão aconteceu logo no início da coletiva, que começou 25 minutos atrasada. Com dezenas de milhares de pessoas presentes - segundo McGregor, 67 mil pessoas -, o presidente do UFC, Dana White, foi o primeiro a entrar, trajando uma camisa da seleção irlandesa. O desafiante entrou em seguida, com a plateia vibrando e cantando seu nome. José Aldo entrou sob vaias, mostrou o cinturão e bateu no peito, indicando que era o verdadeiro campeão. A primeira pergunta, direcionada ao campeão, estava inaudível, porque os torcedores gritavam que "McGregor vai te matar". Quando enfim conseguiu ouvir a pergunta, sobre como estava encarando aquele público barulhento, Aldo soltou uma provocação.

- Não me afeta em nada. Isso não é nada para mim. Não é nada! Eu sou o campeão! Você não é nada (olhando para McGregor)! Eu cheguei aqui, sou o rei, cheguei e trouxe o sol, só chove nessa cidade! Trouxe o sol para vocês sorrirem! - afirmou Aldo, detonando a reação de McGregor.

A partir daí, a coletiva foi uma grande festa da torcida irlandesa. De imprensa, não teve quase nada: três ou quatro perguntas de jornalistas credenciados, e logo os fãs haviam dominado os microfones para emitir provocações ao campeão. McGregor aproveitou a confusão para emitir sua previsão sobre a luta entre os dois, marcada para 11 de julho.

- Ele não vai fazer nada, assim como hoje não fez nada. Ele disse que faria alguma coisa (se eu o tocasse), e não fez nada! - afirmou o falastrão.

José Aldo teve o apoio de alguns corajosos brasileiros, que enfrentaram vaias e xingamentos dos irlandeses e provocaram McGregor. O brasileiro afirmou que o roubo momentâneo do cinturão é o mais próximo que o "falastrão" ficará de ser campeão.

- Ele só tem que pegar rápido o cinturão ou comprar um, porque eu sempre serei o campeão. Minha nação conhece um campeão, como eu sou. Já enfrentei coisas piores, já vi muito mais. Já lutei para 55 mil pessoas, enquanto aqui tem no máximo dois mil. Vocês vão continuar chorando em casa atrás de um campeão - detonou Aldo.

Na encarada final, os dois não pararam de gritar um com o outro, e Dana novamente teve trabalho para mantê-los afastados. Ao final da encarada, eles posaram lado a lado, e novamente McGregor ameaçou atacar o brasileiro, que rapidamente armou a defesa. Dana, novamente, impediu que uma briga acontecesse.

Cigano não crê que Overeem esteja correndo e aprova luta: "Interessante"

junior cigano x Stipe Miocic ufc (Foto: Getty Images)

Assim que Alistair Overeem derrotou Roy Nelson, no dia 14 de março, no UFC 185, o nome de Junior Cigano veio à tona como possível adversário do holandês. O brasileiro - que se recupera de cirurgia no joelho direito - vai ficar até julho em reabilitação e, apenas após esse período, poderá pensar em voltar ao octógono.

Em entrevista ao Combate.com, Cigano aprovou o confronto com Overeem, que, diga-se, já deveria ter virado realidade. Isto porque a luta aconteceria em maio de 2012, no UFC 146, mas o ex-campeão do Strikeforce foi pego em um exame antidoping surpresa depois da coletiva de imprensa para promover o show.

- Agora essa luta está se desenhando um pouco mais. É uma luta interessante. Se o UFC achar isso também, vai acontecer. Ele está em boa fase, com duas vitórias. Antes estava apático na categoria. Independentemente de quem seja, quero uma luta que possa me acrescentar, me fazer evoluir na busca para voltar a ser campeão. Agora meu objetivo é voltar a lutar. Mas pode ser uma boa lutar com ele, sim.

Quando perguntado sobre o duelo, Overeem hesitou - não parecia animado para medir forças com o ex-campeão do peso-pesado. A tese de que o adversário estaria fugindo, entretanto, é descartada pelo catarinense.

- Não acho que esteja correndo, não. Ele é um lutador que conquistou grandes títulos. Nós, lutadores, não tratamos adversários com medo ou coisa assim. Isso não existe para mim e acho que é assim para a maioria dos lutadores de verdade. Não tenho medo de ninguém. Ele está melhor treinando com o Greg Jackson. Trouxe coisas novas, como o pisão, que vemos muito com o Jon Jones. Pode ser uma estratégia da casa que funciona muito bem. Ele se movimentou, golpeou sem ser atingido, acabou evoluindo. Também não estava tão forte como costumava, está trabalhando mais a velocidade.

Se o UFC vai casar o duelo ainda não se sabe. O certo é que Cigano deixou, por ora, o Rio de Janeiro, para fazer fisioterapia em Salvador, onde morava. Escapou do aluguel da Cidade Maravilhosa e está sendo assistido por Aryvan Gomes, que comanda sua reabilitação.

- Faço fisioterapia duas vezes por dia, menos domingo. As coisas estão correndo bem, evoluindo. A dificuldade maior é esticar a perna totalmente, o que não consigo com facilidade, só forçando. O doutor Moisés Cohen, que me operou, falou que a recuperação é de seis meses e que não vai me liberar antes disso, pois exigirei muito do ligamento do joelho - explica o especialista em boxe, que tenta realizar alguns exercícios que não exijam esforço das pernas para se manter ativo.

Vitorioso no octógono ou não, Cigano tem saído bastante machucado em suas lutas recentes - vide contra Cain Velásquez e Stipe Miocic. O catarinense explica que a aparência é mais impactante do que, de fato, são os danos causados pelos oponentes.

- Na minha última luta eu estava com uma certa limitação na movimentação, a confiança estava abalada, com certeza. Tenho uma facilidade enorme em ficar inchado e me cortar. No primeiro jab do Miocic vi que pingou uma gota de sangue. Fico bastante inchado, é uma característica minha. Às vezes as pessoas entendem que estou muito mal, mas não estou. Foi como o Velásquez: alguns golpes foram efetivos, mas a maioria não. Ele me tocou bastante - declarou Cigano, ciente de que precisa ser menos previsível em sua estratégia.

- Estou tentando me entender um pouco mais. Hoje o boxe é minha principal arma. Treino wrestling, jiu-jítsu, mas preciso ter confiança em aplicá-los na hora da luta, o que é diferente dos treinos, e não ficar bitolado. Trabalho isso na minha cabeça. Sei que tenho armas para ser o número um. Tenho que mudar isso. Quer lutar no chão? Vamos lutar no chão. É MMA. O professor Dedé Pederneiras me ajuda bastante nisso.

Atleta da Nova União desde o ano passado, Cigano planeja fazer intercâmbio com outras academias em 2015. Apesar de não ter planos de se mudar do país definitivamente, gosta da ideia de treinar na American Top Team, equipe que Antônio Cara de Sapato, seu amigo de longa data, passou a integrar recentemente.

- Tenho muitos colegas lá. O Cara de Sapato que é meu irmão está indo para lá. O Pezão, o Jucão... O Yuri Carlton, meu mestre no jiu-jítsu, é mestre do Jucão. Quero fazer esses intercâmbios, falei com o Dedé que seria legal. Tem o Steve Mocco, fera no wrestling. É bom para diversificar o treinamento. Isso pode acontecer, sim. Hoje faço parte da Nova União e estou feliz com isso. O Minotauro e eu sempre íamos para San Diego, o que me acrescentou bastante. No momento em que não atrapalhar meus treinos na Nova União, talvez seja legal voltar a fazer isso.

UFC anuncia Glover Teixeira x Alexander Gustafsson em Berlim

Glover Teixeira x Alexander Gustafsson ufc (Foto: Editoria de Arte)Os brasileiros estão em alta em 2015. Após anunciar cinco disputas de cinturão envolvendo atletas do país, o UFC confirmou mais um grande combate envolvendo um lutador tupiniquim. O meio-pesado Glover Teixeira vai enfrentar Alexander Gustafsson na luta principal do UFC Berlim, que acontece dia 20 de junho na capital alemã. O próprio Dana White anunciou a luta durante uma entrevista ao site "MMA Crazy", em Londres.

Glover Teixeira vem de duas derrotas seguidas, para Jon Jones e Phil Davis, respectivamente nos UFCs 172 e 179. O mineiro, que tem 22 vitórias e apenas quatro derrotas na carreira, precisa de um bom rsultado para espantar a má fase e voltar a trilhar o caminho da disputa do título mundial da categoria.

Alexander Gustafsson também não vive um bom momento, tendo sido derrotado em duas das últimas três lutas, por Jon Jones e Anthony Johnson. Sua vitória neste período aconteceu contra o britânico Jimi Manuwa. Com 16 vitórias e três derrotas na carreira, o sueco, de 28 anos, busca recuperar a regularidade para, a exemplo de Glover Teixeira, ser visto como um provável desafiante ao cinturão da divisão.

Anthony Pettis diz que gostaria de encarar Nate Diaz na sua próxima luta

UFC 173 Anthony Pettis  (Foto: Reprodução / Twitter)Conformado com a perda do cinturão dos pesos-leves do UFC para o brasileiro Rafael dos Anjos, Anthony Pettis já mira seu próximo adversário. Ainda sem saber quando poderá voltar a lutar, por conta das lesões sofridas na luta em que perdeu o título da categoria, Pettis disse, em entrevista ao programa "MMA Hour", que aceitaria sem pestanejar uma luta contra o polêmico Nate Diaz, que também foi derrotado inapelavelmente por Dos Anjos.

- Ainda não pensei quem eu quero enfrentar em minha próxima luta. Não posso dizer qual a minha próxima luta, mas adoraria enfrentar Nate Diaz. É uma luta que venho esperando há muito tempo. Se me oferecerem, eu aceito na hora. Só preciso antes saber quando poderei lutar, ou ao menos começar a pensar na data de quando lutarei de novo.

Pettis sofreu uma fratura no osso orbital da face no UFC 185, em Dallas, contra Rafael dos Anjos, e precisa apresentar uma radiografia e uma liberação médica para saber quando voltará a lutar. Caso não seja liberado por um ortopedista, o lutador deverá cumprir suspensão médica até o dia 4 de abril.