domingo, 30 de junho de 2013

Técnico: Anderson Silva vai colocar Weidman na defesa mesmo no chão

O jogo de chão de Chris Weidman tem sido um fator de preocupação para os fãs de Anderson Silva na espera para o confronto entre os dois pelo UFC 162, em Las Vegas, no próximo dia 6 de julho. O americano é considerado um Chael Sonnen mais jovem, explosivo e com um jiu-jítsu melhor, credenciado por uma participação no Mundial do ADCC, um dos melhores torneios de luta agarrada do mundo. O treinador principal do Spider, Ramon Lemos, garante que respeita a técnica do adversário e que está preparando o brasileiro para a possibilidade de ter de lutar com as costas no chão. Porém, mesmo no solo, o campeão dos pesos-médios está pronto para atacar o desafiante e não deixá-lo desenvolver seu jogo.

- Eu nunca vou priorizar a minha defesa. Não posso programar meu atleta para se defender na luta, senão só vamos nos defender! Ao contrário do que todo mundo pensa, se o Anderson for para o chão, ele não vai se defender. Nós vamos colocar o Weidman em estado de defesa, nós vamos atacar. Para você fazer uma vantagem, uma pontuação, um nocaute, qualquer coisa positiva que seja, você precisa fazer, não se defender. Meu foco é fazer o Anderson atacar, ser ativo, nunca estar se defendendo. A partir do ponto que botarmos o Weidman para se defender, invertemos essa equação e tudo pode acontecer - explicou Lemos ao Combate.com.

O treinador também lembrou que boa parte da reputação de Weidman como lutador de solo foi construída fora do MMA, no jiu-jítsu e wrestling, com regras diferentes das usadas no UFC. Ele também deixou claro que acredita que o americano foi pouco testado em suas lutas no octógono até agora, sendo sempre permitido atuar como atacante em vez de como defensor.

- Primeiro, temos de enxergar que o jiu-jítsu esportivo é uma coisa, e tudo o que falam do jiu-jítsu dele é no ADCC, ou no jiu-jítsu de pano, e quando vai para o MMA, é completamente diferente, é outra modalidade. Quando você exerce o chão valendo cotovelada e soco, dá para perceber que as coisas mudam. Sinceramente, ele nunca fez o jiu-jítsu com alguém atacando ele. Então, para mudar essa ideia que ele é isso ou aquilo, quero ver como ele vai fazer tudo isso se defendendo. A gente não treina esperando que ele vá derrubar a gente e vá desenvolver. Quem vai desenvolver é a gente. Quando o Anderson entrar lá dentro, ele que vai se defender de soco, de queda, de chão, cotovelada. A gente é o caçador e ele que vai ser a caça - frisou.

Weidman tem se mostrado bastante confiante na vitória sobre Anderson, e isso se refletiu na opinião de outros lutadores profissionais, que, segundo Dana White, presidente do UFC, estão apostando no desafiante em grande maioria. No entanto, Ramon Lemos está tranquilo e confiante na manutenção do cinturão peso-médio.

- Não passa na minha cabeça se o Anderson vai perder, temos uma positividade na equipe. O que ele busca nas orações dele é, "Que eu funcione, que tudo que eu treinei, eu possa executar, todos os movimentos que eu treinei, e, se isso acontecer, a vitória vai ser nossa". Isso me dá uma tranquilidade de trabalhar. O artista marcial Anderson Silva me dá segurança. Eu treino um monte de coisas com vários atletas, mas ele, quando entra, a gente sabe quem é o Anderson Silva. A pessoa, a personalidade, o lutador, o artista marcial que ele é, e isso passa segurança para nós também - disse.

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