quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Miesha diz que, se bater McMann, luta com Bethe Correia para buscar o título

Miesha Tate UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)

Sempre vista como uma lutadora de elite entre as pesos-galos do UFC, Miesha Tate não esconde seu desejo de voltar a disputar o cinturão do UFC. A lutadora, que enfrenta Sara McMann no UFC 183 no próximo sábado, em Las Vegas, garante, no entanto, que a brasileira Bethe Correia não saiu do seu adar. Em conversa com os jornalistas nos EUA, Tate disse que, se vencer McMann, faria sentido lutar contra Bethe pelo posto de desafiante número um à campeã Ronda Rousey.

- Meu grande objetivo é sempre disputar o cinturão, e vencer Sara McMann no sábado é um grande passo rumo a isso. Mas acho que, após minha vitória, fará sentido enfrentar Bethe Correia pela chance de disputar o cinturão. Ela está invicta, tem muita badalação sobre seu nome e vem lutando bem. Mas ela ainda não venceu uma top 5 da categoria, e acho que nenhuma top 10 também. E mesmo assim ela fala muito e deixa bem claro que quer disputar o título. Se ela me vencer, aí, sim, ela merece a disputa. Bethe é jovem e está faminta pela chance de ser campeã. Mas, para isso, ela tem que me vencer antes.

Para Tate, sua adversária no sábado ainda possui limitações no MMA. Em outras palavras, é uma lutadora unidimensional, cuja força está apenas no wrestling.

- Acho que Sara McMann ainda é um pouco unidimensional no MMA, usando somente o seu wrestling para vencer as lutas. Por enquanto tem dado certo, mas quero ver como ela se sai contra um estilo de wrestling voltado para o MMA como o meu. Será uma duelo interessante entre o wrestling olímpico e o usado no MMA. Por enquanto o dela tem funcionado, já que Sara venceu muitas adversárias. Mas tudo muda de figura quando a sua rival despeja um arsenal de golpes sobre você. É como eu disse, o que lutamos não é wrestling, e sim MMA.

A lutadora teceu uma comparação entre ela e McMann, e revelou querer obrigar McMann a lutar em pé no sábado.

- Vejo Sara um pouco como eu era há algum tempo, pouco experiente na trocação e insegura quando tinha que buscar esse caminho para vencer. Havia horas em que eu olhava para uma rival e dizia: "Não vou conseguir nocauteá-la", e buscava imediatamente derrubá-la para tentar vencer. Lembro até hoje da sensação de ter diante de mim adversárias que poderiam me nocautear com muito mais facilidade do que eu a elas. Sara sabe que toda vez que tentar me derrubar será golpeada e frustrada. Quero levá-la a lutar de pé comigo.

Miesha Tate também surpreendeu ao dizer que gosta de lutar contra sua arquirrival, Ronda Rousey - que a derrotou duas vezes. Perguntada se torceria por Ronda ou Cat Zingano em fevereiro, no UFC 184, Tate disse preferir a vitória de Zingano.

- Ninguém é invencível. Ronda também não. Ela já me venceu duas vezes, mas eu sei que posso derrotá-la. Sei os erros que cometi, e aprendi muito em nossa última luta. Eu gosto de lutar contra Ronda, por menos que possa parecer. Ela me faz ser uma pessoa e uma lutadora melhor. Mas acho que, se Cat Zingano vencer a luta contra ela em fevereiro, meu caminho para disputar o cinturão fica mais curto. Por isso vou torcer para Cat sair vencedora.

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