domingo, 23 de março de 2014

Dedé Pederneiras espera aprovação para uso de frequencímetro no UFC

dedé pederneiras montagem (Foto: Divulgação)

Um dos treinadores mais bem conceituados do mundo do MMA, Dedé Pederneiras teve uma ideia para tentar otimizar seu trabalho como córner no intervalo dos rounds e melhorar o desempenho do lutador durante o combate. Tudo isso por meio de um frequencímetro de dedo, do qual ele está tentando junto às comissões atléticas a liberação para que seja usado no UFC de Natal, neste domingo. O card tem quatro atletas da Nova União: Léo Santos, Ronny Markes, Jussier Formiga e Francimar Bodão. - Eu uso o frequencímetro no meu treino há muito tempo. Posso analisar como está a frequência cardíaca do meu atleta e determinar de que forma ele vai lutar, se vai mais acelerado, se vai ter que segurar um pouquinho no início do round para recuperar a frequência dele... Em vez de botar o dedo no pescoço do cara e olhar no relógio para acompanhar os batimentos, eu boto o frequencímetro no dedo dele e continuo dando água, botando gelo e falando com ele da mesma forma - disse ao Combate.com.

Dedé acredita que essa medida, se aprovado, será muito benéfica para os técnicos:

- Eu acho que quem não fizer isso vai estar sendo burro. Você pode saber se o atleta precisa acelerar mais ou segurar o ritmo sem ter que prestar atenção nisso durante o tempo do córner.

A confirmação se o frequencímetro será permitido deve ocorrer neste domingo. Caso a resposta não saia, o treinador obviamente não fará uso do recurso. A expectativa dele é boa, após conversar com pessoas da Comissão Atlética Brasileira de MMA (CABMMA). E Dedé cutucou Anthony Pettis, desafeto de seu pupilo José Aldo, ao argumentar a favor do uso:

- Eu apresentei para algumas pessoas. O Mario Yamasaki (diretor de arbitragem) achou ótima a ideia e disse que não vê problema algum. O Shean Shelby (matchmaker do UFC) também não vê problema. O (Márcio) Tannure (diretor médico) também gostou da ideia e disse que vou estar tomando conta do meu atleta da melhor forma possível. Então fui junto à Comissão Atlética Brasileira, e me disseram que teria de fazer uma consulta sobre isso. A Comissão Atlética de Nevada vai fazer essa consulta hoje à noite com eles. O grande negócio é que a regra não diz nada. Diz lá que no intervalo eu só posso levar balde de água, gelo e toalha para o lutador. Só que a regra também diz que não posso me aproveitar da grade em benefício próprio. O chute do Anthony Pettis (na luta contra Ben Henderson no WEC) foi um absurdo. Em vez de recriminarem porque ele usou a grade para dar o chute, bateram palmas e ficaram de pé. O que quero fazer é uma coisa que todo mundo vai poder fazer, vai dar direito a todo mundo.

O receio de Dedé é a possibilidade de o frequencímetro não ser aprovado agora, mas sim futuramente e com "direitos autorais" para outra pessoa:

- Só espero que, se não for aprovado, que nunca seja por ninguém. Não quero que futuramente alguém diga que fez isso pela primeira vez, que foi ideia de outra pessoa. A ideia foi minha e quero realmente ser reconhecido por isso. Se não for aceito, beleza, mas não pode nunca mais ser aceito.

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