segunda-feira, 24 de junho de 2013

Rafael Feijão: "Lutei no automático."

Rafael Feijão estreou no UFC com bagagem de quem foi ex-campeão do Strikeforce. No entanto, no octógono, o brasileiro não rendeu o mesmo que na extinta organização e foi nocauteado por Thiago Silva no TUF Brasil 2 Finale, em Fortaleza, no último dia 08.

O atleta da Team Nogueira começou bem o duelo, demonstrava superioridade, mas uma queda brusca de rendimento o deixou sem ação, levando-o à derrota.

Em entrevista à TATAME, ele explicou que um golpe no estômago definiu o combate, e descartou que tenha faltado gás.

“Não teve nada a ver com gás. Ele acertou um golpe muito duro na linha de cintura. Quando encostei na grade, estava ‘desmaiado de pé’. Fiquei no automático”, contou.

Confira abaixo a entrevista completa:

O resultado da luta não foi conforme você esperava. O que aconteceu?

Eu acho que ele foi melhor. Eu estava indo bem na luta, mas muita coisa pesou. Ele saiu vencedor, não era meu dia. Ninguém gosta de perder. O trabalho foi bem feito, eu estava bem treinado, mas ele acertou um golpe muito duro na minha linha de cintura, que me deixou “desmaiado de pé” na parte final. Isso não é desculpa, porque ele foi melhor que eu naquele dia e ganhou a luta.

Você baixou a guarda e ficou encostado na grade. Faltou gás?

Não teve nada a ver com gás, senão, minha queda de rendimento teria sido gradativa, mas foi brusca. Foi esse golpe no estômago, que fiquei até tonto, com a visão embaçada. Quando eu fiquei colado na grade, já não estava mais na luta. Tanto que nem lembrava do que havia acontecido. Fiquei no automático.

O que achou do gesto obsceno dele, quando você ainda estava caído?

Eu acho que todo mundo que está lá em cima do octógono merece respeito. Cada um tem o seu jeito. Ele é como o Sonnen, gosta de provocar. Eu sou o tipo de atleta que prega a parte do respeito ao mais graduado, ao que pisa no tatame com você, independente de vitória ou derrota.
Que lições tira desta derrota?

O MMA é uma loucura, porque um golpe define a luta em cinco segundos. Ele acertou um jab no meu rosto e esse golpe na linha de cintura, que decidiu o combate. Eu treinei praticamente quatro meses, fiz uma das melhores preparações e perdi. Faz parte, são coisas da luta.

Apesar do resultado negativo, como foi estrear no UFC?

Foi legal para caramba. Estar no UFC é o sonho de todo atleta. É o que sempre quis. Infelizmente não foi do jeito que eu esperava, mas faz parte. O importante é estar ali para nocautear ou finalizar, como eu fiz, tanto é que foi a luta da noite. No Strikeforce também perdi na minha estreia, depois venci três seguidas e cheguei ao cinturão.

Quando espera voltar?

Quero lutar logo, se possível, em outubro. Ficar um ano parado foi difícil. Eu sou competitivo, não gosto de perder nem cara ou coroa (risos). Segunda-feira (24) volto a treinar e a fazer dieta, pois tirei os últimos dias para descansar. Quero chegar melhor na próxima luta.

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